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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 25-10-2012

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http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/OUTUBRO/25-10-2012.htm

O Antigo Egito (Ismael Gobbo) XVI– As Piramides



As Pirâmides do conjunto de Gizé são os maiores edifícios funerários construídos pelo homem. A maior delas, que ficou conhecida como “Grande Pirâmide”, foi inscrita como uma das “Sete Maravilhas do Mundo” e é a única que sobrevive daquela relação.
     O costume egípcio de construir pirâmides encimando sepulturas remonta aos primórdios da III dinastia, quando teve inicio o chamado período menfita. Atribui-se a Imhotepe, arquiteto do rei Djoser, faraó de 2.667 à 2.648 a.C, a construção do primeiro grande exemplar  -  a “pirâmide dos degraus” em Sacará.
     Os especialistas vêem nas variantes arquitetônicas das pirâmides uma evolução que, partindo das primeiras em forma de degraus, culminam com as “verdadeiras pirâmides”, de base quadrada, quatro triângulos e as faces lisas.
     Assim sendo, a obra de Djoser nada mais seria que uma superposição de seis Mastabas (túmulos quadrados com as paredes ligeiramente inclinadas) que propiciaram a superestrutura de sessenta metros de altura.
     Em passo seguinte, surgiram os dois primeiros exemplares próximos da configuração de verdadeiras pirâmides, edificados por Snefru, pais de Quéops, que governou de 2.613 a 2.589 a.C. Uma delas, a do Sul, ficou conhecida como “pirâmide romboidal”, em face da diferença de ângulos entre a base e a parte superior. A outra, ao Norte, denominada de “pirâmide vermelha”, foi progressivamente complementada com ângulo de 43º. e 22’.
     A partir desses remotos tempos de Snefru começa a pratica de atribuir nomes às pirâmides: a romboidal ficou conhecida como “Snefru do Sul aparece em glória”, e a outra, mais regular, intitulada “Snefru aparece em glória”.
     Contudo foi Quéops, governante de 2.589 a 2.566 a.C, que teve seu nome mais intimamente ligado à construção de pirâmides, sobretudo porque a sua, a “Grande Pirâmide”, é a maior e a mais famosa de todas.
     A solidez dessas obras fez surgir no Egito o refrão: “Todo o  mundo teme o tempo, porém o tempo teme as Pirâmides” e sua grandeza foi objeto de elogios por Heródoto (séc. V a.C.), Diodoro da Sicília (Séc. I a.C.) e ensejaram a Napoleão Bonaparte, bradar inflamado à tropa: “soldados, do alto destas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam”. 

Heródoto e a grande pirâmide

     Heródoto foi um historiador de renome que deixou informações preciosas sobre as pirâmides em suas viagens ocorridas mais de dois milênios após serem edificadas.
     Apesar de em diversas passagens lançar criticas contundentes contra os egípcios, Heródoto não deixou de admirar essas grandes obras de engenharia que desafiam o tempo. Falando sobre a de Quéops, oferece-nos alguns detalhes que possibilitam entender o método construtivo das pirâmides, como nestes que reproduzimos:
     “Quéops há deixado após si uma obra colossal – sua pirâmides. Dizia-se que até o reinado de Ramsinitos, o Egito era um país muito próspero e bem governado. Quéops, que é posterior a Ramsinitos, determinou a todos os egípcios que trabalhassem para ele. Alguns tiveram a tarefa de transportar até o Nilo a pedra extraída das pedreiras dos montes da Arábia e outros deviam carregá-la em barcos para cruzar o rio desde os montes da Líbia. Havia sempre cem mil homens trabalhando, cuja troca se efetuava a cada três meses”.  “...Houve, pois, que trabalhar dez anos para terminar a estrada e construir as câmaras subterrâneas que deviam servir de tumba.  Estas se fizeram na meseta em que se alçam as pirâmides, em uma ilha criada desviando em um canal as águas do Nilo. A construção da pirâmide mesmo necessitou vinte anos de trabalho. É quadrada. Cada uma das faces mede 8 pletros (246,26 metros) e tem a mesma medida na altura. As pedras são polidas e unidas com extremo cuidado, nenhuma delas medindo menos de 30 pés (9,24 metros). Esta pirâmide foi primeiramente construída em forma de grande escada, composta pelo que alguns chamam ameia e outros chamam degrau. Depois de lhe haver dado esta primeira forma, levantaram-se as outras pedras por meio de máquinas feitas de corta-vigas.  Uma vez levantada a pedra até o primeiro degrau, colocava-se em outra máquina que ali se encontrava, com a qual se levantava até a segunda, e assim sucessivamente de degrau em degrau, pois havia tantas máquinas quantos eram os degraus. Ou, também, era a máquina, fácil de ser transportada, que se mudava de um piso a outro, após serem concluídos. Indicamos ambos procedimento, pois assim nos relataram. De tal sorte que se terminavam primeiro o cume e logo passava-se aos pisos inferiores e, por fim, acabava-se a base da pirâmide”.
     Há outras teorias que buscam explicar a maneira como os egípcios construíram as pirâmides. Uma delas, bem coerente por sinal,  é a de que teriam se valido de  rampas concebidas artificialmente  com utilização de  areia e cascalho, pelas quais faziam o arrastamento dos pesados blocos que teriam rolos sob suas bases para facilitar a tarefa.  
  
