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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (166) Adalberto Prado de Morais



Adalberto Prado de Morais
(Tio Ada)

Focalizamos  hoje nosso  companheiro de ideal espírita,
brasileiro  de  Curitiba,  no estado do Paraná, residente
na  cidade  japonesa de  Ina-Shi,   Adalberto  Prado  de
Morais, também conhecido como “Tio Ada”. Adalberto
conheceu   o Espiritismo na capital paranaense de onde
se mudou no ano de 1998. No Japão vem realizando um
trabalho muito grande, sobretudo à frente da ADE-
Japão (Associação dos Divulgadores Espíritas do Japão).
No momento, a par de suas várias atividades, Adalberto
está muito empenhado numa campanha visando receber
livros  em doação para dinamizar o trabalho de divulga-
cão do Espiritismo naquele país.  De  nossa   parte apela-
mos  a tantos quantos possam ajudá-lo nessa nobre inici-
ativa enviando livros na forma como ele  orienta ao final
desta entrevista.

Adalberto pode nos fazer sua auto-apresentação?

Ismael, sou  Adalberto Prado de Morais, também conhecido como “Tio Ada”, natural de Curitiba, PR,  tenho 52 anos de idade, casado, com 3 filhos e dois netos. Resido em Nagano-Ken Ina-Shi com a minha esposa Lúcia Yukie Hassumi Prado de Morais e minhas queridas Mascotinhas Yorki  Terrier, Natsu e Aki. Estou há 13 anos no  Japão; morador na província de Nagano (Japão) desde 1998, um ano na cidade de Nakano e o restante na cidade de UEDA-SHI. Em 2010 mudei para KAIDA -KOLGEN  e deste Janeiro de 2012 na Cidade de INA-SHI todas cidades na mesma província. Sou trabalhador em fábrica de componentes hidráulicos e membro atuante na divulgação espírita no JAPÃO.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Tenho ensino médio e profissional em vendas. Trabalhei em companhia de seguros NACIONAL, no grupo Trombini (companhia de papel e celulose), tambem com vendas de embalagens para supermercados, tive uma pequena participação como sócio em uma fabrica de reciclagem de vidro,  e duas pequenas empresas,   uma distribuidora de discos e fitas (Terra e Mar)  e outra na área de projetos e reformas  na área de construção civil
(HAY PROJETOS E CONTRUÇÕES) todas na cidade de Curitiba, PR. E,  por ultimo,  em  uma casa de repouso como gerente administrativo (LAR PEQUENO ACONCHEGO). Batalhei muito, mas como a maioria dos pequenos empresários não tínhamos perspectivas de crescimento financeiro,  havia a crise no setor de construção civil e a política financeira do Brasil na época, não era favorável. Por isso fui trabalhar como empregado até vir para o JAPÃO em 1998.

Como você conheceu o Espiritismo de desde quando o freqüenta?

Conheci o Espiritismo em 1978, quando convidado pela minha amiga e comadre Yolanda Cimada para tomar um passe e assistir palestras na C.E.C.C - COMUNHAO ESPIRITA CRISTA DE CURITIBA. Naquela  época era Católico. Em 1979 comecei a frequentar a C.E.C.C; em 1982, o Centro Espírita Abibe Isfer, onde   participei de cursos.P.B.D.E e C.O.E.M.  Em 1985, no Centro Espírita Luz Eterna,  quando me senti espírita e comecei a estudar  mais, e não apenas fazer cursos  e assistir palestras. Em 1992, com este sentimento maior de Ser Espírita voltei a C.E.C.C.    Em 1995 fui convidado pelo amigo e meu incentivador na divulgação do  espiritismo, escritor espírita Wilsom Cerserki,   para participar na Fundação da ADE-PARANÁ- Associação de Divulgadores do Espiritismo do Paraná, onde colaborei como Diretor financeiro nos anos de 1996 à 1998 e passei a trabalhar na divulgação da doutrina . Participei como coordenador e colaborador  nos cursos do ESDE, fiz parte do conselho doutrinário do CECC em 96,97.98. Nesses três mencionados anos, participei de reuniões mediúnicas como orientador,  aos sábados e domingos atendimento fraterno, passes e quando  na escala de oradores fazia exposições  e palestras. Em 1997 e  1998  fui diretor do C.L.E.C.-Clube do Livro Espírita de Curitiba e um dos colaboradores em três edições da FEIRA DO LIVRO ESPÍRITA DE CURITIBA. Em  junho de 1998 embarquei para o Japão.

Em que casa espírita você participa e quais atividades desenvolve no movimento espírita?

Sou presidente da da  ADE-JAPÃO-Associação de Divulgadores do Espiritismo  do Japão, cujo endereço virtual é
http://adejapaodivulgespirita.blogspot.com.jp. A função da ADE-Japão é a de desenvolver um trabalho para unir pessoas que realizam trabalhos na área de  divulgação e expansão da doutrina espírita em território japonês. A ADE  atua apoiando e incentivando o desenvolvimento de novos núcleos espíritas e capacitação doutrinária dos mesmos. Dedica-se a palestras cursos e seminários, servindo, como disse, como um  ponto de união entre as casas e núcleos espíritas neste país. Atuando pela ADE-JAPÃO  fiz  palestras em Tóquio, Oizumi, Toyama, Nagoya,Ueda, Toki e Suzuka, abordando os temas: “Ser Espírita” e “Fundamentos Básicos do Espiritismo”.
Em 2010,  na programação, organizou-se palestras em comemoração aos cem anos de Chico Xavier, quando tivemos a presença do convidado especial Mauro Reis Pumar,  do Rio de Janeiro.
Sou dirigente do  do N.E.J.A-Núcleo Espírita Joanna de Angelis,  do Japão, cujo endereço eletrônico éhttp://nejanucleoespiritajoannadeangelisjp.blogspot.com. Depois de quatro anos na Cidade de Ueda, Nagano-ken, o até então G.E.E.UEDA-GRUPO DE ESTUDOS ESPÍRITAS DE UEDA muda de UEDA-SHI para OKAYA-SHI e também para esta onde estamos com o novo nomeN.E.J.A-Núcleo Espírita Joanna de Ângelis-JAPÃO
A proposta do NEJA é promover o  estudo da doutrina espírita,  atuar na divulgação e unificação dos preceitos morais e intelectuais do Espiritismo. As reuniões se realizam nas cidades de Okaya e Minowa, no  Bunka  Center  - Minowa-Shi e Bunka  Okaya  - Okaya-Shi.
Também sou dirigente do  G.E.E.F.A-Grupo de Estudos Espíritas Francisco de Assis-Japão em GUNMA-KEN - OIZUMI-MACHI, uma continuação do projeto que começou em 2008 com o nome de Grupo de Estudos Espíritas de Gunma,  organizado pela ADE-Japão e que  teve como  fundadores  e coordenadores Thiago e Patrícia Makyama, colaboradores queridos  que hoje estão em Minas Gerais, no Brasil. Em 2011 ocorreu a mudança de nome com a reorganização que contou com a ajuda de Maria Takiko S. Kinoshita e Nobuo Kuada.
Estou na coordenação do  CIMEJ-Comissão de Integração do Movimento Espírita do Japão
http://cimejintegraespiritajapao.blogspot.jp  e sou dirigente  da REJ.- Rádio Espíritas no Japão e produtor e apresentador  do programa FRATERNIDADE NO JAPÃO com apoio da RADIO FRATERNIDADE de Uberlândia, MG, Brasil http://radioespiritasnojapao.blogspot.com/
Também atuo como diretor-coordenador do Teatro de Fantoches de Ueda, com a peça AS AVENTURAS DE CHICO MARCENEIRO, roteiro e áudio doados pelo N.E.A.-Núcleo Espírita de Arte,  de Florianópolis e Correspondente da revista virtual de divulgação espírita “O Consolador” (http://www.oconsolador.com.br) de Londrina, PR, aqui  no Japão.

