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domingo, 4 de novembro de 2012

O Antigo Egito (Ismael Gobbo) XVIII– Os templos




A religião sempre foi alvo de muita atenção por parte dos egípcios, que são, tradicionalmente citados como um dos povos mais religiosos que o mundo conheceu.
     Para o desenvolvimento das atividades religiosas edificaram muitos templos, cujas plantas variaram proporcionalmente às necessidades ou importância dos locais onde foram construídos.
     Os exemplares que têm possibilitado uma idéia mais precisa acerca dessas obras são os que sobreviveram a partir do Novo Império, principalmente o de Ámon em Luxor e o de Hórus, em Edfu, que está bem conservado.
     Esses edifícios, também chamados “casa dos deuses”, às vezes assumiam proporções gigantescas e, além de servirem aos cultos, comumente centralizavam atividades econômicas e administrativas vinculadas ao patrimônio do templo. Devido a isso, considerável mão-de-obra era requisitada e, ao lado dos sacerdotes que celebravam os ofícios religiosos, os templos também dispunham dos escribas e profissionais de várias áreas para dirigirem obras, controlar finanças, comércio, indústria e as propriedades rurais que se prestavam à agricultura e pecuária.
     Neste diapasão, nas pequenas vilas um templo não ia além da porta de ingresso e uma câmara, noutras maiores se apresentam como verdadeiros palácios e, numa capital, como em Tebas ou Mênfis, eram imensos, comportando dezenas de salas, esplêndidos pátios com colunas e pórticos, lagos, escolas, bibliotecas, lojas, armazéns e graciosos jardins.

Grandes Obras

     Amenófis III deixou seu nome indelevelmente assinalado como um dos maiores construtores do Egito. Uma de suas grandes obras foi o templo edificado do outro lado do Nilo, em cujo local só restam as duas estátuas de dezesseis metros de altura, que guarneciam a porta de entrada, conhecidos como “Colossos de Memnon”. *
Das ruínas desse templo funerário foram retiradas inúmeras estátuas que adornaram pátios de outros templos e palácios, algumas das quais, como as da deusa Sekhmet, estão expostas no Museu do Louvre, em Paris.
     Os vestígios são suficientes para corroborar a descrição do templo feito para durar “milhões de anos”, uma homenagem de Amenófis ao deus Amon, cultuado em Tebas:
     Uma estela que se encontrava nas proximidades do templo funerário de Amenhotep, famoso arquiteto de Amenófis III, ao descrever as grandes obras do faraó assim se expressa em relação ao templo famoso:
     “Então Sua Majestade teve o prazer de construir um grandioso monumento, sem igual depois do começo dos tempos. Construiu-o para que seja o monumento de seu pai Amon, Senhor dos Tronos e dos Dois Países, erigindo-lhe um augusto templo a estibordo da cidade de Tebas, uma eterna fortaleza de arenito, embelezada, em toda parte, com ouro; o Sol aí é de prata cintilante e todas as suas portas são em electrum.”      
     A visitação aos templos egípcios sempre consta dos roteiros turísticos e é um item que merece ser bem explorado junto aos guias especializados que acompanham as excursões. Melhor ainda se o visitante fizer um estudo prévio sobre a história da interessante civilização e colocar-se em condições de formular perguntas e tirar dúvidas, considerando que os profissionais de turismo no país são bem preparados, inclusive muitos deles com formação para leitura dos hieróglifos grafados nas paredes, nas colunas e nos sarcófagos.
     Nos templos egípcios, que são vários,  se pode aprender muita coisa ao vivo e  em cores, e, para tanto, um bom guia é fundamental.
     Assim em Luxor, onde se situava a antiga Tebas, reduto esplendoroso dos faraós do Novo Império, encontramos obras gigantescas e maravilhosas. E em ambas margens do Rio Nilo e bem próximas umas das outras.
     O templo de  Ámon em  Luxor se mistura com a cidade moderna. Com 260 metros de extensão, foi iniciado por Amenófis II, ampliado por Tutmósis III e concluído por Ramsés II. Esse complexo era unido ao imenso templo de Carnac numa distância de mais de três quilômetros por uma avenida ladeada por esfinges, restaurada recentemente,  comportando esfinges com corpos de leão e cabeças de carneiros, falcões ou de humanos. Do templo de Luxor foi retirado um dos obeliscos que ladeava a porta de ingresso e transportado para a França onde se encontra fincado na Praça da Concórdia. No templo de Carnac além das grandes dimensões impressiona a Sala Hipostila com suas 134 colunas de 23 metros de altura forradas de inscrições e com capitéis majestosos em forma de papiro aberto com 15 metros de diâmetro e com capacidade para abrigar em seu topo 50 pessoas. Do outro lado do Nilo, além das famosas sepulturas dos reis e rainhas merece destaque o templo funerário da mulher-faraó, Hatshepsute, escavado na rocha e concebido em em dois pisos pelo arquiteto Senemute.
     Dentre os muitos templos espalhados pelo Egito podemos relacionar: Templo de Ramsés II,  em Abu Simbel  no Alto Egito; Templo de Isis, em Filé, Templo de Kom Ombo, Templo de Horus em Edfu, Templo de Ramsés III em Medinet Habu, os templos de Luxor e Carnac sobre os quais já falamos, Templo de Hathor em Dendera, Templo de Seti I em Abidos, etc.   

