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terça-feira, 31 de julho de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 31-07-2012

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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Um pouco da história

O Antigo Egito (Ismael Gobbo)
IV–  O Nilo e suas inundações



     Quando Heródoto, o “Pai da História”, afirmou que “O Egito é uma dádiva do Nilo”, não cometeu nenhum exagero. Evidentemente que o povo egípcio, com seu labor, sempre emprestou o seu concurso para que as enchentes do Nilo se transformassem nos grãos que abarrotaram seus celeiros. O que não se pode olvidar é que, na realidade, sem a existência do importante rio, debalde seriam todos os esforços. O Nilo é, por isso, a dádiva que os antigos deificaram em Hapi e nunca deixaram de celebrar seus cânticos, poesias e orações. Uma pequena mostra é asseverada nestes trechos poéticos: “Salve, ó Nilo, saindo da terra, vens para sustentar o Egito... É ele que inunda os campos,criados por Ra, saciando tudo isto que tem sede: irriga o árido deserto... Produz cevada, faz nascer o trigo e permite que os templos estejam em festa... Ó alegria, quando tu surges, ó, Nilo... Tu és aquele que nutre os homens e os animais”. Com efeito, é ele em sua majestade que rega o grande oásis, estreito e longo, a enfeitar o território árido e desértico do Egito desde a catarata de Assuã até a sua embocadura, no Mediterrâneo. Ali, a grande artéria se esparrama em inúmeros vasos, formando o chamado Delta, que, à semelhança de uma mão aberta, generosamente vivifica uma das mais férteis regiões agrícolas do mundo. Na antiguidade, assim como hoje, embora com um perfil bem diferente, ditado pela construções de barragens reguladoras e modernos canais de irrigação, o Nilo continua sendo o grande propulsor do desenvolvimento do Egito e impera altaneiro como o único manancial de relevância a responder pela própria existência daquele país.

As águas fertilizantes

     O rio Nilo tem um curso de 6.696 km. A explicação para as inundações ensejou, na antiguidade, várias teorias, muitas das quais fantasiosas. Atualmente, sabe-se que o limo fertilizante trazido pelas torrentes do Nilo, tem sua origem à montante, bem antes do ingresso do rio em território egípcio. O Nilo que palmilha pelo Egito resulta da junção, na região de Cartum, capital do Sudão, dos chamados Nilo Branco e Nilo Azul. O primeiro é fruto das complexas redes de drenagens de sua cabeceira e das chuvas que caem durante todo o ano na região do Lago Vitória, que mantém o leito regular do Nilo durante todo o ano. Projetando-se de uma altitude de 1.134m, vai se enriquecendo de várias substâncias vegetais e adquirindo uma coloração esbranquiçada, daí o seu nome. O chamado Nilo Azul é o responsável pelas enchentes que ocorrem  entre os meses de julho e outubro. Nasce no Lago Tana, na Etiópia. O degelo e as chuvas que caem nos altiplanos etíopes provocam aumento do volume do Lago Tana, que faz o caudal lançar-se a partir de uma altitude de 1.830m, arrastar das rochas basálticas os componentes minerais do limo e tomar uma coloração escura. Aumentado o volume do Nilo Branco pela junção em Cartum, já carregado das riquezas vegetais e minerais que fertilizam, é hora de adentrar a terra dos faraós, muitos metros acima do seu nível normal, ser saudado com festas e orações nas casas e templos, inundar-lhes as margens, enriquecer-lhe o seio e aguardar o lançamento das sementes da fartura.

Um rio de integração

     O Nilo sempre foi a mola mestra do desenvolvimento do Egito. Às vezes, por motivos climatéricos, também ocasionou catástrofes. Na antiguidade, isso acontecia com mais freqüência e se dava quando as inundações ultrapassavam ou não atingiam a cota ideal. O resultado se traduzia ou pela devastação das vilas e cidades, ocasionado pela violência das águas, ou pela insuficiência de área fertilizada, propícia ao plantio, pela escassez das chuvas. Nestas circunstancias, muito adversas, imperava a época das “vacas magras”, como aquela que José, o hebreu, se referiu na interpretação dos sonhos do faraó. Esses percalços de efeitos cruéis eram os ensejadores dos cultos e sacrifícios onde os egípcios, dando demonstração de fé, buscavam aplacar, pelo recolhimento espiritual, aquela que traduziam como sendo a manifestação da ira dos deuses.
     Através do Nilo se comunicavam os povos dos chamados Alto e Baixo Egito. Suas águas foram sulcadas pelas embarcações cargueiras que transportavam grãos e os imensos blocos de pedra calcária e de granito, responsáveis pelo erguer dos templos colossais, palácios suntuosos e as tão admiradas pirâmides.
     Por ele trafegaram as embarcações reais, com suas velas coloridas e as tropas guerreiras, em sua faina conquistadora. Ao longo de seu curso, floresceram cidades poderosas, entre as quais Filé, Hieracômpolis, Tebas, Abidos, Tel-El-Amarna, Hermópolis, Mênfis, Heliópolis, Sacará e Saís, cujos monumentos atestam de forma insofismável toda a grandeza daquela civilização.
     Pelo Nilo passaram as expedições cientificas, aquelas dos sábios que durante séculos buscaram conhecer seus mistérios e também os comboios de pirataria e saque, que lamentável e desordenadamente arrastaram para fora do Egito, por interesses econômicos, uma infinidade de estátuas, sarcófagos, obeliscos, jóias e toda sorte de riquezas artísticas, tão excepcionalmente concebidas pelo gênio egípcio, aquele que tão bem soube manejar o buril, o cinzel e as tintas multicores.
     Enfim, Egito e Nilo têm uma história comum, bela e inseparável, cheia de poesia, mistério e até de dor, aquela que perdura indelével pelos séculos do mundo.   

