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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (150) Marisa Cajado


 

Marisa Cajado



Nossa entrevista deste sábado buscar trazer aos
leitores informações acerca da vida e da obra da oradora, médium e poeta Marisa Cajado, bastante conhecida do movimento espírita.  Nasceu em Limeira, conheceu o Espiritismo ainda jovem e agora reside no Guarujá. Amiga de personalidades da música e já tendo participado de eventos importantes, Marisa tem um acervo expressivo de músicas mediúnicas ditadas por grandes compositores brasileiros. Segundo nos diz Marisa, toda a renda auferida por conta da venda de suas gravações são destinadas ao Lar Espírita Cristão Elizabeth,
Rua Vereador Orlando Falcão, 172,  Jardim Praiano Cep: 11443-010, Guarujá, SP.


Cara Marisa, pode nos fazer sua auto apresentação?

Renascemos nos braços de Jandyra Barbosa Cajado e Nelson Amparo Cajado, na cidade de Limeira SP. Afirmamos sempre, chegar ao mundo trazendo o povo pra doutrina espírita, pois minha mãe teve uma hemorragia interna durante o parto. Meu tio que era médico, Luiz Barboza Filho, estando lá na ocasião, chamou um amigo de Campinas. Neste ínterim minha mãe ouvia e via os espíritos fazendo uma cirurgia espiritual. Quando o médico campineiro chegou ficou bravo pois só encontrou uma cicatriz na ponta do útero e minha mãe passava bem. Meu tio tornou-se espírita neste dia.
Tivemos uma infância e juventude muito feliz e aos 14 anos ao ler o parnaso de além túmulo, nos demos conta de ser aí nosso caminho, dentro do espiritismo.
Casamos e tivemos quatro filhas maravilhosas. Emiliana, Luciana, Juliana e Fabiana. Elas nos deram dois genros e quatro netos. Como é bom ter a família não é? Somos muito ligados e felizes.
Em 1984, mudei-me para Guarujá onde estou até os dias de hoje.
Somos  pessoa comum e talvez mais compromissada. A poesia, a música e a arte são em nós, linguagens naturais.
Amamos a vida, suas oportunidades, os relacionamentos humanos. Adoramos  ampliar os conhecimentos e as amizades. Viajamos pelo Brasil, falando e cantando sobre a doutrina espírita. Formamos outra família, a dos companheiros de ideal e só temos a  agradecer a Deus a bênção da vida e a oportunidade que nos faculta de crescimento a cada dia que nasce...

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Somos Pedagoga, especializada em Crianças Especiais. Ingressamos no magistério público e durante vinte anos alfabetizamos, é isso que gostamos de fazer. Depois passamos pela coordenação pedagógica e aposentamos na direção de uma Escola Pública Estadual. Ao aposentar-nos criamos um projeto de alfabetização por Música. Dois bonecos animados, no computador, que alfabetizam brincando e cantando. Piruletra e Pirulatra.  Tem auxiliado crianças com dificuldades de aprendizado. Depois da aposentadoria, fomos diretora da Creche Espírita Cristã Maria de Nazaré , filiada à Associação Lar Espirita Cristão Elizabeth, entidade que  pertencemos desde 1984. Aí aplicamos o projeto e as crianças aquele ano saíram para a escola fundamental, quase alfabetizadas, crianças de apenas 06 anos. Hoje as creches não possuem mais esta faixa etária.
Tenho uma crônica que fiz para apresentar este projeto.
(vc coloca ou não fica ao seu critério:

Quem me ouviria?

