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terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Antigo Egito (Ismael Gobbo) XXII– Um Breve Roteiro Turístico ao Egito




       Para os que buscam se aprofundar no estudo da fascinante história do antigo Egito e têm possibilidade de visitar aquele país, o melhor proveito poderá ser tirado com o conhecimento prévio dos principais fatos históricos vivenciados por aquele povo, em períodos classicamente conhecidos, seus governantes e as localidades onde se desenrolaram.
     Os roteiros turísticos normalmente se direcionam aos sítios arqueológicos melhores preservados, que, felizmente,  têm exemplares para ilustrar toda trajetória da nação.
     Assim, no Baixo Egito, temos como atrações as famosas necrópoles de Sacará e Gizé, situadas no subúrbio do Cairo, com os maiores monumentos funerários que o mundo conheceu – as majestosas pirâmides. A cidade de Mênfis, que era a capital dessa região, não sobreviveu. Dela restam apenas a famosa Esfinge de Alabastro e algumas estátuas expostas em museu ali existente, uma delas gigantesca, retratando Ramsés II.
     Outra parada obrigatória para os visitantes são Luxor e Carnac, na área da antiga Tebas, capital do Alto Egito, onde além dos dois importantes templos que distam três quilômetros entre si, temos, do outro lado do Rio Nilo, as famosas necrópoles do Novo Império: Vale dos Reis, Vale das Rainhas, Vale dos Nobres, Vale dos Artífices e Vale dos Trabalhadores. Essas sepulturas escavadas na rocha merecem ser vistas sobretudo pelas suas pinturas murais, uma verdadeira maravilha que as palavras são insuficientes para definir. Destacam-se nas necrópoles mencionadas as tumbas de Tutancâmon, com o sarcófago que contém a sua múmia; a de Nefertari, esposa de Ramsés II, esplendidamente preservada; as de vários Ramsés; e o templo de Hatshepsute, em Deir-El-Bahari. Ainda na região, pode-se conhecer os templos de Seti I, em Abidos e o de Hathor em Dendera.
     Subindo em direção dos territórios núbios outras grandes obras se apresentam: O templo de Hórus, em Edfu, muito bem conservado; os templos da antiga Pa-Sobek, na atual Kom Ombo e Assuã, que os gregos chamaram de Elefantina, onde podem ser vistas dezenas de sepulturas no monte Tabet- El-Haua; o famoso templo de Filé, dedicado á deusa Ísis, e os vestígios das pedreiras das quais eram extraídos os enormes blocos de granito para as grandes construções dos faraós. Mais ao sul do Lago Nasser, a trezentos e vinte quilômetros de Assuã, chega-se ao famoso templo de Ramsés II, na célebre Abu Simbel.

Os grandes Museus

     A instrução prévia a que nos referimos anteriormente facilita entender os materiais arqueológicos egípcios expostos nos grandes museus da Europa, Estados Unidos e, por que não, também no Brasil, no Museu da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, que contem uma preciosa coleção adquirida pelo imperador D. Pedro II.
     Inserem-se entre os acervos mais importantes, os do Museu do Cairo, no Egito; Museu Egípcio de Turim, na Itália; Museu Britânico, em Londres; Museu do Louvre, em Paris; Museu de Berlim, na Alemanha; e, nos Estados Unidos, o Metropolitano de Nova Iorque.
     No Cairo, o seu museu tem como principais atrações o fabuloso tesouro de Tutancâmon e exemplares de múmias de diversos faraós.
     Em Turim, o museu egípcio, fundado em 1824, ganhou importantes coleções adquiridas no alvorecer das grandes escavações arqueológicas seguintes às expedições napoleônicas. Alguns de seus papiros e estátuas de grande porte são inéditos e foram objeto de cuidadoso estudo por Jean François Champollion, o pai dos hieróglifos, que trabalhou em pesquisas naquele museu.
     A famosa “Pedra de Roseta”, descoberta pelos franceses em 1799 e que passou ao domínio dos ingleses em 1801, é a vedete do Museu Britânico, em Londres.
     O Museu do Louvre, cuja fama dispensa comentários, rivaliza com o de Londres, apresentando ricas coleções arqueológicas que abrangem todos os aspectos da vida cotidiana dos egípcios.
     Em Berlim o visitante defronta-se com uma das peças mais importantes herdadas do Novo Império – o busto original da célebre rainha Nefertiti, esposa daquele que promoveu a mais importante reforma religiosa no Egito – Amenófis IV, ou Aquenáton.
     Enfim, a inolvidável história do Egito pode ser conferida não só dentro de seu próprio território, como também nos imensos tesouros expostos em museus, galerias de arte e até nos belos obeliscos que se erguem altaneiros nas praças públicas de vários países.

