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quarta-feira, 30 de maio de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 30-05-2012

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terça-feira, 29 de maio de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 29-05-2012

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NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 28-05-2012

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sábado, 26 de maio de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (143) Suely Caldas Schubert

Suely Caldas Schubert

Nossa   entrevistada  deste  sábado é a conhecidíssima   escritora
e  oradora Suely Caldas Schubert,  residente   na cidade  de Juiz
de Fora, MG. Filha de pais espíritas, alegres e exemplares, como
ela ressalta, começou a  ler  na biblioteca do genitor, livros sobre
Espiritismo desde  os  9 anos de  idade. Esse ambiente favorável,
a participação na evangelização infantil, na  Mocidade  Espírita,
o ingresso nas atividades doutrinárias e administrativas da casa
espírita e o pendor para o movimento de unificação ensejaram a
que Suely  granjeasse  a posição de  referencia  quando se  busca
definir o perfil do verdadeiro trabalhador espirita.   Além de ser
autora consagrada e conferencista de grande prestigio, Suely te-
ve  a honra de conhecer  muito  de  perto  o  trabalho  de   Chico
Xavier e de Divaldo Pereira Franco, destinando a ambos páginas
preciosas ressaltando facetas  de  suas  vidas  e de suas obras.  Só
temos a agradecer essa oportunidade valiosa que nossa estimada
irmã Suely nos concede revivendo lances de sua biografia rechea-
da pelo trabalho diuturno enaltecido pela conduta exemplar.

Suely, queira nos fazer sua autoapresentação

Nasci na cidade de Carangola (MG) , em 09 de dezembro de 1938, em uma família espírita.
Meus avós paternos, Washington Vieira Lima Caldas e Ibrantina Vieira Caldas eram espíritas, da cidade de Rio Pomba (MG), e  quando mudaram para Juiz de Fora, meu avô Washington frequentava a Casa Espírita, tradicional  Centro espírita da cidade, hoje com quase um século de fundação.
Os avós maternos, Astolpho Costa e Mariana Maia Costa eram espíritas, residiam na cidade de Lavras (MG) Minha avó era médium sendo que seu guia espiritual era o Espírito D. Pedro II, o que fora imperador. A avó Mariana fundou em Lavras o grupo espírita Dr. Augusto Silva, que funcionava em seu próprio lar. Os médiuns, além dela, eram quatro de seus 12 filhos. As reuniões tinham ata, cujo livro ainda existe. Mais tarde, em Lavras, um outro grupo fundou o Centro Espírita Augusto Silva, hoje tradicional instituição nessa cidade.. Minha avó desencarnou quando minha mãe tinha apenas 12 anos.
Meu futuro pai, José Caldas,  nascido e criado em uma  família espírita,  conheceu aquela que seria minha mãe, Zélia, também espírita, em Juiz de Fora. Casaram-se e tiveram três filhas, sendo que eu sou a primeira, e depois minhas irmãs, Mariana e Maria Lucia que nasceram em Uberaba (antes de Chico Xavier ali residir).  Meu pai era bancário e foi transferido muitas vezes; tinha apenas até o terceiro ano primário, como se dizia à época, mas chegou a gerente do antigo Banco Mineiro da Produção, depois BEMGE, isto já em Juiz de Fora, para onde nos mudamos em 1949 e aqui fixamos residência até hoje.
Permaneceram casados durante 50 anos e logo depois meu pai desencarnou. Nunca conheci uma união como a deles, onde o amor, o respeito, as gentilezas, o equilíbrio eram a base da vivência dos dois. Eram alegres e não raras vezes dançavam valsas, diante de nós, ainda pequenas e era uma alegria geral. Papai possuia uma ótima biblioteca, sobretudo, espírita, e  eu li  todos aqueles livros,  além de obras não espíritas, desde os 09 anos de idade.
Meu pai foi durante 25 anos, diretor da primeira livraria espírita da cidade, um departamento do Centro Espírita Ivon Costa; neste ocupou cargos na diretoria, tendo sido também assíduo participante da reunião de desobsessão, na qual era um dos doutrinadores. Minha mãe, por sua vez,  durante anos, se dedicava a  costurar para as crianças carentes.
Desde a infância, sempre frequentamos o Centro Espírita e as aulas de moral cristã, assim eram  denominadas as aulinhas para as crianças.
Sou divorciada, mas o meu ex-marido é também espírita, excelente pessoa e somos amigos, sendo ele ótimo pai, e frequenta a minha casa para participar do culto do lar  .
Tenho quatro filhos, Livia, Alexandre, Erika e Adriana, todos casados e 6 netos, Humberto, Rafael, Deborah, Arthur, Marina e Eduardo, e uma bisneta com 2 anos, Alice, filha do meu neto mais velho, Humberto Schubert Coelho, que é espírita militante, filósofo, doutor em Ciência das  Religiões, professor de alemão, escritor, tendo um livro publicado pela FEB, Genealogia do Espírito. Ele escreve para o Reformador e Presença Espírita. A esposa deste meu neto é igualmente espírita, médium atuante em nossa Sociedade espírita.
Livia é médium e trabalha há mais de 20 anos na mesma reunião mediúnica de desobsessão da qual participo. Os demais são espíritas porém não frequentam assiduamente, entretanto, lêem as obras doutrinárias, porque somos todos, sem exceção, uma família totalmente dedicada aos livros, a maioria são professores. Os netos mais jovens seguem a mesma preferência pela leitura.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Fiz apenas o curso de Técnico em Contabilidade. Logo em seguida casei-me aos 18 anos. O pouco que sei devo à leitura, pois sou uma leitora compulsiva.