Pode nos descrever a trajetória do movimento espírita japonês?

Falar do Movimento espírita no Japão esta  mais fácil hoje que ha seis anos atrás, mas ainda não me sinto com segurança para falar a esse respeito.
O que sei, é que  o movimento começou há mais ou menos  vinte anos, com base em dois grupos distintos:  em 1991,  em Toquio e outro em Toki. Foi desses dois grupos iniciais  que derivaram outros grupos .
A historia do Espiritismo no Japão ainda esta para ser escrita.  Estamos  em fase de pesquisas. Embora já tenhamos cerca de oitenta por cento da historia em arquivos ainda vamos gastar mais uns dois anos para se completar.
O que posso falar com mais certeza é a partir da minha trajetória pessoal no Movimento espírita do Japão.
Como a maioria dos decasséguis, todos vem para o Japão porque estão precisando de dinheiro, não é para passear.
Endividado, cheguei ao Japão com a esposa, em junho de 1998. Até quitar as dividas feitas no Brasil e ainda pagar as passagens aéreas de lá para cá, eu e minha esposa trabalhamos em NAKANO-SHI (Nagano).  No ano seguinte,  1999, nos mudamos para Ueda e  ficamos onze anos. Não havia grupo espírita na cidade.
Em abril de 2006, após várias solicitações e  por orientações sobre temas ligados à doutrina Espírita por parte de amigos e colegas de trabalho,  foi alugado um espaço para estudos nas dependências do SOOZOKAN-DE Ueda (Centro de Cultura e Planetário de Ueda).  Em outubro 2006, tivemos o  apoio  de Luiz Carlos Rassolim de Curitiba, que nos enviou as apostilas do ESDE-Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita.
Começamos o Grupo de Estudos Espíritas de Ueda com o apoio de nosso amigo no Japão Lourenço Matiero,em Junho de 2006. No mesmo ano,  ou seja,  em novembro de 2006,   Elizabete Hiraide estava coordenando as palestras da dirigente e jornalista espírita brasileira  Júlia Nezu ao Japão, que acabou também contemplando a sua visita a nossa cidade, UEDA-SHI,  e incentivando o surgimento da ADE-Japão.
Dentro da programação de estréia,  no dia 10 de dezembro, foi projetado o filme  O ESPIRITISMO, DE KARDEC AOS DIAS DE HOJE, e a palestra FUNDAMENTOS BÁSICOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, ESPIRITISMO E ESPIRITUALISMO e PROJETO DECASSÉGUI ESPIRITA.  No domingo seguinte, foi realizada a primeira feira de livros espíritas de Ueda em espaço fornecido pelo REAL PRODUTOS BRASILEIRO.
Ainda no ano de 2006 ocorreu o  lançamento de O Evangelho Segundo o Espiritismo,  em japonês; organizamos em  30 de dezembro uma comitiva para acompanhar o lançamento do E.S.E. em japonês e prestigiar a palestra de Julia Nezu na cidade de Toki-Shi, no NEC-JP Núcleo Espírita Cristão do Japão na província de GIFU-KEN .
Já as palestras da convidada brasileira na cidade de UEDA foram realizadas no dia 7 de janeiro de 2007 com os temas:
MECANISMOS DA COMUNICAÇÃO ENTRE OS ESPÍRITOS e EVIDENCIAS E MECANISMOS DA REENCARNAÇÃO.
Apesar do pequeno público, as palestras serviram muito bem tanto aos presentes como para a divulgação em si do evento e da estreante instituição.
Dia 23 de Janeiro o presidente da ADE-JP estava no Brasil fazendo contatos com companheiros, principalmente com a ADE-PR, visitou a USE-SP, RÁDIO BOA NOVA, visando recolher subsídios e experiências a serem implementadas na ADE-JAPÃO.
Resumindo tudo:                          
Começamos em Junho de 2006-Grupo de Estudos Espíritas de Ueda, em 2010 muda de nome e cidade, N.E.J.A- Núcleo de Espírita Joanna de Angelis-Japão, na cidade de  Okaya.
Em Dezembro,2006  início das atividades da ADE-JAPÃO
Em Março de 2008, foi criado o G.E.E.Gunma,Grupo de Estudos Espíritas de Gunma,
Iniciativa da ADE-JAPÃO, para levar um grupo de Estudos para brasileiros residentes na província vizinha de Gunma-Ken, que teve o  apoio e a coordenação de  Thiago Carvalho Makiyama.
Em Setembro de 2009 entra em fase de teste  o Blog da Radio Espírita no Japão. A REJ é um departamento de divulgação da ADE-JAPÃO -Associação de Divulgadores do Espiritismo do Japão,
Em 2011 apoio da Radio Fraternidade de Uberlândia para com o  movimento espírita do  Japão com a estréia em  maio de 2012,  do Programa FRATERNIDADE NO JAPÃO.
Em março de 2010, Criação da CIMEJ-Comissção de Integração do Moviemnto Espírita do Japão
Em Junho de 2011,Com apoio de  Maria Takiko, são reiniciadas as atividades o Grupo de Gunma com outro nome
G.E.E.F.A-Grupo de Estudos Espiritas Francisco de Assis.