     Próximo artigo, na próxima semana: V – A agricultura
File:NileDelta-EO.JPG
O Delta do Rio Nilo visto do espaço
File:Blue Nile Falls 02.jpg
Cataratas no Nilo Azul
File:Zusammenfluss der Nile.JPG
Confluência do Nilo Branco e do Nilo Azul em Cartum.


Busto de Heródoto, o grego cognominado de “Pai da História”
Museu da Ágora, Atenas, Grécia. Foto Ismael Gobbo
Livro dos Mortos do Sacerdote Nebhepet. Papiro com 23 cm de altura, de Tebas.
Detalhe do papiro onde se vê o defundo ocupado na atividade agrícola. XX dinastia
Foto gentilmente cedida a Ismael Gobbo pelo Museu Egípcio de Turim, Itália.



Pintura a Têmpera sobre superfície preparada com palha e barro.
Transporte de trigo e enchimento dos celeiros. Túmulo do I Período Intermediário.
Foto gentilmente cedida a Ismael Gobbo pelo Museu Egípcio de Turim, Itália.
File:Hapy tying.svg



deus Hapi, da mitologia egípcia,  em uma representação duplicada significando a união do Baixo e Alto Egito.
Na cena atam as duas plantas símbolos das regiões: Papiro e Flor de Lótus
A Flor de Lótus em um espelho d’água no Museu do Cairo, Egito. Foto Ismael Gobbo
Planta do Papiro que fornecia a matéria prima para fabrico do papel dos egípcios.
Luxor, Egito. Foto Ismael Gobbo
 O Rio Nilo e a Torre do Cairo. Trata-se de uma  torre de TV em concreto  com 180 metros de altura.
Projetada pelo arquiteto egipcio Naoum Shelib tem o formato da  Flor-de-Lótus.  Foto Ismael Gobbo

A Bibliografia pesquisada para os artigos será informada ao final do 22º. texto.





NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 30-07-2012

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sábado, 28 de julho de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (152) José Francisco Costa Rebouças


José Francisco Costa Rebouças



Nosso entrevistado deste  sábado é o maranhense
José Francisco Costa Rebouças residente na cida-
de Niterói, RJ. Começou a estudar Espiritismo  no
ano de 1976 e está vinculado à União das   Moci-
dades Espíritas de Niterói onde desenvolve várias
atividades. O  trabalho que  mais    tem exigido de
Francisco Rebouças é  a   divulgação intensiva da
Doutrina Espírita pelas mais variadas formas como
palestras, seminários, artigos para   jornais e revis-
tas, página  na   Internet, dentre  outros. Tudo  isto
tem concorrido para que Rebouças  seja muito co-
nhecido no meio espírita brasileiro  e internacional. 

Caro amigo e irmão Francisco Rebouças, pode nos fazer sua auto apresentação?

José Francisco Costa Rebouças, nascido em São Luís do Maranhão, no ano de 1950 tenho três irmãos. Minha família mudou-se para o Rio de Janeiro, quando éramos ainda crianças, em busca de melhores oportunidades de trabalho. Casado, com Heloisa Rebouças e pai de Cristiane Rebouças, resido atualmente em Niterói (RJ).

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

R- Pós-graduado em Recursos Humanos. Funcionário aposentado do Banco Central do Brasil.

Como você conheceu o Espiritismo e desde quando é Espírita?

R – Fui criado em uma família Católica, e somente tomei conhecimento do espiritismo quando conheci minha esposa, que era espírita. Comecei realmente a estudar a doutrina espírita em 1976.

A qual casa espírita está vinculado presentemente?

R- Estou vinculado e desenvolvo minhas atividades espirituais na UMEN – União da Mocidade Espírita de Niterói.

Pode nos fazer uma descrição de sua trajetória pelo movimento espírita durante esses anos?

R – Participei durantes vários anos do departamento de Mediunidade da antiga USEERJ, que era dirigido por Miguel Tavares de Gouveia, que realizava entre outras atividades, diversos seminários sobre o assunto por todo o estado do Rio de Janeiro.

Fiquei por vários anos, encarregado pelo Centro de Interesse da Mediunidade, do Plantão Pró-Casa Espírita, evento do CEUNIT - Conselho Espírita de Unificação de Niterói, que procura reciclar matérias e preparar trabalhadores para atuar com desenvoltura e conhecimento nas diversas atividades das Casas Espíritas em nossa cidade.

Exerci por vários anos a presidência do Conselho Fiscal da UMEN, onde hoje faço parte do seu Departamento de Doutrina e também sou um dos 5 membros do recém criado Conselho Consultivo de nossa Instituição Espírita.

Participo como articulista e colaborador de diversos órgãos de divulgação do espiritismo por todo o Brasil, sites, revistas, jornais etc., realizo também palestras e seminários por todo o nosso estado.

Tem algum livro escrito? Quais e de que assunto tratam?

R - Sim, com minha amiga Carmen Silveira, lançamos o livro Terra Fértil, que é um livro de páginas abordando diversos assuntos à luz da doutrina espírita.

Gostaria que nos falasse mais sobre sua atuação na divulgação. Quais os meios que você tem utilizado?

R – Essa é talvez a maior das minhas tarefas e a que me proporciona mais prazer em realizá-la. Foi a partir de 2004 que decidi por me dedicar de corpo e alma a essa importante atividade que é a divulgação da nossa doutrina, inicialmente escrevendo artigos e matérias de estudo para diversos órgãos da mídia espírita, realizando palestras etc., onde defendia desde então a necessidade do espiritismo deixar as paredes das casas espíritas e ganhar o mundo.

