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sábado, 19 de abril de 2014

Livro Espírita

Livro espírita, farol
Brilhando na tempestade...
Divino clarão de sol
Nas sombras da humanidade.

Livro espírita, alimento
A estender-se nobre e puro,
Redimindo o pensamento,
Em marcha para o futuro.

Livro espírita, conforto
Às lutas da multidão,
Surgindo a feição de um porto
De paz e renovação.

Livro espírita, verdade
Sem qualquer tisna de engano.
Roteiro da caridade,
Que eleva o destino humano.

Livro espírita, mensagem
Que verte do Grande Além...
Incitando à coragem
Para a vitória do bem.

Livro espírita, alvorada
Em que a dor cala e descansa,
Procurando nova estrada
De harmonia e de esperança.

Livro espírita, lição
Do Plano Superior
Acordando o coração
Para a riqueza do amor.

Livro espírita, tesouro
De princípios sublimados
Alegria, pão e ouro
De todos os deserdados.

Livro espírita, semente
Da Celeste Primavera,
Evangelho renascente
No rumo da Nova Era...

Buscando o bem de Jesus,
Espíritas, estudai!
Que o livro espírita é luz
Da benção de Nosso Pai!

                        Espírito: Abel Gomes
(Versos psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier)

(Texto recebido em email de Benedito C.O. Cruz)
Livros espíritas.  Foto Ismael Gobbo

Artigo especial. Evangelho e Espiritismo


Marcus de Mario
Rio de Janeiro, RJ
marcusdemario@gmail.com

O trabalho de Kardec na elaboração de O Evangelho segundo o Espiritismo e a transformação do pensamento religioso da humanidade

Marcus De Mario

Após o lançamento de O Livro dos Espíritos (1857) e O Livro dos Médiuns (1861), um novo desafio surgia no horizonte, convidando Allan Kardec para mais uma empreitada de vulto: analisar, interpretar e dar vida aos ensinos de Jesus por meio da visão espírita sobre o ser e a vida. Era, em verdade um desafio, desentranhar o pensamento vivo do modelo e guia da humanidade dos textos evangélicos, sem cair na tentação de fazer teologia, ou seja, um estudo formal, acadêmico, da religião.

Mais ainda, pois Kardec estaria defendendo a face religiosa do Espiritismo, desdobrando as consequências morais de sua filosofia, mas sem, com isso, criar uma nova religião, apenas destacando que a doutrina espírita também é religião, não no sentido formal de dogmas, formalismos e rituais, mas no amplo sentido da religiosidade que apresenta o parâmetro da fé raciocinada.

Estudioso igualmente das questões religiosas, tendo escrito diversos artigos e análises críticas através da Revista Espírita sobre as religiões católica e protestante, em textos que mostravam seu amplo conhecimento, sua argúcia, e municiado por amplas abordagens dos Espíritos Superiores, deu então início à obra que teria sua edição definitiva no ano de 1864, e que obteve por título O Evangelho segundo o Espiritismo.

Inicialmente teve que escolher a tradução francesa mais fiel aos originais, a mais aceita pelo clérigo católico, assim como pelos pastores protestantes. Escolheu a tradução de Sacy, muito conhecida e utilizada na época. Mas esse foi apenas o início do projeto. A vida e obra de Jesus é vasta. Muitos estudos já haviam sido publicados. As interpretações variavam. As discussões teológicas eram intermináveis. Por onde começar? O que destacar? Seguindo as orientações dos benfeitores espirituais, elegeu por conteúdo da obra o que é universal, inatacável e essencial para o progresso do homem: os ensinos morais de Jesus.

Como informa na apresentação do livro, evitava assim entrar no terreno das polêmicas, dedicando-se exclusivamente a mostrar a visão espírita sobre os ensinos morais do Mestre e sua aplicação às diversas circunstâncias da vida. Não ia escrever um livro de discussão teórica, mas um manual prático, um roteiro muito útil para que o homem conseguisse, através do entendimento mais profundo do Evangelho, encontrar respostas para as causas das aflições e o melhor caminho para encontrar a paz e a felicidade, tanto nesta existência quanto na continuidade da vida após a morte.