Quantos são as Casas Espíritas e Grupos Espíritas no Japão?

Atualmente estamos como uma relação de 13 Grupos Espíritas, mas com certeza, já temos mais de vinte. São eles:
Centro Espírita Casa de Cáritas
Shizuoka-Ken Kakegawa-Shi

 Comunhão Espírita Cristã Francisco Cândido Xavier
CHIBA-KEN ISHIKAWA-SHI

 Grupo de Estudos Espírita Amigos da Luz
AICHI-KEN SUZUKA-SHI

 Laços Eternos
Aichi-Ken- Nagoya-Shi

 Núcleo Espírita Joanna de Ângelis
Nagano-Ken Okaya-Shi

NEC-Núcleo Espírita Cristão do Japão
Gifu-Ken – Toki-Shi

 Grupo Espírita Kariya
Aichi-Ken, Kariya-shi,

 GEEF-Grupo de Estudos Espíritas de Fukaya
Saitama-ken, Fukaya-shi

 Grupo Espírita Alegria de Viver
Aichi-ken - Nagoya-shi

ADE-JAPÃO-Associação de Divulgadores do Espiritismo do Japão
Nagano-Ken – Ina-Shi

G.A.L.F.-Grupo de Apoio Luz Fraterna
Kanagawa-Ken Hitatsuka-shi

Grupo de Estudo Espiritual Dr.Richard Dwannes Stan
Toyama-Ken Imizushi Oshima Machii

G.E.E.F.A.-Grupo de Estudos Espíritas Francisco de Assis
Oizumi- Gunma-Ken

Aproveito esta oportunidade de pedir aos dirigentes que estão lendo, ou mesmo amigos que conhecem grupos de espíritas no Japão, que não estão na  relação acima que entre em contato comigo para promovermos a devida atualização tioada@yahoo.com.br..

Vocês promovem encontros entre esses grupos e casas espíritas?

A C.E.F.C.X.-Centro Espírita Cristã Francisco Candido Xavier, promove ha mais de 19 anos o ECOMEJ -Encontro do Movimento Espírita Japonês. Este é atualmente o único.
É o evento que temos oficialmente para promover a união dos espíritas no Japão cujo movimento espírita comemora seus vinte anos neste 2012.

Qual a freqüência e como eles se realizam?

Uma vez ao ano, geralmente no segundo semestre de cada ano. Neste ano vai ser no dia 9 de Dezembro, comemorando exatamente os vinte anos da  Comunhão Espírita.

As reuniões que se realizam são em qual língua?

Alguns grupos mantêm reuniões em Japonês e Português, mas a grande maioria dos grupos  é em Português , com nenhuma  participação de  Japoneses.

Quais os oradores espíritas do exterior que tem visitado o país?

Pelo que eu saiba, desde minha vinda para o Japão tivemos duas pessoas importantes, primeiro  Júlia Nezu, no final de 2006 e começo de 2007 e, em 2009 e 2010,   Mauro  Reis Pumar.
No ano de 2013, no segundo semestre, estamos nos organizando para trazer  um orador de renome do Brasil, Haroldo Dutra Dias, para realizar um seminário. Também em estudo a possibilidade de convite para  os oradores Anete Guimarães, do Rio de Janeiro, e Richard Simonetti, de Bauru. .

Nas abordagens em palestras e seminários quais os aspectos do Espiritismo têm sido mais estudados?

No Japão o  aspecto religioso do Espiritismo é bastante forte, porque já tem uma raiz vinda do Brasil.  Todavia o aspecto filosófico também é expressivo porquanto tem sido trabalhado por grupos já formados no Japão.
Então vai depender do dirigente de cada grupo. Com o CIMEJ, estaremos orientando o movimento espírita de caráter tríplice, filosófico de base cientifica e de transformação ético moral.


Como o povo japonês enxerga o Espiritismo?

O movimento está muito disperso;  não se tem um movimento unificado, apesar dos esforços de poucos, a maioria dos dirigentes agem independentes e com idéias próprias a respeito do Espiritismo.
Com  isso,  a divulgação para o povo  japonês é inexistente. Os japoneses que frequentam os grupos espíritas com estudo em língua japonesa, tem um bom aproveitamento e compreendem melhor a doutrina.
A maioria porém,  que conhece apenas superficialmente o Espiritismo,  o têm como mais uma religião com características de paranormalidade.
É difícil divulgar o Espiritismo por aqui sem a  efetiva integração dos dirigentes dos grupos espíritas existentes no país.

Temas como Reencarnação e Comunicabilidade com os Espíritos são assimilados pela população em geral?

Sim, geralmente é assim, a religião oficial é a xintoísta quando se nasce e com rituais budistas quando se morre.
Com esta base eles têm visão geral, mas ainda muito restrita de espiritualidade e comunicação dos amigos espirituais. E  não entendem como é que  são os mecanismos e os objetivos dessas comunicações.
Eles tem ainda muita ilusão,  ou digamos assim,  uma crença em mitos muito fortes como deuses e demônios, em sua cultura,  em especial nos seus  rituais. Ainda estão arraigados aos tradicionais cultos familiares.
A Igreja Messiânica é a que tem a maior influencia no tocante a comunicação com o plano espiritual. O catolicismo é bem conhecido entre os japoneses e em minoria as igrejas protestantes. Das outras crenças conhecem muito pouco e,  por ultimo, do Espiritismo, quase nada.

Tem havido divulgação do Espiritismo por  veículos de comunicação como  rádio, televisão, jornais e revistas?

