BLOG DE NOTÍCIAS DO MOVIMENTO ESPÍRITA.....ARAÇATUBA- SP

Atenção

"AS AFIRMAÇÕES, INFORMAÇÕES E PARECERES PUBLICADOS NESTE BLOG SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DE QUEM OS ELABOROU, ASSINA E OS REMETEU PARA PUBLICAÇÃO. FICA A CRITÉRIO DO RESPONSAVEL PELO BLOG A PUBLICAÇÃO OU NÃO DAS MATÉRIAS, COMENTÁRIOS OU INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS."

sábado, 2 de junho de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (144) Maria Aparecida Bergman

Maria Aparecida Bergman

Cara confreira espírita Maria Aparecida Bergman, poderia nos fazer sua auto apresentação?

Ismael, meu nome de nascimento é Maria Aparecida Velloso de Aguiar. Nasci em São José dos Campos, SP, Brasil,  no dia 08 de maio de 1947.
Meus pais são: Irene Rangel Velloso de Aguiar e João Afonso Medeiros de Aguiar. Sou a sétima filha do casal, que teve 5 filhos homens e 2 mulheres.
Sou neta de Maria Carneiro Rangel Velloso e Francisco Velloso, um pioneiro do Espiritismo no Estado de São Paulo, companheiro de Cairbar de Souza Schutel.
Sou sobrinha de Kardec Rangel Velloso e de Eugenia Pitta Velloso, filha de João Leão Pitta, que também foi companheiro de Cairbar Schutel. Portanto, sou da terceira geração de abnegados trabalhadores espíritas em terras do Brasil.
Casei-me em 1971 na cidade de Sigtuna, na Suécia, com Olof Gustaf Bergman e tivemos 3 filhos:
Sonia Lisa Bergman Liesenberg e Frans Olof Bergman, que nasceram em Estocolmo-Suécia e Sibeli Louise Bergman Masotti, nascida em São Paulo-Brasil.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Desde muito cedo tive de começar a trabalhar primeiramente como babá de uma criança de 3 anos, quando ainda também era uma criança de 11 anos.
Sempre tive muita habilidade com crianças, contando com grande simpatia da parte delas, e ajudei a criar alguns sobrinhos.
Venho de uma família de músicos e cantores e também cantei durante toda minha infância e juventude, em programas de rádio, clubes, televisão, corais...
Trabalhei em comércio, na secretaria de escolas, fui secretária em algumas empresas, por último, antes de vir para a Suécia, na Ericsson do Brasil, em S. José dos Campos.
De família monetariamente pobre e tendo ficado órfã de pai aos 14 anos de idade não consegui formação acadêmica. Cursei Madureza Ginasial, que àquela época valia mais que muitas faculdades de hoje em dia. Fiz cursos de datilografia.
Na Suécia estudei o idioma do país (sueco) e obtive boas noções de espanhol, inglês, e francês.
Cursei atendimento hospitalar tendo trabalhado neste setor por algum tempo, e também cuidei de idosos.  Depois me formei profissionalmente para trabalhar em escolas e creches comunais como Assistente de Alunos e Pedagoga para crianças entre 0 e 12 anos.

Como você conheceu o Espiritismo e desde quando o freqüenta?

Como disse acima, minha mãe já cresceu em berço espírita. Inclusive escrevi um documentário, com muitas fotografias, onde relato com mais detalhes, sobre minha origem espírita: “GEEAK-Suécia e Seus 10 Anos com Divaldo Pereira Franco”. Quem desejar ler o livro via internet, é só nos pedir pelo e-mail: geeak.se@gmail.com oumabergman47@gmail.com
Na minha experiência de vida percebo que para muitos espíritas o Espiritismo significa mais uma, entre as religiões existentes, com bases  científicas e filosóficas. Para mim, porém, significa a Nova Revelação, o Cristianismo Restaurado, sob a égide de Jesus Cristo, nosso Divino Mestre. O Espiritismo veio no tempo predeterminado, conforme promessa de Jesus, para instalar na Terra a Religião Cósmica do Amor Universal e da Divina Sabedoria, conforme nos ensinam Emmanuel através de Chico Xavier, e os Espíritos Superiores da Codificação Kardeciana.