Como você conheceu o Espiritismo e desde quando é Espírita?

Sempre fui espírita. Não saberia viver sem o Espiritismo, mas estou lutando para viver o Espiritismo.

A que casa espírita você está vinculada presentemente?

Assim que nos mudamos para Juiz de Fora, toda a família foi encaminhada para o Centro Espírita Ivon Costa. Ali fiquei por 36 anos consecutivos. Foram anos ricos de aprendizado, porque esta Casa era dirigida por pessoas muito capazes, verdadeiros espíritas, cujos nomes devo citar, como homenagem a eles: Isaltino da Silveira Filho, Edson Mega, Silvestre Santos, Nelson Zaghetto, Irene de Carvalho, Isa Mega, Geraldo Ribeiro Vieira. Meu pai, José Caldas também se tornou um dos baluartes do “Ivon Costa”, pelo seu trabalho e dedicação, onde atuou por mais de 40 anos. O “Ivon Costa” tem uma história singular, ele deu origem a duas outras Casas e reabertura de uma outra, fechada por 20 anos. Assim a nossa Sociedade Espírita Joanna de Ângelis,  que fundamos, há 26 anos, com um grupo de companheiros, eu considero como “filha” do Centro Espírita “Ivon Costa”, porque todas estas não surgiram de dissidências, mas de empenho em multiplicar outros núcleos, quando a Casa-mãe crescia demais. Nossa saída do “Ivon”, foi em lágrimas a despedida dos queridos amigos, porém era preciso, para ampliarmos o trabalho para Jesus.

Pode nos fazer uma descrição de sua atuação no movimento espirita durante esses anos?

Estou no trabalho mediúnico  há mais de 50 anos e na aplicação de passes, igualmente no mesmo tempo, permanecendo até hoje. Já fiz de tudo num Centro espírita, exceto ser tesoureira. Com 13 anos já era evangelizadora de crianças. Na AME, Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora, estou  há 40 anos, não somente em cargos diretivos, mas nas equipes de Departamentos, pois o que é importante é o trabalho na seara do Mestre,  e não os cargos.
Na FEB fui assessora do então presidente Francisco Thiesen, nosso grande amigo; hoje faço parte do seu  Conselho Superior. Sempre fui muito ligada ao movimento espírita e, especialmente, ao movimento de unificação. Na AME, sempre procurei incentivar as Casas espíritas a terem uma aproximação maior, quando diretora do Departamento de Orientação Mediúnica ou na direção da nossa revista O Médium, do Departamento de Divulgação Doutrinária.

Quais obras você escreveu espíritas e não espíritas?

