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terça-feira, 25 de setembro de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 25-09-2012

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http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/SETEMBRO/25-09-2012.htm

O Antigo Egito (Ismael Gobbo) XII– A Mumificação e os Funerais



Os cuidados que os egípcios dispensaram aos seus mortos traduziram-se em precioso material de estudo para a posteridade.
     Entre eles, a prática dos rituais da mumificação de cadáveres de pessoas ou de animais foi um dos legados que mais chamou atenção dos pesquisadores da história do antigo Egito através dos tempos.
     Foi através da mumificação que se pôde conhecer com precisão as características físicas de muitos personagens, suas idades e até aqueles que portavam alguma doença. Acredita-se hoje, pelo fato de muitos corpos terem aparecido mumificado nas areias saarianas, que o processo da mumificação foi, entre os egípcios, uma forma científica de ajudar a natureza naquilo que ela, por sua conta, já vinha realizando.
     Sob o ponto de vista das celebrações fúnebres, em nada diferem dos processos atuais onde, àqueles detentores de maiores recursos, são colocados à disposição cerimônias, paramentos e sepulturas mais pomposas.
     Aliás, sob esse aspecto não é difícil imaginar a indústria e o comércio que floresceram em torno dessa atividade, que, em determinado momento, foi a principal fonte de emprego tanto de operários como de profissionais especializados.
O Processo da Mumificação
     Foi Heródoto, célebre historiador de Halicarnasso, quem nos ofereceu, na condição de testemunha ocular, excelentes esclarecimentos acerca desses rituais de preservação do corpo.
     Diz-nos Heródoto que muitos profissionais se estabeleciam e executavam o trabalho com muita destreza.
     Quando um defunto era trazido para eles, faziam a demonstração dos modelos de suportes para transporte das múmias, confeccionados em madeira e cobertos de pinturas imitando coisas reais.
     Quanto ao embalsamamento, narra, havia um método mais caro; um segundo, mais simples, que custava menos; e, um terceiro, que era o mais barato de todos.
     Feita a demonstração dos diferentes meios de conservação, eles perguntavam por qual método o defunto devia ser preparado. Escolhido e combinado o preço, os embalsamadores iniciavam os trabalhos.
     No melhor tratamento, o primeiro passo era a extração do cérebro, através das narinas, com o auxílio de um gancho de ferro. Removido este, o restante era retirado com a utilização de drogas.
     Em seguida, faziam uma incisão no flanco com um estilete de pedra etíope, através da qual retiravam todos os órgãos internos. Limpavam a cavidade através de sucessivas lavagens, enxaguavam-na com vinho de palmeira e algumas especiarias que trituravam, exceto o incenso,e, logo após, faziam a costura.
     O passo seguinte era cobrir o defunto com natron (Carbonato de Sódio natural) por 70 dias. Decorrido tal período, levavam-no e embrulhavam-no da cabeça aos pés com bandagens do mais fino linho untado com goma.
     Finalmente, eles entregavam o defunto aos parentes, que o colocavam em uma urna com o formato humano, passando, a seguir, para um aposento de sepultamento, onde permaneciam escorados junto à parede.
     Este seria o mais suntuoso e custoso método de preparação do morto.
     Para o segundo método, mais simplificado, os defuntos passavam pelo seguinte tratamento: os embalsamadores enchiam suas seringas com óleo de Cedro e injetavam-nas no abdômem, sem fazer qualquer incisão ou extração de órgãos; tal aplicação era feita através do ânus, que, ao final, era obstruído. Esse processo de mumificação do corpo era feito por determinado número de dias, findo os quais eles deixavam escapar o óleo que havia sido injetado. Com a utilização de sódio, o corpo era reduzido a pele e osso.
      O terceiro método, utilizado pelos mais pobres restringia-se ao seguinte: os embalsamadores limpavam o abdômem com purgativo, mumificavam o corpo por setenta dias,e, ao final desse período, entregavam-no à familia para ser enterrado.
O Sepultamento
     O cortejo se iniciava com um grupo de escravos que levavam oferendas e os instrumentos de trabalho do morto.
     Em seguida, vinha um grupo de carpideiras lançando gritos terríveis, arrancando-se os cabelos e cantando lamentos fúnebres.
     Por último, entre o mestre de cerimônias e o sacerdote, seguia o catafalco em forma de Barco Solar, arrastado sobre uma plataforma puxada por um junta de bois.
     Acompanhavam o cortejo a família do defunto,  seus amigos e parentes e um grupo de mulheres que cantavam os elogios fúnebres do defunto. 
     Quando o sepultamento se dava na outra margem do rio Nilo, como foi o caso das famosas necrópoles dos Vales, o cortejo cruzava o rio através de balsas e continuava o trajeto como antes.
     No local do sepultamento, a múmia recebia as oferendas e as saudações de despedida dos parentes e amigos. A seguir procedia-se à “cerimônia da abertura dos olhos e da boca”, assim chamada porque, com ela, criam devolver ao defunto os sentidos que possuía em vida. Por fim, a múmia era depositada na sepultura.        
    
Próximo artigo: O Livro dos Mortos
Ficheiro:Krukkerberlin.jpg
Vasos Canópicos da XIX Dinastia. São recipientes onde eram colocadas as visceras dos mortos no processo da mumificaçao.
Museu Egipcio de Berlim. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_can%C3%B3pico . Acesso em 12/9/2012
File:Mummy in Vatican Museums.jpg


Múmia exposta no Museu Vaticano, Italia.
Acesso em 23/9/2012
Ficheiro:Mummy 501594 fh000031.jpg
Mumia no Museu Britânico, Londres. Imagem:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mummy_501594_fh000031.jpg
File:Barque Solaire.JPG
Barca funerária de Quéops (Barca Solar), que foi descoberta em 1954 aos pés da pirâmide
que leva o nome daquele faraó. Gizé, região do Cairo, Egito.
Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. Gizé, Egito. Foto Ismael Gobbo
File:Opening of the mouth ceremony.jpg
Cerimônia fúnebre: a  abertura da boca.
Máscara mortuária do faraó Tutancâmon executada em  ouro maciço  e  outros materiais preciosos
como lápis-lazúli, Cornalina, Quartzo, Obsidiana, Turquesa e vidro. Peso: 11 kg. 
 Museu do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Um dos sarcófagos de Tutancâmon, o mais interno,  em formato de múmia exposto no Museu do Cairo.
Executado em ouro pesa 110,4 kg. Foto Ismael Gobbo 
Vaso de Alabastro para perfume encontrado na tumba do faraó Tutancâmon simbolizando
a união do Baixo e Alto Egito.  Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/KV62
acessada em 19/9/2012
File:Egypt.KV62.01.jpg
Pintura mural na sepultura do Faraó Tutancâmon no Vale dos Reis.
O sarcófago de pedra permanece na sepultura. O tesouro ali encontrado por Howard Carter em 1922
está exposto no Museu do Cairo, Egito. Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Egypt.KV62.01.jpg
Sarcófago de Nectanebo II. da 30ª. Dinastia. 345 a.C. Alexandria, Egito. Dimensão: 1,62mX1,19mX3,13m.
Museu Britânico, Londres. Foto Ismael Gobbo
Charrete para turistas em Luxor, Egito. As famosas necrópoles da época faraônica
se situam na outra margem do Rio Nilo. Foto Ismael Gobbo









NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 24-09-2012

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