Advertido pelos Espíritos, Allan Kardec sabia que céus e terras iriam tremer. Que seu nome seria excomungado pelas lideranças católicas, que o livro seria colocado no índice de livros proibidos, que muitos espíritas não compreenderiam a faceta religiosa da doutrina, mas nada disso importava, pois sabia que O Evangelho segundo o Espiritismoera obra inadiável, necessária, um marco na transformação da cultura religiosa da humanidade. Então, colocou-se em ação.

Leu e releu os Evangelhos. Classificou as passagens por temas. Juntou as narrativas dos evangelistas. Os capítulos foram surgindo e os textos explicativos, sempre alicerçados nos princípios da existência de Deus, da imortalidade da alma, do intercâmbio entre desencarnados e encarnados e da lei de evolução através da reencarnação, foram sendo elaborados. Ao mesmo tempo, Kardec recebia de centenas de grupos espíritas espalhados pela França e demais países, mensagens dos espíritos sobre os mais diversos temas dos ensinos de Jesus. Teve então início uma segunda etapa da elaboração do livro: escolher dentre essas mensagens as que melhor se encaixavam nos temas de cada capítulo.

Foram horas, dias, semanas e meses consumidos na elaboração do projeto. Pelo menos dois anos exaustivos de trabalho regular, isso em meio a correspondências, edições mensais da Revista Espírita, viagens de propaganda do Espiritismo através de palestras, reuniões semanais da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, numa gama variada de tarefas que absorviam boa parte de seu precioso tempo, mas que ele organizava com método, extraindo de cada hora o máximo possível em produção.

Assim surgiu o esquema do livro, seguido em cada capítulo: primeiro, a(s) passagem(s) evangélica; segundo, os comentários e explicações de Kardec; terceiro, as mensagens dos amigos espirituais. Tudo ordenado e concatenado com lógica e, ao mesmo tempo, envolvido pelo sentimento sublime do amor, numa obra que faz vibrar as fibras mais íntimas da alma.

O lançamento de O Evangelho segundo o Espiritismo, conforme informações de ordem espiritual, representava o golpe de misericórdia nas falsas ideias teológicas, que haviam colocado Jesus como um ser místico, inacessível à compreensão da maioria, envolto em mistérios divinos. O livro vinha esclarecer muitas passagens de seus ensinos, que somente com a chave da imortalidade da alma e da reencarnação podiam ficar compreensíveis. Uma obra de fôlego, ao mesmo tempo de fácil leitura, onde o “amai-vos uns aos outros” e o “fazei ao próximo somente o que quereis que o próximo vos faça” ficam ao alcance de todas as inteligências.

Então Kardec proclama a bandeira de todo espírita: “fora da caridade não há salvação”, e demonstra que o espírita deve sempre utilizar da fé raciocinada, afinal “fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da humanidade”.

Nada querendo para si, reconhecendo que apenas havia feito o trabalho por assim dizer material de organizar o livro, proclama Allan Kardec na introdução da obra:

“Não será pela opinião de um homem que se produzirá a união, mas pela unanimidade da voz dos Espíritos. Não será um homem, e muito menos nós que qualquer outro, que fundará a ortodoxia espírita. Nem será tampouco um Espírito, vindo impor-se a quem quer que seja. É a universalidade dos Espíritos, comunicando-se sobre toda a Terra, por ordem de Deus. Este é o caráter essencial da doutrina espírita, nisto está a sua força e a sua autoridade. Deus quis que a sua lei fosse assentada sobre uma base inabalável, e foi por  isso que não a fez repousar sobre a cabeça frágil de um só”.

O Cristianismo é universal, impondo-se a todas as épocas, a todos os homens e a todas as circunstâncias. É a verdade que transcende as culturas humanas, a qual tende a ser reconhecida por todos os povos, até porque os mestres locais, como Buda, Confúcio, Maomé e outros, foram emissários da grande verdade, consubstanciada pelos ensinos de Jesus. E o Espiritismo, que é o Consolador Prometido, vem avivar esses ensinos e esclarecer muitos deles, até então mal interpretados. Portanto, Cristianismo e Espiritismo se conjugam, se harmonizam, se completam.