 Os livros espíritas que escrevo não são mediúnicos, são frutos de pesquisas e de minhas experiências no âmbito da Doutrina.  Para escrever alguns desses livros, especialmente os que tratam dos temas Transtornos mentais ou os Poderes da mente, e inclusive, o Mentes interconectadas, às vezes as pesquisas abrangem até 60 obras sobre os assuntos correlatos. Tenho 14 livros publicados, por editoras espíritas e dois livros de poemas em parceria com os amigos Carlos Augusto Abranches e Leila Brandão.
Meu primeiro livro, Obsessão/Desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas, foi lançado pela FEB em 1981. Este livro, até os dias atuais, já alcançou a marca de quase 200  mil exemplares, não sei ao certo quanto . É citado e estudado em todas as cidades que tenho percorrido e até no exterior, segundo os depoimentos espontâneos das pessoas.
Citarei alguns apenas, Mediunidade, caminho para ser feliz  e Mediunidade e obsessão em crianças(Didier); Testemunhos de Chico Xavier, Entrevistando Allan Kardec, Dimensões espirituais do Centro Espírita (FEB); Semeador de Estrelas, Ante os tempos novos (LEAL) , Os poderes da mente, Mentes interconectadas e a lei de atração (EBM); Transtornos mentais, da Minas Editora e agora uma parceria desta com a editora Intervidas, de Catanduva,  possibilitou o lançamento recente de uma edição premium do Transtornos mentais,  revista e com verbetes laterais.

E de qual você mais gosta?

Não tenho assim uma preferência, são como filhos, eu, como mãe, amo meus filhos igualmente, tendo cada um sua personalidade.  Os livros, os quais muitas vezes escrevi em meio a intensos aprendizados da vida particular, são “filhos“ também e  cada página, cada parágrafo, foram grafados  com as tintas de um amor mais amadurecido, nessa caminhada, desde a primavera da vida  ao prenúncio do inverno.

Sabemos que você é uma das principais biógrafas de Divaldo Pereira Franco. Como se iniciou esse contato?

Esse contato começou há mais de 55 anos, muito mais, porque constantemente penso que conheço Divaldo de muito longe. Tenho muitos amigos e familiares com os quais sinto isto, que somos ligados há muito tempo.
A presença de Divaldo é uma bênção que Deus concedeu à minha família e a mim. Ao longo desses anos ele proporcionou-me exemplos dignificantes, nobres e elevados, pois ele vive o que prega, com tanta naturalidade, comprovando àqueles que o  acompanham  de perto,  que ele o faz porque são conquistas sedimentadas no seu mundo íntimo.
È o trabalhador incansável que todos conhecemos, o “Paulo de Tarso”, dos novos tempos, que como este, foi falar aos “gentios”, a fim de que o Espiritismo saísse dos centros espíritas para o mundo. Mais de duzentas obras psicografadas (não sei como tem tempo para dedicar-se à psicografia), ressalto aqui a linha psicológica da veneranda mentora Joanna de Ângelis e as de Manoel Phimomeno de Miranda, no aprofundamento da mediunidade . E, por fim, a Mansão do Caminho, essa maravilhosa obra através da qual ficamos conhecendo quem é Divaldo Pereira Franco. Aliás todo esse conjunto são expressões da vida desse querido irmão e amigo. Portanto, ao chamá-lo de “Semeador de Estrelas” eu retratei fielmente a sua vida.

Como explicar a disposição incansável do Divaldo para o trabalho aos 85 anos?

Quando menciono esta incrível disposição, verdadeiramente incomum, eu cito que ele, por ser um missionário de Jesus, renasceu com uma veste física adequada ao trabalho a ser desempenhado, conforme uma programação espiritual traçada antes do retorno ao plano terreno, em sintonia com Joanna de Ângelis, a mentora. Tudo o que Divaldo faz é com elegância e alegria, dando aos que o cercam exemplos de nobreza e dignidade. Vale ressaltar o amor e abnegação com que divulga o Espiritismo e o Evangelho de Jesus.
Claro que ele já passou por enfermidades graves, cirurgias delicadas e complexas, mas graças ao Bom Deus, recuperou-se totalmente.

Podemos dizer que Divaldo Franco e Chico Xavier são os grandes nomes da expansão do movimento espirita pelo mundo neste dois últimos séculos?