Agradecimentos:
A Eduardo Maia Souto e Aparecida de Fátima Michelin que colaboraram
ativamente nos trabalhos de pesquisa, tradução e revisão de textos.

Bibliografia utilizada para edição dos 22 artigos:

●British Museum
Dictionary of Ancient Egypt
Ian Shaw and Paul Nicholson
●El Museu Egípcio de el  Cairo
Lehnert & Landrock, Cairo, Egito
●Grandes Civilizações Desaparecidas
O Egito dos Faraós
Jean-Marc Brissaud
Editions Famot
●Grenoble, musée dês Beaux-Arts
Collection égyptuenne
Paris. Éditions de la Réunion des musées Nationaux
●Israel
Palphot Ltd
●Les Champollion. deux viés, une passion
Biblioteca Municipal de Grenoble, França.
●Luxor
Giovanna Magi. Bonechi
●Museu Arqueológico de Estambul
Alpay Pasinli
●Museo Egizio
Anna Maria Donadoni Roveri
Barsone Editore, Turim, Itália
●Os Egípcios
Cyril Aldred
2º. volume da coleção
História Mundi, editora Verbo
●Os Egípcios
Melhoramentos
●Papyrus
Richard Parkinson & Stephen Quirke
British Museum Press
Londres, Reino Unido
●Realidades de Israel 
Centro de Informação de Israel, Jerusalém
●The British Museum Book of
Ancient Egypt
Stephen Quirke and Jeffrey Spencer
Londres, Reino Unido
●Todo Egipto
Abbas Chalaby,  Bonechi, 2a. edição
●Informações nos locais e museus visitados pelo autor.
●Internet, imagens e informações da Wikipédia conforme consta das legendas.
Museu Histórico Nacional da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, Brasil. O museu abriga importantes coleções arqueológicas,
inclusive do Egito do período faraônico, adquiridas  pelo imperador D. Pedro II que aparece na foto.  Foto Ismael Gobbo
Sarcófago egípcio no Museu Histórico Nacional da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, Brasil
Foto Ismael Gobbo
Múmia egípcia exposta no Museu Histórico Nacional da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, Brasil
Foto Ismael Gobbo
O templo de Ámon, na atual Luxor, está circundado pelo moderno. Do outro lado do Nilo
estão as famosas necrópoles da antiga Tebas em cujas proximidades  foram  construídos famosos  templos funerários
Foto Ismael Gobbo
Papiro Egípcio do Livro dos Mortos.  Kha e a esposa Merit diante de Osíris. Foto do Museu Egípcio de Turim, Itália
Acerto Ismael Gobbo
Museu Britânico, em Londres, Reino Unido. Foto Ismael Gobbo
Pedra de Roseta. Um  texto em três grafias diferentes. Museu Britânico, Londres. Foto Ismael Gobbo
Museu do Louvre, Paris, França.  Foto Ismael Gobbo






File:Egypte louvre 066.jpg
Pingente em ouro sólido e lápis-lazúli  trazendo  o nome de  Osorkon II.
A jóia traz a representação da sagrada tríade da família de Osíris, que tem o  filho Hórus,  à 
esquerda,  e Ísis, a mãe deste, à direita.
Pirâmide de Quéfren em Gizé. Foto Ismael Gobbo
Esfinge de Alabastro da antiga Mênfis. Região do Cairo, Egito. Ismael Gobbo
Museu do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Máscara mortuária do faraó Tutancâmon
Museu do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
O chamado “Obelisco Vaticano”  na Praça de São Pedro,  originário de Heliópolis,
 no Egito, com 25,50m de altura, trazido por Calígula no ano 37 para a 
 spina do  Circo de Nero, em Roma. Foto Ismael Gobbo
Desenho de Pietro Santi Bártoli (1699)  alusivo ao Circo de Nero, em Roma









