BLOG DE NOTÍCIAS DO MOVIMENTO ESPÍRITA.....ARAÇATUBA- SP

Atenção

"AS AFIRMAÇÕES, INFORMAÇÕES E PARECERES PUBLICADOS NESTE BLOG SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DE QUEM OS ELABOROU, ASSINA E OS REMETEU PARA PUBLICAÇÃO. FICA A CRITÉRIO DO RESPONSAVEL PELO BLOG A PUBLICAÇÃO OU NÃO DAS MATÉRIAS, COMENTÁRIOS OU INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS."

terça-feira, 28 de agosto de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 28-08-2012

Clicar aqui: 
http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/AGOSTO/28-08-2012.htm

O Antigo Egito (Ismael Gobbo) VIII– Segundo Período Intermediário e Novo Império




Segundo Período Intermediário

     O Segundo Período Intermediário tem se mostrado extremamente obscuro, suscitando inúmeras dúvidas e controvérsias entre os estudiosos. O principal motivo é a falta de informações precisas.
     Dentre os fatos conhecidos, emergem a debilidade política dos últimos reis do Médio Império e a invasão do Egito por povos estrangeiros, que o sacerdote Manethon chamou de hicsos, terminologia originária de uma deformação da palavra egípcia “Hekakhasut”, significando povos estrangeiros.
     Os invasores, identificados como de origem semítica e procedentes do Oriente, teriam atingido o Egito com a finalidade de buscar trabalho. Depois de certo tempo, estabeleceram-se com ânimo definitivo e, mercê de seu poderio militar, suplantaram os anfitriões, que acabaram por dominar.
     A infiltração dos hicsos acorreu pelo norte. Apoderaram-se das férteis terras do Delta e fortificaram a cidade de Ávaris, da qual fizeram capital.
     Posteriormente, avançaram por todo o país, instituíram as suas próprias dinastias (XV e XVI), elegeram seus faraós, cujos nomes inscreveram em “cartouche”, edificaram templos, monumentos e palácios, cobrindo-os de inscrições com caracteres egípcios; adoraram a Rá, de Heliópolis, e a Sete, que equivalia ao deus Baal.
     Nos quase dois séculos em que permaneceram no Egito, os hicsos absorveram a cultura e tradição local e, de sua parte, legaram expressivos avanços ao país, como a introdução dos usos do cavalo, carros de combate e carroças, o aperfeiçoamento das técnicas de trabalho com o cobre, especialmente utilizado na confecção de armas e instrumentos e o aprimoramento dos processos de fiação e tecelagem.
     Trouxeram novos instrumentos musicais, como a lira, o oboé e o pandeiro, além de promoverem a importação de novos gêneros alimentícios.
     Os hicsos foram combatidos por Ames, ou Amósis I, um príncipe de Tebas que os rechaçou do Alto Egito, retomou a cidade de Mênfis e os encurralou na região do norte.
     Em posteriores investidas, o tebano os expulsou definitivamente do Egito, perseguindo-os até a Palestina e a Síria, e reconquista a Núbia, que havia se tornado independente durante o domínio estrangeiro.
     A capital é transferida para Tebas, que pela segunda vez na história do Egito torna-se responsável pelo renascimento do país.
     Com a ascensão da XVIII dinastia, o Egito passa a conhecer uma nova era, o conhecido Novo Império, que, por cinco séculos, faria o pais preponderar sobre todo o mundo oriental e lançaria nos seus anais vultos célebres, como os faraós Tutmés, Ramsés, Aquenáton e Tutancâmon.

O esplendor 

     Amósis e seus sucessores inauguraram um período de grandes operações militares, voltadas não só à preservação do território, mas, sobretudo a uma política expansionista, que não conheceu limites e lançaram as bases de um império de domínio universal.
     Amenófis I figurou como pacificador da Núbia, onde construiu um templo. Teria subido ao trono muito novo e provavelmente teve sua mãe como regente nos primeiros anos de reinado. É conhecido como o faraó que construiu o primeiro templo mortuário isolado de sua tumba em Deir-el-Bahari, templo que acabou destruído pelo que Hatshepsute construiu para si naquele local.
     Tutmés I teve um governo significativo em termos de política externa.
     Inscrições encontradas nas proximidades da 3ª. e 4ª. cataratas do Nilo registram seus feitos na expansão e controle do Egito sobre a Núbia. Também há informações atestando sua chegada à região do Eufrates.
     A motivação principal para as investidas egípcias em direção á Núbia e à Ásia era a de garantir rotas comerciais que ensejassem a obtenção de matérias-primas, como óleos, madeiras, cobre, prata e mão-de-obra escrava.
     Tutmés II prosseguiu com a política externa agressiva do pai, como a documentada vitória em Assuã, onde promoveu um massacre para conter uma rebelião Núbia.
     Hatshepsute proclamou-se regente e alijou temporariamente o sobrinho Tutmés III na linha sucessória. Rainha por 22 anos, ao que parece usando barba e vestindo-se com trajes masculinos, teve uma administração caracterizada tanto pela tranqüilidade no campo militar como expressiva prodigalidade no campo artístico. Com efeito, foi quem mandou edificar, sob a direção do arquiteto Senemute, uma das mais esplendorosas obras da arquitetura funerária egípcia, o seu conjunto de Deir-el-Bahari.
     Tutmés III assumiu o poder com a morte de Hatshepsute. Mandou apagar todas as inscrições que levaram o nome da “usurpadora”. Reinando por 34 anos, ficou conhecido pelo cognome de “Conquistador” e, segundo a tradição, foi eleito faraó pelo próprio deus Amon.  Sob sua tutela o Egito viveu a fase de maior esplendor. Com dezessete expedições militares à Ásia, derrotou definitivamente os Mitânios. Inscreveram-se como célebres na história as suas vitórias em Kadesh, Megido e Karkemish. À época o império egípcio compreendia também as ilhas de Creta, Chipre e o grupo das Cíclades. Ao término de seu reinado, Tutmés III chegou até a quarta catarata, atingindo assim os confins desde Napata, na Núbia, até o Rio Eufrates.
     O Egito transformado em potência militar, instituiu largas zonas de protetorado, prevenindo-se contra novos movimentos de povos. Passa a cobrar tributos regulares dos seus “protegidos” e, não raramente, o tesouro foi enriquecido pelos espólios e prisioneiros de guerra.
     Os templos receberam seu quinhão, particularmente aqueles que cultuavam o deus eleito da dinastia, o deus Amon, que legara as vitórias aos seus filhos, os faraós.  Dignos de menção foram Amenófis III, que mandou edificar o maravilhoso templo de Luxor e os Colossos de Mémnon, e Amenófis IV, o faraó notabilizado como rei-poeta, herético e cismático.
     Assustado com o clero de Amon, que havia criado um verdadeiro estado dentro do próprio estado, o faraó Amenófis IV substituiu a religião de Amon pela de Áton, o disco solar, paara cuja adoração já não se faziam necessários os simulacros. Fechou os templos e dispersou os sacerdotes, abandonando Tebas.  Fundou uma nova capital, Aquetáton (O horizonte de Áton), a atual Tell-el-Amarna, além de exigir que o chamassem de Aquenáton, ou seja, “isto agrada a Áton”, como homenagem ao sol, o qual chamou de Áton.
     As artes egípcias evoluíram e ganharam com Aquenáton os mais expressivos requintes de beleza, como atestam os célebres bustos de sua esposa Nefertite, “a formosa que aqui vem”, admirados em todo o mundo, apesar dos séculos que se sucedem.
     Porém o cisma não sobreviveu. Com a morte de Aquenáton o clero de Tebas recuperou o seu poder e foi reinstaurado o culto a Amon. A coroa foi passada a um jovem príncipe, que, por influência daquele clero de Amon foi denominado Tutancâmon, como quisera seu antecessor.
     Relativamente a Tutancâmon, morto misteriosamente aos dezoito anos, além do retorno do culto religioso a Amon, registra-se o encontro de sua tumba quase intacta no Vale dos Reis, através do obstinado arqueólogo Howard Carter, em 1922. Esse imenso e rico tesouro, dos principais até hoje encontrados, lota um dos setores do Museu do Cairo e é, sem dúvida, a maior atração para os turistas que o visitam.
     A XIX dinastia prima pelo militarismo. São ressaltados Ramsés I (um militar de profissão), posteriormente Seti I, que reassumiu a política de conquistas no Oriente, e, por fim, Ramsés II, o mais famoso.
     Ramsés II, cognominado “o Grande” empenhou-se em guerrear com os hititas. Deteve-os em Kadesh em uma batalha histórica, cujo êxito é incerto. Nos sessenta e sete anos de seu reinado, Ramsés II quis demonstrar toda sua potência pelas construções, como demonstram as de Abu Simbel, Carnaque, Luxor, e um sem número de outras espalhadas por todo o país.  
     
Nova decadência

     A dinastia seguinte, a XX, foi governada pelos “Ramsés” (Ramsés III a XI), em cujos reinados o Egito começou a sentir os efeitos de grande recessão econômica, além da invasão dos chamados “Povos do Mar”, repelidos duramente por Ramsés III.
     Em face do assédio desses invasores, a capital do país foi transferida inicialmente para a região do Delta, em PI-Ramsés, cidade fundada por Ramsés II, e posteriormente para Tanis, mais a Nordeste.
     Com a XXI dinastia o declínio se acentua. Surge outro período conturbado na história egípcia, sobretudo por problemas políticos; o poder passa às mãos de dinastias estrangeiras e brota outra fase complicada, conhecido como Terceiro Período Intermediário.

Próximo artigo, na próxima semana: IX–  O fim do imperialismo egípcio

Templo de Hatshepsute em Deir-el-Bahari, Egito. Projeto concebido pelo arquiteto Senemute em dois pisos e escavado na rocha. foto Ismael Gobbo
Grande e famosa estátua do faraó Ramsés II no
Museu Egípcio de Turim, Itália.
Foto do museu. Arquivo  Ismael Gobbo
  
Nefertiti, esposa de Aquenáton.  Museu Egípcio de Berlim, Alemanha.


Nefertiti e Akhenáton. Museu do Louvre, Paris.
Trono de madeira revestido em ouro e outros materiais preciosos
pertencente ao faraó Tutancâmon. Exposto no
Museu do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Sala Hipostila do templo de Carnac
É considerada uma das coisas mais belas que a arte egípcia legou à posteridade.
Destacam-se as belas colunas “papiriformes” com altura de 23 metros
e que podem abrigar em seu topo cinqüenta pessoas. A sala mede 102x53 metros.
Foto Ismael Gobbo
Templo de Luxor, na região da antiga Tebas, no Egito. A obra foi iniciada por Amenófis II, ampliada por Tutmés III
e concluída por Ramsés II. Era ligada ao templo de Carnac por uma avenida adornada de esfinges com cabeça de
carneiro da qual apenas um trecho é hoje visível. O obelisco que ficava à direita da porta de ingresso foi doado à França e
colocado no centro da Praça da Concórdia, em Paris, a 25 de outubro de 1836, homenageando Champollion. Fotos Ismael Gobbo
Colossos de Memnon. É tudo o que resta do templo funerário de Amenófis III, em Tebas,
atual Luxor. As estátuas de vinte metros de altura guarneciam a entrada do templo que não mais existe. Foto Ismael Gobbo
Rio Nilo e o porto em Assuã, Egito. Foto Ismael Gobbo
Tecelões egípcios confeccionando tapetes na região do Cairo. Foto Ismael Gobbo
























NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 27-08-2012

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/AGOSTO/27-08-2012.htm