Com O Evangelho segundo o Espiritismo o pensamento religioso da humanidade entra numa nova etapa, a era do espírito que as clarinadas dos Espíritos, por toda a Terra, anunciam. O homem, o ser no mundo, vem sendo preparado, geração a geração, para colocar o amor em ação, superando atavismos pretéritos, na realização da transformação moral de si mesmo e da humanidade. Com o Espiritismo tudo fica mais fácil, e com essa monumental obra que completa 150 anos de existência, não temos mais desculpas para dar no adiamento dessa missão, pois reconhecemos, em definitivo, que “a cada um é dado segundo as suas obras”, e que depois da morte, que é apenas do corpo, seremos responsabilizados pelos rumos da sociedade humana, pois dela fazemos parte e nela temos o dever de viver da forma mais moralizada e espiritualizada que nos seja possível.

Marcus De Mario é Educador, Escritor. Palestrante. Colaborador da Rádio Rio de Janeiro. Diretor do Instituto Brasileiro de Educação Moral.
Jesus,  em quadro de Maria Tereza Braga, e,  Allan Kardec, Codificador do Espiritismo
Retrato de Louis-Isaac Le Maistre de Sacy (1613- 1684)  por Philippe de ChampaigneImagem:  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Louis-Isaac_Le_Maistre_de_Sacy.jpg

Página do Novo Testamento publicada por Louis-Isaac Lemaistre de Sacy em 1667. Allan Kardec se utilizou da
tradução de Sacy no trabalho para elaborar  “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Edição francesa (7ª) de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec,
lançado em abril de 1864. Imagem: internet
Sócrates e Platão. Museu do Louvre, Paris, França. Fotos Ismael Gobbo
Logo na introdução de O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec coloca um
 resumo da doutrina de Sócrates e de Platão,  precursores da idéia cristã e do Espiritismo. 
Edição brasileira de O Evangelho segundo o Espiritismo
Ponte das Artes, sobre o Rio Sena com o  Instituto de França ao fundo. Paris. Foto Ismael Gobbo
Em Paris Allan Kardec  codificou o Espiritismo.

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA. 19-04-2014.

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/ABRIL/19-04-2014.htm

O Livro Divino

Escrito por Espírito: Castro Alves/Médium: Francisco Cândido Xavier   

Gemia a Terra humilhada;
A noite do cativeiro
Dominava o mundo inteiro
Sob o carro da opressão;
Como mandíbulas vorazes
De loba que se subleva,
Roma, encharcada de treva,
Estendia a escravidão.
Entre as águias poderosas,
Jazia Atenas vencida,
Carpia Cartago a vida
Ligada a grilhão cruel.
Na Capadócia, na Trácia,
Na Mauritânia e no Egito,
O povo chorava aflito,
Tragando cicuta e fel.
O frio invadira os templos,
Nem mais Eros de olhar brando,
Nem bela Afrodite amando,
Nem Apolo encantador;
O Olimpo dormira em sombra,
Cessara a graça de Elêusis,
Não surgiam outros deuses,
Que não fossem do terror.
Mas quando o mal atingira
O apogeu da indiferença,
Disse Deus na altura imensa:
“Faça-se agora mais luz!”
E um livro desceu brilhando,
Para a História envilecida:
Era o Evangelho da Vida,
Sob as lições de Jesus.
Tremeram dourados sólios,
O orgulho caiu de rastros;
Arcanjos vinham dos astros
Em cânticos de louvor.
Mas ao invés da vingança,
Contra o ódio, contra a guerra,
O livro pedia à Terra:
Bondade, perdão e amor...
Começara o novo Reino...
Horizontes infinitos
Descerraram-se aos aflitos,
Perdidos nos escarcéus;
Os fracos e os desditosos,
Os tristes e os deserdados,
Contemplaram deslumbrados,
Novos mundos, novos céus.
Desde então a Humanidade
Trabalha, cresce, porfia,
Ao clarão do novo dia,
Por escalar outros sóis;
E a mensagem continua,
Em sublimes resplendores,
Formando Renovadores,
Artistas, Santos e Heróis.
Espíritas, companheiros
Da grande Luz Restaurada,
Tracemos a nossa estrada,
Na glória do amor cristão;
E servindo, alegremente,
Na luta, na dor, na prova,
Busquemos na Boa-Nova
O Livro da Redenção.