Não compactuava com a posição de grande parte dos confrades do nosso movimento espírita, que não concordavam com a divulgação em larga escala do conteúdo doutrinário do espiritismo, com a velha argumentação de que ele seria combatido, perseguido e até mesmo distorcido e perderia por essa razão sua pureza e sua finalidade de consolar e esclarecer, como se isso já não estivesse acontecendo desde o advento de Livros dos Espíritos em 1857, e que justamente a divulgação dos verdadeiros conceitos espíritas, seriam de vital importância para dissipar as dúvidas e esclarecer a verdade.

Não atentavam para o ensino evangélico de que acima de tudo estão as determinações Superiores, pois, que nada poderá ficar oculto, um dia virá à tona mais cedo ou mais tarde, e que a divulgação do espiritismo já havia sido incentivado pelo próprio codificador Allan Kardec.

Foi após a meditação e prece que fiz, buscando inspiração para a forma que me fosse possível também participar da divulgação de nossa doutrina que Josepha, uma amiga espiritual que até hoje me orienta e ajuda nesse trabalho se fez presente em minha mente e me disse de forma muito clara: Meu filho, porque não te utilizas da bênção que Deus nosso Pai nos permitiu de estar simultaneamente em todo o mundo através da internet? Porque não faz uso da forma mais fácil de chegar aos corações necessitados de orientação e esperanças em todo o mundo de graça, através de um blog espírita? O que mais precisas se não de disposição e boa vontade?

Afirmou-me ainda, que não me faltariam ajuda espiritual, para as atividades que se seguiriam com a divulgação da doutrina espírita na internet, que me preparasse para as dificuldades inerentes a essa tarefa e não contasse com nada mais além de minha vontade de trabalhar em prol dessa nobre causa e a mão amiga dos prepostos do Cristo, que são os verdadeiros encarregados de levar a todos os cantos do nosso planeta as lições do seu Evangelho Consolador, e que precisam contar com os irmãos do plano físico para a efetivação desse inadiável evento.

Foi a partir daí que surgiu em maio de 2008 o nosso Blog Espírita http://franciscoreboucas.blogspot.com.br/, que ainda teve que enfrentar diversos ataques dos inimigos da Luz, que não se conformavam em ver se acender mais uma chama na escuridão das trevas, e por várias vezes tivemos nosso blog atacado por hackers e até mesmo tirado do ar sem a menor justificativa. Mas como me havia alertado querida amiga Benfeitora tudo passaria.
Como jamais desistimos desse nosso intento, vencemos essa fase difícil e hoje com muita firmeza, disposição e perseverança, conquistamos nosso espaço e podemos até mesmo afirmar que desfrutamos de um excelente conceito no movimento espírita do nosso estado do Brasil e de todo o Mundo, pois, recebemos e-mails de diversos confrades do movimento espírita por todo planeta, com palavras de elogios e incentivo ao nosso trabalho, o que muito nos honra e alegra, e que nos faz ter ainda mais responsabilidades e cuidado com o que exibimos em nosso Blog.

Inspirado pela Benfeitora amiga, criei a partir de 20 de setembro de 2011, mais um trabalho de divulgação do espiritismo através da internet, pela Web Rádio UMEN, que é o programa “O ESPIRITISMO ENSINA”.

O programa tem por finalidade o estudo e a divulgação do espiritismo, fundamentado nas obras da codificação e nas diversas outras de reconhecido conteúdo doutrinário, além de entrevistas no último programa do mês, e as notícias do nosso movimento espírita.

Tem a produção, coordenação e apresentação de Francisco Rebouças e Suzane Câmara, é levado ao ar todas as terças-feiras das 17;00 h às 18:30 h., e pode ser acompanhado no endereço eletrônico: http://www.umen.org.br/,programa esse que tem alcançado semanalmente uma quantidade cada vez maior de ouvintes, que podem participam do programa pelo e-mail: participeumen@hotmail.com e para o qual peço encarecidamente que o amigo se possível o inclua em seu roteiro de divulgação.

Como tem sido a execução dessa tarefa? Tem tido alguma dificuldade?

Muito trabalhosa e que nos exige muito tempo, não só para o lançamento das matérias e notícias em nosso blog espírita o que é feito diariamente, como pela preparação das pautas do programa “O Espiritismo Ensina” e estudo das respectivas matérias  a serem apresentadas e ainda pela enorme quantidade de solicitações de esclarecimentos doutrinários, como também pelos diversos pedidos de orientações sobre variados assuntos da vida das pessoas que temos recebido.

As dificuldades são variadas, desde a conexão com a internet que nem sempre é satisfatória, como os compromissos sociais que todos temos, sem contar a responsabilidade com as tarefas sob nossa responsabilidade, que não podemos negligenciar na UMEN.

E a atuação na tribuna espírita?

Não posso reclamar, recebo uma quantidade extraordinária de convites para a realização de palestras e seminários em Niterói e em várias cidades de nosso estado o que tenho procurado atender com muito prazer e alegria à medida de minhas possibilidades, sem falar nos convites que recebo diariamente de confrades de vários estados brasileiros para a realização de palestras inclusive do estado de São Paulo, capital e interior, o que estou me programando para brevemente começar atender a essa gente querida e amiga, que me honram com a amizade e a confiança.

Quais os temas que você mais trabalha e para os quais é mais requisitado?

Os temas evangélicos são os mais pedidos, além de temas sobre mediunidade, transformação moral, família, trabalho em equipe, entre outros.

Como está enxergando o nosso movimento espirita? Está caminhando bem ou enxerga algo que precisaria ser corrigido?