O Faraó e o culto
    
     Nas representações encontradas nas paredes, estelas e obeliscos dos templos, o faraó é frequentemente visto sozinho diante das divindades, tanto para fazer as suas ofertas como para receber as suas bênçãos e recompensas.
     No Egito, o faraó não só era a máxima autoridade administrativa, como, também, o supremo mandatário religioso. Em determinadas cerimônias, era ele próprio quem celebrava os cultos, tarefa ordinariamente cometida aos altos sacerdotes, seus representantes.
     Nos templos egípcios existiam determinados setores que eram inacessíveis ao público, as chamadas câmaras de culto ou santuários, onde era guardada a imagem do deus cultuado na localidade,  ao qual os sacerdotes faziam as ofertas cotidianas. As celebrações direcionadas ao público se davam em local mais aberto, nos enormes pátios, onde os sacerdotes se apresentavam como um elo de ligação entre os homens e os deuses, levando a estes os pedidos, o louvor ou os agradecimentos. Em determinados festivais, todavia, a estátua do deus do templo era colocada sobre um barco dourado e transportada em procissão pelas ruas acompanhada dos sacerdotes.
     A intimidade reverencial entre o faraó e os deuses, contida nos diálogos dos templos fez com que a figura do mandatário egípcio se robustecesse ante os súditos, ensejando que da mesma forma que o governante era obediente aos deuses, também eles deviam obediência àquele que lhes dirigia os destinos na terra.
     Essas colocações são muito freqüentes nas cerimônias das ofertas às divindades, sobretudo por ocasião das edificações de monumentos e templos em honra aos deuses homenageados, que, em contrapartida, acreditavam, lhes recompensaria com a saúde, beleza, poder e riquezas, como se pode avaliar das seguintes citações: Amon agradece a Tutmés II: Venho, pois, ver este belo e puro monumento que meu filho, saído de mim, meu bem-amado, rei do Alto e Baixo Egito... que já dispõe do mesmo trono que tem feito para mim... e dou-lhe vida duradoura, riqueza idêntica à de Rá, para sempre”.  “Meu filho, querido Tutmés, que tem feito construir minha casa, que tem embelezado meu templo de admiráveis monumentos, tu és um filho que tem zelado por seu pai, que faz aumentar as ofertas daqueles que lhe crêem. Eu te concedo mais vida, mais duração, mais riqueza em recompensa por esses monumentos eternos que tu tens feito”.  Nut agradece a Tutancâmon: “Filho bem-amado de meu ventre, senhor das duas terras, Tutancâmon, eu, tua mãe que lhe deu a beleza, eu que te elevei quando tu eras menino, eu derramarei temos entre os nove arcos (os países inimigos), muito respeito entre os núbios... em recompensa por esses belos monumentos que tu tens feito”.
     Alguns historiadores vêem nessas manifestações de apreço dos deuses pelas homenagens recebidas, uma fórmula dissimulada de uso utilitário da religião, onde, por projeção, os súditos também deviam obediência irrestrita ao mandatário por aquilo que este lhes propiciasse em bens e serviços.
     É indubitável que o Egito tenha tido governos tiranos e escravocatas, todavia, os mesmos historiadores que alinham os maus governos fazem justiça àqueles que mereceram o respeito e consideração dos governados, por terem sabido conviver com a prosperidade e a justiça. 