O Antigo Egito (Ismael Gobbo) XXI– Esporte e Lazer



Não são poucas as referências ao legado histórico do Egito de práticas desportivas, como corridas, lutas, natação, competições aquáticas, caça, pesca e outras atividades direcionadas ao lazer, e entretenimentos como música, dança e jogos de tabuleiro.
     Sabe-se que algumas dessas modalidades eram genuinamente egípcias, outras foram incorporadas à sua cultura oriundas de costumes de outros povos que os dominaram ou que se lhes submeteram em várias oportunidades.
     Os egípcios tinham seus momentos     
     As informações acerca desses momentos de descontração, bem parecidos aos vivenciados em nossos dias, demonstram que os cidadãos do Egito, ao contrário do que se possa supor, não tinham comportamento soturno e estranho, a ponto de se envolverem unicamente com seus cultos religiosos.  Mostram-nos, ao contrário, que também eram alegres e, como hoje, suas crianças não dispensavam brinquedos, os jovens cheios de vida buscassem muitas atividades sociais, culturais e físicas e os adultos os seus  passatempos prediletos.
    
Música e dança

     A música e a dança sempre aparecem associadas e a mais freqüente imagem encontrada nas pinturas são dançarinas aparecendo em grupos , geralmente fazendo as evoluções em duplas, onde algumas portavam instrumentos musicais, como flautas, pandeiros, castanhetas ou chocalhos.
     Pode-se dizer documentadamente que a música foi largamente cultuada no Egito desde os períodos pré-dinásticos e, para implementá-la, introduziram paulatinamente vários instrumentos musicais, que, já à época faraônica, podiam ser agrupados em quatro tipos básicos: idiofônicos, membranofônicos, aerofônicos e cordofônicos.
     Os instrumentos musicais idiofônicos eram representados pelo chocalho, sistro, pratos e sinos, apresentando todos eles forte ligação com as cerimônias religiosas.
     Entre os membranofônicos, aparecem os tamborins, com freqüência tocados por garotas nos banquetes ou cerimônias, e o tambor, utilizado tanto no meio militar como nas procissões religiosas.
     Os aerofônicos conhecidos eram a flauta, o primeiro do gênero introduzido pelos egípcios, clarinetes, duplos oboés e a trombeta, usualmente conectada ao braço.
     Entre os últimos, os cordofônicos, alinham-se a harpa, genuinamente egípcia, e o alaúde e a lira, importados da Ásia.
     No quotidiano a música e a dança eram típicas dos banquetes e festas, mas, também, aparecem como danças rituais, que, provavelmente, eram tidas como indispensáveis aos resultados de certas cerimônias funerárias e religiosas, como fazem crer as ilustrações de dançarinas usando saiotes e coroas de junco ao longo das procissões.   No capitulo das danças, os especialistas encontram alguma distinção entre a dança propriamente dita e as chamadas acrobacias, onde muitas dançarinas aparecem em poses atléticas, dando cambalhotas apoiadas sobre as mãos e com as pernas erguidas ou com as costas dobradas.
     Algumas dessas ilustrações de dança são tão interessantes e se apresentam tão detalhadas que, pela análise dos movimentos, perfeitamente delineados nas sucessivas cenas, ensejam, sem dificuldades, perfeita e fiel reconstituição na forma como eram realizadas. 