Meu caro amigo Ismael, entendo que o nosso movimento espírita poderia estar bem melhor divulgado e conhecido do público em geral, se nós espíritas trabalhássemos para essa finalidade com mais determinação, com mais união, com mais respeito aos confrades e aos preceitos de nossa doutrina espírita, sem a preocupação de ser mais conhecidos ou mais conhecedores de espiritismo que os demais.

Precisamos estender as mãos uns aos outros, lutarmos juntos pelo mesmo objetivo de fazer chegar ao conhecimento de toda a sociedade os divinos fundamentos de nossa doutrina sem achismos ou modismos desnecessários e inconvenientes sob todos os aspectos, e não sair por aí dizendo simplesmente “que a maior caridade que se pode fazer ao espiritismo é a sua divulgação”, porque não é verdade, divulgar a doutrina espírita de forma equivocada, sem fundamento na codificação como é possível se comprovar nos diversos meios de divulgação da mídia, não é caridade para com o espiritismo, e sim, um lamentável desserviço, pernicioso e irresponsável.

E a divulgação pela diversas mídias tem sido útil na propagação da doutrina espírita?

R- Perfeitamente, são todos muito bem vindos, através da mídia qualquer que seja, precisamos aproveitar o momento que está sendo proporcionado pela Espiritualidade Maior, que não tenho a menor dúvida está à frente de tudo isso, para incentivar o conhecimento e a vivência dos postulados espíritas, para a transformação urgente que se processa em nossos dias, a pesar de tudo parecer desmentir essa verdade. O progresso espiritual está infelizmente muito atrasado e a hora é essa, estão aí os diversos meios pelos quais todos nós espíritas verdadeiramente interessados na divulgação do Evangelho de Jesus, estamos convocados a realizar nossa parte de forma séria e responsável, pois, daremos conta de todos esses recursos colocados à nossa disposição e que não utilizamos por preguiça ou omissão.

Algo mais que queira acrescentar?

Sim, meus agradecimentos pela honra dessa entrevista, e dizer que sou admirador do excelente trabalho que você realiza na divulgação dos eventos do nosso movimento espírita e, não tenho a menor dúvida em afirmar que a partir desse seu trabalho, todos estamos melhor informados sobre as atividades e eventos das instituições espíritas no Brasil e no Mundo, meus parabéns.

As suas despedidas dos nossos leitores.

Aproveito a oportunidade para convocar todos os espíritas do Brasil e do Mundo para nos juntarmos em prol dessa Causa Maior que é a difusão de mensagem espírita, para que todos aqueles que não tiveram ainda a felicidade de encontrá-la possam ter em cada um de nós um divulgador efetivo pela vivência de seus postulados em nossa vida diária, não só através das palavras que o vento leva, mas, pelo exemplo que devemos dar como seguidores do Cristo que nos dizemos ser, com a visão ampliada pela doutrina do Ser Imortal que somos, para que a mensagem espírita seja conhecida e vivenciada por toda humanidade.
Que não nos esqueçamos de dar total atenção ao trabalho de evangelização das crianças em nossas instituições espíritas, atendendo à solicitação do nosso Mestre e Guia, Jesus de Nazaré quando nos pediu: “Deixai que venham a mim as criancinhas”. (ESE – Cap. 8, item 18.)
Todos nós espíritas precisamos ter em mente entre outras tantas coisas igualmente importantes, o cuidado na evangelização de nossas crianças e jovens, pois, sabemos que serão eles que mais tarde estarão com a responsabilidade de levar adiante a verdadeira mensagem espírita para a transformação de nossa sociedade.
São as crianças e os jovens de hoje os homens e as mulheres de amanhã, e por essa razão, precisamos desde já, facilitar e incentivar a evangelização em nossas casas espíritas para que eles aprendam desde cedo a moral e a ética ensinada pela Doutrina dos Espíritos, para que também possam dar suas contribuições para tornar nossa sociedade mais consciente e responsável em todos os sentidos.
Meu muito obrigado, e um grande abraço a todos.
Francisco Rebouças.
José Francisco Rebouças com a esposa
Francisco Rebouças com a família

Fachada do prédio da União da Mocidade Espírita de Niterói
Francisco Rebouças  com o orador  Jacob Melo (E)
Francisco Rebouças e familia com o orador  José Raul Teixeira
Niterói, RJ. Foto Ismael Gobbo

OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA. 28-07-2012

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NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 27-07-2012

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sexta-feira, 27 de julho de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 26-07-2012

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quarta-feira, 25 de julho de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 25-07-2012

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terça-feira, 24 de julho de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 24-07-2012

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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um pouco da história O Antigo Egito (Ismael Gobbo)

III–  Os hieróglifos decifrados



  A pesquisa desenvolvida por Champollion para revelar o conteúdo dos hieróglifos assemelhou-se a um verdadeiro quebra-cabeças.
     Reconheceu a impossibilidade de cada hieróglifo isoladamente significar sempre uma letra de alfabeto ou uma palavra.
     A dedução era lógica: sendo os sinais em número superior a setecentos, mostravam-se excessivos para comportar a primeira hipótese, e insuficientes para a segunda.
     A experiência acumulada no estudo das antigas línguas orientais lhe direcionou para a possibilidade daqueles elementos representarem fonogramas, ou seja, cada sinal ou grupo de sinais representarem determinado som.
     Esse hipótese, que já havia sido aventada por alguns estudiosos, só com Champollion obteve comprovação científica.
     A publicação de suas conclusões se deu na famosa “Lettre à M. Dacier”, datada de 22 de setembro de 1822, e comunicada cinco dias após, a 27 de setembro.
     Nesta carta e em outras duas obras posteriores, “Le Précis Du systéme Hiéroglyphique dês Anciens Egyptiens” (1824) e “Les Príncipes généraux de la langue égyptienne” (óbra póstuma), o insigne mestre desvendou o segredo dos hieróglifos, como prometera a Fourier, em 1806, aos dezesseis anos, tornando o conhecimento daquela escrita tão fácil e exato como o de qualquer outra língua morta conhecida, estudada e constante dos currículos acadêmicos.  