O conjunto de Gizé

     As pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, ao lado da Esfinge, localizadas em Gizé, são as mais divulgadas atrações turísticas do Egito.
     A de Quéops, maior das três, media primitivamente 146 metros de altura. Perdeu os últimos 9 metros, provavelmente pela erosão dos ventos e hoje termina em uma plataforma de 10 metros de lado. Seu revestimento externo desapareceu por completo e suas pedras, atualmente em forma de degraus, permitem serem escaladas. Em sua construção foram gastos 3.000.000 de blocos de pedra e seu volume atingia 2.550.000 metros cúbicos.
     A pirâmide de Quéfren, com 136 metros de altura, é a única que preserva parte do revestimento na sua parte mais elevada. Ainda que mais baixa que a de Quéops, a pirâmide de Quéfren parece nivelada com a  primeira, tanto por estar com sua altura integral como por ter sido construída em uma elevação do terreno.
     A de Miquerinos é a menor das três com 66 metros de altura.
     Até o ano de 1.500, a pirâmide menor conservava seu revestimento externo em granito trazido de Assuã. Atualmente só restam algumas fiadas da base. Essa pirâmide encerra em sua câmara funerária um esplêndido sarcófago de basalto ornamentado com um motivo chamado “Fachada do Palácio”, muito comum à época do Antigo Império.
     O sarcófago de Miquerinos desapareceu em um naufrágio, nas costas de Portugal, quando estava sendo transportado para a Inglaterra, porém uma urna de madeira encontra-se exposta no Museu Britânico.
     As pedras para construção das pirâmides tanto eram extraídas nas adjacências, quanto percorriam centenas de quilômetros, Nilo abaixo, como no caso dos imensos blocos de granito de Assuã.
     Heródoto assinala que a pirâmide levava informes indicativos em caracteres egípcios de quantos rabanetes, quantas cebolas e quantas cabeças de alho se gastaram para os trabalhadores. O custo atingia a soma de seis mil talentos de prata, que equivalia a 41.884 quilos de metal.
     Napoleão Bonaparte calculou que as pedras das três pirâmides seriam suficientes para construir uma muralha de 3 metros de altura por 0,30m de largura circundando toda a França.

Próximo artigo: Os tesouros de Tutancâmon

Pirâmide dos degraus em Sacará. Foto Ismael Gobbo
Ficheiro:GD-EG-Saqqara004.JPG
Pirâmide romboidal em Sacará
Ficheiro:Dahshur - Red Pyramid - Tourist policemen on camel.JPG
Pirâmide Vermelha. Dahshur
Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, em Gizé, proximidades do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Na base da pirâmide de Miquerinos  se contempla  algumas fiadas de revestimento em
blocos de granito  trazidos da região de Assuã.  Foto Ismael Gobbo
File:ISS-32 Pyramids at Giza, Egypt.jpg
As pirâmides (Quéops, Quéfren e Miquerinos), no centro da foto, vista do espaço.
A cidade do Cairo que limita-se com aquele famoso sítio arqueológico aparece logo à esquerda.
A Esfinge e  pirâmide de Quéfren, em Gizé, região do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Ficheiro:Other ramps1b.jpg
Alguns modelos de rampas que podem ter sido utilizadas na construção de pirâmides
Ficheiro:Khufu.JPG
Pequena estátua do faraó Quéops exposta no Museu do Cairo.
 cabeça da esfinge de Gizé e divulgada como sendo a representação
da cabeça do faraó  Quéfren ou de seu irmão Djedefré.
 Foto Ismael Gobbo
Miquerinos, penúltimo rei da IV dinastia e construtor da terceira pirâmide em Gizé.
Aqui aparece entre a deusa Hathor e uma deusa regional. Museu do Cairo, Egito.









Focalizando o Trabalhador Espírita (165) José Passini


José Passini

Nesta  entrevista  ouviremos o  conhecido trabalhador espírita
José Passini,  paulista  de  Nova  Itapirema,   cidade da região
de  São José do Rio Preto  e  residente  em   Juiz de Fora,  no
estado de Minas Gerais. Culto, José Passini tem  formação em
letras,  com mestrado e doutorado; conhece profundamente  o
Esperanto e Italiano, matérias que lecionou na Universidade de
Juiz de Fora, da qual foi  reitor de 1990 à  1994. É coautor do
Atlas Lingüístico de  Minas Gerais. Espírita de berço, é orador, 
dirigente, muito dedicado ao trabalho de Evangelização Infantil,
articulista de vários  órgãos da imprensa espirita e   militante no
movimento de  unificação.  Além   dessas   atividades, que  não
são poucas, a que  vem dando  mais destaque a José Passini é
a que desenvolve  analisando as  obras  que  são divulgadas   e
comercializadas como  espíritas, emitindo  pareceres   preciosos
sempre  em consonância com  o Evangelho  de Jesus e as obras
da  Codificação  Espírita,  apontando  neles  incoerências  ou 
deturpações doutrinárias.