Próximo artigo: Aspectos do Cotidiano (1)

Ficheiro:Abu Simbel, Ramesses Temple, front, Egypt, Oct 2004.jpg
Templo de Ramses II em Abu Simbel.
Templo de Isis em Filé
Foto Ismael Gobbo
File:Temple of Edfu 02.jpg
Templo de Hórus, em Edfu.





O templo de Ámon, na atual Luxor, está circundado pelo moderno. Do outro lado do Nilo
estão as famosas necrópoles da antiga Tebas em cujas proximidades  foram  construídos famosos  
templos funerários.  Foto Ismael Gobbo
O enorme e majestoso templo de Carnac. Em primeiro plano a avenida das esfinges.
Foto Ismael Gobbo
As imensas colunas encimadas por capitéis em estilo de papiro aberto do templo de Carnac, na antiga Tebas.
Foto Ismael Gobbo
Templo funerário de Hatshepsute em Deir-el-Bahari. Projeto concebido pelo arquiteto Senemute
 em dois pisos  e escavado na rocha. foto Ismael Gobbo
Duas das muitas pinturas murais do templo funerário de Hatshepsute em Deir-el-Bahari
Foto Ismael Gobbo
Ficheiro:Denderah1.jpg
Templo de Hathor em Dendera
Ficheiro:Abydos sethi.jpg







                                             Baixo relevo do templo de Seti I, em Abidos

Colossos de Memnon. É tudo o que resta do templo funerário de Amenófis III, em Tebas,
atual Luxor. As estátuas de vinte metros de altura guarneciam a entrada do templo que não mais existe. Foto Ismael Gobbo
Lago Sagrado no templo de Carnac, Egito. Foto Ismael Gobbo



NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 05-11-2012

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http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/NOVEMBRO/05-11-2012.htm

Focalizando o Trabalhador Espírita (167) Marcia Ferreira Ramos Leal


Marcia Ferreira Ramos Leal
Valença, RJ


Nesta entrevista vamos falar com Marcia Ferreira Ramos Leal,
Leal,  presidente do Grupo Espírita de Amor, Humildade e Ca-
ridade, a segunda casa espírita mais antiga de Valença, fundada
no  dia  1º. de outubro  de 1923,  no  estado Rio  de    Janeiro,  
cidade onde Marcia nasceu e reside. Além de participar da  di-
reção  e das  várias  atividades da  casa  que preside, Márcia é
oradora e atuante no movimento de unificação.


Márcia, pode nos fazer sua auto apresentação?
Sou a sexta filha de Humberto Corrêa Ramos e Iracema Ferreira Ramos. Nasci em Valença-RJ, no dia 18 de outubro de 1967, onde ainda moro. Sou casada com o também professor Paulo Roberto Figueira Leal – não temos filhos, mas convivemos muito proximamente com 9 sobrinhos.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?
Graduei-me em História e lecionei por breve período na rede pública estadual. Hoje sou colaboradora voluntária da Livraria Espírita Yvonne Pereira, em Valença.

Como você conheceu o Espiritismo e desde quando é Espírita?
Desde a infância, convivi intensamente com a família (toda ela espírita) de uma grande amiga, a Simone Victorino Furtado. Apesar da proximidade com espíritas por quase toda a vida, fui participar de fato do movimento já adulta. Milito com assiduidade em casas espíritas há aproximadamente seis anos.

A que casa espirita você está vinculada presentemente?
Sou presidente do Grupo Espírita de Amor, Humildade e Caridade, em Valença-RJ.