     Síntese da grande descoberta

     A Pedra de Roseta, com seu texto de grafia tríplice, era o material que faltava a Champollion, o sábio preparado para interpretá-la.
     O mestre, conhecedor do grego, leu o texto naquela língua sem dificuldades.
     Até ai,  nenhuma novidade, porquanto desde a descoberta da curiosa lápide os especialistas conhecedores do grego já haviam feito a constatação de que fora grafada à época dos Ptolomeus.
     Aliás, o seu irmão Jacques Joseph, já havia feito a tradução integral do texto grego. Mas, e o resto? Que estaria escrito nos dois outros textos de grafias tão estranhas e consideradas desconhecidas?
     Champolion dominava amplamente o copta, uma escrita que os egípcios utilizaram entre os séculos II e VII dC.
     Analisando o texto intermediário da pedra, verificou que o texto trazia alguns caracteres não muito distantes do copta.
     Passou então fazer comparações entre o grego, o copta, o texto intermediário e o hieróglifo em busca dos fonogramas correspondentes.
     Centrou inicialmente sua atenção nos nomes próprios e encontrou os de Cleópatra e Ptolomeu no texto intermediário.
     Em seguida, foi ao primeiro texto, grafado em hieróglifos, e igualmente identificou aqueles nomes próprios, notando uma particularidade: os nomes reais ou dos faraós tinham uma moldura a circundá-los, peculiaridade que os franceses batizaram de “cartouche”.      
     Essa descoberta confirmou sua intuição: os hieróglifos representavam fonogramas (sons). Porém, não representavam apenas sons.
     Aprofundando-se nas pesquisas, verificou que alguns sinais eram ideográficos (exprimiam idéias); outros, alfabéticos, e alguns, mudos ou determinativos para distinção dos homófonos. Comprovou que os textos da Pedra de Roseta na realidade era um texto único em grafias diferentes: hieróglifo, demótico e grego.
     Mas isso foi só o começo. Descobriu que os egípcios, segundo a época, ora escreviam de cima para baixo, como de baixo para cima, ou da direita para a esquerda, como da esquerda para a direita, além das características próprias dos textos sagrados, muito mais complexos que os textos simples.
     Enfim, uma tarefa de fôlego, que dele exigiu trabalho diuturno ao lado dos fiéis colaboradores.
     Graças à sua descoberta é que a civilização egípcia, a partir de 1822, ano da publicidade de suas conclusões, realmente passou a ser conhecida pela  possibilidade de leitura de todos os seus escritos.
     Sem o estudo preciso e conclusivo de Champollion, autor algum, antigo ou contemporâneo, teria condições  de escrever as obras sobre o Egito que hoje se usam nos bancos escolares; arqueólogo algum, como interpretar o que acha; e museu algum, como explicar o significado dos tesouros egípcios que enriquecem suas galerias.
     A partir de Champollion, é que se pôde estabelecer com maior precisão a cronologia da civilização egípcia, conhecer seus governantes, apreciar sua literatura e os seus usos e costumes.
     Assim, não obstante a civilização egípcia ser das mais antigas que se conhece, o conhecimento de sua verdadeira história ainda não completou dois séculos.

A obra continua

     Champollion sacode o mundo.
     Depois da descoberta, partiu para Turim, a fim de estudar a importantíssima coleção de Drovetti, com a ajuda de seu mecenas, o Conde de Blacas.
     Ali, conheceu as estátuas colossais e uma infinidade de documentos, que analisou e catalogou, dando publicidade periódica ao resultado de suas pesquisas.
    Acrescentou dezenas de nomes reais em sua relação.
    Percorreu a Itália, especialmente as cidades de Roma, Nápoles, Florença e Livorno, para estudar seus monumentos, acervos arqueológicos e formas de organização de museus.
     Em 17 de maio de 1826, o rei da França faz criar a segunda secção do Museu de Antiguidades do Louvre, consagrado aos monumentos egípcios e orientais, dando a chefia a Champollion, que se revela um museólogo revolucionário para a época.
     Somente em 1828, concretizou seu acalentado sonho de conhecer pessoalmente o Egito, dirigindo uma importante expedição.
     Lá, vislumbra com os próprios olhos tudo aquilo que já vira retratado nas infinidades de desenhos e apontamentos, sobre os quais de debruçara durante tantos anos.
     Morreu em 1832, aos 42 anos; sepultado no famoso cemitério Père Lachaise, em Paris, seu túmulo figura entre os mais visitados, onde também estão os de figuras eminentes como Allan Kardec, Balzac, Delacroix, Marcel Proust, Bellini, Rossini, Apollinaire, Gabriel Delanne, Jean Pierre Leymarie, dentre muitos outros.

