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sábado, 16 de junho de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (146) Luis Marcio Arnaut


Luis Marcio Arnaut




A entrevista deste  sábado  foi realizada  com   a
preciosa  colaboração de  nossa   confreira  espírita Rosana Miranda da  cidade de Guarulhos, SP. Nela   focalizamos o orador e médium espírita Luís Márcio Arnaut  de Toledo  que,  no  trabalho mediúnico e pela  psicografia, tem  recebido  obras  que contam  a vida de vários  artistas e suas respectivas situações na pátria espiritual. Luís desenvolve também trabalhos na área de desenho e de pintura através da mediunidade. Ressalte-se, conforme nos diz o entrevistado que, as rendas liquidas de seus livros e pinturas destinam-se ao trabalho de divulgação da Doutrina Espírita e auxilio a entidades assistenciais.


 Luis Marcio, pode nos fazer sua autoapresentação?

Nossa origem é de uma família tradicional mineira, que migrou em meados do século passado para o Paraná. Os pais: Sebastião Arnaut de Toledo e Laura Franzzoni de Toledo, junto com dois avôs, Pedro Arnaut de Toledo e Amadeu Franzzoni,  e outros grandes homens de bem fundaram a cidade de Uniflor, no Paraná, localizada a 55 quilômetros de Maringá, ao Norte do Estado,  e 150 km de Presidente Prudente, no Estado de São Paulo). Natural de Nova Esperança, vivemos a infância toda em Uniflor. Aos 14 anos, mudamos para Maringá.
Somos uma família de cinco irmãos. Todos eles são professores. A irmã é professora aposentada de Ensino Fundamental, aliás, a primeira professora e alfabetizadora. Os irmãos são professores da Universidade Estadual de Maringá nos departamentos de Matemática e Estatística, de Educação e Zootecnia. Hoje residimos na cidade de São Paulo, capital, onde participamos do movimento espírita local.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

A graduação é em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Maringa (UEM) em 1991, com Mestrado em Construção Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialização em Planejamento Energético pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Cinco anos de prática do ensino superior e hoje funcionário público do Estado de São Paulo desde 2000. 

Como você conheceu o Espiritismo e desde quando o frequenta?

Conhecemos o Espiritismo no último ano da graduação. E um dos colegas de curso, Jefferson César Peres, de família espírita e frequentador da Mocidade Espírita Leopoldo Machado da Associação Espírita de Maringá (AMEM) foi o responsável. Sempre às voltas com sensações mediúnicas, acreditávamos de forma muito particular em reencarnação e comunicação com os mortos. Jefferson orientou e deu um Livro dos Espíritos. Com receio, guardamos o livro por 3 meses. Ele sempre cobrava: "Você já leu o livro, Luis Marcio?".  Com a desculpa de estar com muitas provas e trabalhos da escola, dizia: "Ainda não deu para ler."
Quando começamos a ler o livro, foi nos Prolegômenos que o Espiritismo nos pegou. Estávamos surpreendidos com as ideias que se juntavam. Dizia: "Já acreditava nisso!". Lemos o livro rapidamente e, em seguida, todos os outros da codificação, sem estranhamento do conteúdo. Parecia que já conhecíamos tudo aquilo que se dizia ali.
Um fato curioso é que considerávamos tudo muito científico, naquele primeiro momento. Parecia que ainda faltava alguma coisa. Até que numa palestra pública com o saudoso “Cesinha”, César Augusto de Oliveira, grande vulto do Espiritismo da cidade de Franca, SP, percebemos a filosofia profunda da Doutrina e os reflexos dela na prática diária através da reforma íntima. Confessamos que sentimos um certo alívio quando entendemos que ela não era apenas Ciência.

A que casa espírita esta vinculado presentemente?

Foram diversas cidades que fizemos residência, portanto, diversas casas que já frequentamos. E de todas elas guardamos boas recordações, também. Hoje participamos do Centro Espírita Fraternidade da Luz, situado à rua Lobélias, 131 – Vila Bela, em São Paulo, capital.  É uma casa relativamente nova, fundada oficialmente em 2004 por um grupo de amigos. Tivemos a alegria de estar junto deles na formação da casa e isso é motivo de bastante alegria.

Quais os livros de sua autoria, espíritas e não espíritas e do que tratam?