Caro confrade José Passini, pedimos que nos faça sua auto  apresentação.

Ismael, nasci em Nova Itapirema, no estado de São Paulo, em 1926. Resido em Minas desde 1950. Sou  casado com Norma de Mendonça Passini e tenho seis filhos consanguíneos e três não-consanguineos, dez netos e uma bisneta.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou licenciado em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Mestrado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Doutorado em Lingüística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

De que forma conheceu o Espiritismo e desde quando o frequenta?

Minha família já era espírita desde a minha infância.

A que casa espírita está vinculado presentemente?

Grupo de Estudos Espíritas Garcia. Colaboro no Departamento de Evangelização da Criança, da Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora

Por favor faça-nos uma resenha de sua participação  no movimento espírita.

Diretor da Escola Espírita de Evangelização Infantil do Centro Espírita União, humildade e Caridade.
Presidente da Aliança Municipal Espírita por duas vezes.
Presidente do Centro Espírita União humildade e Caridade.
Presidente do Instituto Jesus (Obra de amparo a menores carenciados)

Como tem visto a crescente divulgação do Espiritismo pelos mais diversos meios?

Com um misto de alegria e tristeza, diante de muitas pessoas doutrinariamente despreparadas e de outras oportunistas, que veiculam mensagens contrárias àquilo que aprendemos com Kardec e através da mediunidade equilibrada, principalmente de Francisco Cândido Xavier.

Quanto ao movimento espírita acha que vai bem?

O termo Movimento Espírita é muito amplo. Se focalizarmos a FEB e algumas entidades, sim. Mas há aquelas que se descuidam dos princípios básicos da Doutrina.

Temos visto vários trabalhos de sua lavra contendo analise critica de vários livros. Desde quando iniciou esse trabalho?

Há menos de dez anos, infelizmente. Digo infelizmente porque acho que se tivéssemos, nós espíritas, começado a analisar algumas obras que foram sendo publicadas, teríamos desencorajado aventureiros – encarnados e desencarnados – a publicarem verdadeiros atentados que vemos atualmente publicados, que não só atentam contra a parte doutrinária, mas também contra a ética, a nobreza e mesmo a dignidade da mensagem espírita.

O que o levou a essa atividade?

O estarrecimento de que fui tomado, quando vi certas obras serem passadas ao público em estabelecimentos espíritas dirigidos por pessoas inconscientes da responsabilidade inerente aos cargos que ocupavam.

Quantos livros já analisou?

Até agora, vinte e dois.

Como tem sido a resposta de suas criticas por parte dos autores?

Sempre remeto a crítica ao Autor. Quando não tenho seu endereço, o faço através da editora. Só uma vez recebi resposta do Autor, que me chamou de obsidiado, de inquisidor, etc.

E do público?

Já recebi – apenas algumas – mensagens de irmãos conclamando-me à observação da caridade, da benevolência, do amor ao próximo. Mas nem um – nem um mesmo – até hoje, mostrou-me um ponto sequer em que incorri em erro, ou em que fui injusto. Só manifestações de alto pieguismo. Afinal, é cômodo “deixar pra lá...”

As suas criticas literárias tem sido divulgadas de que forma?

É uma falha no Movimento Espírita a falta – em suas publicações – de uma coluna para análise. A crítica literária é comum no meio laico, mas os espíritas, de modo geral, acham que você discordar do trabalho ou da opinião de um autor é feri-lo moralmente, é faltar com a caridade, etc. Ainda não aprendemos a separar a obra do autor.
Envio minhas análises a irmãos cujos e-mails tenho. Alguns colocam-nas na internet. Eu mesmo não tenho blog ou coisa que o valha.

Antes de divulgá-las tem procurado conversar com os autores?

Sim, mas, como já disse, só obtive uma resposta, por sinal agressiva, sem responder aos questionamentos levantados. Acontece que minhas análises são feitas quando milhares de exemplares do livro já foram publicados. Os Autores deveriam – se realmente agissem com o intuito de colaborar – submeter seus originais a irmãos capazes de opinar, ajudando-os a verificar possíveis falhas em suas obras, mas não o fazem.

Algo mais que queira acrescentar?

Argumentando sobre a necessidade de análise, escrevi três artigos que foram publicados na imprensa espírita. Vou anexá-los a esta resposta.

José Passini com a esposa  e com esposa, irmãs e sobrinhos
Passini com a esposa, irmãs e sobrinhos
José Passini com esposa e filhos em foto de duas décadas atrás
Passini  na Confraternização das Mocidades Espíritas de Juiz de Fora, em  1995
Na extrema  direita,  José Passini e  à esquerda César Reis. Viagem aos EUA, onde proferiu palestras em Miami e Nova Iorque.  Passini em palestra na cidade do Porto em Portugal. 
José Passini em palestra

OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.