     Próximo artigo, na próxima semana: IV – O Nilo e suas inundações

Réplica da Pedra de Roseta entre canhões em Rashid (Rosetta)
Tabela de Champollion contendo os sinais fonéticos em grafia Hieróglifa e Demótica na carta a Dacier. Fonte: http://es.wikipedia.org/wiki/Piedra_de_Rosetta

File:Lettre à M. Dacier (1822).jpg
Carta a Dacier


O templo de Luxor e o Rio Nilo,  Egito.  Do outro lado do rio ficam as necrópoles dos Reis e da Rainhas. Foto Ismael Gobbo
Museu Egípcio de Turim. Foto gentilmente cedida pelo museu. Acervo particular Ismael Gobbo
File:Rosetta Stone International Congress of Orientalists ILN 1874.jpg
Experts analisam a Pedra de Roseta durante o Congresso Internacional de Orientalistas no ano de 1874. Imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Rosetta_Stone_International_Congress_of_Orientalists_ILN_1874.jpg
Túmulo de Jean François Champollion “O Jovem” em forma de obelisco egípcio
Cemitério Père Lachaise, Paris, França. Foto Ismael Gobbo
O Rio Nilo atravessando a cidade do Cairo, Egito.
Foto Ismael Gobbo





NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 23-07-2012

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Um pouco da história Dados Biográficos de Francisco Velloso (1882- 1962)

(Por Maria Aparecida Bergman, nascida Velloso de Aguiar)

Francisco Velloso em 1952



FRANCISCO VELLOSO, inspirado nos ensinamentos da Doutrina Consoladora, foi um dos grandes pioneiros anônimos da Causa Espírita em terras brasileiras.
No jornalismo, escreveu em jornais dele próprio e de outros; nas tribunas de todo o Estado de São Paulo, proferiu tocantes palestras, quando lotavam os salões dos Centros Espíritas para ouvi-lo, pois foi possuidor de belíssimo dom de oratória.
Muito lutou em defesa dos hansenianos ou leprosos, dos “loucos”, dos oprimidos e perseguidos, dos prisioneiros dos cárceres no plano físico e das obsessões, dos animais, e do meio-ambiente.
Atuou na sociedade de várias cidades paulistas, como dentista, escrivão de polícia, jornalista, escritor, tradutor, orador e polemista espírita, fundador e diretor de Centros Espíritas, doutrinador, amigo, tio, pai, marido e depois avô devotado, e exerceu ainda, muitas outras funções. Sobretudo foi fiel seguidor da Doutrina do Divino Mestre Jesus.
Por volta de 1913 a 1916, ia ele, juntamente com alguns seus companheiros espíritas e cristãos intrépidos como ele mesmo, para os arredores da cidade onde viviam (Bebedouro – S. Paulo) em Busca dos hansenianos, que apodreciam em vida, esmolando, escorraçados para os arrabaldes como seres impuros e ameaçadores.
Levavam-lhes medicamentos, curativos, comida, roupas confeccionadas em sua casa, etc.. Recebiam dos doentes cartas que esses escreviam para serem postadas, pois eram proibidos de entrarem nas cidades. Francisco Velloso e esposa com as mãos enluvadas e com extremos cuidados higiênicos colocavam essas cartas em novos envelopes, subscritavam-nas e levavam para serem postadas. Com o tempo, depois de realizarem muitas campanhas nos Centros Espíritas e entre a população pobre da cidade, conseguiram levantar um abrigo, que aos poucos foi se transformando em hospital para aqueles seres banidos da sociedade de então.
Muitas vezes Francisco Velloso levou leprosos, como também, grandes criminosos, depois de cumprirem pena, para viverem em sua casa, junto de sua família, onde com o apoio incondicional de sua esposa, Dna. Mariquinhas, (Maria Carneiro Rangel Velloso – 15.04.1887 – 28.09.1933) médium, detentora de diferentes tipos de mediunidades, tratava e cuidava deles, até que ficassem curados ou melhorassem, ajudando-os a reintegrar-se na sociedade, e por outras vezes fazendo-lhes, piedosamente o sepultamento dos restos mortais.
Alguns jovens, filhos de infelizes socorridos por ele, cresceram em sua casa, como filhos adotivos seus, e, tanto quanto seus filhos legítimos (que foram quinze, sendo que somente sete cresceram e procriaram) os sobrinhos, os cunhados, o amavam como pai, mestre e benfeitor, todos venerando e bendizendo seu nome.
Muitos anos depois da desencarnação de Francisco Velloso, possivelmente na década de 1970, seus filhos receberam um convite, vindo de autoridades legislativas da cidade de Bebedouro, convidando-os a participar de uma cerimônia solene, que seria prestada em homenagem àquele que fora ali ilustre e benemérito cidadão. Seria inaugurada, naquela cidade, uma rua em sua memória, a Rua Francisco Velloso.
Atendendo ao convite estava presente naquela solenidade, acompanhada por seu tio José Carneiro Rangel e alguns de seus irmãos, a filha mais velha de Francisco Velloso: Irene Rangel Velloso de Aguiar (1909-2002).  Ela era alí a única pessoa que vivenciara e que retinha na memória os fatos ocorridos naqueles idos tempos do começo do século XX, em que seu pai, sua mãe, ela própria, e a comunidade dos espíritas de Bebedouro e cidades próximas, dedicaram-se aos nobres trabalhos filantrópicos.
Foi então que, chorando de sentida emoção e fazendo chorar a quantos tomaram conhecimento do fato, Irene reconheceu que, naquele exato lugar onde se situa a rua com o nome de seu pai, antes arrabaldes da cidade, havia sido antigamente o local onde Francisco Velloso e outros companheiros haviam levantado o primeiro abrigo da cidade, para socorro dos  hansenianos, “casualidade” esta, da qual nenhuma outra pessoa tinha conhecimento.
Irene afirmava que seu pai, Francisco Velloso, fundara em 1908, juntamente com Miguel Stamato, José Garcia, João Gagliardi e outros companheiros, o “Centro Espírita do Calvário ao Céu”, na cidade de Bebedouro.
Francisco Velloso foi amigo íntimo e colaborador nos labores espiritistas de grandes vultos do Espiritismo no Brasil, como Cairbar Schutel, Pedro de Camargo e muitos outros, amigo e companheiro nas atividades espíritas das  famílias Stamato, Garcia, Gagliardi, Volp e outras de Bebedouro e arredores.
Um de seus filhos, Kardec Rangel Velloso, casou-se com a filha de João Leão Pitta, que tornou-se a Sra. Eugenia Pitta Velloso, professora e diretora de escolas, na cidade de Itanhaém – S.P., onde o casal muito trabalhou também, na seara espírita.
Francisco Velloso desencarnou em 16.10.1962, na cidade de Lorena-S.P., quando faltavam apenas dois meses para completar seus 80 anos de vida utilíssima. Era natural da cidade de Rio Pardo do Norte (atualmente Rio Pardo de Minas) no Estado de Minas Gerais, nascido a 26 de dezembro de 1882. Teve como genitores José Antonio Velloso e Epiphania Ambrozina Caldeira Velloso.


