BLOG DE NOTÍCIAS DO MOVIMENTO ESPÍRITA.....ARAÇATUBA- SP

Atenção

"AS AFIRMAÇÕES, INFORMAÇÕES E PARECERES PUBLICADOS NESTE BLOG SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DE QUEM OS ELABOROU, ASSINA E OS REMETEU PARA PUBLICAÇÃO. FICA A CRITÉRIO DO RESPONSAVEL PELO BLOG A PUBLICAÇÃO OU NÃO DAS MATÉRIAS, COMENTÁRIOS OU INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS."

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

1ª. Mostra de Filmes Espiritas e Espiritualistas Lusófonos Londres, Reino Unido

André Marouço, diretor de “O Filme dos Espíritos”, um dos destaques na Mostra, assim se expressa sobre o filme e sua participação naquele importante evento:






André Marouço Foto Ismael Gobbo Divulgação


Pode nos historiar a sua obra cinematográfica “O Filme dos Espíritos”?

O roteiro do longa começou a escrito, no final de 2009, foram feitos 13 tratamentos até que o roteiro estivesse pronto para as filmagens, além do roteirista principal, fora feito a análise do roteiro pela roteirista e cineasta Gabriela Amaral, e em reuniões mensais, os cineastas Michel Dubret, Eduardo Dubal e Briza Menezes auxiliaram nos tratamentos do roteiro até chegar ao roteiro final. Em 18 de abril de 2010 foram iniciadas as filmagens do longa, foram 30 dias intensos. Nossos recursos eram escassos, a produção não poderia sonhar em estourar o orçamento. Em junho, julho e agosto montamos o filme e fomos em busca de uma distribuidora que o levasse as telas cinematográficas. Três distribuidoras negaram a distribuição, porém a Paris Filmes, não apenas aceitou levá-lo ao cinema, como também investiu recursos para a finalização do filme. Estação Luz de Fortaleza-CE, também investiu recursos de finalização. Dessa forma, entre os meses de fevereiro e junho de 2011 o filme foi finalizado e em julho iniciou-se a promoção do longa que chegou nos cinemas no dia 07-10-2011.

André foi difícil a montagem de “O Filme dos Espíritos” a partir de outros curtas?

Sim, foi bastante difícil encaixar os curtas em um longa, curvas dramáticas precisaram ser criadas para tanto. Por outro lado, por ter se tratado de um filme de baixo orçamento, as vezes os montadores Eduardo Dubal e Mirella Alves não dispunham de muitas opções para cada sequência, aliás, existiram sequências em que havia apenas uma única tomada de câmera.

O Filme dos Espíritos teve o sucesso que esperava?

Sim, foi o primeiro filme de temática espírita que não contou com verba de promoção no principal veículo de comunicações do país, por outro lado, todo o mix de marketing e distribuição contou com escassas verbas para tanto, assim, fora optado pelo marketing de guerrilha, alguns recursos foram locados em marketing viral (WEB), as redes sociais foram utilizadas e foram realizadas palestras em grandes Centros Espíritas de grandes centros urbanos brasileiros. Além disso, o filme recebeu o apoio da pela imprensa espírita, e pelo movimento espírita Brasileiro, pois pela primeira vez no cinema nacional, parte dos recursos foram revertidos para uma obra social: a construção dos novos ambulatórios das Casas André Luiz. Dessa forma, por se tratar de um filme de baixo orçamento, atingir 320 mil expectadores, parece ser uma grande vitória.

Pode nos fornecer o balanço geral do custo de produção, público e critica?

O filme, desde sua idéia ainda no projeto de curtas, até chegar aos cinemas, custou algo em torno de 1.100 milhão de reais, atingiu 320 mil de público, tendo sido o filme brasileiro mais assistido durante as três primeiras semanas de cartaz. As mensagens que nos chegaram através de e-mails, telefones, e posts no Facebook, mostraram a ampla empatia com os expectadores com o filme. Quanto aos críticos, estes, em geral, parecem não ter gostado muito da obra, mas cabe aqui o sábio dito popular “A voz do povo é a voz de Deus”, e deve-se aprender com as críticas para o aprimoramento dos próximos filmes.

Quais os passos futuros para o filme?

O filme estreou em dezembro nas vídeo locadoras de todo país, devendo chegar em abril nas lojas para venda direta ao público consumidor, lembrando que parte da renda será revertida para as obras sociais das Casas André Luiz e para a divulgação do Espiritismo nos projetos da Fundação Espírita André Luiz.