Divino Pastor. Trabalho em computador  por Marisa Cajado, Guarujá, SP
Bet She’an    é  um dos mais importantes sítios arqueológicos em território israelita. É a antiga Citópolis, da
Decápolis  helenista (dez cidades gregas).  Jesus pregou seu Evangelho pela região.  Foto Ismael Gobbo
Castro Alves 14/03/1847 – 06-07-1871
Figura de   Castro Alves  em placa  de bronze ao lado  da de  Paulo Eiró,  lembrados na
comemoração   do 1º. centenário de morte de ambos (1871- 1971).  A placa encontra-se
exposta no  saguão de  ingresso da   Faculdade  de  Direito do Largo  de São  Francisco,
em  São Paulo.  Foto Ismael Gobbo

Peça de teatro “Festival Viva Kardec” na AEVV destaca as obras básicas do Espiritismo. Araçatuba, SP

Acessar aqui:

Artigo especial. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Uma verdade acima da verdade


Roosevelt A. Tiago. Barra Bonita, SP
www.roosevelt.net.br

É difícil calcular um método didático para fazer com que uma verdade possa atender as necessidades de várias gerações e as variadas capacidades de entendimento.
Assim é o Evangelho estruturado por Allan Kardec, e que reflete uma grande  obra, que em verdade, é dos Espíritos.
Vemos em seu estudo, além da beleza de seu conteúdo, uma grandiosa forma de apresentação, onde os que pouco sabem, se confortam, vendo o que necessitam no texto, os que se dedicaram a estudar as bases da Doutrina Espírita com afinco e vontade, e por isso sabem mais, encontram questões que atendem as suas necessidades. Da mesma forma, os que muito sabem do Espiritismo (embora que em Mundo de Expiações e Provas, ninguém sabe muito), ou observam os problemas sociais com maior profundidade, absorvem respostas e apontamentos com a mesma grandeza de suas dúvidas e anseios.
Temos relatos que nos chegam, tendo a mediunidade como veículo, de que em esferas superiores, Espíritos prosseguem a estudar o Evangelho pela riqueza de suas informações, que lembramos, se apresentam na medida em que pode entender, aquele que se destina a estudá-lo.

Quanto mais adquirimos esse entendimento, mais temos que olhar com paciência e até caridade, para os companheiros que alimentam a ideia de que O Evangelho Segundo o Espiritismo estaria ultrapassado.
Somente a ignorância diante do que nos é grande demais, poderia justificar ideias contrárias a uma obra que apenas conhecemos na superficialidade. O Evangelho apenas estará superado, quando sua aplicabilidade for algo praticado por todos os integrantes que ele deve orientar.
No entanto, se uma obra possui a finalidade de promover transformações morais ao nosso planeta, podemos com relativa facilidade, perceber que muito ainda falta para que essa reforma se estabeleça, o que evidencia que a finalidade da obra está apenas no começo, mesmo com tantos benefícios já apresentados.

Quando lembramos das passagens registradas nas antigas escrituras, onde Jesus destacava seus discípulos ao trabalho de divulgação e implantação da Boa Nova, gera-nos a impressão de que eles foram privilegiados pela presença do Mestre, propiciando o chamado pessoal.
No entanto, por meio do Evangelho, Jesus prossegue a convocar as almas despertas para o mesmo trabalho. Assim como no passado, que Sua voz ecoava nos corações dos que estavam prontos para segui-lo, hoje o Evangelho é a sempre atual voz de Jesus.
No capítulo: Muitos os Chamados, Poucos os Escolhidos, item 12, lemos: “Quem quer que conheça os preceitos do Cristo e não os pratique, é certamente culpado (...)”, desta forma, o contato com as diretrizes apresentadas no Evangelho, devem provocar profundas transformações comportamentais, não permitindo que o homem siga sendo o mesmo.
Assim, Jesus chamou e prossegue chamando a muitos, e escolhendo os que apresentam maiores disponibilidade em servir, e servido, promovem em si mesmos, as modificações necessárias em sua estrutura moral.
  Como vemos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, é o caminho mais seguro para as aquisições da alma, e sua observação cuidadosa, uma necessidade constante.
Crer em uma vida feliz, sem a substituição dos valores medíocres e marcados pela inferioridade é ilusão.
O Evangelho é uma obra de primeira grandeza e que aguarda, pacientemente, que o homem desperte para a necessidade de sua aplicação. Seu conteúdo é de origem divina e que ofusca aos olhos que apenas concebem a materialidade.
Tudo o que acontece a nossa volta, tem como gênese a condição de adiantamento ou não do Espírito, que caminhando pela imortalidade, armazena experiências e aprende sempre, depurando-se e tendo como norte a perfeição relativa.
Com Jesus na condição de Governador do planeta, o Evangelho é o manual de conduta, que orienta a criatura humana sobre as regras, as leis e acima de tudo, sobre sua destinação.
Sem o Evangelho, nos faltaria a segurança com relação a estrutura da vida e sem a capacidade de entender, nem sequer poderíamos viver. Seríamos impulsionados a uma vida fútil e uma reencarnação quase estéril.
Na expressão de Jesus “Eu sou o caminho a verdade e a vida”, somos forçados a entender que o Evangelho traduz passo a passo esse caminho, essa verdade e que nos leva para a vida.
Hoje existem muitas obras Espíritas que auxiliam a caminhada do homem, porém, todas elas nasceram das verdades trazidas anteriormente pelo Evangelho, cujas ideias estão popularizadas de várias formas, aguardando que o homem lhe reconheça a grandeza e se felicite em aplicá-las.