(Texto e fotos recebidos de Maria Aparecida Bergman, Estocolmo, Suécia)

Espíritas de Bebedouro - ano  1913 ou 14  (no alto Cairbar Schutel com uma criança ao colo.)
A família Velloso no ano de 1926 ou 1927
Francisco Velloso, Cairbar Schutel e José Maria Gonçalves-foto do livro Uma Grande 
Vida, pág.49, de Leopoldo Machado-Ed.O Clarim.
Maria Carneiro Rangel Velloso e Francisco Velloso (1930 ou 1932) e
Francisco Velloso aos 25 de dezembro de 1952
Irene Velloso e João Aguiar, mãe e pai de Cidinha Bergman, em Aparecida 
do Norte-SP., no ano de 1931
1948 ou 1949.  Eugenia Pitta Velloso, filha de João Leão Pitta e esposa de 
Kardec Rangel Velloso, um dos irmãos de Irene.
1992-Irene Rangel Velloso de Aguiar, mãe de Cidinha Bergman.
Rua Francisco Velloso na Vila Nunes em Lorena, SP.
Na foto irmãos de Irene Velloso e um tio

Focalizando o Trabalhador Espírita (151) Wilton Teles Pontes


Wilton Teles Pontes


O entrevistado deste sábado é o pernambucano Wilton Teles Pontes, residente em Olinda. Além
das diversas atividades que desenvolve na casa espírita que freqüenta, o Grupo Espírita “Vinha  de Luz”, Wilton aplica seus conhecimentos profissionais, que é na área de Design, para divulgar a Doutrina Espírita através das suas “espitirinhas”, que são curtas histórias em quadrinhos onde, de forma interessante e agradável,  transmite importantes conceitos morais à  luz do Espiritismo. 


Wilton pode nos fazer sua auto apresentação?

Meu nome é Wilton Teles Pontes, nasci em 1967 no Recife, PE,  mas desde pequeno moro em Olinda, PE. Meu paise chama Hilton de Araújo Pontes (desencarnado) e minha mãe se chama Deosinete Teles Pontes. Tenho umirmão mais novo chamado Wendel, Doutor em Biologia e uma irmã chamada Roseane (desencarnada). Casei comMyrna Guedes com a qual tive um filho que se chama Mylton. Desde pequeno gosto de desenhar e sempre meinteressou fazer histórias em quadrinhos.


Wilton qual a sua formação acadêmica e profissional?

Me formei em Design de produtos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e trabalho na área deprogramação visual, webdesign e ilustração. 
Como você conheceu o Espiritismo e desde quando é espírita?

Vim de uma família católica. Infelizmente um acidente fez com que minha irmã mais velha desencarnasse e, assim, minha mãe começou a frequentar reuniões espíritas. Eu era pequeno na época. Aos poucos fui me interessando pelo tema e passei a frequentar com ela. Ela nunca tentou me convencer a frequentar as reuniões ou ser espírita. Foi uma vontade natural de saber sobre o mundo espiritual.

Qual casa espírita você freqüenta presentemente?

Desde jovem que frequento o Grupo Espírita Vinha de Luz localizado em Rio Doce, Olinda, PE., perto de casa. É umGrupo não muito grande onde me identifiquei de imediato.  faz mais de vinte anos. Comecei a frequentar a casanas reuniões da Mocidade e hoje estamos como Diretor do Departamento de Infância e Juventude.


Pode nos fazer uma resenha de sua participação no Movimento Espírita durante esses anos?

Como disse antes comecei no movimento de mocidades. Frequentava diversos Centros e Grupos de jovens e de arte. Participei de  peças teatrais, encontros de arte e colaborei na criação do NACE (Núcleo de Arte e Cultura Espírita aqui de Pernambuco. Gostaria de salientar que participar disso tudo nunca me afastou das atividades no Grupo Vinha de Luz. Depois da mocidade fomos assumindo outras atividades da casa participando, inclusive, da diretoria.

Tem algum livro escrito espirita e não espirita?

Infelizmente, não. A pesar de que já me falaram se não poderia reunir as Espitirinhas em um livrinho. É uma idéia a ser pensada.

O caminho para o desenho e artes visuais foi em atendimento a uma vocação?

Sempre gostei de desenho e de desenhar. Fui colecionador de quadrinhos. Meu sonho (e de muita gente desta área) era desenhar para editoras americanas; criar histórias, o que  antigamente era muito difícil. Hoje já temos grandes desenhistas brasileiros nesse mercado. Aprendi as noções teóricas de desenho através de um curso por correspondência. Depois fiz o segundo grau em uma escola técnica no curso de Desenho de Artes Gráficas. O primeiro vestibular que fiz foi para Biomedicina, mas não passei. Na segunda vez resolvi fazer para a área que gostava mais e tentei o curso de Desenho Industrial, hoje Design e passei. Acho que foi vocação mesmo.

No que consiste o seu trabalho nessa área?

Basicamente faço elaboração de material para divulgação: cartazes, folders, diagramação de revistas, jornais e livros. As técnicas variam. Uso o computador mas crio muitas coisas com lápis, pastel seco, naquim, etc.