   Eu tinha tanto a dizer desde menina, deste meu anseio d'alma, de fazer poesia de tudo, de falar de amor, do riso , da alegria, mas a vida não permitia.
   Então eu prossegui, abafando o devaneio, a decorar aqueles trechos enormes: afluentes de rio, extensões demográficas, datas de nascimento, morte de tantos nomes da história. Eu me perdia entediada, a questionar por que, para que?
   Mas... eu tinha tanto a dizer. Queria ficar até tarde, desafiando no violão, a melodia que nascia. Eu precisava anotar, cantar e não podia. O trabalho, na escola me aguardava, onde os alunos esperavam-me ansiosos.
   Então... eu renascia. Na classe, empunhava o violão sentindo-me uma artista e ensinava cantando. O pequeno coro me acompanhava, entusiasmado. Naquele dia, a lição era sobre o verbo:
"Toda oração tem uma ação/ Ação é o verbo, preste atenção/ O gato mia/ A coruja pia/ passarinho voa/ que coisa boa/cada vez que na lição/Eu escrevo uma ação/É o verbo que estou escrevendo/Da ação que está aparecendo."
   Eu... voava junto, mas de repente a porta da classe abriu-se e outro verbo se fez ouvir,  na voz grave e firme da diretora: _ D. Marisa, não traga mais o violão, há muita reclamação . A senhora só canta e não dá aula.
   Deixei o instrumento em casa. Tinha tanto a cantar e a ficou voz calada.
   Prossegui, aos sessenta anos, estou aqui. Não me recordo mais dos afluentes, das extensões demográficas,  dos números imensos das populações, que hoje devem estar bem diferentes. Aliás, de nada serviram em minha vida.
   Mas...ainda tenho tanto a dizer, deste anseio d'alma que aumenta a cada dia, da lucidez mental impedindo-me de dormir, para que eu tenha tempo de materializar a melodia, a poesia, a educação.
   Eu preciso falar, realizar o compromisso. Tantas músicas chegando, as idéias educativas fluindo.
   Mas e o atendimento à família, o trabalho para o pão de cada dia, que a aposentadoria não garantiu?
   Resta o computador, arquivando tudo, para que o verbo não pereça mudo.
   Ah! eu tenho tanto a dizer, mas quem me ouviria?
   Espera! escuto a voz interior, gritar em mim.
   _ Sabe quem? As crianças do Brasil
                                           ***
A todas as crianças do Brasil entrego Piruletra e a Música Alfabetizando                                                                                                           Marisa Cajado                          


Como você conheceu o Espiritismo e desde quando é Espírita?

Iniciamos as atividades no espiritismo em 1962 na Cruzada Assistencial Espírita Cristã de Olímpia, dirigida pelos inesquecíveis, Beatriz e Isauro Assis de Souza, junto à sua filha Amélia Souza Freitas, grande amiga,  até hoje atuante no movimento espírita em São José do Rio Preto. Aos quinze anos já éramos presidente da mocidade espírita e participamos , não me lembro bem o ano, de um Encontro de  Mocidades Espíritas em Araçatuba.
Meus pais já eram espíritas nesta época e meu avô foi companheiro de Caibar Schutel, nas conferências radiofônicas de Araraquara e está citado no livro “ Uma Grande Vida”  Como narramos acima, brincamos que já nascemos trazendo o povo pra família espírita.
Nossa educação foi em colégio de freiras e aos 14 anos fomos com  minha mãe a uma reunião espírita em Olímpia, na Cruzada Assistencial Espírita Cristã e enquanto ela costurava enxovaizinhos junto ‘as mensageiras” senhoras que se reuniam para diversos fins, ocupando suas tardes  em prol da caridade, dei um pulo na biblioteca e me deparei com o PARNASO DE ALÉM TÚMULO – o primeiro livro de Chico Xavier. Trazemos na alma poesia e foi o bastante para tocar nossa essência e daí em diante entregamo-nos ao espiritismo, como um patinho feio que encontrou seu lago.
A ele nos dedicamos desde aquele tempo até agora.
Depois de Olímpia, nos transferimos para São Paulo e lá frequentamos o Grupo Espírita do Lar.

A que casa espirita esta vinculada presentemente?

Estamos vinculada à Comunidade Espirita Cristã do Guarujá e Lar Espirita Cristão Elizabeth. Desde 1984, participamos das duas casas espíritas, ora na diretoria, ora na evangelização, ora na mocidade espirita. Creio havermos participado de quase todos os trabalhos de uma casa espírita.
Neste vídeo poderão ver alguma coisa sobre este trabalho que o Lar Espírita Cristão Elizabeth desenvolve.

Pode nos fazer uma retrospectiva de sua participação no movimento espirita durante esses anos?