Lembramos ainda que o Evangelho traça o perfil de Jesus, nele está contido as ideias, o comportamento e o caráter do Mestre. Estudar o Evangelho é aproximar-se do Cristo e reconhecê-lo com o próprio coração.
Nesta data, que levantamos homenagem aos cento e cinquenta anos de O Evangelho Segundo o Espiritismo, desejando que nossa adesão ao bem seja a manifestação de nossa gratidão, pois essa obra é prova da confiança de Jesus no futuro do homem.
Univeridade Jean Moulin, em Lião, França. Foto Ismael Gobbo
Em Lião nasceu Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), Codificador do Espiritismo,  aos 3 de outubro de 1804
Turista orando com a mão postada sobre o busto de Allan Kardec no Cemitério Pére Lachaise, em Paris, França.
Allan Kardec desencarnou em Paris  aos 31 de março de 1869.Foto Ismael Gobbo
O Evangelho Segundo o Espiritismo lançado em abril de 1864
Henri Heine (1797 – 1856)  está presente em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”,
dando instrução no capítulo XX, item 3, “Os últimos serão os primeiros”.

Marina (Port de l’Arsenal) com o “Boulevard de la Bastille”. Paris, França. Foto Ismael Gobbo
O Espiritismo foi codificado por Allan Kardec em Paris.
Torre Saint-Jacques,  é um monumento em estilo gótico e  tudo o que restou  da  igreja de  Saint-Jacques-de-la-Boucherie
 (“da carnificina”) do século XVI, destruída durante a Revolução Francesa.  Paris, França.  Foto Ismael Gobbo

Homenagem ao livro espírita 157 anos de O Livro dos Espíritos: 18-04-1857/ 18-04-2014


(recebido em email de Leopoldo Zanardi)
Ficheiro:Le Livre des Esprits 2.jpg
O Livro dos Espíritos  lançado em 18-04-1857
Imagem: internet


Estátua de Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) ao lado da Faculdade de Direito de Paris- Sorbonne
Em Paris Allan Kardec codificou o  Espiritismo. Foto Ismael Gobbo

Allan Kardec, Codificador do Espiritismo, Óleo sobre tela por  Nair Camargo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 18-04-2014.

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/ABRIL/17-04-2014.htm

Artigo especial. Evangelho – 150 anos III

PUBLICADO ORIGINALMENTE NA RIE
REVISTA INTERNACIONAL DE ESPIRITISMO
MATÃO, SP. ABRIL/2014.