Seria possível nos descrever sua trajetória pelo movimento espírita no Brasil e na Suécia?

Acompanhei minha mãe ao centro espírita Divino Mestre em São José dos Campos, desde a mais tenra idade, tendo freqüentado as aulas dos cursinhos infanto-juvenis de moral cristã, depois a mocidade espírita. Participei dos movimentos de concentração de mocidades espíritas do Estado de São Paulo, das Caravanas Auta-de-Souza, das Campanhas do Quilo de porta em porta, de visitas a asilos, a creches, a hospitais, a prisões, e de diversos cursos básicos da Doutrina Espírita.
Na juventude participei de trabalhos de estudos e de assistência social, tendo sido evangelizadora infanto-juvenil na Sociedade Beneficente Obreiros do Bem de Araraquara, onde residi por 3 anos e onde também fiz parte do Coral Espírita Fabiano Lozzano, daquela instituição espírita. Foi quando escrevi as letras dos hinos: Hino a Cairbar Schutel e Hino a Eurípedes Barsanulfo. As músicas compostas pelo saudoso e querido companheiro Luiz Raimundo Parreira, pianista do coral, cantados pelos corais das Mocidades Espíritas de Araraquara e de São José do Rio Preto, quando das festividades para comemoração do primeiro Centenário de Cairbar Schutel, organizadas pelo também querido e saudoso amigo Joaquim Alves, o  Jô. 

Atribui a algum motivo especial esta sua ida para a Escandinávia?

Minha vinda para a Escandinávia prende-se ao passado, quando aqui vivi algumas encarnações em posição de destaque social, outras obscuras, quando cometi desmandos e erros contra as Leis estabelecidas pelo Criador. “O criminoso sempre volta ao local do crime”. Isto é fato!

A que casa espírita está vinculada e que trabalhos nela desenvolve?
       
Estou vinculada ao grupo espírita que fundei, sob a inspiração do Espírito Cairbar Schutel, dois anos depois de aqui ter chegado em maio de 1970.
Alguns anos depois, sob a orientação de Chico Xavier, que me enviou um aviso através do amigo Nestor João Masotti, denominamos o grupo que havíamos fundado em 1972: “Grupo de Estudos Espíritas Allan Kardec”, o primeiro GEEAK fundado na Escandinávia.
Nesta primeira fase, na década de 70, quando faziam parte do grupo além de mim, uma amiga e um amigo finlandeses e três suecas, todos espiritualistas, nos quais fiz despertar o interesse pelo estudo da Doutrina Espírita.
Uma das companheiras suecas era médium vidente e através de sua mediunidade pude confirmar, por diversas vezes, a presença  do Espírito Cairbar Schutel naquele trabalho.
Foi curto o período que estivemos juntos, porém rico em aprendizado e experiências, quando o grupo, além do estudo teve a prática da caridade, socorrendo pessoas em casos de obsessão.
Contudo, tive de voltar ao Brasil com o marido e os dois primeiros filhinhos e aquele primeiro GEEAK se desfez. A sementinha havia caído em terra não muito fértil e os companheiros, sem literatura espírita para estudarem, continuaram com suas crenças espiritualistas. Uma das amigas, no entanto, que foi quem me ofereceu o maior apoio para a formação daquele primeiro GEEAK, nunca perdeu o contato conosco. 
Durante os mais de 10 anos que recebemos Divaldo Franco na Suécia, já na década de 90,  ela sempre esteve presente em todas as conferências e atividades, sem, contudo, ter voltado a freqüentar o GEEAK-Suécia em sua segunda fase.
Depois de nossa pequena família, acrescida de mais uma querida filhinha nascida em São Paulo em 1981, ter passado 11 anos no Brasil, onde meu marido e filhos adentraram aos estudos e atividades espíritas, regressamos à Suécia em agosto de 1989.
Assim que chegamos, já na semana seguinte a filha mais velha Sonia Lisa, adolescente na época, e eu, (Olof continuou no Brasil por mais quase um ano) fundamos novamente o GEEAK e passamos a estudar em nossa casa.
Aos domingos o Estudo do Evangelho no Lar, às 4as-feiras o Estudo de O Livro dos Espíritos.
Um ano depois, com alguns amigos brasileiros, já estudando conosco, passamos ao Estudo do programa ESDE da FEB.
Tivemos intensas atividades de estudos, assistência fraterna, do Passe Espírita, visita a hospitais e asilos, a organização das visitas de Divaldo Franco, que Olof e eu havíamos combinado com ele em Santo André-S. Paulo, antes de nossa volta à Suécia.
Os trabalhos de tradução de livros espíritas, de artigos, opúsculos etc.
Particularmente mantive desde então, e continuo mantendo um trabalho às vezes diuturno e exaustivo, porém compensador, de intercâmbio com pessoas que me escrevem, de todas as partes do mundo,  mormente do Brasil. Na década de 90 através de cartas pelo correio postal, depois de e-mails, e também por telefone.
São correspondências com pedidos de ajuda, que atendemos na medida do possível. São pessoas rogando preces e orientações, com problemas obsessivos, de doença na família, e outros. São de jovens estudantes suecos fazendo trabalhos para apresentar em suas escolas, explicando o que é o Espiritismo, e forneci para dezenas de jovens todas as explicações em forma de perguntas deles e respostas minhas, para as quais jamais fugi da Codificação de Kardec.
Através dessa correspondência e da homepage do GEEAK-Suécia aproximei e encaminhei a maioria das pessoas que atualmente fazem parte do Movimento Espírita na Suécia e países vizinhos. Mantenho correspondência com dezenas de simpatizantes do Espiritismo, a maioria meus clientes de livros espíritas em sueco e em outros idiomas.
Foram 40 anos de trabalho espírita abnegado e ininterrupto em favor dos irmãos da Suécia.