Aos quinze anos como já comentamos, fazíamos parte da Cruzada Assistencial Espírita Cristã de Olímpia. Por várias vezes atuamos como presidente da Mocidade Espírita. Em 1964 mudamos para São Paulo onde frequentávamos o Grupo Espírita do Lar.
Lá além de participarmos de vários trabalhos assistenciais, tivemos a oportunidade de durante dez anos estudar as obras de André Luiz com um grupo de amigos. Em 1983, fomos residir em Guarujá. Mamãe já estava lá e frequentava a Comunidade Espirita Cristã do Guarujá e lá nos engajamos, fazendo parte da diretoria por muitos anos. Aí organizamos a Mocidade Espírita Estrela da Paz, e com a mocidade , durante dez anos, tínhamos um trabalho com homens de rua, distribuição de kentinhas, “Caravana do Amor” onde levávamos o violão e cantávamos e rezávamos com eles. Era enternecedor vê-los na madrugada fria, as vezes lá no calçadão, de mãos dadas rezando junto conosco.
Montamos também uma Banca de livros espíritas, no calçadão Caminho do Mar que continua lá até hoje. Lá ficamos por mais de dez anos e conhecemos espíritas de todo o Brasil que vinham  em férias.
Participamos também da Pomada Vovô Pedro e João Nunes Maia por várias vezes lançou seus livros lá em pleno calçadão do Guarujá. Recebemos o Hino da pomada Vovô Pedro, cantado até hoje em todos os postos espalhados pelo Brasil. “ Pedacinho do Nosso Amor”.
Nesta mesma época começamos a frequentar também o Lar Espírita Cristão Elizabeth e permanecemos nas duas casas até os dias atuais. Um dos projetos do L.E.C.E  é o “Dignidade e Vida” que auxilia  homens de rua dando-lhes moradia, atendimento até que se recuperem e possam tomar conta de suas vidas. Há uma chácara no Guarujá que os abriga e também uma fazenda numa praia de Ilha Grande- RJ,  onde moram os que querem e trabalham registrados, com salários. Passamos um ano e meio lá de meados de 2009 a fim de 2010. No Centro Espírita Chico Xavier, situado neste local abençoado, todas as noites estudávamos juntos. Montamos também um coral com eles. Foi uma experiência gratificante. Um deles começou a escrever conosco um livro que esperamos ainda concluir um dia “Venci porque alguém acreditou em mim.”  Neste livro ele narra sua história e como foi parar na rua. Trata-se de um homem bastante inteligente, com um potencial poético muito grande.Fez um belo acróstico para Chico Xavier. Uma das coisas que ele me disse foi: “ Quero escrever este livro para que todos saibam que atrás de um homem de rua há um ser humano.” Acrescentou ainda “ O que mais me doeu foi ser chamado de mendigo. Hoje está no Guarujá trabalhando no restaurante popular que a casa gerencia. Aprendemos neste tempo de paz e recolhimento na Ilha, a valorizar mais ainda o trabalho e o ser humano pois foram eles, aqueles que um dia eram de rua, os meus anjos da guarda lá na Tapera Shima como se chama a fazenda. A todos sempre a minha eterna gratidão , amor e carinho. Lá recebemos diversas melodias e entre elas o Hino da Tapera Shima. A música chegou como todas, melodia e letra juntas. Estávamos dentro do mar, quando veio a inspiração do espírito de João Cabete, passo a vocês a letra:

Tapera Shima é Paz

A praia está tão linda
O sol está  a brilhar
Há esperança ainda
Olha o verde do mar
Se espraia pelo monte
Se funde no horizonte
E a vida se compraz
Tapera Shima é paz

A noite vem a lua
Brilhando pelo céu
E as estrelas tão puras
Lembram olhos de Deus
Em tudo sua mensagem
Com a base do amor
Reflete a sua imagem
Não há porque ter dor
Beba a água da vida
Na fonte de Jesus
Na paz que o convida
A acender a sua luz.

João Cabete por Marisa Cajado.

Podem ver o vídeo com a música neste link com o pequeno coral Chico Xavier que montamos lá na Ilha Grande.


Quais as obras de sua autoria espíritas e não espíritas e de que tratam?

Só temos um livro editado “Eu quero ser feliz, de nossa autoria. É um livro de auto ajuda.
Estamos terminando, o livro “Estamos Voltando”  que fala sobre o trabalho com os Cancioneiros do Infinito. Estamos pensando em lançá-lo em e-book pois assim a melodias poderão ser apresentadas.. Creio que até o final do ano teremos esse trabalho finalizado. Elaboramos também um projeto de alfabetização por música.

Fale-nos sobre sua verve para a poesia e para a musica. Como tudo começou?

