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sábado, 3 de maio de 2014

Artigo especial. O Evangelho Segundo o Espiritismo- 150 anos de seu lançamento


Alfredo Zavatte
Botucatu, SP

Mais importante do que lembrar as  datas  históricas do Espiritismo, é  a nossa  conscientização do que a doutrina Espirita proporcionou nesses  anos todos.
Nestes  150 anos da obra “ O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que trás à  todos a moral de Jesus,  vez que, lembrando a  questão 625 do Livro dos Espíritos, em que o Espirito Verdade responde à Kardec que o “tipo mais perfeito que Deus deu ao homem para lhe servir de guia e modelo foi Jesus” (1)
Estamos vivendo um acontecimento impar, pois o roteiro moral de Jesus está à nossa  disposição e todos aqueles que optaram adotá-lo não se arrependeram dessa opção, não é a toa que um roteiro tenha o êxito que tem esse Evangelho, esteve e estará por muito tempo norteando nossos atos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo foi publicado pela primeira vez com o nome de “Imitação dos Evangelhos Segundo o Espiritismo” em 15 de abril de 1864, e a seguir o mesmo livro foi publicado em 1865 com o Titulo “ O Evangelho Segundo o Espiritismo”, portanto há 150 anos atrás. 
Publicado naquela data em língua francesa (L´Évangile Selon le Spiritisme, é uma das obras básicas do espiritismo, e dentre elas a que dá maior enfoque as questões éticas e comportamentais do ser humano. A abordagem dos Evangelhos canônicos sob a ótica da Doutrina Espirita, trabalhando com atenção especial a aplicação dos princípios da moral cristã e de questões de ordem religiosas como a prece e a caridade.
É irrecusável não admitir que não atingimos um estágio do amadurecimento humano e da  doutrina espirita, onde estamos mais preparados, pois esses 150 anos que se passaram parece-nos que foi um trabalho de solidificação, de preparo e aprendizado, pois  estamos enxergando além das letras contidas nesse livro, percebendo mesmo que palidamente a importância da aplicação desses  ensinamentos.
Essa obra que há 150 anos, vem ensinando o importante exercício da caridade, obra tão atual que nós ainda dentro de nossas limitações coloca-las a bem do próximo.
Observe-se que quando falamos de  Evangelho, não há como não falar de Jesus e ele é o modelo que o Criador deu aos homens, os Evangelhos, a moral de Jesus é tão perfeita que ele cabe em todas as  religiões, os Evangelhos se encaixam em todos os credos  religiosos que professam o amor ao próximo.
Allan Kardec, expos nos vinte e oito capítulos os feitos morais de Jesus á luz da doutrina Espirita, acrescido das  mensagens de vários espíritos que complementam cada texto.
O seres estão vivendo atualmente  transtornos de toda ordem e o Evangelho  mostra o consolo de que necessitamos para nossas horas de aflições, norteando para o bem e para a evolução espiritual todos aqueles que desejam, sejam espiritas ou simpatizantes da Doutrina Espirita, norteando com a segurança  moral com a  envergadura que possui essa obra.
É uma obra que trás acima de tudo uma simplicidade de palavras e carecendo pela sua simplicidade de  profundas perquirições nos escaninhos da mente a fim de entendermos essa  simplicidade e objetividade. Os homens tem o hábito de desconsiderar as coisas  simples, no entanto é nelas que estão os grandes ensinamentos.
É no Sermão da Montanha, Cap. V , que podemos encontrar com propriedade nas  “Bem Aventuranças os Aflitos”, (2) que traz o grande resumo do Cristianismo e a base para toda e qualquer  religião, disposta ao “Ide e pregai as  minhas palavras” (3)
È o Evangelho que da o suporte a todos que desejam uma luz para as noites escuras, uma esperança para os desesperados, a fé para os desvalidos,
É ele que dá o “Reino dos Céus aos pobres de espirito.
É ele que consola aqueles que choram.
É ele que faz justiça àqueles que tem fome e sede de justiça.
É ele que dá a mostra da face de Deus aos que tem puro seus corações.
É ele que dá o Reino dos Céus aos que foram perseguidos e foram injuriados.
É ele que dá o endereço correto para o bem, a todos aqueles que desejam uma vida melhor e que já conseguiram entender que é “dando que se recebe”, que “ é perdoando que seremos perdoados” “que é morrendo que nascemos para a vida eterna.” ( 4 )
Só aquele que tem no coração, o Evangelho, conseguira matar o homem velho para que o homem novo renasça, como se referia o apóstolo Paulo
Um ser  que tem o Evangelho como guia, como seu alento, como sua felicidade, estará preparado para renascer para a nova vida, assim estará habilitando -se aos planos mais altos do infinito, onde gozará a vida em plenitude, tornando-se definitivamente o homem integral.
Bibliografia
1-      KARDEC, Allan. O Livro  dos Espíritos – Editora FEB- 45ª Edição – 1978
2-      KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo – Editora FEB – 9ª Edição- 1974
3-      Marcos. 16:15
4-      Disponível no Sitehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ora%C3%A7%C3%A3o_de_S%C3%A3o_Francisco_de_Assis – Acessado em 30.03.2014
Jesus e Kardec. Imagem internet
Capa de edição brasileira de O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec inseriu na Introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo
um resumo da doutrina de Sócrates e de Platão, precursores da idéia cristã e do Espiritismo.
Bustos no Museu do Louvre, Paris, França. Fotos Ismael Gobbo
File:Bloch-SermonOnTheMount.jpg