Artigo especial. Recordando Allan Kardec


Yeda Hungria. Niterói, RJ
yedahungria@yahoo.com.br

Manhã de 31 de março de 1869.
O professor Rivail empacota no escritório sua extensa coleção de livros. Os preparativos para a mudança do apartamento da Passage Sainte-Anne para a Ville de Ségur absorvem-lhe considerável parte do tempo. Amélie Boudet, a dedicada esposa, ausentara-se para as compras.
A criada vem chamá-lo para atender um visitante. Bate seguidas vezes à porta, sem resposta. Intrigada, penetra no aposento e assusta-se com a triste cena: o bondoso patrão prostrado ao solo, desfalecido. Requisitado imediatamente o socorro médico. Pouco depois, irrompe o amigo Alexandre Delanne e tenta reanimá-lo com passes magnéticos. Em vão. Tombara Allan Kardec, o gigante do espiritismo, vitimado por fulminante aneurisma. Volve à pátria espiritual, de onde viera com o mandato, fielmente cumprido, de despertar o homem para a existência real da  alma, sua eternidade, e a respectiva consequência filosófica.
Manhã de 16 de outubro de 1998, cento e vinte nove anos decorridos aquela data. Ensolarado, mas frio domingo parisiense.
Procedemos de Lisboa, ainda com as doces impressões do Congresso Espírita Mundial.
Da janela do Hotel Terminus Est, defronte à Gare de l'Est, observávamos o movimento dos transeuntes, aguardando o confrade Eduardo Vasconcellos, residente em Paris e nosso cicerone, para um 'tour' espírita.
 Inicialmente, rumamos ao Cemitério do Père-Lachaise, no Boulevard de Ménilmontant, em visita ao túmulo de Allan Kardec.
 Alcançamos a Rue des Rondeaux e nos dirigimos à entrada do fundo do campo santo, em razão de o sepulcro do Codificador situar-se próximo, evitando atravessar a grande extensão do cemitério, a partir da Porte Principale.
 Ultrapassada a Porte Gambetta, percorremos a Avenue des Combattants Étrangers, admirando aqui e ali a suntuosidade dos mausoléus, em verdade monumentos artísticos às memórias e feitos dos seus 'ocupantes'. Muitos acreditam tratar-se da última morada e se esmeram em proporcionar beleza e pujança ao local dos despojos, ignorando o prosseguir da vida além-túmulo. Sabemos, contudo, que somente por ações no bem no plano físico, espíritos imortais que somos, construiremos as celestiais habitações de luz.
Inaugurado em 1804, o Père-Lachaise conta com cerca de 3.000 sepulturas de interesse histórico, artístico, cultural ou sentimental. Com 44 hectares, a área equivale a do Estado do Vaticano, e sua planta sugere uma cabeça voltada para o lado direito.
Muitos propõem que este cemitério deveria ser classificado como museu, porquanto caminhar por suas alamedas representa uma viagem pela história da França ao longo dos dois últimos séculos.
À sombra de suas 5.300 árvores centenárias estão sepultadas célebres personagens, entre elas, Balzac, Gay-Lussac, Delacroix, Bizet, Auguste Comte, Chopin, Hahnemann, Musset, La Fontaine, Molière, Oscar Wilde, Modigliani, Proust, Rossini, Champollion, Saint-Hilaire, Poulenc e tantos outros, gigantes das artes, literatura e conhecimentos. Também a tumba do famoso escultor Paul Landowski, autor da estátua do Cristo Redentor, dominante sobre a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
Prosseguindo, divisamos ao longe uma construção em formato de dólmen. À medida que dela nos aproximávamos, a emoção nos ia dominando... dominando... até à comoção! Era o túmulo de Allan Kardec. Sensação indescritível ao ver de perto o monumento, por nós tão conhecido através de fotos, merecido preito  dos espíritas franceses a quem nos legou a Terceira Revelação; aquele a quem temos reverenciado com infinito respeito e admiração, desde o nosso ingresso na abençoada doutrina. Do estudo de suas obras herdamos a consolidação do caráter e a construção de uma nova visão de vida, capacitando-nos para o exercício da solidariedade humana e do crescimento espiritual.
O êxtase foi interrompido com a chegada de quatro jovens senhoras sobraçando flores frescas. Eduardo nos informou que são elas encarregadas pela União Espírita Francesa de manterem o local sempre florido, a quem transmitimos o agradecimento em nome dos espíritas do Brasil.
Diante do belo monumento druida esculpido em granito, composto de três blocos verticais a sustentar outro, horizontal, o pensamento viajou no tempo, até à Gália, à época de Júlio César, onde o professor Rivail vivera como o sacerdote Allan Kardec...