Em 2005, lançamos o livro EU PRECISO TANTO LHE FAZER FELIZ, pelo espírito Lukas. Bancamos a publicação com a Editora Scortecci no intuito de angariar fundos para a casa espírita e divulgar a mensagem nele contida. É um relato de um cantor da jovem guarda que desencarnou pelas complicações do alcoolismo e drogas. Talvez um dos primeiros a mostrar como é a arte no mundo espiritual. Na época, a renda foi totalmente revertida para o Centro Espírita Fraternidade da Luz e para a casa de recuperação de dependentes químicos Recanto da Esperança, em Suzano – SP.
Em 2010, a editora Mythos lançou o livro FASCINAÇÃO - OS PERIGOS DA MEDIUNIDADE DESORIENTADA, pelo espírito V. Pela primeira vez no mercado editorial espírita um livro que trata de dois grandes temas nunca tratados nos romances e em livros de estudos: a questão profunda da fascinação na vida das pessoas e de um médium espírita e o universo da psicopictografia. A renda do livro foi aplicada na sua divulgação e para doações ao Centro Espírita Fraternidade da Luz.
Em 2011, lançamos o livro REPENSANDO A DRAMATURGIA ESPÍRITA - Coletâneas 1 - Dramas. A publicação reúne 3 peças de teatro psicografadas. A primeira delas:
- "O PERFUME DO SÂNDALO NO MACHADO"  foi intuída por um dramaturgo desencarnado de origem inglesa, onde faz reflexões acerca da morte e da vida, da eutanásia e da caridade.
- "JAULA DE AÇÚCAR PARA UM CORAÇÃO DE PEDRA" é de um dramaturgo de origem norte-americana, que relata a dolorosa história de uma família no sul dos Estados Unidos, convivendo com a falta de amor e do perdão e as consequências drásticas disso.
- A última peça, a mais poética e contemplativa, é 'PARA QUE NUNCA AMANHEÇA" e traz uma história narrada por um dramaturgo de origem espanhola, retratando os martírios de um espírito desencarnado preso ao corpo assassinado, por ser um revolucionário na época da Revolução Espanhola no início do século XX. Consideramos um livro que se coloca numa campanha a favor da vida.
Em 2012, a editora do Conhecimento lançou o livro HERDEIROS. São 21 relatos de artistas desencarnados, revelando suas dores, conflitos, encontros, desencontros após a morte do corpo físico. Profundo, revelador e inédito, mostra como a fama, a arte e as questões morais se desdobram na espiritualidade, revelando mais que nunca a necessidade do Cristo no viver de cada um. Raro pela temática contemporânea e pela abordagem singular de temas do livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec.
Fora isso, temos mais de 30 artigos científicos publicados em anais de congresso e revistas especializadas da área profissional que atuo, tanto em português quanto em inglês, fruto dos trabalhos comuns realizados na pós-graduação.

Então, os seus livros são mediúnicos?

Sim, os livros são mediúnicos. Trabalhamos com a intuição e a inspiração. O livro REPENSANDO A DRAMATURGIA ESPÍRITA vale a pena ser comentado, por se tratar de uma escrita muito diferenciada, pouco comum para os leitores acostumados com romances e livros de estudo doutrinário. Ele contém elementos de narrativa fortes, mas também podem ser didáticos. Todavia, temos visto pouco interesse da comunidade espírita neste tipo de livro. O fato de não revelarmos a identidade dos dramaturgos talvez seja um dos motivos que reafirma esse desinteresse. O livro HERDEIROS é outro exemplo interessante, pois não usamos o nome dos autores dos textos e nem colocamos na capa que o livro é psicografado. Estamos mais preocupados com a mensagem do que com a identidade dos espíritos comunicantes.

Como surgiu a mediunidade de artes na sua vida?

Em 1992, fizemos os primeiros desenhos mediúnicos, minutos antes de sair para a reunião do grupo de jovens que participávamos na época. Confusos e sem saber do que se tratava aquilo tudo, não encontramos apoio nos amigos, nos grupos que participava e nas casas espíritas onde estivemos nos 10 anos seguintes. Considerada como um modismo e sem um objetivo direto e claro, não entendíamos, também, os motivos daquilo tudo e durante esses anos nos abrimos para a inquirição e a pesquisa. Investiguamos em tudo que podiamos, sendo livros de arte, estudos científicos e todas as facções que poderíamos encontrar na área, claro, fora do movimento espírita.
O pouco que pudemos acompanhar desta mediunidade nestes anos nas casas espíritas que visitamos sempre nos deixava com uma visão bastante crítica, pois bebíamos nas informações fora, na manifestação cultural, científica e estética mais contemporânea. No Movimento Espírita (com raras exceções), víamos divergências nos conceitos, na prática e no uso da arte. Vemos que hoje as coisas começaram a mudar, no entanto, o que é emocionante de dizer, até. Dá uma esperança!
A partir de 2002, a pintura mediúnica pública surgiu, visto a grande necessidade de recursos financeiros no Centro Espírita João Silva, em São Paulo, centro que participávamos na época. O trabalho começou a crescer. Muitas casas espíritas nos convidavam para fazer essa tarefa de forma semelhante: vender os quadros produzidos em prol das necessidades materiais da casa. De 2003 a 2004, estivemos no Grupo Nascentes Artes fazendo este trabalho público, onde aprendemos a trabalhar em equipe, o que influenciou a formarmos com amigos o Grupo Humildade, Amor e Simplicidade. De 2003 a 2008 o grupo produziu mais de 5 mil obras mediúnicas, que foram doadas para venda e sua renda totalmente revertida aos centros espíritas.