Como você tem aplicado esses seus conhecimentos técnicos e artísticos no movimento espirita?

Sempre procurei pensar numa forma para usar meus conhecimentos na divulgação da Doutrina. Ajudei a divulgar diversos eventos espíritas, principalmente através de elaboração de cartazes. Como trabalho com evangelização sempre estou desenhando alguma coisa pra ajudar nas aulas. E agora faço também as Espitirinhas.


Wilton fale-nos por favor  sobre as tirinhas que você nominou de  “espitirinhas”.

A idéia das Espitirinhas surgiu com a leitura de alguns livros que abordavam alguns problemas existentes no movimento espírita. Daí eu pude perceber que poderia fazer as pessoas refletirem através de meus desenhos e de forma bem humorada. O nome foi idéia de meu irmão, Wendel, quando falei para ele desse meu projeto. Começo sempre desenhando um rascunho da história. Depois desenho o definitivo no papel e digitalizo. A cor e os textos são inseridos no computador. Fiz até um vídeo para mostrar como surge uma Espitirinha, que está disponível no blog. Graças a internet as Espitirinhas estão sendo vistas por mais pessoas do que eu imaginava.

Há muita gente fazendo esse tipo de divulgação espirita?

Existem várias pessoas que utilizam o desenho para ajudar na divulgação da doutrina. Podemos ver isso nos vários livros espíritas infanto-juvenis publicados. São bons profissionais de ilustração e mostram sua arte nessas publicações. E existem também pessoas que fazem tirinhas, como eu. É só dar uma busca na internet.

Uma sólida base doutrinária espirita seria o primeiro passo a quem pretenda desenvolver essa divulgação que alia texto e imagem?

Certamente. Como o espaço de uma tirinha é muito pequeno, formatar a idéia com essa limitação é um desafio interessante. Conhecer a doutrina espírita e observar bastante seria minha dica para quem quer colaborar na divulgação desta forma. Procuro sempre ter cuidado para não criar nada que possa dar alguma interpretação errada da doutrina.

Há alguma manifestação contrária de leitores que não concordam sobre algum tirinha publicada?

Se tem alguém que não gostou, essa pessoa ainda não me disse. Recebo também sugestões de temas. Procuro utilizar essas sugestões mas tem muitas que ficam difícil de sintetizar em alguns quadrinhos.

Acredito que também receba muitos elogios

Muitas pessoas publicam seus comentários no blog e também no facebook, onde mantenho uma página das Espitirinhas, parabenizando pela ideia. Várias pessoas dizem que as utilizam em suas aulas da evangelização. Eu fico feliz em poder ajudar. E é um incentivo para que eu continue a produzir mais.

Quais as suas perspectivas futuras? Algum projeto novo?

Gostaria de dedicar mais tempo para manter as Espitirinhas com uma periodicidade mais regular, mas o tempo é uma coisa que preciso aprender a administrar melhor. Tenho planos de fazer histórias em quadrinhos com temática espírita. Fiz duas histórias que estão com o link no blog das Espitirinhas. Uma se chama “Companhias” que fala sobre obsessão e como espíritos amigos trabalham para nos ajudar. A outra é “A Doutrina” sobre a origem do Espiritismo que fiz baseado no livro Obras Póstumas, de Alan Kardec. É um trabalho mais elaborado que requer um tempo maior. Mas a ideia continua firme.

Esse seu trabalho poderia ser incentivado entre os divulgadores e evangelizadores espíritas através da realização de algum curso ou seminário sobre “A Arte na divulgação do Espiritismo?

O movimento espírita já está bem representado pelos artistas das diferentes formas de expressão. Tem muita gente trabalhando com arte dentro do Espiritismo, Graças a Deus. Um Seminário sobre diferentes formas de divulgação através da arte seria um evento interessante que serviria para ampliar os horizontes, principalmente de pessoas que ainda pensam que arte espírita é somente pintura mediúnica ou teatro na evangelização. A expressão gráfica é um excelente meio para isso. Podemos ver essa preocupação na qualidade dos cartazes e capas de livros feitos hoje em dia. Devemos incluir também as ilustrações para camisetas, trabalhos com reciclagem, produtos produzidos por pessoas do Centro Espírita que são vendidos em bazares e eventos onde a mensagem espírita está presente.
Penso que um evento interessante seria um grande encontro sobre divulgação nas mais diferentes formas. Nele poderíamos ver muitas ideias novas e criativas nessa área.

Como os interessados poderão contatá-lo para esses eventos?

A melhor forma é através do meu e-mail: wiltonjtp@gmail.com

Algo mais que queira acrescentar?

As vezes as pessoas pensam que não podem colaborar com a doutrina em sua área de trabalho profissional. Quase todas as instituições que conheço funcionariam bem melhor se tivessem profissionais voluntários nas áreas de recepção, secretaria, contabilidade, edificações, enfermagem, educação, etc. Muitas pessoas assumem, nos centros,  algumas dessas funções que citei por que o trabalho precisa ser feito mas não tem conhecimento técnico. Fazem um trabalho bom mas que poderia ser melhor realizado por um profissional. Foi isso que procurei fazer.

As suas despedidas dos nossos leitores

Agradeço a oportunidade. Espero estar ajudando com meus desenhos simples mas que são de coração. Obrigado

Wilton Pontes editando as Espitirinhas
Wilton, o filho, a mãe e o irmão; Wilton com o filho e a mãe; Participando com o filho do SIMESPE 2010 e no VI SIMESPE  em 2011
Caricaturas de Wilton Pontes criadas por ele mesmo.
Duas espitirinhas elaboradas por Wilton Teles Pontes
OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.