Nosso pensamento é  que nascemos poeta. Desde cedo possuíamos grande facilidade para fazer poesias e musicávamos tudo. Na escola sempre fazíamos versinhos mexendo com amigas, etc.... Quando minhas filhas estudavam, musicávamos as fórmulas para que pudessem aprender fazendo delas quadras engraçadas e lá iam elas nos ônibus, ouvindo muito e gravando tudo para as provas.
Na poesia fazemos parte de vários grupos literários, internacionalmente. Somos cônsul do Estado de São Paulo na Associação Internacional Poetas Del Mundo, e diretora de Direitos Humanos por São Paulo na mesma entidade. Trata-se uma associação que reúne mais de 20.000  poetas dos cinco continentes, lutando pela paz mundial. Também somos Embaixadora Universal da Paz, - Genebra Suiça. Uma entidade mundial que reúne escritores e poetas, artistas, enfim homens que lutam por um mundo melhor. Divaldo Franco também faz parte desta comunidade.
Na música e na doutrina espírita, a mediunidade surgiu  logo que nos mudamos  para o Guarujá. No início pensei estar compondo até a terceira música que captamos durante o banho e gravamos por não ter tempo de  tocá-la. Iria para o Centro proferir palestra. Era a melodia Resposta em Ciranda,  infantil. Ao retornar não lembrávamos o que estava gravado e percebemos não serem nossas as músicas. Começamos então a catalogar todas elas como chegavam e gravar. A melodia e a letra vinham juntas em minutos.
A música em nossa visão é muito mais do que um elemento harmonizador é um correio de mensagens , um elemento de desobssessão e de cura. Portanto nós a trazemos ligadas a uma palestra para que o recado dos Cancioneiros do Infinito sejam entregues de forma total e absoluta.

Faça-nos um resumo, por favor, de  suas produções musicais e como eles estão disponíveis

Tenho 05 Cds gravados
Som em Sol – instrumental, com arranjos de Sibélius e Suzana Samorano
Serenata de Paz cantado por mim e Suzana Samorano
De Volta as Estrelas, cantado e arranjado por Suzana Samorano – contém vários compositores conhecidos
Momento musical/infantil-  cantado por mim arranjos de Marco Rolim- músicas para alfabetização Infantil
Amor Além – Músicas dos Cancioneiros – Cantado por Célia Tomboly
(CD, DVDS., ETCCCCCCCCCC)

Suas obras são mediúnicas ou de sua própria lavra?

Tenho obras mediúnicas e obras de minha própria lavra.
Na poesia por exemplo tenho poesias minhas e muitas. Escrevi um livro sobre isso e faço parte de vários grupos literários no mundo todo.
Na música meu acervo é quase todo mediúnico.

Quais os autores desencarnados que já transmitiram musicas através de sua mediunidade?

Lista dos compositores que recebi:
Adoniran Barbosa, Altemar Dutra, Assis Valente Antonio Maria, Ari Barroso, Ataulfo Alves, Carlos Gomes,  
Cartola, Charles Chaplin, Chiquinha Gonzaga, Cigano, Herivelto Martins, Lamartine Babo, Maria Severa, João Cabete, Leandro, Luiz Gonzaga, Lupcínio Rodrigues, Maysa Mattarazzo, Noel Rosa, Orestes Barbosa,
Paulo Soledade, Pixinguinha, Sergio Bittencourt, Walt Disney, Vinicius de Moraes, Raul Seixas, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, Euricledes Formiga, Carlos Gardel, Catulo da P.Cearense, Francisco Alves,
Francisco Canaro, Frei Amaro, Glenn Miller, Gonzaguinha, Juscelino Kubtischek, Irmã Dulce, Maria Rita, Arrelia, Ayrton Senna, Tom Jobim, Francisco de Assis, Padre Antonio Vieira, Clara Nunes, Elis Regina, Agostinho dos Santos, Tinoco.

Sua mediunidade é inconsciente?