Segundo o pesquisador Herculano Pires, "poucos espíritas sabem das ligações do mundo celta, povo que vivia na Gália, com o espiritismo. Historicamente, essas ligações decorrem das semelhanças doutrinárias entre o espiritismo e o druidismo, a religião dos celtas."
Léon Denis nos diz que "a doutrina céltica se dirige, sobretudo, às almas corajosas que se esforçam para escalar os altos cumes; a todos aqueles que veem na vida uma luta constante contra os instintos inferiores; aos que consideram a prova como uma purificação e evolvem em direção à luz, em direção à suprema beleza."
Allan Kardec foi dessas almas de escol, consolidada nos ensinos célticos, ou não conseguiria, em pouco mais de dez anos, trazer à humanidade a monumental e incontestável doutrina espírita.
A edição de junho de 1869 da Revista Espírita relata que, ao cogitar-se da construção do dólmen, o frontispício teria a inscrição "Todo efeito tem uma causa; todo efeito inteligente tem uma causa inteligente; a potência da causa inteligente está na razão da grandeza do efeito." Entretanto, o texto foi substituído pela máxima tão conhecida "Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sempre, tal é a lei."
O editorial da mesma Revista Espírita, quando da desencarnação do Codificador, declara: "Na Terra, a obra tomará o lugar do indivíduo. Não nos uniremos em torno de Allan Kardec; estaremos unidos em torno do espiritismo, tal qual ele o constituiu, e, por seus conselhos, sob sua influência, avançaremos a passos certos para as fases prometidas à humanidade regenerada."
Quando nos preparávamos para orar junto ao mausoléu, surgem turistas poloneses. Param, observam com simpatia o mausoléu, e da fala do guia só identificamos os vocábulos Allan Kardec. O que teria ele dito àquelas pessoas a respeito do missionário de Lyon?
Sua memória, até hoje, é tão frequentemente venerada que a administração do Père-Lachaise atesta, oficialmente, ser o seu túmulo o mais visitado, seguido pelo da cantora Edith Piaf, que sabiamente declarara certa vez: "A morte não existe".
Deixando o campo santo, fomos ao Palais Royal. A primeira edição de O livro dos espíritos, em lançamento, fora exposta no pátio em uma das barracas de livrarias.
Por fim,  dirigimo-nos à residência de Kardec.
A Rue Saint-Augustine, na passage Sainte-Anne 59, galeria de mesmo nome, acolhera o seu último endereço. Ali deixara a vida no último dia de março de 1869, entre 11 e 12 horas. Inicialmente sepultado no Cemitério de Montmartre fora mais tarde trasladado ao Père- Lachaise.
Estacionamos diante do secular prédio de apartamentos a contemplar a fachada ricamente trabalhada, segundo a ordem arquitetônica romana. Um pórtico com duas colunas  apoia um frontão sobranceiro à placa Passage Ste. Anne e ao número 59. A ampla entrada, com 1,60 metros de largura, conduz, por uma galeria, a uma porta de entrada, alta, dividida em duas partes, para acesso aos apartamentos. Com grande emoção giramos a mesma maçaneta que, por tantas vezes, Kardec e a esposa Amélie, ativa colaboradora, o fizeram!
Subimos um lance de escada. O seu apartamento se  localizava à esquerda. Na residência funcionava, também, o escritório da Revista Espírita.
O imóvel estava alugado por não ter os espíritas franceses recursos financeiros para sua aquisição. Acredito que se o Movimento Espírita brasileiro tivesse conhecimento desse fato na época poderíamos dispor de um museu do espiritismo em Paris.
Diante daquela porta, pusemo-nos em sentida gratidão ao missionário que nos legou uma nova ética comportamental e a certeza da perenidade do ser sobrevivente ao corpo.
À saída, o sol brilhava intenso no céu parisiense iluminando o prédio antigo, silenciosa testemunha de uma extraordinária história imorredoura!
Quem sabe, fosse a luz tributo a um dos maiores benfeitores da humanidade...
Yeda Hungria (E) em Paris, França. Rue Sainte-Anne 59: Galeria (passage) de acesso ao apartamento de                Kardec.

Yeda no  dólmen  de Kardec no Père Lachaise. Paris, França.
Palais Royal. Em abril de 1857havia no local das esferas barracas de diversas livrarias;
numa delas expunha-se a primeira edição de O Livro dos Espíritos

Pont au Change no Rio Sena  com Teatro Châtelet, Torre Saint Jacques e Praça Châtelet, Paris, França. Foto          Ismael Gobbo
Túmulo de Jean François Champollion “O Jovem” em forma de obelisco egípcio
Cemitério Père Lachaise, Paris, França. Foto Ismael Gobbo

Jardins do Palais Royal. Paris, França. Foto Ismael Gobbo

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 17-04-2014.

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2014/ABRIL/17-04-2014.htm