Sabemos que o movimento espírita na Suécia teve bons momentos no século XIX. Seria possível nos fazer uma breve resenha histórica do Espiritismo no país.

Quando reiniciamos os trabalhos do GEEAK, no início dos anos 90,
tive a inspiração de colocar um anúncio no DN, jornal de maior circulação na Suécia, em cujo eu perguntava se alguém conhecia a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.
Recebi apenas uma carta em resposta (neste tempo tudo era feito pelo correio postal), onde um sueco, homem simples do campo,  residente lá bem ao Norte da Suécia, dizia que Allan Kardec havia sido um pedagogo francês, que se interessou muito pelo assunto espiritismo.
Não sabia da existência da Doutrina e achava que Allan Kardec era desconhecido na Suécia.
Mas se interessava pelo assunto porque ele próprio era um médium de vastos “poderes” etc.
(Noutra oportunidade fornecerei o conteúdo da carta na íntegra).
Liguei para este senhor, que me contou ser ele médium de diversas mediunidades (efeitos físicos), tendo os fenômenos ocorridos em sua presença sido estudados por alguns pesquisadores suecos e estrangeiros.
Disse-me que um Espírito veio pedir-lhe que comprasse o DN-jornal daquele dia, pois precisava da ajuda dele para responder a um anúncio. 
Ele mesmo nada sabia sobre Allan Kardec ou Doutrina Espírita, e o que nos respondeu foi ditado pelo Espírito. 
Concluímos que o próprio Espírito muito pouco sabia sobre Allan Kardec.
Logo em seguida intensificamos nossas pesquisas encontrando três grandes vultos que se dedicaram à Doutrina Espírita ao tempo de Kardec e nos anos seguintes, até a desencarnação desses personagens. Foram:
O jurista, juiz, Tage Ludvig Sylwan, (1801-1879) da cidade de Ystad, Sul da Suécia. Este homem traduziu para o sueco alguns ensinos de Allan Kardec num opúsculo, cujo título é: "EN KORT SAMMANFATNING OM ANDELÄRAN"= "Resumo da Doutrina dos Espíritos" ( Consta na capa: "De Allan Kardec. Traduzido do francês por T. Sylwan, em Ystad, 1862")
Outro intelectual, homem importante e de grande cultura, que traduziu algumas obras de Allan Kardec para o sueco, entre outros "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO", no ano de 1880, foi: Carl Henrik Walter af Jochnick, (1825-1899).
O Norueguês, doutor em Direito, Bernt Torstenson, foi outro homem culto, que se dedicou à difusão do conhecimento Espiríta por todo o Norte (Escandinávia). Para esta finalidade fundou, em 1889, a revista "Morgondemringen", que existiu por mais de 40 anos. Ele traduziu muitas obras de Allan Kardec, e esteve presente em vários congressos espíritas mundiais do início do século passado (1900). Traduziu também obras de Léon Denis, como: "O Porquê da Vida", do original francês para o norueguês, e do norueguês para o sueco, Gefle, 1901; e "Après la Mort".
Dados mais completos estão publicados no nosso site: www.allankardec.se.
No começo do século XX muitos intelectuais, como Selma Lagerlöf, August Strindberg e outros, manifestaram crenças espiritualistas muito próximas dos conceitos espíritas.
Soubemos também que após a 2ª grande guerra, no período das ditaduras que arruinaram e amordaçaram a cultura na Europa, a figura de Kardec ficou quase completamente desconhecida na Escandinávia.
Surgiram os chamados novos espiritualistas e médiuns, que se organizaram em sociedades bastante segregadas.
Como todos sabemos, os médiuns antigamente, foram estigmatizados, perseguidos, queimados como bruxos e hereges e esta deve ser a razão pela qual, até hoje, não manifestem muito abertamente suas crenças.
Nesta sociedade Européia que se tornou tão materialista, mesmo a gente não sendo mais queimado vivo, ainda se é perseguido, ridicularizado e desagregado dos meios sociais por conta de nossas crenças e convicções, de forma muito mais agressiva do que ocorria antigamente no Brasil, porém de maneira bem sutil e cínica.
No inicio dos anos 2000, uma brasileira, companheira nossa no GEEAK, Elsoly Lindquist, fez contato com um senhor já bem idoso cujos pais teriam sido “espíritas”. Ficamos muito curiosos, e sendo nosso genro David Liesenberg, à época, colaborador no Depto. Histórico do CEI, combinamos com ele e fomos, David, nossa filha Sonia, a amiga Elsoly, Olof e eu fazer uma visita ao tal senhor. Pelo que ele nos contou seus pais participavam de um pequeno grupo de espiritualistas, sendo, um ou mais deles, portador de mediunidade ostensiva. Foram visitados por Sir Arthur Conan Doyle, que àquela época viajava pela Europa visitando núcleos espiritualistas. Ele achava que o pai sabia alguma coisa sobre Allan Kardec, pois o nome não lhe era estranho, porém, não conheciam a Doutrina Espírita.

Fale-nos sobre o GEEAK que teve e tem um papel relevante no movimento espírita sueco dos tempos modernos.

Por todas as descobertas que fizemos, descritas acima, podemos afirmar que o GEEAK teve papel fundamental na disseminação da Doutrina Espírita na Suécia e países próximos.
Através de nosso incentivo por cartas, e-mails, telefonemas e contatos pessoais com companheiros espíritas brasileiros, que aceitaram nosso convite para virem a Estocolmo participar das visitas de Divaldo Pereira Franco, foram fundados os GEEAK-Noruega (1994) e GEEAK-Dinamarca (2002).
Também mediamos a visita de Divaldo na Finlândia (2006), onde começavam a florescer grupos espíritas.
Quando das visitas de Divaldo, organizadas pelo GEEAK-Suécia (1993 a 2003), enviamos convites a muitas organizações espiritualistas do país.
Colocamos anúncios no jornal de maior circulação, e compareceram muitos membros dessas entidades, que ouviram as palavras com base na lógica da Doutrina codificada por Allan Kardec, na voz do “Semeador de Estrelas”, Divaldo Franco.
Desta época para cá nunca mais vimos escrito em nenhum periódico espiritualista, como antes ocorria, que
espiritismo seria coisa do demônio, magia negra, ou seita de fanáticos e ignorantes.

Depois de traduzidos ao sueco e publicados os dois livros básicos da Doutrina Espírita, que espalhamos por todo o território escandinavo, podemos afirmar sem medo de errar, que conseguimos resgatar o nome Espiritismo, antes tão confundido.