São realmente os dois expoentes do Espiritismo, isto é inegável. Sobre nosso querido  Chico Xavier, escrevi um livro, Testemunhos de Chico Xavier, no qual apresento aspectos da missão apostolar do médium mineiro, ressaltando o seu magnífico labor psicográfico, especialmente as notáveis coleções de romances e comentários evangélicos de Emmanuel e, também, a de André Luiz. A este devemos o conhecimento detalhado do mundo espiritual, através da coleção “Nosso Lar”.
Quanto a André Luiz, menciono há alguns anos, a impressionante programação espiritual que resultou dessa revelação que ele veio trazer, dando-nos a noção precisa da realidade do mundo espiritual,  que Allan Kardec apenas pode mencionar (pois não era época oportuna)) como sendo a Erraticidade. E esta programação é tanto mais precisa quando assinalamos que, exatos duzentos anos antes do lançamento de Nosso Lar, o extraordinário vidente sueco Emanuel Swedenborg, em 1744, teve sua primeira visão das esferas espirituais – assim denominadas por ele – nas quais lhe foi dado vislumbrar tudo o que André veio a relatar dois séculos depois, sobre os planos espirituais, com minúcias. Isto eu menciono há mais  de 15 anos , em meus seminários. Digo aos queridos leitores que, cada vez mais, percebo que a programação do Cristo para o nosso planeta é realmente perfeita e num padrão de excelência grandioso, que nossa pequenez mental e espiritual não consegue abarcar ou imaginar. Mas é deveras deslumbrante, pelo pouco que sabemos.

Você tem um livro que a Editora Intervidas está lançando numa edição especial, o “Transtornos mentais, uma leitura espírita”, poderia relatar como e porque escreveu esta obra? Você é psiquiatra?

Este livro resultou do atendimento que faço, no Centro espírita, há muitos anos.
Sempre me interessei por tudo o que se refere à mente, ao pensamento, ao cérebro humano, embora não tendo conhecimento acadêmico, passei a ler livros de psiquiatria, de psicologia, e, ao mesmo tempo, sensibilizava-me com pessoas que vinham para a entrevista nos moldes espíritas, portadoras de vários tipos de transtornos. Daí surgiu o meu interesse em saber, o que é a esquizofrenia, as psicoses, o transtorno obsessivo compulsivo (TOC), o bipolar, as depressões, o estresse pós-traumático, etc. .Não sou psiquiatra e portanto demorei dez anos para sentir que estava pronta para escrever a respeito, mostrando, é claro, a visão espírita acerca desses transtornos mentais e vários outros, ressaltando o benefício que a Doutrina proporciona aos portadores dessas dolorosas provas.

Como vê a importância da Doutrina Espírita no cotidiano das pessoas?

A Doutrina Espírita muda totalmente a perspectiva da vida das pessoas, pois  tem como princípios básicos a crença em Deus, em Jesus, a imortalidade da alma, a vida no mundo espiritual, a comunicabilidade dos espíritos, a reencarnação, a pluralidade dos mundos habitados, isto é, as infinitas moradas da Casa do Pai.  Essa certeza impulsiona as criaturas  à  busca  de uma vida  melhor, onde prevaleçam o amor ao próximo, a solidariedade,  a ética e a justiça. A reencarnação, por exemplo, extingue o preconceito de raça, pois cada ser humano, em vidas anteriores, pertenceu às mais diversas etnias, essa conscientização transforma a humanidade numa grande família universal.

As suas despedidas dos nossos leitores.

Agradeço a você, Ismael, por esta oportunidade. Leio diariamente este noticiário, pelo seu excelente conteúdo e pela facilidade que nos oferece para realizar a leitura. Que Jesus o fortaleça nessa tarefa de divulgação do Espiritismo e dos eventos doutrinários.
Nesse alvorecer de uma nova era, cuja claridade já se anuncia, que procuremos viver a paz e o amor, a solidariedade e o respeito ao próximo, tal como Jesus nos ensinou.