Nossa mediunidade é consciente. Os espíritos atuam em nossa mente e recebo em minutos melodia e letra juntos. Vem como num bloco, prontas. Imaginem uma música que já conheçam  ela canta em nossa mente. Assim chegam as músicas. Quando chegam já sei quem está passando a música.
Os espíritos começaram a se identificar depois de mais de 100 músicas só identificadas como sendo dos Cancioneiros do Infinito.
Note-se que nossa mediunidade surgiu espontaneamente depois de vinte e dois anos de trabalho na doutrina. Naquela tarde da década de 70, aconteceu o meu primeiro contato interdimensional, e com ele  o primeiro recado para o meu trabalho.
Enquanto aguardava uma amiga, sentada no carro, surgiu num repente, uma melodia que cantava em minha mente, inteira e perfeita. Não tive dificuldade de anotá-la ali mesmo.
Cantei a música para minha companheira e fomos envolvidas por uma imensa paz
Senti-a como o som de minha alma e foi esse o título que lhe atribuímos. Entretanto, muito deveria caminhar para compreender o som da alma.
Interessante notar que esta melodia chegou dez anos antes das outras. Veio mesmo como um sinal do compromisso            
Nesta época, minhas filhas eram pequenas e as atividades de mãe , dona de casa e professora, tomavam-nos quase todo o tempo. Durante dez anos, estivemos num processo intenso de compromissos  que não nos proporcionavam o devido tempo para  o trabalho que desenvolveria mais tarde. Tempo de maturação.
Não nos afastamos dos trabalhos do centros, dos trabalhos assistenciais.
Bem mais tarde percebemos o grande recado do som da alma a indicar-me um roteiro, apontando um sério trabalho. Mudanças radicais operaram-se em nossa vida particular e entendemos a mediunidade como um auxilio para prosseguir  com fé e esperança.
A cada melodia que recebíamos éramos banhadas por uma energia ímpar que nos  proporcionava forças para seguir adiante.

Som da Alma

Vem de longe esta voz
Me dizendo pra amar
Pra sorrir e vencer
Mais e mais trabalhar
Minha dor esconder
Meu sorriso espalhar
Muita luz acender
Esperança levar
Vem de longe esta voz
Me dizendo pra amar
Pra sorrir e vencer
Mais e mais perdoar
E assim conseguir
Minha paz encontrar
Sendo seu meu sentir
Aprendi a amar.
CI  por Marisa Cajado
São Paulo - 1973
Voz : Célia Tomboly
Arranjo : Claudio Roza
CD:  Amor Além

Em 1984, tivemos  a primeira notícia do intercâmbio musical com a outra dimensão.
O Sr Spartacco Guilard, conhecido e respeitado médium espírita numa reunião em casa de Nicia Weiss, no Guarujá  afirmou: Dolores Duran (espírito) está a seu lado e junto dela  o  espírito de seu pai  dizendo que; quando aos quinze anos, a presenteou com o violão, não sabia o que estava por vir e que  os pais tem muita responsabilidade nos anseios dos filhos. É através das músicas que a espiritualidade maior se manifesta por seu intermédio. Ainda diz mais continuava ele: _ Se puder, vai marcar o nome dele em seu violão. Sorri e fiquei a imaginar o dia que o meu violão teria o nome Cajado escrito em sua face. Hoje, quase vinte anos depois, ao ver o instrumento junto ao nosso nome nas capas das fitas e Cds entendemos o recado.
Voltamos para casa exultante, pensando, que enquanto cantávamos para as crianças na evangelização infantil e na escola a espiritualidade maior estaria junto a mim. Jamais poderia imaginar que iria captar  musicas dos compositores que haviam partido para outra dimensão de vida. Naquela mesma noite viria a segunda música.
Muitos anos depois viemos a saber que era de Dolores Duran.
Outro recadinho para a luta que andava bem acirrada.
A primeira música que percebemos  ser de um cancioneiro foi a Resposta em Ciranda , música infantil até hoje muito cantada em corais e pela criançada de várias creches e escolas.
As primeiras músicas, acreditamos estar compondo até uma tarde ao chegar da escola e com pouquíssimo tempo para  um banho e um rápido lanche, antes de ir à Comunidade  Espírita Cristã do Guarujá, onde falaria  naquela noite.  Não me recordo o mês mas o ano era 1984. Durante o banho senti a inspiração da melodia e a letra e pela pressa, gravamos em um gravador Polivox, que havia ganho de minha mãe, aquela musica  inteirinha.
Fomos à casa espírita, ministramos a palestra da noite e ao retornarmos ao lar, nada lembrávamos sobre a letra nem a melodia, então a ouvimos no gravador e percebemos não ser nossa.  Ninguém escreve uma música e horas depois nem tem a noção dela.
Vinha para as crianças, a primeira música infantil de mais de cinquenta, hoje recebidas.
O trabalho no plano espiritual é liderado pelo Maestro Carlos Gomes que dirige os Cancioneiros. Um trabalho sério e organizado com a finalidade de trazer à Terra a prova da Imortalidade da Alma, Continuação da Vida e Desenvolvimento de seus talentos.
Entreguei a Divaldo, minhas fitas e eles a mandou a um crítico musical.
Divaldo foi um grande incentivador deste meu trabalho.