Luis, como você encara a venda de obras mediúnicas em forma de leilões na casa espirita? As vezes a preços exorbitantes e não acessíveis? A espiritualidade não se preocupa com excessos?

Cada médium define seu trabalho. Não acreditamos que os espíritos do bem venham direcionar os trabalhos de um médium com este nível de especificidade. Definir material, roupas, altura de mesa, cor de roupa do médium e ajudantes, volume ou estilo de músicas, cores de lâmpadas entre outras coisas, parece-nos muito estranho, pois não vão de acordo com o que Kardec afirma em O livro dos médiuns nos capítulos 20 e 21, principalmente. Muito menos na forma de comercialização do material produzido. Particularmente, entendemos que pela mediunidade deve-se ajudar nos diversos níveis: intelectual, moral e material. Quando um trabalho privilegia um só destes aspetos, pode causar estranheza para alguns. Mas, é o médium que enxerga a ajuda.  Ele definiu o seu trabalho. Nós ajudamos se quisermos.
Não penso que tenhamos o direito de criticar a forma como o médium trabalha. Certamente, ele teve pouca ou nenhuma orientação específica sobre arte mediúnica na casa espírita para se tornar Psicopictógrafo com o adjetivo espírita. Se ele entende que ajuda mais a causa ou as pessoas desta forma, que seja. O que vale é entendermos a visão do médium e colaborar ou não com ele naquilo que ele acredita. Ser fiéis ao que professamos é o primordial.
Já vimos muitas críticas acerca desse ponto. Mas, não vimos quem critica fazer doações suntuosas para a construção da ajuda ao próximo.
Se um está errado, o outro está errado em criticar de forma azeda e arrogante. Antes de criticar, acredito que deveria fazer algo melhor ou, no mínimo, igual.
Por isso, sempre penso que todo trabalho tem seu valor, independente de concordarmos ou não com ele.
Se a espiritualidade se preocupasse com esses detalhes definidos pela visão cultural e de ponto de vista do médium, muitos trabalhos já teriam se extinguido do Movimento.

Quais os trabalhos que desenvolve no campo da mediunidade de artes?

Em 2003, paralelo à formação do Centro Espírita Fraternidade da Luz, começamos um grupo que se revelaria singular nos outros anos. Era o Curso Introdutório ao Desenvolvimento e Educação Mediúnica em Artes, do qual participamos até hoje como facilitadores. Nestes anos todos, passaram por nós mais de 200 médiuns nas diversas áreas das artes, buscando informação e recursos para a prática da arte mediúnica, inclusive portadores de deficiências visuais, surdos, mudos e surdo-mudos.
Após verificar a ausência do estudo específico deste tipo de mediunidade e entendido que os cursos usuais oferecidos na área nos centros espíritas não davam formação adequada ao médium a fim de exercer esta faculdade de forma plena a ser classificada como espírita, o curso é uma tentativa de auxiliar esses amigos a encontrar um rumo norteador para manterem-se firmes nos preceitos doutrinários, sem com isso impor seus pontos de vista, misturar práticas espiritualistas e se afastar da pesquisa séria e investigativa à luz da Doutrina.
Ministramos cursos em outras casas espíritas, também, sobre o tema Arte e Mediunidade, bem como seminários, palestras e trabalhos específicos, tais como encontros com jovens, crianças em atividades de educação espírita e participação em eventos da área ou não.
Oficinas são ministradas, também, em eventos no geral, utilizando recursos artísticos.
A questão da arte na educação espírita, ou no que ainda se chama em algumas casas espíritas de Evangelização infantojuvenil, foi alvo de nosso estudo por muitos anos, buscando na arte-educação, arteterapia e nos recursos artísticos em geral as fontes de trabalhos e pesquisa. Também, há uma grande procura de palestras, seminários e vivências neste assunto por parte das casas espíritas. Junto com amigos desta área que possuem trabalhos sistematizados e estruturados já, promovemos, também, esses estudos.
Vemos estas áreas de atuação com muito carinho de nossa parte.

Como se desenvolve a sua mediunidade?

Trabalhamos com a intuição e a inspiração diretamente no computador. Não podemos afirmar que fazemos uma psicografia nos moldes tradicionais, pois não usamos papel e caneta. Desta forma, percebemos que o foco principal dos espíritos na comunicação é muito mais na nossa mente, pela intuição. Certas passagens são literalmente ditadas, outras são sugeridas e temos que escrever de forma pessoal. É importante, portanto, que tenhamos revisores, tanto da redação quanto para um questionamento doutrinário. Isso aconteceu, principalmente, com o livro Herdeiros, com o qual tivemos muitas observações, revisões e contribuições de um grupo diverso de pessoas: jornalista, artistas, parente de artistas, estudantes da Doutrina, médiuns experientes, entre outros.