Também podemos afirmar que incentivamos, trabalhamos, mediamos na formação de pequenos núcleos espíritas ou de simpatizantes da Doutrina, espalhados por toda a Suécia.
Muitos trabalham anonimamente, mas cumprindo a função a que foram chamados pelo Plano Espiritual Superior. Estão sempre me encomendando livros, em especial os “Andarnas Bok” e “Evangelium enlig Spiritismen”.
Sabemos que o Espírito Cairbar Schutel trabalha incansavelmente à frente deste programa de aproximação de espíritas e simpatizantes da nobre Causa.

Como anda o movimento nos dias de hoje?

O movimento vai vagaroso, porém, sem solução de continuidade. Estamos todos trabalhando na medida do possível, em termos de Suécia.

Cidinha, o grupo conta com espíritas locais? Qual a proporção em relação aos originários de outros países?

O grupo conta com a colaboração, porém, indiretamente, de simpatizantes locais da Causa. Como já disse, eles ainda têm muito receio de se dizerem espíritas abertamente, por insegurança de convicção, que sinto, logo mais virá, quando um maior número de nativos abraçarem a Causa, o que pouco a pouco está ocorrendo.

Quantas casas espíritas funcionam na Suécia?

Conhecidos da maioria existem 5 pequenos núcleos de estudos espíritas, que ainda não poderíamos chamar de Casas espíritas, nos moldes das que existem no Brasil e em dezenas de outros países.

Como tem sido a participação no Conselho Espírita Internacional?

Olof e eu participamos como membros do CEI-Conselho Espírita Internacional representando a Suécia, desde as prévias para a fundação daquele órgão (1990) até 2010.  Foram 20 anos viajando, por conta própria, para muitos países do mundo a serviço do Ideal Espírita.

Quais as obras espíritas já traduzidas para o sueco?

Traduzidos sob a nossa responsabilidade temos:

“O Espiritismo em Sua Mais Simples Expressão” (1995)= “Spiritismen i enkla ordalag”;
“O Evangelho Segundo o Espiritismo” (2000) = “Evangelium enligt Spiritismen”;
“O Livro dos Espíritos” (2003) = “Andarnas Bok”;
 “Nosso Lar” 2010 = “Vårt Hem”.
Opúsculos do CEI = “Conheça o Espiritismo” = “Lär Känna Spiritismen”;
Divulgue o Espiritismo = “Sprid Spiritismen”;
“ O Que é o CEI?” = “Vad är ISR?”;
Folheto da FEB = “Evangelho no Lar” = “Evangeliet i Hemmet.
Biografia de Chico Xavier e de outros vultos espíritas, Periódicos Informativos, dezenas de artigos, mensagens, cursos, aulas e apresentações, PPSs contendo lindas mensagens.  Essas e muitas outras obras, mormente de Joanna de Angelis , mas também de outros autores, da psicografia de Divaldo Franco, foram traduzidas por Solveig Nordström com nossa colaboração e vice-versa. Nos anos 90 tivemos a participação do companheiro Nils Hansson nos trabalhos de traduções.

Como os suecos em geral enxergam o Espiritismo e a figura do codificador Allan Kardec?

Estou justamente fazendo uma pesquisa a respeito, e assim que tenha juntado dados mais reais e completos, trarei seu resultado a público.

Algo mais que queira acrescentar?