Não existe nenhuma campanha de divulgação espírita organizada e unificada  para o povo japonês.
O que temos são  ações individuais e isoladas para a divulgação, como a tradução de O Evangelho Segundo o Espiritismo em japonês,  pelo Sr. . Tomoh Sumi, com a qual melhoramos muito esta ação de divulgação. 
Aos poucos  estamos nos organizando para divulgar o espiritismo na RADIO WEB-FRATERNIDADE de Uberlândia, com um programa semanal chamado de FRATERNIDADE NO JAPÃO JOVEM, onde pretende-se colocar algumas orientações espíritas em idioma Japonês.
Temos um trabalho de estudo em Japonês organizado também  pelo Senhor Tomoh Sumi da Comunhão Espírita Cristã Francisco Candido Xavier em Tóquio onde mantém um estudo em idioma japonês via Internet incluindo ai também uma pagina totalmente no idioma japonês, digamos  assim que é a maior ação de divulgação em Japonês hoje  no Movimento espírita do Japão..
Outra proposta é colocar na NET  a revista espiritualista Saúde espiritual com traduções de algumas matérias em Japonês.
Mas tudo ainda muito lento e sem foco de organização unificada definida,mas estamos caminhando, e com certeza essas ações embora isoladas renderão alguns frutos.

Acredita que há perspectivas de crescimento do movimento espírita a curto prazo?

No curto prazo é  muito difícil, mas certamente em médio e longo prazo, o Espiritismo no Japão ira surpreender o povo japonês com a força que lhe é peculiar.
O que precisamos é união  e vontade de dirigentes dispostos a trabalhar com a divulgação espírita para o povo japonês. Tem que ser uma ação unificada e integrada principalmente no que se diz respeito as traduções.Temos que ter não uma pessoa traduzindo , mas uma equipe que consiga interagir com as características da língua. 

Algo mais que queira acrescentar?

Estamos Esperando uma grande presença de dirigentes da comunidade espírita no XX.-ECOMEJ-Encontro do Movimento Espírita do Japão, onde comemoraremos os vinte anos da primeira casa espírita no Japão, a Comunhão Espírita Cristã Francisco Candido Xavier. Aproveito  este espaço para parabenizar esse trabalho não só aos seus fundadores e idealizadores, mas a todos que mantiveram a tarefa de consolar junto aos amigos japoneses e brasileiros  dekasseguis por mais de vinte anos.
Estamos com um programa de Radio semanal na grade da  RADIO FRATERNIDADE.
E a campanha de DOAÕES DE LIVROS PARA O JAPÃO que teve inicio em outubro de  2012.
Em comemoração aos vinte anos do movimento espírita no Japão, a ADE-JAPÃO vem pedir aos amigos do JAPÃO e do Brasil, que nos enviem livros espíritas em qualquer língua, para que possamos continuar a nossa proposta de divulgação do Consolador  Prometido por Cristo em solo japonês.
Os livros podem ser enviados para a sede da ADE-JAPÃO, ou nos ligar para apanharmos quando for no território japonês. 
Adalberto Prado de Morais,  Fone-   090 8328 4773  JAPAN  
Novo Endereço.
ADE-JAPÃO-Associação de Divulgadores do Espiritismo do Japão
                      Nagano-Ken
                      Ina shi
                      Kitsune jima, 3525-2
                      Kubomura jutaku ,11
                      T-396-0014
                         JAPAN

Suas palavras finais aos nossos leitores.

Agradecemos  nosso amigo  Ismael Gobbo , por esta oportunidade de colocar algumas considerações sobre o que acontece no movimento espírita aqui  no Japão,  apesar de não me sentir a altura para tal.
E pedir  apoio e parcerias mais concretas com os amigos da comunidade espírita de todo o mundo, para nos ajudar a desenvolver a propagação do espiritismo em solo japonês.
Agradecer ao apoio de Rubens de Castro e Helio Dias da Radio Fraternidade e Sonia Theodoro da Silva do projeto Estudos filosóficos espíritas com o Japão, amiga que  já nos mandou as obras básicas da doutrina para a ADE-JAPÃO. A nossa amiga Claudia Greco de Minas Gerais que mandou livros para o nosso movimento no Japão.
Ao Meu amigo Lourenço Matiero,   sempre disposto a ajudar e conhecer a fundo as nossas dificuldades.
E agradeço também o nosso amigo Benjamim Soares que se prontificou a organizar a Campanha de Livros para o Japão na cidade de Brasília e região onde conta com amigos na Comunhão Espirita de Brasília. Por fim agradecer a todos que direta ou indiretamente ajudam na divulgação do CONSOLADOR em terras Nipônicas.
Aos bons espíritos que nos fortalecem e nos influenciam para o bem.
ARIGATOU GOSSAIMASHITA.
Muito Obrigado de Coração.
Adalberto Prado de Morais
Nagano-Ken Japan

Adalberto Prado de Morais, na extrema esquerda com outros trabalhadores espíritas do Japão
Núcleo Espírita “Joanna de Angelis”, Japão
Programa Fraternidade no Japão
G.E.E.F.A-Gunma
Tomoh Sumi,  Adalberto, Lourenço Matiero, Mauro Pumar..COORDENADORES DO CIMEJ
ESE em japonês e Revista Saúde Espiritual


OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.

Desencarnação de Arnaldo Rocha Belo Horizonte, MG


Célia Maria e Arnaldo Rocha
Foto do dia 20/10/2012

Arnaldo Rocha (90 anos de idade) desencarnou às 18h40 do dia 29 de outubro (2a. feira), em sua residência, em Belo Horizonte. Arnaldo Rocha foi marido de Meimei e amigo pessoal de Chico Xavier. Foi seu grande colaborador nos tempos de Pedro Leopoldo e um dos fundadores do Grupo Espírita Meimei. Foi organizador dos livros "Instruções Psicofônicas" e "Vozes do Grande Além", publicados pela FEB, e obtidos por transcrição de gravações históricas das psicofonias de Chico Xavier no Grupo Espírita Meimei. Arnaldo participou ativamente das comemorações do Centenário de nascimento de Chico Xavier em 2010, em várias cidades, foi entrevistado por "Reformador" no 2o. semestre de 2011. Em julho deste ano participou do lançamento do DVD "Instruções Psicofônicas & Vozes do Grande Além", editado pela Versátil, inclusive na sede da FEB, em Brasília. Até início de outubro dirigiu reuniões mediúnicas na sede da União Espírita Mineira. Esteve adoentado no último mês e foi visitado por muitos companheiros, inclusive por Célia Maria Rey de Carvalho, diretora da FEB, no último dia 20, após comemoração ocorrida no C.E. Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, em homenagem a Chico Xavier. Informações: diretoria@febnet.org.br,    uembh@uembh.org.br