Ainda este ano , teremos a estreia do filme em algum canal fechado de TV, e a carreira em salas de cinema do exterior. Esperamos levá-lo para o maior número de países, já que fora legendado em: Francês, inglês e espanhol.

Como esta enxergando a 1ª Mostra de Filmes Espíritas e Espiritualistas Lusófonos de Londres e tendo O Filme dos Espíritos como um dos destaques?

Para nós é motivo de grata satisfação e esperamos que nossos compatriotas brasileiros que habitam na ilha britânica possam levar o maior número de ingleses para as sessões de O Filme dos Espíritos e dos outros filmes, afinal, precisamos internacionalizar a doutrina dos espíritos.



...Até o fim dos tempos!

Tudo na Sua vida é uma aparente contradição que se enriquece de legitimidade em cada passo, após acurada reflexão.

Negando o mundo, Ele é o Senhor do mundo.

Falando sobre a vida, doa a Sua em legado de inexcedível amor.

Desde antes do nosso tempo, permanecerá até o fim dos tempos!...

Começando no anonimato, prossegue desconhecido, quanto mais é comentado.

Filho de Deus por excelência, conclama todos os homens a desvelarem o seu deus oculto e alcançarem o Supremo.

Seus silêncios são mais altissonantes do que todas as Suas palavras.

Os Seus não-feitos, têm um significado psico-sociológico mais poderoso do que todos os Seus atos.

Vivendo com todos, mas não Se permitindo pertencer a ninguém, senão ao Seu Pai em cujo Nome viera à Terra.

A Sua saga é o amor em plenitude; no entanto, escolhe pessoas simples, corações singelos, mentes não desenvolvidas culturalmente para estabelecer as bases da vida eterna.

Ama as criancinhas, defende as mulheres e socorre enfermos, pobres, desvalidos, abandonados, infelizes, num período em que a bajulação, a submissão e a indignidade predominam nas consciências e nos anelos dos povos.

Enquanto os multiplicadores de opinião de todos os tempos usam a tribuna, a pluma, o altar, a força e a glória terrestre para apresentar os seus planos, Ele sobe a um monte defronte de um pequeno mar e canta o maior poema que jamais se ouviu, alterando por definitivo o significado dos valores humanos através das inesquecíveis bem-aventuranças.

Junto ao poviléu e entre os malcheirosos Ele esplende de beleza sem os humilhar; destacando-se pela grandeza moral, sem os ferir, arrebanhando-os sem se impor...

Jesus é único!

Incomparável, ninguém se lhe assemelha em candura, em sabedoria, em majestade, em renúncia...

O Seu é o hino majestoso de encorajamento para os anseios do coração e as aspirações do pensamento.

Todos os fundadores de religião estabelecem regras, impõe cultos, exacerbam o fanatismo, convocam à submissão.

Não Ele.

Não fundou qualquer doutrina, nada exigiu, aparecendo como se fosse uma brisa perfumada em manhã de Sol, amenizando o calor e esparzindo harmonia. Só apresentou uma recomendação: o amor indistinto a Deus, ao próximo e a si mesmo...

Alterou porém, os conteúdos da sociologia, da metafísica, da ética, da filosofia, tornando a Sua uma Doutrina total, que explica os segredos da vida através de um autoconhecimento incomum e de uma revelação invulgar sobre todos os fenômenos existenciais.

Em quatro pequeninos livros, que lhe narram a existência, permanece a maior história jamais escrita na Humanidade, a mais concisa proposta de transformação humana, a mais simples estratégia de revolução para mudar as estruturas da Terra.

Cada versículo oferece visível e oculta uma mensagem que pode ser penetrada, porém, de forma variada, de acordo com a necessidade de cada um que a consulta e nela descobre a resposta.

São tesouros inesgotáveis de sabedoria, de ciência, de amor, que os tempos não consumiram.

Possuem interpolações, adulterações, mutilações que sofreram através dos dois milênios que se evolaram na ampulheta dos tempos e, não obstante, continuam vivos, ricos de luzes, atendendo a sede e a fome de verdade.

É paradoxal observar-se que, embora tenham sofrido a interferência de paixões, de interesses políticos e religiosos, permaneçam enriquecedores e nobres, norteando milhões de destinos e albergando outras tantas vidas.