E a classifica como psicografia?

Sim, classificamos como psicografia em suas várias formas de expressão: inspirada, intuída, semi-mecânica.
Não foram raras as vezes que tivemos em sonho a revelação de uma história completa. Ao acordar de madrugada, anotamos os detalhes e no dia seguinte começamos o trabalho inspirado, seguindo as anotações e preparados para intuições fortuitas, sob a ação dos espíritos.
Algumas vezes, os espíritos mandam informações psicografadas sobre todo o contexto, por exemplo, da peça teatral que estivermos recebendo: descrição de personagens, cenários, figurinos e marcação de cenas psicopictografados e até indicação de leituras históricas para enquadrar melhor o texto que virá. Assim, na hora da psicografia, tudo fica mais fácil e o texto flui rapidamente. Já tivemos visualização de cenas, inclusive, onde o nosso trabalho era apenas descrever o que víamos na cena.

Pelo que já nos disse podemos deduzir que os seus livros e pinturas se direcionam para divulgação e para obras assistenciais?

Sendo livros mediúnicos, eles não são revertidos para o nosso sustento próprio. Temos a obrigação, enquanto médiuns espíritas, reverter toda a renda líquida para algum trabalho ou causa de assistência humana. Neste caso, fazemos doações para o Centro Espírita Fraternidade da Luz, onde participamos, e outras casas com algumas doações, quando possível. Ajudamos grupos de arte espírita a montar seus espetáculos ou investimos na confecção de mensagens ou outros livros.
O livro REPENSANDO A DRAMATURGIA ESPÍRITA é um exemplo. Utilizamos a renda do livro FASCINAÇÃO para editá-lo por conta própria.
Todavia, nós precisamos fazer uma ressalva aqui. Muitas pessoas não sabem como é a realidade do mercado editorial brasileiro. Não falamos aqui de autores que vendem milhares de cópias. Muitos dos médiuns escritores têm vendagens módicas. Às vezes, é o suficiente para a aquisição de novos livros, sua divulgação e gastos gerais para a promoção do livro. Temos gastos diversos como confecção de banners, transportes para eventos e palestras, entre outros. Em outras palavras, autor de livro, mesmo se quisesse, não seria rico no Brasil, a não ser que fosse um fenômeno de vendagem. O que é raro. E, muito menos, nosso objetivo pessoal.

O que você destaca na literatura da Codificação e em obras complementares sobre o tema dramaturgia e de artes em geral?

Allan Kardec tinha uma visão muito profunda da vida, além da sua época e condição. Ele tem uns textos sobre a arte em Obras Póstumas (editora FEB) que são lindíssimos e proféticos. Aliás, pouco conhecido da comunidade espírita. Outra coisa pouco estudada e conhecida dos espíritas é a sugestão que ele fez sobre como formar uma biblioteca espírita. Publicado em formato de livro no Brasil, chama-se CATÁLOGO RACIONAL PARA A FORMAÇÃO DE UMA BIBLIOTECA ESPÍRITA (editora USE).  Ele sugere uma lista de livros em diversas áreas do conhecimento humano para que um espírita pudesse ter a visão ampla da vida e compreender a Doutrina Espírita. Destas estas obras sugeridas pelo codificador, são sugeridas muitas obras de teatro. Infelizmente, não as temos traduzidas para o português, tais como os textos de George Sand, por exemplo. Sabemos que todas têm conteúdo, senão espírita, mas espiritualista e podem ajudar a compreender aspectos do conteúdo doutrinário.
O livro mais importante ainda, por ser inovador, precursor e intrigante, é O Espiritismo na Arte de Léon Denis (editora Celd). Com uma visão profunda da espiritualidade e sua influência na arte, o autor mostra o tema sob um aspecto nunca antes narrado, embora introduzido por Léon Tolstoi em O que é Arte? (Ediouro). Muito estudado pelos interessados no assunto, muito criticado, também, tido como um livro difícil, mas pouco divulgado, sobreviveu íntegro e absoluto a todos os movimentos e modismos artísticos do século XX e entra neste século como um estudo obrigatório e urgente.
Um dos melhores amigos de Kardec, Victorien Sardou – um dos grandes dramaturgos franceses e contemporâneo de Kardec, era espírita e médium. Publicou a primeira peça considerada eminentemente espírita, no Brasil publicada (e infelizmente esgotada) pela editora O Clarim com o nome de Amargo Despertar.
A escassez de publicações nesta área é grande. Vemos poucos autores que se aventuram nesta área, tais como: com publicações dos anos de 1940 aos anos 1960 podemos citar Leopoldo Machado, Ramiro Gama e João Papa. Mais recentemente, Nazareno Tourinho, Elifas Alves, Eduardo Carvalho Monteiro e as recentes publicações da editora Vida e Consciência com as adaptações de livros de Zíbia Gasparetto para o teatro, num projeto ousado e sem precedentes. Há uma experiência muito interessante da ABRARTE – Associação Brasileira de Artistas Espíritas na publicação de um banco de textos para teatro no site www.arteespirita.com.br, também, com autores de diversas regiões brasileiras. Um marco desbravador na divulgação de textos inéditos para o contexto espírita na área do teatro.
Na questão das artes em geral, os livros são poucos. Muito recentemente, vemos uma discreta reação do mercado literário espírita em arriscar uma ou outra publicação na área.
O público espírita também não se mobiliza para estudar o assunto, embora haja uma sinalização de mudança nos últimos anos, ainda que de forma extremamente lenta e gradual.