Sermão da Montanha. Óleo sobre tela de Carl Bloch.

Acesso em 01/05/2014- 9 hs.
Igreja  “Domini Quo Vadis”  na Via Apia,  Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo

Artigo especial. O Evangelho Segundo o Espiritismo e o Evangelho no Lar


Regina Zanella
Milão, Itália

Jesus instituiu a pratica do Evangelho no Lar à partir dos encontros de ensinamento/aprendizagem junto aos “apóstolos” e “demais companheiros de viagem”, em particular na casa de Pedro.
A verdade trazida pelo Cristo illuminava os corações, transformando o homem velho no homem novo. Portanto,  a sua proposta era,  e é, de renovação!
Proposta esta que o Cristo continua a nos endereçar quotidianamente.
A pratica do Evangelho no Lar, traz esclarecimentos sobre a vida futura, a causa das aflições, a necessidade de perdoar e, dentre outros, a grande necessidade do amor, que como dizia o Apostolo Pedro*, cobre uma multidão de pecados.
Hoje sabemos do poder das palavras e dos pensamentos  que impregnam os ambientes.
Praticar o Evangelho portanto, além de nos proporcionar reflexões, em vista das atitudes a serem tomadas, é como se renovasse o nosso ambiente familiar, trazendo maior equilibrio e harmonia em nós mesmos e na “memoria” que deixamos no ambiente familiar.
Concluímos assim a fundamental importância de manter a sintonia e a vibração no nosso ambiente doméstico. O Evangelho constitui uma cura para as enfermidades da alma,  assumida em doses homeopáticas, por assim dizer, por nós e por quem conosco convive. A sua potência revitaliza a nossa casa, e a tudo e a todos que ali dentro se encontram.
O templo do Espirito é o corpo, e o templo do corpo é o lugar que o abriga para o refazimento das próprias energias.
Se os espíritas sao conscientes dessa necessidade, maior a responsabilidade em transmitir tais conhecimentos aos companheiros de caminho, independente da pratica religiosa por eles adotada.
O código moral do Evangelho é Universal.
Até mesmo a Igreja Católica começa a considera-lo mais profundamente.
O papa Francisco, no dia 6 de abril deste ano fez um gesto importante nessa direção: colocou postos de distribuição do Evangelho, formato de bolso, para ser ofertado gratuitamente a todos os fiéis que viessem para o “Angelus” e recomendou que todos os fieis o levassem sempre consigo, para ler durante o dia, em qualquer ocasião, pois seria como escutar diretamente as palavras de Jesus.
Certamente nao se trata do Evangelho Segundo o Espiritismo, mas é sempre um primeiro passo, pois o Evangelho que todos conhecemos levou mais de 2000 anos para ser recomendado em maneira capilar aos católicos, enquanto que o Evangelho Segundo o Espiritismo, que está completando 150 anos, ja faz parte da pratica espírita e, quem sabe, se torne pratica comum nos próximos anos, corroborando o que  disse Léon Denis, que o Espiritismo seria o futuro das religiões.