Em 2004 nosso genro David Liesenberg pesquisando, pelo Depto. Histórico do CEI, encontrou traduzida ao idioma sueco a magistral obra “Après La Mort” = “Depois da Morte” de Léon Denis.
A tradução datava de 1982, de autoria do sueco Georg Wihlstrand. Ele escreveu como prefácio do livro:
“Este trabalho, que tentei traduzir para a língua sueca do original francês,  infelizmente, não traz o ano de publicação, mas pelo conteúdo parece ter sido publicado em algum momento no início de 1890. Eu pesquisei para saber algo sobre o autor, nas compilações bibliográficas disponíveis, em parte na Bibliotèque Nationale em Paris, mas sem resultados.
O livro, que encontrei em uma livraria de segunda mão (sebo), há muitos anos atrás, me fascinava mais e mais à medida que ia penetrando o pensamento do autor, e apesar de quase 100 anos passados desde que deixou o prelo, parece-me, em muitos aspectos, muito atual.
Concordo plenamente com o autor, que na introdução diz: "abra o livro com confiança, leia-o cuidadosamente, porque ele veio de um homem, que acima de tudo, deseja o teu bem". A isto eu acrescentaria:
Leia-o!  Leia-o novamente! Procure colocar em prática os seus ensinamentos!”
David mostrou-me o livro, com enorme euforia pelo achado. Ao tomá-lo nas mãos, senti imediatamente uma conexão com o Espírito do autor da tradução. Senti que ele já estava desencarnado e que nos pedia para entrar em contato com seus familiares.
Meu genro e filha, por imaturidade à época, fazendo pouco caso de meus dons mediúnicos, já que isso é o normal nas famílias, (conforme nos narram os Evangelistas, nem os dons de Jesus eram aceitos por seus familiares) fizeram cara de incrédulos, perguntando: - como é que você pode ter certeza que ele está mesmo desencarnado, e como é que pretende descobrir seus familiares? Disse-lhes: Tenho certeza e vou descobrir pelo catálogo telefônico. Disse-me a filha: - Mas, devem existir no mínimo umas 20 pessoas com o mesmo sobrenome. Ao que respondi: - Não, ele está me dizendo que são poucas.
Bem, para encurtar o relato, fomos ao catálogo, onde só existiam duas ou três pessoas com o mesmo sobrenome, e a primeira para quem liguei era um jovem primo do Georg.
Apresentei-me como presidente do GEEAK-Suécia, falei de nosso interesse pelo livro traduzido por seu primo. Ele me respondeu: - Esse primo já morreu... e eu olhando para minha filha, disse: - Ah!, já morreu! Sinto muito, gostaria tanto de poder falar com ele, saber mais sobre seus trabalhos de traduções etc. 
O primo de Georg me deu o telefone de uma sua irmã mais velha, que conhecera melhor o primo. Liguei em seguida para esta senhora, sem conseguir compreender ao certo o que é que o Espírito desejava que eu falasse aos seus familiares. Ela informou-me que o primo tinha um casal de filhos, ainda vivos. Sabia que ele tinha mesmo traduzido alguns livros do francês ao sueco, mas não teria muitas informações a nos oferecer sobre a vida dele. Sugeriu que entrássemos em contato com o filho dele.
Mas, estávamos nos preparando para ir ao Congresso do CEI em Paris, em comemoração ao bicentenário de Kardec, e com tantos afazeres acabei por deixar de lado o assunto, mas sempre sentindo o Espírito Georg, um tanto angustiado, ao meu lado.