E a dramaturgia, como surgiu na sua vida?

Em 2008, a espiritualidade apresentou o projeto de psicografia de textos dramatúrgicos. Uma tarefa muito diferente do que poderíamos imaginar. Com o objetivo explícito de mostrar novos horizontes para a dramaturgia com conteúdo espírita, os escritores de peças teatrais desencarnados voltam e ditam suas obras. Cada um deles com direcionamentos diferentes e utilizando a mediunidade nos mais diferentes mecanismos, os textos surgiram de forma gradativa, muito rápidos e com conteúdos que mostram elementos raramente vistos no teatro espírita. Trazendo estilos e formas de quando encarnados, esses espíritos colocam no texto elementos de vários movimentos artísticos do século XX, principalmente, que quase nunca é usado no trabalho espírita, por desconhecimento ou inabilidade.
Tudo isso me assustou de pronto. Não me via apto a este trabalho tão delicado e tão específico quanto às questões técnicas da dramaturgia.  Depois de alguns textos prontos, fomos nos acostumando com a “novidade”. Sim, porque temos pouco registro (também pouco interesse da comunidade espírita) em textos como esses. Isso foi um incentivo a frequentar, inclusive, aulas de teatro a partir de 2010.

Como você se prepara para este trabalho mediúnico?

Procuramos ler os textos clássicos de teatro, porque isso, talvez, seja a forma mais fácil de aprendizado para quem quer entender, escrever e fazer teatro por conta própria. Também, procuro ir sempre a espetáculos em São Paulo, de todos os níveis e tipos, sem preconceito. Musicais, comédias (que confessamos não apreciar), dramas, infantis. Todos são importantes para aprender e crescer. Os espíritos fazem o resto, aproveitam imagens gravadas e o conhecimento adquirido. A partir daí, eles preparam os textos e nos passam.


Quais os objetivos principais da dramaturgia produzia pela mediunidade neste contexto apresentado?

Incorporando esses novos elementos artísticos, antes ignorados ao texto dramatúrgico de conteúdo espírita, temos visto uma dramaturgia que privilegia a reflexão e não a informação. Vemos uma dramaturgia que está preocupada não em doutrinar, evangelizar, domesticar, fazer panfletismo ou proselitismo com os conceitos espíritas. O objetivo expresso é a reflexão. Sem a preocupação de ser definida como uma dramaturgia espírita ou de conteúdo espírita, espiritualista ou evangélica, os textos primam pelas mensagens profundas e não aquelas óbvias ou piegas. Trazem mensagens subliminares, sugestões de encenações que instigam a mudança de comportamento não pela doutrinação e sim pelo raciocínio e educação dos sentimentos. Apresentam questões comuns aos temas espíritas, entretanto buscam a linguagem dos sentimentos para os dias atuais.
Há muitos espíritas que acreditam que o teatro espírita deve ser instrumento de evangelização e educação da alma. Talvez, verificamos aqui esse papel profícuo do teatro. No entanto, não discutimos isso. A questão é como chegamos lá, no âmago da alma humana para mobilizá-la à reflexão e ao incentivo à mudança de atitude. Sem moralismos, apresenta questões muito próximas do homem do século XXI.
O que é mais interessante é que são textos inéditos. Não são adaptações de livros, de histórias reais ou contos já publicados ou conhecidos. São simplesmente inéditos e isso emoldura um cenário completamente novo, corajoso e, quem sabe, sinalizador do futuro. Está ai, talvez, o elemento mais importante na questão “educação”, que observamos, sem com tudo denegrir os méritos da popularização das adaptações de romances já conhecidos e de fácil divulgação entre os espíritas afoitos para ver seus romances preditos no palco.

Como você vê o teatro espírita hoje?