Os jogos

     O mais comum dos jogos que se conhece são os de tabuleiros, muito parecidos com os jogos de dama e de xadrez da atualidade.
     Embora as regras não sejam conhecidas, acredita-se que muitas eram as variações adotadas nesse tipo de jogo.
     A mais popular mesa de jogos conhecida pelos egípcios era o Senet,, do inicio do período dinástico, um jogo de “passagem” elaborado sobre mesas revestidas ou simplesmente sobre quadrados riscados diretamente sobre a superfície de pedra.
     Esse antiqüíssimo jogo desenvolvia-se entre dois jogadores que tinham um determinado número de peças, geralmente sete, distinguidas por uma forma ou cor e jogadas sobre uma grade de trinta quadrados conhecida como “casas”, organizadas em três fileiras de dez. As movimentações se davam pelo lançamento de varetas, geralmente confeccionadas com ossos de canela de animais. Em uma das mesas conhecidas o objetivo era o de transportar as peças ao redor de um rastro de cobra, daí ser conhecido como jogo de mesa serpente, para terminar, após seus sucessivos lances, em um dos dois quadrados que indicavam boa ou má sorte.
     Ainda sobre o difundido jogo de tabuleiro, sabe-se que os menos comuns foram os de vinte quadrados,  que se pensa ter sido introduzido através da parte ocidental da Ásia. De qualquer forma, os exemplares recolhidos das tumbas egípcias e até hoje preservados adotam com mais freqüência cinco pedras e, invariavelmente, dois jogadores.

Caça e Pesca

     Embora não se saiba qual o exato grau de importância que a caça e a pesca tiveram como meio de subsistência no período faraônico, ambas são abundantemente retratadas nas cenas que mostram suas práticas no Egito. De qualquer forma, sabe-se que fizeram parte da alimentação da população.
     A pesca se dava sobretudo nas regiões alagadas do Delta e era feita com a utilização de leves barcos confeccionados em talo de papiro e junco, lanças e redes.
     A caça podia ser de pequena monta  apreensão de pássaros às margens do Nilo  como as violentas e perigosas caçadas ao veado selvagem e leões nas terras desertas, os touros, crocodilos e hipopótamos nos pântanos.
     Por ocasião do Novo Império, descrições exaltam o heroísmo faraônico como bom caçador de animais, aparecendo eles entre touros, leões, elefantes e rinocerontes, apresentando uma faceta caracterizadora do estilo da realeza egípcia.
     Isso se comprova por duas séries de camafeus comemorativos de Amenófis III, que apresentam uma descrição detalhada de sua caça de touros selvagens e leões, bem como na decoração do primeiro pilar do templo mortuário de Ramsés III, em Medinet Habu, que inclui a figura do rei e seus soldados caçando touros.
     Ao que tudo indica, esses costumes se revestiam de violência e podiam ser realizados em recintos fechados, onde os animais encurralados não tinham chance de escapar. Essas são as evidencias demonstradas por buracos visíveis em Soleb, na alta Núbia, aparentando armadilhas e indicando uma possível clausura ao redor de um parque de caças que cobria uma área de 300x 600 metros.  

Próximo, artigo final: Um Breve Roteiro Turístico ao Egito

Dupla tocando alaúdes. Tumba de Nebamon, um nobre da XVIII Dinastia. Tebas.
File:NefertariOfferingToHathor crop.jpg
Nerfertari faz oferenda de  Sistros à deusa Hathor que está sentada. Templo de Nefertari em Abu Simbel
File:TombofNebamun.jpg
O caçador, acompanhado pela esposa e pela filha  apanha a caça ajudado por um gato.
Pinturas que foram cortadas da parede do túmulo do escriba Nebamon, traduzido como “Meu Senhor é Amon”,
compradas por um colecionador britânico que as vendeu ao Museu Britânico em 1821. Do Novo Império, Tebas.



Câmara funerária de Nefertari, esposa de Ramsés II no jogo de Senet. Tebas.
A dançarina. Peça em Calcário com pintura. Da época de Ramsés, Tebas. Museu Egípcio de Turim, Itália
Imagem: Foto fornecida pelo  Museu. 
File:Fishermen in Mereruka’s tomb (Kairoinfo4u).jpg
Graciosa obra de arte em relevo e pintura retratando pescadores na tumba de Mereruka em Sacará, Egito. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Fishermen_in_Mereruka%E2%80%99s_tomb_(Kairoinfo4u).jpg
File:Nofretete Neues Museum.jpg
Busto de Nefertiti.
Museu de Berlim, Alemanha. Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/Nefertiti




Árabes tocando e dançando para turistas em rua de Luxor, Egito. Foto Ismael Gobbo

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 27-11-2012

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NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 26-11-2012

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