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 30-10-2012

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/OUTUBRO/30-10-2012.htm

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 29-10-2012

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/OUTUBRO/29-10-2012.htm

domingo, 28 de outubro de 2012

O Antigo Egito (Ismael Gobbo) XVII – Os tesouros de Tutancâmon




  Os antecedentes biográficos do faraó Tutancâmon eram bem menos conhecidos até novembro de 1922, quando o arqueólogo inglês Howard Carter, que a tempo vinha escavando no Vale dos Reis, acabou por topar com sua tumba, praticamente intacta, junto à de Ramsés VI. O fabuloso tesouro do faraó, o único que passou praticamente ileso da  ação dos saqueadores da necrópole tebana, lançou novas luzes sobre sua breve existência de dezoito anos e seu reinado igualmente célere que não ultrapassou a nove.
     A história de sua sepultura é por demais fascinante, foi objeto de muitas obras especializadas e impossível seria, em poucas linhas, fazer uma descrição completa das emoções vividas por Carter em tão emocionante e bem sucedida empreitada. De qualquer forma, ainda que o sumário seja incompleto, serve de incentivo aos interessados a buscaram, nas obras que se ocupam dessa bela façanha, os lances que acabaram por trazer a lume o livro da vida do faraó menino, cuja fama, a partir da descoberta, pode ser medida pelos milhares de turistas que têm, no seu acervo, um dos  fortes motivos para visitar o Egito.

A descoberta
     Carter, que trabalhava para Lord Carnavon, vinha escavando há tempos no Vale dos Reis, onde já descobrira várias tumbas reais. Embora importantes, sobretudo pelas informações, todas haviam sido esvaziadas e em seus interiores só permaneceram objetos pelos quais os ladrões não se interessaram.
     O célebre arqueólogo, pelo seu conhecimento e até por intuição, era impelido a prosseguir na luta em busca de descoberta mais expressiva que lhe propiciasse, inclusive, continuar recebendo apoio financeiro de Carnavon.
     As sepulturas dos soberanos do Novo Império não haviam todas sido encontradas, e a de Tutancâmon, provavelmente, era uma das que figuravam na mente de Carter.
    A disposição dos escombros aos pés da sepultura de Ramsés VI intrigava Carter que ali encontrava uma pista para investigar.
     Em 28 de outubro de 1922, retornou a Luxor, após uma interrupção nas escavações durante o verão sufocante.
     Em 1º. de novembro, contrata trabalhadores e reinicia as escavações próximas á tumba de Ramsés VI.
     Em 4 de novembro, os operários encontram, um metro abaixo da entrada da tumba de Ramsés VI, uma espécie de escada de ingresso em sentido descendente.
     No dia 5 de novembro, Carter se convence de que estava na parte superior de uma escada. Escavando ininterruptamente, colocaram-na a descoberto e logo ficaram diante de uma porta selada com argamassa contendo as insígnias identificadoras de uma necrópole real “o Chacal e os nove prisioneiros”.

A entrada solene
     A 26 de novembro aparece uma segunda porta, igualmente selada e contendo os selos de Tutancâmon e da necrópole real.  É o próprio Carter quem  relata suas emoções: “Ante esta descoberta, estávamos tomados de um profundo respeito. Descobrimos a escada que descia, penetramos na ante-câmara e contemplamos, pela primeira vez, o esplendor subterrâneo do tempo da dominação mundial do Egito, 14 séculos antes de Cristo. Os tesouros resplandecentes assemelhavam-se aos mais suntuosos acessórios de um teatro moderno – uma realidade de tempos passados que prosseguia viva. É certo que suspeitávamos que a tumba de Tutancâmon se encontrava no Vale de Tebas. Porém, encontrá-la íntegra era algo que superava qualquer esperança”.
     Howard Carter teve como primeiras providências catalogar e recolher todo o conteúdo da antecâmara – centenas de objetos perigosamente próximos uns dos outros, tarefa estafante que se desenvolvia vagarosa e com extremos cuidados. Só depois do transporte de todo o material da antecâmara, agora vazia, é que se preparou para romper o selo da porta que adentrava a câmara do tesouro secreto.

Os sarcófagos
     São ainda de Carter as citações: “É bem verdade que pressentíamos o que poderia encontrar-se atrás da porta protegida por impressionantes guardiães vestidos de negro e dourado e armados com clava e bastão. Porém, o espetáculo deslumbrador como o que se nos apresentou aos olhos, quando a porta foi caindo pedra a pedra, era algo que não havíamos esperado. Com grande surpresa, o que primeiro vimos foi uma parede que parecia ser de ouro, cuja percepção não nos era clara até que a abertura se alargou. Só então compreendemos que o que impedia nossa visão era um imenso sarcófago de ouro e que realmente nos encontrávamos à entrada da câmara dos ataúdes do rei. É quase impossível descrever a emoção que de nós se apoderou, quando nossa poderosa luz elétrica iluminou, pela primeira vez, aquele aposento. Nossa luz iluminou as paredes com suas pinturas e imagens do reino dos mortos, a representação do féretro sobre um tríneo puxado por nobres do país, bem como ao Rei Ege, diante de Tutancâmon, convertido em Osíris e resplandeceu o sarcófago dourado adornado com incrustações de azul claro e brilhantes. O sarcófago tomava quase toda a câmara; entre ele e as paredes restava só um espaço de meio metro, e seu grande teto quase chegava ao teto do aposento. Recolhida a imensidão de objetos que estavam disseminados ao redor do sarcófago, era necessário desmontá-lo juntamente com os outros que se encontravam dentro dele, dentre os quais o mais interior, que albergava o sarcófago amarelo de cuarcita”.

Diante do faraó
     Assim prossegue Carter:
     “Quando a tampa do maravilhoso sarcófago de pedra se foi, levantando-se pouco a pouco, o magnífico ataúde exterior de madeira restou livre e nos vimos submergidos por completo sob o embevecimento e a emoção de um instante semelhante”.
      Todavia a impressão de Carter em relação à múmia real foi de desilusão: “Pensava que, como outras expostas no Museu do Cairo, todas vitimas de saques e em bom estado, a de Tutancâmon pudesse estar integra em seu maravilhoso e rico ataúde. Ao menos o bom estado exterior do ataúde fazia supor isso. Na realidade, o interior apresentava outra realidade”. A múmia do rei estava em estado lamentável, diz Carter. “Tudo evidenciava que o seu embalsamamento havia sido levado a cabo com extremo cuidado e havia sido envolto em uma grande quantidade de faixas de tecido muito fino. Quanto aos amuletos e jóias simbólicas, não havia restado nada, embora seu ataúde resplandecesse em ouro puro. Sem dúvida, as cerimônias rituais praticada durante o enterro foram fatais para sua conservação. Tanto a múmia como o ataúde de ouro não haviam resistido às grandes quantidades de ungüentos e azeites usados para o embalsamamento, compostos de graxa liquida, resina e, possivelmente, também alcatrão vegetal. Os restos desses ungüentos haviam se aglutinado em uma massa negra e betuminosa, que atingira tanto a múmia como a sua máscara no fundo do ataúde. Apesar de todos os esforços, não conseguimos separá-los, motivo pelo qual tivemos que estudá-los ali mesmo”.