Suely Caldas Schubert na palestra em Sana Cruz do Sul, RS. 
Foto Jorge Moehlecke

Suely Caldas Schubert aos 15 anos
Suely Caldas Schubert,  aos 16 anos

Suely com os filhos, Livia, Alexandre, Erika e Adriana
Suely com o primeiro neto,  Humberto
Família Caldas em 1976 : 
Mariana, Suely, Maria Lúcia, os pais Zélia e José
No ano de 1984, na Mansão do Caminho, 
Nilson, Divaldo e Suely
1980 – Suely e Divaldo
Congresso em Brasília, Divaldo Franco, Suely e
Nestor Masotti
Familiares de Suely Caldas Schubert:
Marina, neta; Erika, filha; Camila, esposa do neto Humberto; Deborah, neta; Livia.
Filhas Livia e Erika; Camila com Alice, bisneta e os cinco netos, atrás Eduardo e Beto, Marina, Deborah e Rafael.
Livia com a neta Alice.
As netas Deborah e Marina.
Suely e a filha Adriana, na Livraria Saraiva, no lançamento do livro de Suely, Mentes interconectadas e a lei de atração, em 2010
Livraria Saraiva. Atrás o filho Alexandre  e Arthur, neto.
à frente, filha Adriana,  Suely, neto Eduardo, filha Erika, netas
Deborah e Marina.
1979 – Almoço com Divaldo entre familiares e amigos
1965 – Palestra de Divaldo Franco em Juiz de Fora, Pró Música, atrás dele Isaltino da Silveira Filho,  à mesa, Suely, prima Marinês e Mariana
Francisco Cândido Xavier, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, MG,
ladeado por Divaldo Pereira Franco e Suely Caldas Schubert

OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.


























NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 26-05-2012

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sexta-feira, 25 de maio de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 25-05-2012

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 24-05-2012

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 23-05-2012

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NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 22-05-2012

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terça-feira, 22 de maio de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (142) Raymundo Rodrigues Espelho

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Raymundo Rodrigues Espelho

Nossa entrevista deste sábado traz um pouco  da história
do espiritismo em  São Bernardo  Campo, SP. Pioneiro e
um dos  fundadores do  Lar da Criança  Emmanuel  e do
jornal Correio Fraterno,  Raymundo Rodrigues Espelho,
75 anos, lembra com  alegria os  desafios   enfrentados na
sua trajetória espírita.
Hoje, residindo com a esposa Maria Elena em Campinas,
SP,  acompanha  as  atividades  do  Lar,   da editora  e do
jornal  Correio Fraterno  com  um  sentimento  misto, de
saudade e contentamento. Afinal, o Lar acaba de comple-
tar 52 anos de fundação e cuida de 300 crianças, a editora
apresenta quase 80  títulos  e o jornal completa ainda este
ano, em outubro, 45 anos, tendo à frente sua filha, a jorna-
lista Izabel Rodrigues Vitusso.

Caro Raymundo Espelho pode nos fazer sua autoapresentação?

Sou filho de Izabel Espelho e Rosendo Rodrigues Martin. Reencarnei em 1937 na região rural de Catanduva SP, onde meu pai era sitiante e lidava com lavoura de café. Meus quatro avós eram espanhóis. Alguns familiares contam que a  mãe de meu pai,  a avó Trindad Martin Manzano e alguns de seus irmãos, residiram em Paris, onde um deles – tio João – chegou até o quarto ano de curso superior de Homeopatia. Na segunda metade do século 19, emigraram para o Brasil, trazendo em suas malas as obras de Allan Kardec. Tio João, também,  trazia seus conhecimentos da Homeopatia, com os quais nos tratávamos, sempre com muito sucesso. 
Quando chegaram ao Brasil, foram residir em Catanduva, Echaporã e outras cidades do Estado de São Paulo. Avó Trindad casou-se com João Rodrigues Linares. Meus avós maternos foram Aracelis Martin Morão e Nicolau Espelho Rodrigues. Éramos oito irmãos – a mais velha, assim como o mais velho dos homens, já desencarnaram. Meus pais eram médiuns, sendo minha mãe mais ativa. Eles faziam reuniões espíritas (de estudos e mediúnicas) em casa, onde eu, desde muito pequeno, as assistia. Eram lidas e comentadas as obras de Kardec e, quando publicados os livros de André Luiz, também foram adotados como leitura. Compareciam colonos, sitiantes vizinhos e familiares. No sítio, meu pai mantinha aulas de alfabetização para os colonos. Lembro-me de tudo isso com muita saudade, principalmente porque tive a felicidade de conhecer a doutrina consoladora já em minha primeira infância e participar de reuniões muito bem conduzidas. Algumas das muitas vezes que meus pais iam atender alguma pessoa necessitada e transmitir-lhe passes, andando pelas trilhas de pastos ou roças, eu fazia companhia.  Além das obras de Kardec e as de  André Luiz, meu pai também assinava três periódicos espíritas e os lia com muito interesse. Acredito que meu forte vínculo com a doutrina, a minha aceitação precoce, foi em virtude dessa convivência tão salutar.
           
Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Mudamo-nos para a cidade, no perímetro urbano de Catanduva, em 1948, onde completei o curso primário e cursei o então ginasial. Iniciei em meu primeiro emprego, em uma farmácia, no dia 30 de junho desse mesmo ano, onde trabalhei até o dia 31 de dezembro de 1958.

Como conheceu o Espiritismo e desde quando é espírita?

Como disse anteriormente, desde a infância,  já que fui criado em família espírita. Chegando a Catanduva a familia passou a  frequentar o Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes,  presidido por meu tio Raimundo Rodrigues Martin. Logo minha mãe passou a integrar o grupo mediúnico.

Pode nos fazer uma retrospectiva de sua participação no Movimento Espírita em Catanduva?

Eu e meus irmãos menores passamos a participar das aulas do então catecismo espírita. Lembro que um dos livros de estudo era o Cinquenta e Duas Lições de Catecismo Espírita, de Eliseu Rigonatti, autor que na época residia em São José do Rio Preto, cidade próxima a Catanduva.  Lembro-me também do dia em que recebemos a visita do orador  João Leão Pitta, grande amigo de Cairbar Schutel. Ele nos encantou com sua barba branca e longa, bem como sua cativante verve e alegria.
Tio Raimundo Rodrigues Martin, irmão de meu pai, é também uma boa lembrança. Ele era um dos líderes espíritas da região. Vibrante orador, além de professor de português – de quem fui aluno no Colégio Estadual. Era muito requisitado para eventos espíritas e cívicos. Lembro-me dele na inauguração da Casa da Criança Cairbar Schutel, em Matão, na década de 1950. Foi um evento marcante, do qual ele foi o orador oficial.
Decorridos poucos anos, alguns jovens, sob a orientação da Tia Apparecida Figueiredo – que desencarnou em 2011 – fundaram a Mocidade Espírita de Catanduva (autônoma), na qual eu e meus irmãos nos integramos. O primeiro presidente eleito foi Arnaldo Roncalho; o segundo, Ismael Sgrignoli (ambos desencarnados). No terceiro ano fui escolhido para presidente.
Concomitantemente, passei a frequentar as reuniões da Associação Espírita Amor e Caridade. Poucos meses depois me confiaram a administração da livraria. Passado um pequeno período, fui eleito segundo secretário. No ano seguinte foi criada a então União Municipal Espírita (UME), órgão da USE (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo). Integrei a diretoria juntamente com José Di Giacomo, Vitório, Diomar Zeviani, Dr. Domério de Oliveira, Ismael Sgrignoli, Arnaldo Roncalho e Venâncio Lima Ferreira.
Participei também da diretoria da Associação do Lar da Criança Lola Zancaner, membro de tradicional família catanduvense. Dona Lola era a anfitriã de Divaldo Pereira Franco quando este visitava a cidade.
Nessa nossa juventude passamos a ‘rabiscar’ pequenas e despretensiosas matérias para o Mensageiro do Lar, jornal editado pelo Lar Anália Franco, de São Manoel, SP. Permanecemos nas diretorias dessas instituições até nos mudarmos para São Bernardo do Campo, SP.

Como foi sua vinda para São Bernardo do Campo?

Em setembro de 1959, casei-me em Catanduva, com Maria Elena Stuginski e fomos residir em São Bernardo do Campo, para onde em janeiro daquele ano eu havia me transferido. Ali nasceram nossos cinco filhos: André Luis, Izabel Regina, Carlos Eduardo, Pedro Augusto e Celso Alexandre. Todos casados, nos deram seis netos, cinco já são adultos e uma netinha mais nova, com quatro anos, linda como os demais. Na época, São Bernardo era chamada de “Detroit brasileira”, devido à instalação das indústrias automobilísticas. Trabalhei em farmácia até o dia 4 de dezembro de 1964, quando passei a trabalhar em um banco até o dia 13 de março de 1966. No dia 14 fui admitido na FEI- Faculdade de Engenharia Industrial, como auxiliar de contabilidade. Tive algumas promoções, sendo por dezesseis anos Supervisor do Setor de Pessoal e nos últimos vinte, Superintendente Administrativo dos três campi espalhados na grande São Paulo. Nesse período, frequentei diversos cursos técnicos de contabilidade, administração de empresas e recursos humanos.  Ali permaneci até o dia 22 de outubro de 2007, quando, mantendo entendimentos com a empregadora e meus familiares, resolvi me aposentar.