E o tempo passou inexorável.
Houve uma cisão espetacular entre nós, velhos companheiros do GEEAK, por interferência de pessoas que passaram por aqui como fugazes meteoros, tentando destruir um trabalho perseverante de mais de 30 anos, o que simplesmente, é óbvio, não conseguiram.
Nossos filhos, competentes e fieis trabalhadores do grupo, foram de mudança para o Brasil e Olof e eu ficamos com o apoio de poucos encarnados,  na continuidade dos trabalhos.
Em 2009 conhecemos um valoroso jovem espírita brasileiro que estava vivendo aqui em Estocolmo havia pouco tempo. Com a ajuda dele estávamos tentando reorganizar o GEEAK, mas ele infelizmente teve de voltar ao Brasil. Este jovem, porém, tinha aqui uma missão. Médium sensível, ao ouvir-nos relatar sobre o Espírito Georg Wihlstrand também sintonizou com este. Advogado de profissão, fundador e dirigente de centro espírita em sua cidade no Estado de São Paulo, conseguiu captar o desejo do Espírito. Queria ele nos entregar os direitos autorais de sua tradução ao sueco do livro “Depois da Morte”, de Léon Denis, para que os repassássemos ao Conselho Espírita Internacional.
Em junho de 2009 fizemos contato com o filho de Georg, que concordou em nos passar os direitos autorais sobre a tradução de seu pai, com a condição de que comprássemos dele os quase 60 exemplares do livro herdado do pai. Ele não sabia o que fazer desses livros.
Olof alugou um carro e fomos, em companhia do jovem paulista, ao extremo sul da Suécia onde residia o filho de Georg. Este senhor, já de idade avançada, mas muito forte e jovial, nos recebeu com muita alegria. Ao iniciarmos nossa conversação ele nos dissera que nunca se interessara em ler o livro. Vivenciara graves problemas envolvendo o contato familiar dele e da irmã com o pai, com quem não tiveram muita convivência. Não acreditava na sobrevivência do Espírito.
Mas à medida que fomos conversando, nosso jovem amigo e eu, médiuns que somos, sentimos a aproximação mais intensa do Espírito do pai, que foi falando por nosso intermédio, rogando o perdão dos filhos, falando em especial ao coração do filho, ali presente, todos com lágrimas nos olhos. Ao final de nossa visita aquele senhor simpático e muito sofrido, já acreditava na vida após a morte, parecendo-nos ter se reconciliado com o pai durante nossa visita. Pagamos 12 mil coroas suecas pelos livros, muito belos, de capa dura artesanal, feita pelas mãos do próprio Georg, que além de bom tradutor foi também verdadeiro artesão. O contrato foi assinado, com 2 testemunhas, nos passando os direitos autorais, que em momento oportuno serão transferidos ao CEI, caso haja interesse.
Teríamos muito mais a acrescentar, mas já “falamos” demais.
Muito obrigada! Agradeço de todo o coração ao amigo Ismael, por esta oportunidade!
Irene e João, mãe e pai de Cidinha Bergman, em Aparecida do Norte,
no ano de 1931
Cidinha Velloso de Aguiar, em 1947, com 7 meses de idade e
Irene,  sua mãe, aos 2 anos
Eugenia Pitta Velloso, filha de João Leão Pitta e esposa de
Kardec Rangel Velloso, um dos irmãos de Irene, mãe de Cidinha.