No Museu do Cairo
     O tesouro de Tutancâmon é, sem dúvida, a maior atração do Museu do Cairo. Os imensos sarcófagos estão ali expostos. Destacam-se a máscara funerária em ouro e lápis-lazuli; o trono em cujo espaldar está o rei e a esposa Ankhesenpaaten, filha de Aquenáton, recebendo os raios do sol; o ataúde de ouro e o segundo ataúde, representando o deus Osíris; o sarcófago em ouro para os Canopos; a estátua de madeira dourada, em tamanho natural de Tutancâmon; o sarcófago de Anúbis com símbolos; o leito funerário em forma de vaca Hathor; as estátuas de ouro do rei com as coroas do Alto e Baixo Egito; uma grande quantidade de objetos em alabastro, jóias em ouro e pedras preciosas.
     A múmia de Tutancâmon, após os estudos, foi envolta e levada em um dos sarcófagos para a sua tumba do Vale dos Reis, onde até hoje permanece exposto à visitação. 

Próximo artigo: Os templos
File:Valley of the Kings panorama.jpg
Panorâmica do Vale dos Reis em Tebas, atual Luxor.
File:The Moment Carter Opens the Tomb.JPG
Howard Carter, agachado, um trabalhador egípcio e Arthur Callender
durante a abertura da tumba de Tutancâmon.



Museu do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Trono de madeira revestido em ouro e outros materiais preciosos
pertencente ao faraó Tutancâmon. Exposto no Museu do Cairo, 
Egito. Foto Ismael Gobbo
Máscara mortuária do faraó Tutancâmon executada em  ouro maciço  
e  outros materiais preciosos como lápis-lazúli, Cornalina, Quartzo,
Obsidiana, Turquesa e vidro. Peso: 11 Kg
Museu do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Um dos sarcófagos de Tutancâmon, o mais interno,  em formato de múmia exposto no Museu do Cairo. Executado em ouro pesa 110,4 kg. Foto Ismael Gobbo 
Vaso de Alabastro para perfume encontrado na tumba do faraó Tutancâmon
simbolizando a união do Baixo e Alto Egito.
Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/KV62 acessada em 19/9/2012
File:Egypt.KV62.01.jpg
Pintura mural na sepultura do Faraó Tutancâmon no Vale dos Reis.O sarcófago de pedra permanece na sepultura. O tesouro ali encontrado por Howard Carter em 1922
está exposto no Museu do Cairo, Egito. Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Egypt.KV62.01.jpg
Jóia do faraó Tutancâmon com Escaravelho  e disco solar
File:Tutankhamun at Luxor temple.jpg
Estátua do jovem faraó Tutancâmon e sua consorte  no Templo de Luxor
File:Anuk.PNG
Tutancâmon recebendo flores da esposa. Cena na tampa de  uma caixa
encontrada na tumba de Tutancâmon..




NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 27-10-2012

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Pela preservação da boa prática do Espiritismo


Ismael Gobbo
Araçatuba, SP

Quando se fala em respeitar as crenças e as diversas orientações doutrinárias existentes, por sinal inumeráveis,  o Espiritismo pode ser inscrito como um dos  mais, ou possivelmente o mais incisivo nesse particular.
Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no seu capitulo XXVIII, item 1, FEB, encontramos precisa orientação a esse respeito: “O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos, quando ditas de coração e não de lábios somente. Nenhuma impõe, nem reprova nenhuma. Deus, segundo ele, é sumamente grande para repelir a voz que suplica ou lhe entoa louvores, porque o faz de um modo e não de outro. Quem quer que lance anátema às preces que não estejam no seu formulário provará que desconhece a grandeza de Deus. Crer que Deus se atenha a uma fórmula é emprestar-lhe a pequenez e as paixões da Humanidade”.
Não temos a menor dúvida que esse respeito às convicções de outrem, aliado ao labor incansável dos trabalhadores espíritas no permanente movimento de espiritualização da humanidade,  liderado por Jesus, ensejou ao Espiritismo granjear a simpatia, o respeito e admiração de outros segmentos religiosos, da sociedade em geral, da mídia e até de órgãos de governo.
Todavia, temos que convir que respeitar as convicções alheias não significa agir no sentido de incorporar práticas inerentes àqueles cultos ou mesmo técnicas que mais dizem respeito a profissões e profissionais especializados,  no rol das atividades cotidianas do  Centro Espírita. Mas, infelizmente,  é isto que estamos presenciando de forma avassaladora no meio espirita.
Casas espíritas tradicionais, dirigentes espíritas de reconhecido valor, expositores e oradores de grandes recursos,  vários escritores, parecem querer entronizar algumas dessas muitas práticas no seio do movimento espirita como se elas fossem imprescindíveis ao trabalhoque a Casa Espírita sempre desenvolveu de forma tranqüila, sem excentricidades e com absoluta segurança  sob orientação dos postulados da codificação assinada por  Allan Kardec. 
No modesto e despretensioso trabalho de divulgação que desenvolvemos diariamente,   temos enxergado essas distorções com muita clareza. Podemos relacionar desde  alguns livros com títulos chamativos, completamente fora do contexto e do bom senso espírita, cartazes com dizeres e imagens estranhas e atividades que envolvem de forma direta e quase exclusiva,  Apometria, Cromoterapia, Ufologia, Cursos de Magnetismo, TVP, Regressão de Memória, Musicoterapia, hidroterapia,  mediunidades de cura, de pintura, dentre outras.
Será que isto está correto? 
Além dessas práticas que parecem ganhar mais espaço que o estudo,  livros de baixíssimo nível, alguns com posicionamentos chocantes e absolutamente contrários aos princípios espíritas, são editados, divulgados e vendidos como  se espíritas fossem. E em livrarias de Centros Espíritas, de Clubes do Livro Espírita e Feiras de Livro Espírita.
Quem pode criticar as seitas e as práticas que arrolamos? Na nossa maneira de entender, ninguém. Mas, podemos,  em sã consciência,  admitir que essas práticas  adentrem  as casas espíritas sem a menor cerimônia e se tornem corriqueiras e até principais, fugindo a tudo aquilo que aprendemos com Kardec e nos ditados da espiritualidade superior?  Será que estamos honrando o compromisso que assumimos de preservar a pureza doutrinária no seu mais elevado sentido? Ou estamos querendo fazer um Espiritismo à moda da casa onde tudo vale, priorizando o fim sem a menor  preocupação com o meio, agradando todo mundo e fazendo de conta que tudo caminha às mil maravilhas?  
Tem cabimento aqueles que gostam das práticas da  Umbanda buscarem inserir as  práticas usuais da Umbanda no seio da  casa espírita?   Ou alguém que por ter feito cursos de Apometria, Cromoterapia, TVP, Magnetismo, etc, buscarem implantar aquilo que viram ou aprenderam no centro espirita que freqüentam e vendendo a idéia de que se trata de modernização, inovação ou renovação?
Que dizer de casas espíritas que começam a aplicar passes com os pés descalços, substituir a mesa habitual pelos colchões “tatami” e gastar mais tempo com algumas das práticas que acima arrolamos, do que com o efetivo e sistemático estudo do Espiritismo?
Será que o Espiritismo depois de mais de 150 anos de sucesso absoluto no seu esplendoroso trabalho em prol do movimento de espiritualização está precisando dessas  reformas e desses reformadores?  
Ou será que estamos enxergando a  Doutrina Espírita crescer cada vez mais, avançando para frente, sendo exaltada e respeitada pelo mundo todo e vendo um movimento espirita que caminha exatamente na contramão?
Onde está o senso critico que todo espirita deve buscar por inspiração no maior e melhor guia que Deus nos ofereceu, Jesus, e em Allan Kardec o grande codificador da doutrina do bom senso?
Acredito que seja uma boa e oportuna pergunta para buscarmos responder.

**********
Obras Póstumas, Allan Kardec, FEB,
Dos Cismas:

 “Uma questão que desde logo se apresenta é a dos cismas que poderão nascer no seio da Doutrina. Estará preservado deles o Espiritismo?
Não, certamente, porque terá, sobretudo no começo, de lutar contra as idéias pessoais, sempre absolutas, tenazes, refratárias a se amalgamarem com as idéias dos demais; e contra a ambição dos que, a despeito de tudo, se empenham por ligar seus nomes a uma inovação qualquer; dos que criam novidades só para poderem dizer que não pensam ou agem como os outros, pois lhes sofre o amor-próprio por ocuparem uma posição secundária.
Se, porém, o Espiritismo não pode escapar às fraquezas humanas, com as quais se tem de contar sempre, pode todavia neutralizar-lhes as conseqüências e isto é o essencial.
É de notar-se que os vários sistemas divergentes, surgidos na origem do Espiritismo, sobre a maneira de explicarem-se os fatos, foram desaparecendo à medida que a Doutrina se completou por meio da observação e de uma teoria racional. Hoje, raros partidários ainda contam esses primitivos sistemas. É este um fato notório, do qual se pode concluir que as últimas divergências se apagarão com a elucidação integral de todas as partes da Doutrina. Mas, haverá sempre os dissidentes, de ânimo prevenido e interessados, por um motivo ou outro, a constituir bando à parte. Contra a pretensão desses é que cumpre se premunam os demais”.
Jesus
Quadro da artista Maria Tereza Braga
Allan Kardec


sábado, 27 de outubro de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 26-10-2012

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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 25-10-2012

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O Antigo Egito (Ismael Gobbo) XVI– As Piramides



As Pirâmides do conjunto de Gizé são os maiores edifícios funerários construídos pelo homem. A maior delas, que ficou conhecida como “Grande Pirâmide”, foi inscrita como uma das “Sete Maravilhas do Mundo” e é a única que sobrevive daquela relação.
     O costume egípcio de construir pirâmides encimando sepulturas remonta aos primórdios da III dinastia, quando teve inicio o chamado período menfita. Atribui-se a Imhotepe, arquiteto do rei Djoser, faraó de 2.667 à 2.648 a.C, a construção do primeiro grande exemplar  -  a “pirâmide dos degraus” em Sacará.
     Os especialistas vêem nas variantes arquitetônicas das pirâmides uma evolução que, partindo das primeiras em forma de degraus, culminam com as “verdadeiras pirâmides”, de base quadrada, quatro triângulos e as faces lisas.
     Assim sendo, a obra de Djoser nada mais seria que uma superposição de seis Mastabas (túmulos quadrados com as paredes ligeiramente inclinadas) que propiciaram a superestrutura de sessenta metros de altura.
     Em passo seguinte, surgiram os dois primeiros exemplares próximos da configuração de verdadeiras pirâmides, edificados por Snefru, pais de Quéops, que governou de 2.613 a 2.589 a.C. Uma delas, a do Sul, ficou conhecida como “pirâmide romboidal”, em face da diferença de ângulos entre a base e a parte superior. A outra, ao Norte, denominada de “pirâmide vermelha”, foi progressivamente complementada com ângulo de 43º. e 22’.
     A partir desses remotos tempos de Snefru começa a pratica de atribuir nomes às pirâmides: a romboidal ficou conhecida como “Snefru do Sul aparece em glória”, e a outra, mais regular, intitulada “Snefru aparece em glória”.
     Contudo foi Quéops, governante de 2.589 a 2.566 a.C, que teve seu nome mais intimamente ligado à construção de pirâmides, sobretudo porque a sua, a “Grande Pirâmide”, é a maior e a mais famosa de todas.
     A solidez dessas obras fez surgir no Egito o refrão: “Todo o  mundo teme o tempo, porém o tempo teme as Pirâmides” e sua grandeza foi objeto de elogios por Heródoto (séc. V a.C.), Diodoro da Sicília (Séc. I a.C.) e ensejaram a Napoleão Bonaparte, bradar inflamado à tropa: “soldados, do alto destas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam”. 