* 1ª.  Epístola de Pedro (I Pedro, 4:8)
***************

Jesus no Lar
O culto do Evangelho no Lar aperfeiçoa o homem.
O homem aperfeiçoado ilumina a família.
A família iluminada melhora a comunidade.
A comunidade melhorada eleva a nação.
O homem evangelizado adquire compreensão e amor.
A família iluminada conquista entendimento e harmonia.
A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.
A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem.
Espiritismo sem Evangelho é fenômeno ou raciocínio.
O fenômeno deslumbra. O raciocínio indaga.
Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo.
Imprescindível conhecer o próprio destino.
Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte.
É necessário clarear o caminho.
Do Evangelho no lar, depende o aprimoramento do homem.
Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.
* * *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Nosso Livro.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
LAKE.

Gesù in Casa

Il culto del Vangelo in Casa perfeziona l’uomo.
L’uomo perfezionato illumina la famiglia.
La famiglia illuminata migliora la comunità.
La comunità resa migliore eleva la nazione.
L’uomo evangelizzato acquisisci comprensione ed amore.
La famiglia illuminata conquista comprensione ed armonia.
La comunità resa migliore produce lavoro e fraternità.
La nazione elevata si orienta nel diritto, nella giustizia e nel bene.
Lo Spiritismo senza il Vangelo è fenomeno o raziocinio.
Il fenomeno abbaglia. Il raziocinio indaga.
E scoprire nuovi campi di lotta e pensare su di loro non esprimi tutto.
È indispensabile conoscere il proprio destino.
Non basta, poi, la certezza che la vita continua infinita, al di là della morte.
È necessario schiarire il cammino.
Dal Vangelo in casa, dipende la miglioria dell’uomo.
Dall’uomo edificato in Gesù Cristo dipende la miglioria e la redenzione del mondo.

Xavier, Francisco Cândido. Dal libro: “Nosso Livro.
Dettato dallo Spirito Emmanuel.
LAKE.

Chico Xavier/Emmanuel, libro “Nosso Livro”.
 
Capa de O Evangelho Segundo o Espiritismo na edição italiana mais recente.
Jesus curando a sogra de Pedro por Jhon Bridges. Séc. XIX.
Acessado dia 01/05/2014- 8hs
Mosaico com a representação de Jesus no museu  de Óstia Antica (Roma) Itália.
Final do século IV. Arquivo de  Ismael Gobbo

Campanha Evangelho no Lar e no Coração da USE/SP. Foto Ismael Gobbo
Corredor  no Coliseu, Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 02-05-2014.

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/MAIO/02-05-2014.htm

Artigo especial. Allan Kardec nunca morou em Lyon!


Eliseu Mota Júnior. Franca, SP

Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde seria consagrado com o pseudônimo de Allan Kardec, nasceu no dia 03 de outubro de 1804, às 19 horas, na Rua Sala, nº 76, em Lyon, filho do juiz Jean-Baptiste-Antoine Rivail e de Dª Jeanne Louise Duhamel. Mas essa certeza quanto ao seu nascimento naquela histórica cidade francesa não autoriza a ilação de que  ele residiu ali, em qualquer fase da sua vida.
Esse equívoco parece ter raiz na assertiva de Henri Sausse, talvez o seu primeiro biógrafo francês, o qual afirmou que “Rivail Denizard fez em Lião os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado”[1], erro que foi repetido pela maioria dos biógrafos do codificador do Espiritismo.
Acontece que, na Revista Espírita de junho de 1862, o próprio Allan Kardec, ao refutar uma série de inverdades acerca de sua vida lançadas por um padre, afirma que jamais morou em Lyon. Vejamos suas palavras:
Eis como se escreve a história!
Os milhões do Sr. Allan Kardec.