Pode nos fazer uma retrospectiva de sua atuação no movimento espirita durante esses anos?
Comecei participando do ESDE e trabalhando na recepção da casa, além de ajudar na organização da biblioteca. Fiz o curso de passe e iniciei o trabalho como médium passista. Hoje, além das atividades de passe, participo do trabalho de educação mediúnica e faço parte da equipe do ESDE na casa em que milito. Sou também coordenadora administrativa do 24º Conselho Espírita de Unificação (CEU) de Valença e Rio das Flores. Ministro palestras em várias casas do município.

Quais as casas espíritas na cidade de Valença?
Centro Espírita de Valença; Grupo Espírita de Amor, Humildade e Caridade; Casa de Caridade Antônio José da Silva; Grupo Espírita Joana D’Arc; Grupo Espírita Fé, Amor e Caridade; Grupo Espírita Lar Meimei; Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho; Grupo Espírita Casa do Caminho Irmãos de Boa Vontade; Grupo Espírita Chico Xavier; Centro Espírita André Luiz (Juparanã); Centro Espírita Fonte de Luz (Conservatória); Centro Espírita Yvonne Pereira, que, apesar de ficar no município vizinho de Rio das Flores, integra a União Municipal Espírita de Valença (UMEV) e o 24º CEU.

Conte-nos por favor a história do Grupo Espírita de Amor, Humildade e Caridade, da qual você é a atual presidente.
Foi fundado em 01 de outubro de 1923, sediado inicialmente na Rua Dona Ana Jannuzzi, nº 236. Em 14 de novembro de 1940, foi feita uma permuta com a Loja Maçônica “Simbólica Perfeita União” e a casa se instalou na Rua Silveira Vargas, nº 57, onde funciona até hoje. Desde o início (trata-se da segunda casa mais antiga do município de Valença), tem se pautado pela máxima de que a prática da caridade é uma obrigação de qualquer casa espírita que se queira coerente com a doutrina. Milhares de pessoas já foram atendidas, ao longo de 89 anos, em suas demandas espirituais e materiais. 

Que atividades doutrinárias e assistenciais vocês desenvolvem?
Palestras públicas, evangelização, mocidade espírita, estudos sistematizados da doutrina, estudo do Evangelho, seções de passe e de tratamento espiritual, atendimento fraterno, desenvolvimento mediúnico e desobsessão.

Estão vinculados ao movimento de unificação? A quais  órgãos?
Ao  24º Conselho Espírita de Unificação (CEU) de Valença e Rio das Flores, que atua como representante do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ); e à União Municipal Espírita de Valença (UMEV).

Dentre os vultos que passaram pela casa nesses quase noventa anos quais aqueles que são mais conhecidos?
Antônio Lobo Braga; Daniel Rosa; Dona Therezinha da Silva; Américo Augusto César; e Ismail Cândido Xisto, com quem convivi mais proximamente.

As suas despedidas dos nossos leitores.
Desejamos que, não apenas em Valença, mas em todo o país, que o movimento espírita tenha a capacidade de continuar levando adiante o projeto originário do espiritismo: consolar, esclarecer, servir. Que tenhamos cada vez mais integração e capacidade de organização, para potencializar os frutos de nosso trabalho e o alcance da mensagem que divulgamos.

Marcia e o marido Paulo Roberto
Fachada do G,E, Amor, humildade e Caridade, atualmente presidido por Marcia Ferreira Ramos Leal
Grupo Espírita Amor, Humildade e Caridade. Recepção. Valença, RJ
Grupo Espírita Amor, Humildade e Caridade. Valença, RJ
Grupo de Educação Mediúnica do G.E. Amor, Humildade e Caridade. Valença, RJ
Evangelho ao amanhecer. G.E. Amor, Humildade e Caridade. Valença, RJ
G.E. Amor, Humildade e Caridade. Evangelização Infantil. Valença, RJ
G.E. Amor, Humildade e Caridade. Mocidade Espírita. Valença, RJ

OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 03-11-2012

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