Heródoto e a grande pirâmide

     Heródoto foi um historiador de renome que deixou informações preciosas sobre as pirâmides em suas viagens ocorridas mais de dois milênios após serem edificadas.
     Apesar de em diversas passagens lançar criticas contundentes contra os egípcios, Heródoto não deixou de admirar essas grandes obras de engenharia que desafiam o tempo. Falando sobre a de Quéops, oferece-nos alguns detalhes que possibilitam entender o método construtivo das pirâmides, como nestes que reproduzimos:
     “Quéops há deixado após si uma obra colossal – sua pirâmides. Dizia-se que até o reinado de Ramsinitos, o Egito era um país muito próspero e bem governado. Quéops, que é posterior a Ramsinitos, determinou a todos os egípcios que trabalhassem para ele. Alguns tiveram a tarefa de transportar até o Nilo a pedra extraída das pedreiras dos montes da Arábia e outros deviam carregá-la em barcos para cruzar o rio desde os montes da Líbia. Havia sempre cem mil homens trabalhando, cuja troca se efetuava a cada três meses”.  “...Houve, pois, que trabalhar dez anos para terminar a estrada e construir as câmaras subterrâneas que deviam servir de tumba.  Estas se fizeram na meseta em que se alçam as pirâmides, em uma ilha criada desviando em um canal as águas do Nilo. A construção da pirâmide mesmo necessitou vinte anos de trabalho. É quadrada. Cada uma das faces mede 8 pletros (246,26 metros) e tem a mesma medida na altura. As pedras são polidas e unidas com extremo cuidado, nenhuma delas medindo menos de 30 pés (9,24 metros). Esta pirâmide foi primeiramente construída em forma de grande escada, composta pelo que alguns chamam ameia e outros chamam degrau. Depois de lhe haver dado esta primeira forma, levantaram-se as outras pedras por meio de máquinas feitas de corta-vigas.  Uma vez levantada a pedra até o primeiro degrau, colocava-se em outra máquina que ali se encontrava, com a qual se levantava até a segunda, e assim sucessivamente de degrau em degrau, pois havia tantas máquinas quantos eram os degraus. Ou, também, era a máquina, fácil de ser transportada, que se mudava de um piso a outro, após serem concluídos. Indicamos ambos procedimento, pois assim nos relataram. De tal sorte que se terminavam primeiro o cume e logo passava-se aos pisos inferiores e, por fim, acabava-se a base da pirâmide”.
     Há outras teorias que buscam explicar a maneira como os egípcios construíram as pirâmides. Uma delas, bem coerente por sinal,  é a de que teriam se valido de  rampas concebidas artificialmente  com utilização de  areia e cascalho, pelas quais faziam o arrastamento dos pesados blocos que teriam rolos sob suas bases para facilitar a tarefa.  
  
O conjunto de Gizé

     As pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, ao lado da Esfinge, localizadas em Gizé, são as mais divulgadas atrações turísticas do Egito.
     A de Quéops, maior das três, media primitivamente 146 metros de altura. Perdeu os últimos 9 metros, provavelmente pela erosão dos ventos e hoje termina em uma plataforma de 10 metros de lado. Seu revestimento externo desapareceu por completo e suas pedras, atualmente em forma de degraus, permitem serem escaladas. Em sua construção foram gastos 3.000.000 de blocos de pedra e seu volume atingia 2.550.000 metros cúbicos.
     A pirâmide de Quéfren, com 136 metros de altura, é a única que preserva parte do revestimento na sua parte mais elevada. Ainda que mais baixa que a de Quéops, a pirâmide de Quéfren parece nivelada com a  primeira, tanto por estar com sua altura integral como por ter sido construída em uma elevação do terreno.
     A de Miquerinos é a menor das três com 66 metros de altura.
     Até o ano de 1.500, a pirâmide menor conservava seu revestimento externo em granito trazido de Assuã. Atualmente só restam algumas fiadas da base. Essa pirâmide encerra em sua câmara funerária um esplêndido sarcófago de basalto ornamentado com um motivo chamado “Fachada do Palácio”, muito comum à época do Antigo Império.
     O sarcófago de Miquerinos desapareceu em um naufrágio, nas costas de Portugal, quando estava sendo transportado para a Inglaterra, porém uma urna de madeira encontra-se exposta no Museu Britânico.
     As pedras para construção das pirâmides tanto eram extraídas nas adjacências, quanto percorriam centenas de quilômetros, Nilo abaixo, como no caso dos imensos blocos de granito de Assuã.
     Heródoto assinala que a pirâmide levava informes indicativos em caracteres egípcios de quantos rabanetes, quantas cebolas e quantas cabeças de alho se gastaram para os trabalhadores. O custo atingia a soma de seis mil talentos de prata, que equivalia a 41.884 quilos de metal.
     Napoleão Bonaparte calculou que as pedras das três pirâmides seriam suficientes para construir uma muralha de 3 metros de altura por 0,30m de largura circundando toda a França.

Próximo artigo: Os tesouros de Tutancâmon

Pirâmide dos degraus em Sacará. Foto Ismael Gobbo
Ficheiro:GD-EG-Saqqara004.JPG
Pirâmide romboidal em Sacará
Ficheiro:Dahshur - Red Pyramid - Tourist policemen on camel.JPG
Pirâmide Vermelha. Dahshur
Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, em Gizé, proximidades do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Na base da pirâmide de Miquerinos  se contempla  algumas fiadas de revestimento em
blocos de granito  trazidos da região de Assuã.  Foto Ismael Gobbo
File:ISS-32 Pyramids at Giza, Egypt.jpg
As pirâmides (Quéops, Quéfren e Miquerinos), no centro da foto, vista do espaço.
A cidade do Cairo que limita-se com aquele famoso sítio arqueológico aparece logo à esquerda.
A Esfinge e  pirâmide de Quéfren, em Gizé, região do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Ficheiro:Other ramps1b.jpg
Alguns modelos de rampas que podem ter sido utilizadas na construção de pirâmides
Ficheiro:Khufu.JPG
Pequena estátua do faraó Quéops exposta no Museu do Cairo.
 cabeça da esfinge de Gizé e divulgada como sendo a representação
da cabeça do faraó  Quéfren ou de seu irmão Djedefré.
 Foto Ismael Gobbo
Miquerinos, penúltimo rei da IV dinastia e construtor da terceira pirâmide em Gizé.
Aqui aparece entre a deusa Hathor e uma deusa regional. Museu do Cairo, Egito.