Estamos informados que, numa grande cidade comercial, onde o Espiritismo conta numerosos adeptos, e onde faz o maior bem entre a classe laboriosa, um padre tornou-se propagandista de certos ruídos, que almas caridosas se apressaram em vender pela rua e certamente amplificar. Conforme tais ditos, nós possuímos milhões; em nossa casa tudo brilha e nós só pisamos os mais belos tapetes d’Aubusson. Conheceram-nos pobre em Lyon; hoje temos carruagem de quatro cavalos e arrastamos em Paris um trem principesco. Toda essa fortuna nos vem da Inglaterra, desde que nos ocupamos do Espiritismo e pagamos largamente os nossos agentes na província. Vendemos caríssimo os manuscritos de nossas obras, sobre os quais ainda temos um “royalty”, o que não nos impede de os vender a preços malucos, etc.
Eis a resposta que demos à pessoa que nos envia estes detalhes:
"Meu caro senhor, ri muito dos milhões com os que, tão generosamente, me gratifica o Sr. padre V..., tanto mais quanto estava longe de suspeitar de tanta fortuna. O relatório feito à Sociedade de Paris, antes da recepção de vossa carta, e que vai aqui publicado, vem reduzir essa ilusão a uma realidade muito menos dourada. Aliás, não é a única inexatidão desse relato fantástico; para começar, jamais morei em Lyon, e, pois, não vejo como lá me tivesse conhecido pobre; quanto à minha equipagem de quatro cavalos, sinto dizer que se reduz aos sendeiros que tomo apenas cinco ou seis vezes por ano, por economia”[2].
Mas, se não foi em Lyon, onde Allan Kardec morou em sua infância, antes de ir para a Suiça, estudar com Pestalozzi?
André Moreil, outro de seus prestigiados biógrafos, oferece ótima pista, ao informar o seguinte, acerca de seu batismo: 
A 15 de junho de 1805, o pequeno Hippolyte-Léon foi batizado na igreja de Saint-Denis de la Croix Rousse. Nessa época, a igreja não pertencia à cidade de Lião, mas Bresse, embora dependente da diocese lionesa.
Eis o extrato do registro de batismo:
‘Aos quinze dias do mês de junho do ano de mil oitocentos e cinco, foi batizadonesta paróquia Hippolyte Léon Denizard, nascido em Lião em três de outubro de mil oitocentos e quatro, filho de Jean Baptiste Antoine Rivail, magistrado, e de Jeanne Louise Duhamel, sendo padrinho Pierre Louis Perrin e madrinha Suzanne Gabrielle Marie Vernier,domiciliado na Vila de Bourg”[3].
Quem era domiciliado na Vila de Bourg, em Bresse? Certamente não eram os padrinhos, porque nesse caso a informação sobre o endereço estaria no plural: “domiciliados na Vila de Bourg”; nem apenas o padrinho ou a madrinha, última a ser referida, pois haveria manifesto erro de gênero.
 Entretanto, mais acima, no mesmo documento, tudo que se refere ao garoto está no singular: “foi batizado nesta paróquia Hippolyte Léon Denizard, nascido em”, “filho de”, de modo que a informação sobre o endereço —  “domiciliado na Vila de Bourg” —, logicamente se refere a ele, o batizando!
Nesse caso, por que a rua Sala, nº 76, em Lyon, apareceu como seu endereço, no assento de nascimento?
A conclusão a que chegamos é que Madame Jeanne Louise Duhamel, residente na Vila de Bourg, em Bresse, em gestação adiantada e por alguma razão de saúde, esteve na estação de águas minerais da rua Sala, nº 76, em Lyon, situada a poucos quilômetros de distância, onde, no dia 03 de outubro de 1804, deu à luz um menino que, registrado nesta última cidade, tendo por testemunhas do assento de nascimento o diretor e o funcionário do referido estabelecimento, recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail.
Como a criança realmente nasceu em Lyon e não em Bresse, e como o assento do registro civil tem de ser lavrado no local do nascimento, era preciso informar um endereço, que, no caso, foi o local do parto, à requisição do médico Pierre Radamel, residente à rua Saint-Dominique n° 78, o qual certamente foi o profissional que acompanhou o procedimento.
A propósito, Henri Sausse, no sobredito ensaio biográfico, relata o seguinte:
Eis aqui a esse respeito um documento positivo e oficial:
"Aos 12 do vindemiário do ano XIII, auto do nascimento de Denizard Hippolyte-Léon Rivail, nascido ontem às 7 horas da noite, filho de Jean Baptiste-Antoine Rivail, magistrado, juiz, e Jeanne Duhamel, sua esposa, residentes em Lião, rua Sala n° 76.
"O sexo da criança foi reconhecido como masculino.
"Testemunhas maiores:
"Syriaque-Frédéric Dittmar, diretor do estabelecimento das águas minerais da rua Sala, e Jean-François Targe, mesma rua Sala, à requisição do médico Pierre Radamel, rua Saint-Dominique n° 78[4].
Outra hipótese é a de que os pais de Kardec já morassem em Château-du-Loir desde 1804, porque eles ali residiam, com absoluta certeza, na época do casamento dele com Amélie Gabrielle Boudet, ocorrido no dia 6 de fevereiro de 1832. Sobre isso, Henri Sausse informa o seguinte:
A senhorita Amélia Boudet tinha, pois, mais nove anos que o Sr. Rivail, mas na aparência dir-se-ia ter menos dez que ele, quando, em 6 de fevereiro de 1832, se firmou em Paris o contrato de casamento de Hippolyte-Léon-Denizard Rivail, diretor do Instituto Técnico à rua de Sèvres (Método de Pestalozzi), filho de Jean-Baptiste Antoine e senhora, Jeanne Duhamel, residentes em Château-du-Loir, com Amélie-Gabrielle Boudet, filha de Julien Louis e senhora Julie Louise Seigneat de Lacombe, residentes em Paris, 35 rua de Sèvres[5].
Encerrando, ainda que não haja informação precisa acerca do local em que sua família residia, a verdade inapelável é que, segundo suas próprias palavras, Allan Kardec jamais morou em Lyon, onde, após o seu nascimento, só retornou a partir de 1862, durante suas viagens espíritas.
Quem sabe futuras pesquisas biográficas, mais detalhadas, possam trazer novas luzes sobre a vida familiar de Hippolyte Léon Denizard Rivail, desde o seu nascimento, no dia 03 de outubro de 1804, em Lyon, até o dia 18 de abril de 1857, em Paris, quando ele saiu da história para entrar Allan Kardec?
Henri Sausse. Principal biógrafo de Allan Kardec
Imagem internet
File:Lyon la Saone et fourviere.JPG

Cartão postal do Séc. XVIII,  retratando o Rio Saône e a Colina de Fourviére. Lião, França.
Lião, a cidade onde nasceu  Hippolyte Léon Denizar Rivail (Allan Kardec)
Ficheiro:Bourg-en-Bresse.JPG
Rua de Bourg-en-Bresse, França,  cidade onde moravam os pais de Allan Kardec  por ocasião
 de seu nascimento que ocorreu em Lião. Imagem : http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bourg-en-Bresse.JPG
Mapa com as cidades de Lião e Bourg-em-Bresse. Google.
Certidão da nascimento de Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec),
ocorrido em  Lião, França, aos 3 de outubro de 1804.
Rua Sala, no alto, em Lião, França.  A casa de  no. 76 da rua Sala, onde Kardec teria nascido, não mais existe.
Talvez tenha sido demolida para dar lugar  á larga avenida Quai Docteur Gailleton às margens do Rhône, em primeiro plano.
Pela foto a casa ficaria do lado esquerdo,  logo depois do semáforo,  no cruzamento da Rua Sala com a avenida.
Os espíritas franceses colocaram a placa que se vê, homenageando a Kardec e assinalando aquele  local.  Foto Ismael Gobbo
File:Picswiss VD-47-01.jpg
Castelo de Yverdon onde Allan Kardec estudou sob orientação de  Pestalozzi dos 11 aos 18 anos.
Yverdon-les-Bains, Suíça. Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Picswiss_VD-47-01.jpg
Allan Kardec em idade de 15 anos. Imagem desenvolvida em computador por Marisa Cajado
  (Guarujá, SP) a partir de imagens conhecidas de  Kardec em idade mais avançada.
Amélie Gabrielle Boudet. (23-11-1795/ 21-01-1883)
Esposa de Allan Kardec, cujo casamento se deu aos  09-02-1832
Ficheiro:Allan Kardec portrait001.jpg
Capa de edição histórica de  O Evangelho Segundo o Espiritismo comemorativa de 150 anos.