Seus ensinos agigantam-se como verdadeiros tratados a respeito da renúncia, da abnegação, da caridade, da não-violência, da dignificação humana, da iluminação de consciência, da moral e do pensamento, ampliando espaços na cultura e na conduta de todos aqueles que se permitem consultá-los.

Podem ser considerados pérolas que adornam a cultura humana carente de amor e de respeito pela vida, emoldurando o campo das possibilidades a descortinar e conquistar pelo esforço de cada qual.

Ao alcance de quem os deseje, permanecem silenciosos ou cantantes através dos séculos em marcha inexorável para o infinito.

Tentar escrever sobre Jesus e Sua Doutrina é ousadia que desperta a coragem e o valor de todos quantos desejam mantê-lo vivo nas páginas da História.

A Sua é a vida mais comentada de todas as vidas.

A história mais narrada entre todas as histórias.

... E, no entanto, muito simples, discreta e incomum.

Desde a data do Seu nascimento que as controvérsias se apresentam.

Teria ocorrido, conforme escreveu o monge cita, Dinis, o Pequeno, também chamado Dyonisius Exiguus que, no século VI, em Roma, tomando por base o texto de S. Lucas - No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes, tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe, tetrarca da região da Ituréa e Traconides, e Lysânias, tetrarca de Abilene, sendo sumos sacerdotes Anãs e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zebedeu, no deserto (III – 1 e 2) - descobriu a forma para definir o ano 754 da Era da fundação lendária de Roma, como a Sua data de Natal ?!

Ou ocorreu conforme as análises mais recentes em torno do recenseamento, que se teria dado antes em 748?!

Ou ainda, tendo-se em conta que, se Ele veio “até João, em janeiro de 28, com a idade aproximada de trinta anos”, não teria nascido anteriormente, dois ou três anos precedentes ao período estabelecido para início da nossa Era?!

Ou ainda, possivelmente no ano 6 anterior ao marco inicial aceito, conforme os apontamentos a respeito da morte de Herodes, que teria ocorrido em 4, antecipando o registro considerado como pilar do novo Milênio, tendo em vista a informação de Flávio Josefo, o historiador do povo hebreu, e as anotações da astronomia que, tomando por fundamento um eclipse lunar, estabeleceu aquele fenômeno como tendo acontecido na noite de 12 de março do referido ano?!

Ou ainda, conforme a narraçao do encontro de Herodes com os Reis magos em Jerusalém, quando ele já retornara dos banhos de Callorhoé e de Jericó, onde houvera passado os últimos tempos de sua existência, constataremos que há uma defasagem de 5 anos...

O quase certo, definitivo e aceito modernamente, é que o Seu nascimento deu-se no ano 6 antes de nossa Era.

Será porém isso importante, desde que Ele nasceu, viveu e morreu por amor?

De todas essas aparentes controvérsias surge a vida singular e grandiosa de Jesus, que arrebata vidas e continua conduzindo-as ao aprisco de Deus.

*

Não nos atrevemos a uma apresentação histórica da arrebatadora Vida de Jesus, tarefa que cientistas e teólogos, sociólogos e filósofos vêm realizando com brilhantismo e êxito.

Mergulhamos apenas em algumas passagens dos Seus feitos, para atualizar o Seu pensamento e incorporá-lo ao nosso dia-a-dia em busca de plenitude e de renovação espiritual.

Não é, portanto, mais um livro sobre a Sua vida.

São reflexões, gratidão e amor pelo Seu heroísmo, que permanecerá ao nosso lado, acompanhando-nos carinhosamente até o fim dos tempos.

Salvador, 5 de janeiro de 2000.

Amélia Rodrigues

Página magistral de abertura do livro:

...ATÉ O FIM DOS TEMPOS

Ditado pelo espírito Amélia Rodrigues

pela psicografia de Divaldo Pereira Franco



Jesus falando. Pintura em parede por Maria Tereza Braga. Casa da Caridade,

Araçatuba, SP. Foto Ismael Gobbo

O Mar da Galiléia em Cafarnaum. Foto Ismael Gobbo

Estátua de Jesus e Pedro na parte externa da Igreja do Primado em Tabgha, Israel

Foto Ismael Gobbo

Solo arado em fazenda na Planície de Genesaré com o Monte das Bem-aventuranças

e Mar da Galiléia ao fundo. Israel. Foto Ismael Gobbo