O que vamos dizer é geral e faz parte de nossa observação particular em algumas dezenas de grupos. Isso pode não refletir a realidade, pois acreditamos nas exceções.
Vemos o teatro espírita ainda engatinhando. Prima pela iniciação e investigação, sem contudo, aprofundar-se nas técnicas e fundamentação teórica, principalmente do século XX, que trouxe revoluções na linguagem teatral mundial. Parece que quem faz teatro espírita, quer ignorar completamente a existência, por exemplo, de Stanislavski, Meyerhold, Artaud, Beckett, os brasileiros Nelson Rodrigues e Augusto Boal, assim como os clássicos Shakespeare, Ésquilo, Sófocles, Eurípedes. Parece que a técnica é maldita! Dá a impressão que não existiu o teatro do absurdo e o contemporâneo é banido em sua totalidade. Privilegia-se o realismo ou o naturalismo e as expressões e técnicas ainda do século XIX.
Os textos são baseados em livros muito famosos, contos, trechos históricos e biografias. Raramente opta-se pelo ineditismo, talvez pela pouca aceitação e cultura da comunidade espírita na expressão teatral.
Há algumas linguagens diferenciadas já observadas em alguns grupos, infelizmente, pouco difundidas ou conhecidas. Mas, somos otimistas. Percebemos a presença dos espíritos bons no teatro, buscando a luz e a ventilação dos conceitos, para maior aceitação e entendimento do teatro com conteúdo espírita.
Comercialmente, o teatro espírita parece de muito interesse da sociedade, visto os grandes sucessos em cartaz em São Paulo há tantos anos, como, por exemplo, O Amor Venceu e Laços Eternos (adaptação dos livros homônimos de Zíbia Gasparetto). O movimento espírita ainda é discreto nesta área, o que não ocorre com os produtores de novelas de televisão e filmes para cinema, que já reconheceram o grande filão de consumidores da temática espírita nestes meios.

Essas peças já foram montadas?

Tivemos o musical infantil Viagem à Cidade de Cristal montado pelo grupo de teatro do Grupo Socorrista Bezerra de Menezes de São Paulo, capital. Foram várias apresentações muito divertidas e engrandecedoras em 2010 e 2011.
O drama Jaula de Açúcar para um Coração de Pedra foi montado pela Escola Edu Rodrigues como exercício teatral e teve duas apresentações em 2011.
O livro Repensando a Dramaturgia Espírita contém 3 peças e já até hoje já tivemos uma tiragem de 350 unidades.
Para ter acesso a outras peças, sugiro consultar o site: www.arteespirita.com.br, veja em Banco de Textos.  Neste site, pode-se encontrar textos recomendados pela Associação Brasileira de Artistas Espíritas (ABRARTE). O download é gratuito. O grupo interessado em montar, terá nossa permissão e apoio sempre, basta que nos solicite.

Quantas peças já foram recebidas?

Nas suas mais diferentes perspectivas, de autores diferentes, com estilos e objetivos muito específicos, são mais de 30 peças. Drama, humor, infantil, suspense, musical, biografias e, inclusive, adaptações.

Quais as peças que mais lhe são significativas e porquê?

A peça O conde, o Poeta e o Codificador é uma delas. Surgiu após uma pesquisa minuciosa indicada pelo autor espiritual sobre as vidas de Allan Kardec retratada na obra mediúnica da russa Wera Krijanowski. A partir dos livros O faraó Mernemphtá, A feira dos casamentos, Herculanum e Os luminares tchecos o autor espiritual traça o cenário biográfico de Allan Kardec. Aponta, também, uma rica referência à biografia do Conde Rochester, numa linguagem construtivista das ações, levando a um final surpreendente, chegando a causar comoção. Uma visão bem diferente da adaptação de textos literários espíritas para o teatro.
O musical Francisco, com uma visão reencarnacionista do santo de Assis, traz uma linguagem diferente para o meio espírita, mesclando músicas espíritas de diversos autores nacionais com fatos históricos, evidenciando a mensagem espiritual de Francisco.
Mas, há outras igualmente interessantes que nos surpreenderam, tais como a história surreal das pessoas preconceituosas que viravam árvores para se sustentar sobre suas próprias raízes, na peça Árvores, e do final surpreendente da peça Que?, com o pupilo fascinado se frustrando com seu mentor ao descobrir a sua verdade interior.

Você acha que falta arte nas atividades doutrinárias espíritas?

Acreditamos que conceitualmente a arte está quase que ausente das casas espíritas ainda, mostrando-se presentes em algumas atividades de grupos de jovens, de educação espírita para crianças e adolescentes e, em alguns casos, em manifestações mediúnicas com literatura, desenho ou até música. A expressão artística com conteúdo espírita, aquela Arte que o Kardec diz em Obras Póstumas , ainda está apenas despontando.
É necessária uma maior integração do movimento espírita com os movimentos culturais da expressão humana nos últimos 50 anos pelo menos. No teatro, na música, na literatura, nas artes plásticas, na arte-educação, nos tratamentos de saúde e na assistência social. A ciência cresceu assustadoramente nestes anos e, talvez, correr atrás dela, inserir-se dentro destes horizontes certeiros venha a ser um caminho de luz e esperança para novas compreensões do Espiritismo na nossa vida. Não que ele seja renovado, isso é um absurdo dizer. Mas, que ele seja melhor compreendido, ventilado com preceitos da ciência atual para ser vivenciado em plenitude. Cito uma frase de Kardec, do livro A Gênese (capítulo 1 – item 16): O Espiritismo e a Ciência se complementam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação”.

Qual a sugestão que você daria?

Sugerimos que os espíritas leiam, procurem ir mais ao teatro, ao cinema (para ver filmes de conteúdo), aos museus. Que visitem e pesquisem as bibliotecas e os centros de cultura e pesquisa científica. Imagino Kardec nos dias de hoje. Quanto ele iria numa grande biblioteca de uma Universidade? Acredito que não deveria deixar de fazê-lo com muita frequência. Pergunto aos colegas espíritas: quantas vezes você visita uma biblioteca, mesmo que virtual?
A cultura precisa estar no sangue e na consciência do espírita para que ele possa ser flexível à expressão humana. Ousamos dizer que uma vida sem cultura, é quase inútil. Isto porque não se revela o espírito investigador, de fé inabalável e flexível para entender e aceitar a essência do homem de forma plena em todos os seus aspectos trazidos pela Criação. Isso possibilita a compreensão maior da condição humana em todas as suas mais profundas aparências de sofrimento, prazer, alegria e loucura. Não imaginamos que Kardec nos sugere literatura e expressões artísticas no Catálogo Racional apenas para nos entretermos. Precisamos mudar a visão da arte: parar de imaginá-la como pano de fundo, momentos de descontração, harmonização ou apenas uma forma de matar o tempo. Precisamos descobrir a arte de forma verdadeira. Depositar-se sobre seu próprio conceito é enterrar-se. Porque o mundo muda e nós temos que acompanhá-lo.

Quais os temas mais solicitados em suas palestras?

Nossas palestras são voltadas apenas para a divulgação da arte espírita e dos livros que temos o compromisso de publicar.
No lançamento do livro Fascinação, nossa palestra tem o tema: A fascinação nas nossas vidas, abordando com profundidade psicológica e doutrinária a questão.
No lançamento do livro Repensando a Dramaturgia Espírita, o tema é: Valorização da vida, permeando os temas eutanásia, perdão e suicídio.
No lançamento de Herdeiros, o tema é: A vida depois da vida, pincelando os temas do livro O céu e o inferno: existe céu, inferno, anjo e demônio? Como é o passamento.
Mas, na casa espírita que participo, proponho-me a qualquer tema, com o devido espaço de tempo para estudá-lo e me preparar. Preferimos os temas do Evangelho, no entanto.

Como você está enxergando o movimento espírita de artes presentemente?

Falemos sobre os aspectos gerais e sobre a ótica das artes.
Sem dúvida a sétima arte abriu um espaço sem precedentes para as expressões artísticas na casa espírita. Filmes como Bezerra de Menezes - Diário de Um Espírito, Nosso Lar, Chico Xavier, As mães de Chico Xavier, O Filme dos Espíritos e, agora, o filme E a Vida Continua...  incentivaram muitos espíritas a crer, finalmente, no caráter educativo e restaurador do espírito humano através da arte. Para muitos foi uma redenção, depois de décadas de relutância em aceitar a arte como um instrumento de comunicação da alma. Vimos muita procura para peças teatrais, músicas e até uma certa abertura para a literatura especializada na área, visto a publicação do livro Pintura Mediúnica – a visão espírita em ampla pesquisa do Adriano Calsone, pela editora Mythos. É o primeiro livro que se propõe a estudar de forma sistematizada aspectos da arte no conteúdo espírita e dentro do aspecto mediúnico.
Temos visto, além disso, uma procura muito grande não só pelo trabalho de assistência social e humana, mas por uma busca da autoajuda, o que revela um aprofundamento maior dos espíritas na busca do conhecimento de si mesmo e da fortificação da fé. Vemos tudo com bons olhos. Mas, temos receio que os grandes eventos e a reverência a médiuns famosos possam desvirtuar do caminho da humildade e da simplicidade, características básicas do Cristianismo.

E na sua região como está?

Acreditamos que a capital de São Paulo precisa de muita integração entre os grupos. Encontros, seminários, estudos, cursos, mais apoio dos órgãos unificadores e divulgação dos grupos, artistas e dos trabalhos artísticos.
Integrar-se, prestigiar o outro e ser divulgado, talvez, seja o que mais precisamos no momento.

As suas palavras finais aos nossos leitores.