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NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA. 01-05-2014.

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/MAIO/01-05-2014.htm

Artigo especial. Evangelho – Caminho de Libertação


Carlos Campetti
Brasília, DF

Na essência, nenhum dos grandes reveladores registrados pela história teve o propósito de criar seitas e religiões que dividissem as pessoas e as colocassem umas contra as outras. Evidente que surgiram e têm surgido falsos profetas, mas preferimos nos referir aos enviados para o estabelecimento, nos diversos povos, das bases da fraternidade e do amor que transcendem as fronteiras de raça, cultura, condição social ou intelectual.
Jesus foi o maior de todos eles, pois, governador do Planeta, com uma plêiade imensa de colaboradores, é o Espírito puro que sustenta a Terra e guia os destinos de seus habitantes, Espíritos em processo de evolução, irmãos menores, destinados à felicidade que é conquista individual pelo esforço próprio.
Na tentativa de registrar o ensinamento de Jesus, cada um dos quatro Evangelhos, escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João, contém ensinamentos para o autoconhecimento, a harmonia com a Lei Divina e a plena integração nos propósitos da criação. Em outras palavras, são caminhos de libertação das peias da ignorância para que o ser alcance o Reino de Deus, que, conforme orienta Jesus, está dentro de cada um de nós, e, portanto, somente pode ser encontrado pela jornada interior que promove a concretização de todas as potencialidades depositadas pelo Criador na criatura.
Em muitos pontos os evangelistas coincidem, mas há evidentes diferenças que indicam haver muitas maneiras de alcançar a meta. Ao identificar e descrever o “caminho” é comum que, homens falíveis e sujeitos aos costumes, cultura e preconceitos de sua época, se deixassem influenciar na forma de descrever as vias para o grande encontro, a “festa das bodas” descrita na conhecida parábola de Jesus.
Impossível ignorar também as interpolações e acréscimos que o texto “original” ganhou ao longo do tempo, constituindo auxílios ou ruídos para o entendimento do grande processo do autodescobrimento e da realização plena do “amor pelo próximo”.
Evidente ainda o surgimento das diversas religiões, fruto das interpretações que pessoas e grupos fizeram dos ensinamentos dos grandes reveladores, promovendo as divisões e cultivando os preconceitos alimentados pelo egoísmo que considera a “sua” a “melhor religião” em detrimento de todas as “outras”, consideradas inimigas e merecedoras de combate “em nome de Deus” ou “de Jesus”, todas elas baseadas em um ponto comum: a imposição de dogmas pela fé cega que findou por gerar uma onda imensa de ateísmo nas camadas mais ilustradas da sociedade do tempo de Allan Kardec e que já alcançava a população menos favorecida no campo socioeconômico e da cultura.
Não há registro de que Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869) fizesse opção por uma ou outra religião. Naturalmente as conhecia como homem culto que era e pelo fato de pertencer a uma família católica por tradição e por ter sido educado em um colégio de orientação protestante – o de Yverdon (1805-1825), administrado por Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Seus escritos evidenciam que era consciente da dificuldade de sua época antes de conhecer o fenômeno da comunicação dos Espíritos. Aliás, esse fato surgiu para ele como uma resposta às suas preocupações e inquietações referentes ao grande crescimento do materialismo em sua época. Como educador sabia das consequências da ausência de uma base moral apoiada em uma fé consciente que pudesse guiar os passos da criatura na realização de sua potencialidade de filha de Deus.