A sua produção literária e musical tem alguma destinação filantrópica?

Sim tudo o que conseguimos com a venda das fitas vai para o Lar Espírita Cristão Elizabeth.


Tem saído para fazer as conhecidas palestras musicadas? No que elas consistem?

Sim desde 1995, incentivadas por Ana Jaicy Guimarães, grande amiga e companheira de ideal iniciamos as palestras musicadas. Depois de uma entrevista na RIE Revista Internacional de Espiritismo, de Matão, organizada pelo Clarim nossas palestras se estenderam por todo o Brasil e fomos até a Argentina.

Como podem ser feitos os convites e qual a infra estrutura que a casa espirita deve providenciar para suas apresentações?

Os Convites podem ser feitos através do e-mail cancioneira@uol.com.br ou pelo meu telefone            (13) 9783-7315      
Para que eu possa apresentar-me peço som ligado a caixa com microfone, saída para violão elétrico, um data show com saída de som.
Faço as palestras sobre um tema doutrinário e distribuindo nelas as músicas dos Cancioneiros, falando sobre eles e seus recados de agora. Cantamos juntos e o tempo passa sem que sintamos.

Algo mais que queira acrescentar?

Gostaria de agradecer a oportunidade de divulgação de meu trabalho com os Cancioneiros do Infinito.
Dizer também a todos que utilizam a música como instrumento de divulgação da doutrina que atentem para a seriedade deste trabalho e que tenham em mente que é importantíssimo o conteúdo de suas mensagens.
Não é importante se acreditam ou não mas é importante o que fica de nosso recado
Vinicius de Moraes num trecho de música intitulada Fé e Prova nos diz:

Provar quem prova
No verso e na prosa
Se o estilo comprova
E autentica a versão
Se há quem aprova
Conteúdo é que voga
E não incomoda
Crítica a dizer não
No universo,
No verso e reverso
Não há um só verso
Que seja só de um
Que cada um
Componha seu certo
Se fica no incerto
Chega a lugar nenhum.

Ainda Ari Barroso em Canto de Fé nos assevera:

“ Ergue sem medo sua voz
E espalha bonança
Derrama no orbe cansado
Teu canto ousado de fé e esperança
Eleva bem alto teu som
E entrega o recado
Que há quem resguarde este dom
Te guie e te guarde
Aqui deste lado.

E aqui estamos felizes, erguendo nossa voz e entregando o recado que nos chega da espiritualidade.

As suas despedidas do nosso leitor.

Agradecemos a cada um dos leitores a paciência que tiveram para a leitura de nossa entrevista e esperamos que ao conhecerem o trabalho dos Cancioneiros recebam um recado para si, um recado de paz, de amor, de esperança e confiança na continuação da vida.
Meu abraço
Marisa Cajado


Marisa Cajado criança

Os pais de Marisa Cajado; foto em familia; Marisa ao violão e como professora.

Marisa Cajado ladeada pela filha Juliana e Divaldo Pereira Franco; Marisa,  José Raul Teixeira e Genalda, mãe de Sibélius; Marisa Cajado e João Nunes Maia, na Pomada Vovô Pedro,  e Marisa com Hugo Gonçalves (Paizinho) em  Cambé, PR.

Marisa Cajado explica seu trabalho em entrevista para Amaury Junior; cantando música de  Adoniran
Barbosa  no programa de Amaury Júnior; Sibélius, Heigorina Cunha e Marisa em  Sacramento, MG;
 Marisa Cajado cantando com grupo de  Araxá, MG. , do Centro Espírita dirigido por Tadeu.

Marisa Cajado participando do Encontro de Mulheres Espíritas- EME, em Brasília, DF
Regendo O Coral Espírita em Ilha Grande, Projeto Dignidade e Vida do Lar Espírita Cristão Elizabeth - 2010

Maria Cajado cantando para os doentes; aplaudindo as crianças que cantaram músicas dos Cancioneiros no C.E. Amantes da Pobreza (O Clarim) em Matão, SP; Marisa Cajado cantando com as crianças; Piruletrando (letras) Capa.

OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.






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