Aos espíritas, estudiosos, interessados na Doutrina, pesquisadores, dirigentes e líderes, sugerimos a reflexão sobre dois temas muito importantes na nossa vida, em relação a arte e a vida no geral, se nos permitirem: liberdade é uma dádiva que podemos oferecer com amor fraternos, censura já mostrou em diversas áreas da política brasileira na nossa história conturbada que não é um método assertivo. Liberdade é um outro nome que damos ao amor. Lembro da frase do Chico Xavier: “O amor não prende, liberta! Ame porque isso faz bem a você, não por esperar algo em troca. Criar expectativas demais pode gerar decepções. Quem ama de verdade, sem apego, sem cobranças, conquista o carinho verdadeiro das pessoas.”
Aos artistas espíritas, educadores espíritas que já vislumbraram a necessidade e a beleza da arte como elemento de instrução e desenvolvimento: que seja antes para si. A arte se comunica mais quando imita o Cristo: é exemplo vivo e não proselitismo vazio.
Aos médiuns de qualquer área das artes, sejam na pintura, na literatura, na música, ou outra modalidade: a arte é um meio de atingir os objetivos cristãos e não a finalidade principal dos espíritos, muito menos o nosso. Quando nos sentirmos em dúvida sobre algum aspecto ligado a este tema, servimos um tanto mais aquele que sofre e nos pede compreensão. Não há melhor remédio, maior lição e maior terapia do que o serviço do bem ao próximo. Lembrando André Luiz, em Conduta Espírita (por Waldo Vieira, editora FEB): “A arte deve ser o belo construindo o bem”. Ousamos acrescentar: mesmo que ninguém nos compreenda, na adversidade, na dor, nos elogios, no aplauso e no reconhecimento. Ela sempre deve ser o bem materializado.
 
Após o trabalho de pintura mediúnica no Centro Espírita
 Corina Novelino em Sacramento MG (2005)
Visita de estudos e investigação ao Museu Cândido
Portinari em Brodowski (2005)
Lançamento do livro Eu preciso tanto lhe fazer feliz
na Sociedade Espírita Entreposto da Fé em
Florianópolis SC (2007)
Pintura mediúnica com o Grupo Humildade, Amor
e Simplicidade no Centro Espírita Irmão X em 
São Paulo SP (2008)
Pintura Mediùnica na Sociedade Espírita Entreposto
da Fé em Florianópolis SC (2007)
Desenho mediúnico após palestra na Faculdades
Espíritas de Curitiba - Curitiba - PR (2010)
Companhia Profana de Teatro em leitura dramática do
texto psicografado Jaula de Açúcar para um Coração de
Pedra, no teatro Jofre Soares – São Paulo SP (2009)
debate com o público e a Companhia Profana de Teatro
em leitura dramática do texto psicografado Jaula de
Açúcar para um Coração de Pedra, no teatro Jofre 
Soares – São Paulo SP (2009)
Palestra de abertura do Festival de Música 
Espírita e Encontro de Arte Espirita – 
FECEF – Franca – SP – (2004)
Lançamento do livro Fascinação - os perigos
da mediunidade desorientada na Faculdades 
Espíritas de Curitiba. Curitiba - PR (2010)

Semana da Arte Espírita promovida pela Associação 
Brasileira de Artistas Espíritas (ABRARTE) em São Paulo
SP, no Instituto Cultural Eduardo Monteiro Carvalho – (2011)
Com diretoria da ABRARTE (Associação Brasileira de
Artistas Espíritas) no Fórum Nacional e Encontro de
Arte Espírita em Pedro Leopoldo MG (2011)
Com a Banda Alma Sonora - no 60o Aniversário da 
Comunhão Espírita Cristã de Curitiba - PR (2010)
Com o Grupo Arte Nascente (GAN), na CONJESP 
(Confraternização de Jovens Espíritas de São Paulo)
em Guarulhos – (2011)
Lançamento do livro Repensando a Dramaturgia
Espírita no Centro Espírita Chico Xavier –
Guarulhos - 2012
Pintura Mediúnica em prol do Centro Espírita Fraternidade
da Luz – São Paulo SP - 2007
Palestra de lançamento do livro Fascinação no Núcleo 
Kardecista Antônio Pereira de Souza em São Paulo - 2011
Ideia original da capa do livro Eu preciso tanto lhe fazer
feliz (2005, esgotado, editora Scortecci), indicada 
mediunicamente e realizada pelo artista plástico Renni
Ribeiro de Florianópolis SC
Leitura dramática do texto Quando Chegar a Primavera
Na Sala Lílian Gonçalves – 2012 – São Paulo SP
Com as atrizes: Liza Vieira, Débora Muniz,
Lucienne Cunha e grande elenco
Com o elenco do musical infantil Viagem à Cidade de
Cristalem 2010, na estréia no Grupo Socorrista 
Dr. Bezerra de Menezes em São Paulo SP

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