Iniciou o trabalho com a mesma dedicação que sempre aplicou a todas as suas atividades. Não tinha ideia, inicialmente, do tamanho da obra. Mas ela foi-se desenhando progressivamente à medida que publicava O livro dos espíritosO livro dos médiuns... até o momento em que ele se deparou com a necessidade de reapresentar o caminho de libertação para seus irmãos em humanidade, livre dos preconceitos que prevaleciam sobre a essência do ensino cristão.
Isolou-se e concentrou seus esforços na organização da obra monumental que resume a essência dos quatro evangelhos e de todo o Antigo e o Novo Testamentos, revelando a verdadeira Lei de Deus que é o amor; a certeza na vida futura como eixo fundamental do ensino de Jesus; as muitas moradas da casa do Pai; a reencarnação como evidência da justiça divina e da lei de evolução que preside nossos destinos; as bem-aventuranças tendo como fonte o discurso mais completo de Jesus, o sermão da montanha, verdadeiro roteiro para o Reino de Deus, começando pelo “bem aventurados os aflitos” e seguindo com os pobres de espírito, os puros de coração, os pacificadores, os misericordiosos, o amor ao próximo e aos inimigos, honrar pai e mãe. Merece destaque especial o Cristo Consolador, o retorno do Mestre com seus ensinos apresentados na mesma simplicidade e profundidade da origem. O papel da riqueza é examinado com maestria pelo Codificador com o auxílio da espiritualidade superior. Ainda podem ser destacados, entre muitos outros, a caridade como condição única da salvação; o convite para sermos perfeitos como perfeito é nosso Pai celestial; a importância da fé raciocinada, da crença em Deus, mas sabendo por quê; os trabalhadores da última hora; o cuidado com os falsos profetas; não separar o que Deus juntou e a estranha moral; a lâmpada que precisa brilhar. E finalmente, encaminhando o candidato para a culminância de sua preparação, a importância de cumprir a parte que lhe cabe no “ajuda-te que o céu te ajudará”; o dar de graça...; o significado da oração e o exercício da conversa com o Criador como corolário de todo o processo do autoconhecimento e integração na obra divina para o cumprimento do seu papel de filho do Pai.
O evangelho segundo o espiritismo é o caminho de libertação da ignorância e do egoísmo que nos leva a viajar para dentro de nós mesmos no processo do autodescobrimento, passando pelo conhecimento da Lei Divina; pela conscientização de nosso papel na vida; da fraternidade que nos deve unir a todos, irmãos que somos, pois filhos do mesmo Pai; de como exercitar o amor a Deus e ao próximo como a nós mesmos e de tudo o que necessitamos para sermos discípulos seus: que nos amemos uns aos outros como Ele nos tem amado.
Finalmente, O evangelho segundo o espiritismo, coerente com a proposta de todos os grandes reveladores registrados pela história, muito especialmente o Cristo, nos liberta do preconceito religioso que divide os filhos do mesmo Pai, pois propõe e orienta para o exercício da fraternidade e da caridade de uns em relação aos outros.
Estátuas dos quatro Evangelistas na Catedral de Brasília
Brasília, DF. Foto Ismael Gobbo
Ópera de Lião, França. Foto Ismael Gobbo
Em Lião,  Allan Kardec, codificador do Espiritismo,  nasceu aos 3 de outubro de 1804.
Ficheiro:Blaise Pascal 2.jpg
Blaise Pascal (1623- 1662)  Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Blaise_Pascal
Pascal esta presente em O Evangelho Segundo o  Espiritismo nos capítulos
 XI -12 (O egoísmo)   e  XVI- 09 (A verdadeira propriedade)
Allan Kardec, codificador do Espiritismo. Imagem internet
Jesus. Pintura em parede na Casa da Caridade, por Maria Tereza Braga, Araçatuba, SP

Artigo especial. O Evangelho segundo o Espiritismo daqui a 150 anos


Simoni Privato Goidanich
Montevidéu, Uruguai

Estamos celebrando em 2014, específicamente no mês de abril, os 150 anos de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, publicado originalmente comoImitation de l´Évangile selon le Spiritisme.
O Evangelho segundo o Espiritismo chegou até nós e se mantém nestes 150 anos devido evidentemente a seu conteúdo incomparável, que resgata o Cristianismo Primitivo explicando, de maneira clara, os ensinamentos morais do Mestre Jesus a fim de que possam ser cada vez mais aplicados em nossa conduta.
No entanto, há outro fator fundamental para a transmissão fiel dessa obra de geração em geração nestes 150 anos: o exemplo de vivência cristã dos espíritas pioneiros, começando pelo próprio autor, que aplicou os ensinamentos de O Evangelho segundo o Espiritismo em sua própria vida. Também poderíamos recordar o exemplo de verdadeiro espírita do primeiro tradutor para o idioma espanhol, José María Fernández Colavida, e de tantos outros espíritas pioneiros, que, como os cristãos primitivos, foram fiéis até o fim legando-nos, desse modo, os ensinamentos do Mestre Jesus.
Portanto, que a celebração destes 150 anos de O Evangelho segundo o Espiritismo possa servir para que reflitamos sobre o papel de cada um de nós na transmissão fiel dessa obra às futuras gerações.
Podemos – e devemos – continuar imprimindo suas páginas luminosas, traduzi-las mais vezes, difundi-las amplamente aproveitando as novas oportunidades tecnológicas, como os formatos digitais, especialmente os gratuitos. Entretanto, jamais devemos esquecer que será o nosso exemplo diário o que as fará chegar, de maneira mais efetiva, aos corações alheios a fim de que estes procurem conhecer, estudar e aplicar em suas vidas os ensinamentos de O Evangelho segundo o Espiritismo.
Recordemos, a propósito, as recomendações da benfeitora Joanna de Ângelis na “Carta aos Cristãos Modernos”, transcrita na obra Entrega-te a Deus:
“Cabe aos cristãos novos proceder de maneira compatível com os ensinamentos do Mestre de Nazaré, revividos e atualizados pelos embaixadores espirituais (…).
Mais do que nunca, o senhor necessita de mulheres e homens dispostos a dar-lhe, se necessário, a vida, em holocausto de amor e de silencioso sacrificio.
Nao mais existem os circos, as praças para as execuções dos hereges e infiéis, as fogueiras e os cárceres sombríos para aqueles que são dedicados a Jesus. Pelo menos na forma, no entanto permanecem no conteúdo, pela maneira como são vistos e considerados os seus servidores auténticos, sorvendo os amargos frutos da intriga e da insensatez, da perseguição por inveja e das tribulações morais…
É indispensável viver o evangelho em toda a sua magnitude”.
Que valorizemos o exemplo dos espíritas pioneiros para que hoje, 150 anos depois, possamos   herdar O Evangelho segundo o Espiritismo, em sua pureza, e que, inspirados por essa obra e essas vidas,  assumamos a responsabilidade que corresponde a cada um de nós de ter O Evangelho segundo o Espiritismo presente em nossas ações diárias para que possamos, por nossa vez, o transmitir fielmente às futuras gerações.
Representação de Allan Kardec e sua esposa Amélie Gabrielle Boudet.
Kardec foi o codificador do Espiritismo.

Capa de edição histórica de  O Evangelho Segundo o Espiritismo comemorativa de 150 anos.
José Maria Fernandes Colavida. O Kardec espanhol . 1819 - 1888
Vídeo com Simoni Privato Goidanich abordando a vida e a obra de José Maria Fernandes Colavida
Ópera de Paris. Foto Ismael Gobbo
Paris é a cidade berço do Espiritismo codificado por Allan Kardec

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA. 30-04-2014.

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/ABRIL/30-04-2014.htm

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA. 29-04-2014.

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/ABRIL/29-04-2014.htm