Cidinha V. de Aguiar em Guaratinguetá, SP, em 1957; 
com sua mãe, tia e primos
SBOB-Araraquara-1968- turminha da Mocidade Espírita 
Allan Kardec e do Coral Espírita Fabiano Lozzano, fundado
pela Professora Luiza Cardoso e dirigido pela Professora 
Nilza Aparecida Vicente de Mello e pelo pianista Luiz 
Raimundo Parreira. Cidinha, à frente,  ao lado da menina
de óculos.
Cidinha Aguiar cantando no programa “Carrossel Infantil” 
na TV  Record de São Paulo, no ano de 1965.
Jovens fundadores do Grupo Espírita MEAK, Suécia.
A partir da esquerda: Therese Falk, Sibeli Bergman, 
Frans Bergman e Sonia Bergman

Casa dos Bergman, onde funcionou os trabalhos do GEEAK-Suécia por 12 anos seguidos,
tendo hospedado centenas de pessoas, espíritas, simpatizantes e não espíritas.
Rafael G. Molina e Cidinha Bergman em Liége, Bélgica, 1990; Cidinha Bergman, Janet Duncan e Claudia Bonmartin,
 no Congresso Espírita Mundial em Liége, Bélgica, no ano de 1990; Janet Duncan, Olof Bergman, Cidinha Bergman e
Juan Antonio Durante, no Congresso de Liége, Bélgica, 1990;  Reunião da MEAK em 1995.
Olof e Cidinha Bergman com  Nils Hansson – 18 de abril de 2000
“O Evangelho Segundo o Espiritismo”- traduzido ao sueco
Na fila de trás, da esquerda para a direita, Nils e Ilda Hansson, Cidinha Bergman, Divaldo Franco, Olof Bergman
e Nilson S. Pereira. Na fila da frente, na mesma ordem, Jade Ekström,  Jan-Axel Norlund e Solveig Nordström.
 Em Estocolmo, durante a 9ª visita de Divaldo Pereira Franco  à Suécia, em maio de 2002. 
(Arquivo O Clarim)
Divaldo Franco, Cidinha Bergman, Claudia Bonmartin e Nilson Pereira em casa dos Bergman,
lançamento do “Andarnas Bok” (Arquivo Cidinha Bergman)
OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.













































































0 comentários: