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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Antigo Egito (Ismael Gobbo). VI– Pré-história e Antigo Império



A história do Egito, seguindo a trilha dos principais acontecimentos, é apresentada em períodos.
     As datas que demarcam essas idades são às vezes imprecisas e em alguns casos conjecturais, razão pela qual as classificações, segundo suas fontes, podem apresentar algumas divergências.
     O fato se explica por dois motivos: a falta de dados, circunstância que, infelizmente, deixa muitos lapsos obscurecidos e a forma de calcular que, às vezes contando exclusivamente com a astronomia, não tem levado os egiptologistas à unanimidade.
     Essas tabelas, de cunho didático, não podem ser consideradas exaustivas ou imutáveis, podendo com as rotineiras descobertas arqueológicas do Egito, serem aclaradas em pontos desconhecidos ou revisadas naqueles em que hajam dúvidas pairantes.
     Isso enseja, como vem ocorrendo há séculos, o inigualável interesse pelo estudo da bela, atraente e rica história do Egito.

As Dinastias

     A cronologia da história egípcia costuma ser esboçada nas seguintes épocas: período pré-histórico, a época faraônica, o período grego ou ptolomaico, o período romano, o período bizantino, a época copta e a época árabe.
     As várias etapas do período faraônico, que sempre gerou maior interesse, ficaram conhecidas como dinastias, termo que, no caso do Egito, significou alguma mudança no terreno religioso ou político.
    As dinastias são apresentadas em número de trinta e a base para essa distribuição se deve às informações de vários sábios da antiguidade.
     Destacam-se, entre as principais, os estudos do sacerdote e historiados egípcio Máneton, do século III aC., através da obra “Aigtptiaka”, cujos fragmentos, chegando até nossos dias, apresentam uma longa listagem de governantes que foram distribuídos ao longo das dinastias.
     Também contribuíram os historiados e geógrafos gregos e romanos, como Heródoto, Estrabão, Plutarco e Plínio; alguns relatos da bíblia e memórias dos hititas, assírios e babilônios.
     O corolário de tudo, com justiça, foi a descoberta dos hieróglifos por Champollion, que possibilitou, com mais exatidão, dizer o que era de quem, de onde e se possível de quando, esclarecimentos tão preciosos que, provavelmente, nem os cidadãos e estudiosos antigos conheciam integralmente.

Os faraós

     Ao longo das dinastias, muitos foram os que governaram o Egito.     
     De alguns só se sabe o nome e muitos não são conhecidos.
     Foram chamados de faraós, designação tida como significando “Casa Grande” e que denominou tanto os governantes nacionais como vários estrangeiros que ascenderam ao poder, entre os quais se inserem líbios, núbios, hicsos, assírios, babilônios, persas, gregos e macedônios.
     As dinastias do período faraônico foram agrupadas pelos estudiosos nos chamados Impérios: Antigo, Médio e Novo.
     Entremeando-os, aparecem os chamados Períodos Intermediários, quase sempre obscuros, aqueles nos quais ocorreram distúrbios políticos mais sérios com o tendente enfraquecimento do governo central, e os posteriores esforços objetivando a reunificação e o restabelecimento da autoridade do faraó.

O período pré-histórico

     Os achados arqueológicos comprovam que o Vale do Nilo já era habitado desde o V milênio aC.
     Desde 3.600 aC., os egípcios desenvolviam uma agricultura organizada de uma forma muito parecida com a de algumas tribos atuais, armazenavam os grãos em celeiros e já fiavam o linho.
     Os primeiros instrumentos e objetos eram confeccionados em sílex, material que os egípcios trabalharam de forma esplendorosa, posteriormente, em ossos, marfins, conchas e pedras preciosas.
     Elaboravam a tinta para pálpebras, cosméticos, haviam inventado engenhos de arremesso, trabalhavam as vasilhas em barro para cozimento, desenvolveram a cerâmica, a principio, as de bordas negras, posteriormente, a vermelha com traços brancos e, por último, a decorada.
     As choças primitivas encontradas ao longo do Nilo permitiram aos estudiosos asseverarem que viviam em pequenas comunidades, já apresentando diferenças as que viviam ao Norte em relação às do Sul.
     A principio, esses pequenos agrupamentos independentes, denominados “nomos”, eram governados pelos “nomarcas”.
     Cada um deles tinha a proteção de um “totem”, que era representado por um animal, uma planta ou um objeto.
     Posteriormente, foram surgindo as cidades, que eram o centro de várias comunidades, locais de edificação dos templos e incorporadas a duas grandes divisões administrativas: o Alto Egito e o Baixo Egito.

A unificação

     Em determinado momento, situado por volta de 3.100 aC., ocorreu um dos mais expressivos acontecimentos da história egípcia, ou seja, a unificação do Alto e  Baixo Egito, através do lendário “rei Menés”, identificado como Narmer, rei do Alto Egito, que é representado em um relevo de Hieracômpolis usando as duas coroas dos reinos unificados.
     Teria sido o fundador da cidade de Mênfis, próxima ao Cairo. Narmer passou a ser considerado o primeiro faraó, inaugurador de um dos mais antigos regimes administrativos de governo em todo o mundo e fundador da primeira dinastia histórica do Egito.

O Império Antigo 

     Já á época de Narmer, depois da fusão dos dois reinos, o Egito tinha as fronteiras estabelecidas numa configuração próxima à dos nossos dias.
     O país estendia-se da Núbia até o Mediterrâneo e do Mar Vermelho até aproximadamente sua fronteira atual com a Líbia, incluindo toda a Península do Sinai.
     A fronteira ocidental muda algo através da história do Egito durante longos períodos, a Cirenaica (atualmente a região de Barka, na Líbia)  pertenceu ao Egito.
     As duas primeiras dinastias, também denominadas “arcaicas”, estabeleceram-se em Tinis, cidade do Alto Egito e, por isso, tal período foi batizado como Tinita.
     Nessa época, foram promovidas incursões visando o controle das minas de cobre da região, o estabelecimento de relações comerciais com países estrangeiros, como o Líbano, de onde o Egito importava as madeiras.
     Da II dinastia, não são muitas as informações existentes.
     De mais relevante, sabe-se que, por volta de 2700 aC., Djoser, um dos últimos daquela dinastia, transfere a capital do Egito para Mênfis, funda a III dinastia, inaugurando o chamado período menfita.
     Nessa época solidifica-se o culto ao faraó, considerado como uma entidade divina, surgem os grandes monumentos funerários em forma de pirâmides e os processos de mumificação.
     Destacou-se nesse período o sábio Imhotepe, astrônomo, arquiteto e médico, a quem se atribui a construção da famosa pirâmide dos degraus de Sacará, que serviu de túmulo a Djoser.
     A IV dinastia, que, paradoxalmente não deixou muitos registros de acontecimentos, lega-nos os mais belos monumentos egípcios até hoje preservados: as três pirâmides,  de Quéops, Quéfren e Miquerinos, e a chamada esfinge de Gizé, localizadas nas proximidades do Cairo.
     Esse período, marcado pelas obras de grande vulto, exigiu muita mão-de-obra e materiais de construção. Nele ocorreram conquistas dos territórios vizinhos e, segundo informações colhidas e transmitidas por Heródoto, foi um período marcado por muito despotismo e crueldade, sobretudo nos governos de Quéops e Quéfren. No decurso da V dinastia, em Abussir e Sacará, as pirâmides aparecem menores e mais decoradas.
     Aumenta a importância de Heliópolis, as esculturas em madeira e pedra atingem expressivo desenvolvimento e são promovidas expedições ao chamado país do Punte (na atual Somália).
     Ao final da VI dinastia o Egito conhece um período de grande decadência e, agonizante, entre na fase que os historiadores denominaram como Primeiro Período Intermediário.       

     Próximo artigo, na próxima semana: VII–  Primeiro período intermediário e médio império
Ficheiro:Egypte louvre 316.jpg
Um típico jarro Naqada II decorado com gazelas (Período pré-dinástico)
Frente e Verso da Paleta de Narmer, em exibição no Museu Real de Ontário, em Toronto, 
cANADÁ. Narmer, na tradicional pose onde golpeia os inimigos do Egito,
Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:NarmerPalette_ROM.jpg
Ficheiro:BaboonDivityBearingNameOfPharaohNarmerOnBase.png
Estátua em alabastro de divindade em forma de babuino que contêm gravado em hieróglifo o nome do faraó Narmer. Museu Egipcio de Berlim. Imagem:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:BaboonDivityBearingNameOfPharaohNarmerOnBase.png

Pirâmide dos Degraus em Sacará, nas proximidades do Cairo. Primeiro complexo funerário em
forma de pirâmide e a obra mais antiga a usar alvenaria de pedra em larga escala.
Foto Ismael Gobbo



Djoser
Museu do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo

Miquerinos, penúltimo rei da IV dinastia e construtor da terceira pirâmide em Gizé.
Aqui aparece entre a deusa Hathor e uma deusa regional. Museu do Cairo, Egito.



Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. Gizé, Egito. Foto Ismael Gobbo
Sarcófago de Teti, no complexo funerário em Sacará, escavado pelo egiptólogo britânico  James Quibell entre 1907/1908. Teti foi o primeiro rei da VI dinastia (2345 – 2181 a.C). Foto Ismael Gobbo

Texto das Pirâmides


Os Livros dos Mortos, escritos em papiro, originam-se desses antigos textos.
Pirâmide de Teti, Sacará. Foto Ismael Gobbo

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 13-08-2012

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