Poderia nos fazer um breve histórico do Espiritismo em São Bernardo do Campo?

Quando cheguei, em 1959, passei a frequentar o Centro Espírita Emmanuel, o único na cidade.  Na época,  éramos poucos espíritas, mas um grupo bem unido. No Centro, já se tinha a ideia de se fundar um Lar para crianças. Os problemas sociais já se faziam presentes. Assim, o Lar da Criança Emmanuel(www.laremmanuel.org.br)  foi a primeira instituição beneficente de São  Bernardo.   O casal Felipe e Leonor de Freitas Audi doou parte de suas terras – cerca de 6.000 m2 – onde se iniciou a história da instituição. Mais tarde, o Lar adquiriu outros 6.000 m2. E quantas pessoas de bom coração ajudaram  a levantá-lo e a mantê-lo! Aos poucos, outras casas surgiram, como o Grupo da Fraternidade Espírita João Ramalho, pelo casal Orlando e Ruth Bruni de Souza Brito, o Centro Espírita Obreiros do Senhor, pelo confrade João Custódio e seu filho Anadyr (já desencarnados), que doaram a casa em que residiam para a primeira sede do Centro, no bairro do Rudge Ramos. Miltes Carvalho Bonna, sobrinha do srJoão, foi e tem sido uma trabalhadora de primeira ordem.  Além do Centro, fundaram e mantêm no bairro Paulicéia, em São Bernardo, a Instituição Assistencial Meimei, que vem prestando excelentes serviços à comunidade.
No início do Obreiros do Senhor, juntamente com outros jovens, fundamos um jornal mimeografado, que teve vida efêmera, com o nome de Voz Juvenil
Também participamos e fomos diretor do Hospital Psiquiátrico Bezerra de Menezes. A instituição, fundada poucos anos depois do Lar, teve como um dos seus idealizadores e fundador o sr. Manoel M. Romero que, como fã de Emmanuel, deu o seu nome à instituição mantenedora.
Em 1964 o Lar, o Centro Espírita Emmanuel e outras instituições espíritas realizavam a Primeira Semana Espírita da cidade. Nessa ocasião aventou-se a ideia de se fundar a União Municipal Espírita de São Bernardo.  Dois ou três anos após a fundação da UME, surgiu o Conselho Regional Espírita do ABC.

Fale-nos do Centro Espírita Emmanuel em suas origens, de seus líderes, do trabalho.

A Casa era presidida por Manoel Martin Romero. Espanhol, ele e sua esposa, dona Maria Romero, trabalhavam intensamente em benefício de muitas pessoas que buscavam passes e orientações. Dona Maria era  médium com diversas faculdades. Nós mesmos fomos inúmeras vezes beneficiados com sua capacidade de auxílio. Houve um período em que Maria Elena, minha esposa, não passava muito bem. Andava inquieta, com o sono agitado. Fomos, então, em busca de um passe,  junto à médium. Ela transmitiu o recado, que justificava o que estava acontecendo, dizendo: Maria Elena, existe um compromisso de vocês com mais um filho – cinco!!!!! –. Mas ele diz que não quer vir de maneira forçada. Deseja saber se o compromisso está em pé, se  vai ser verdadeiramente aceito. Pouco tempo depois, chegava a  notícia da nova gravidez e do retorno do equilíbrio em nossa casa.

E a trajetória do Lar Emmanuel?

Quando o projeto da fundação do Lar ganhou força, seu Manoel Romero contava com a colaboração direta de: Antonio Carrer, Manoel Guarini, Andrés Garcia Guerrero, Expedito Teófilo da Silva, Rolando Coppini, Ismael Sgrignoli, Alberto D’Angeli, Milton Tenório Cavalcante, José Correia Gomes, Antonio Carlos de Carvalho, Aurelino Pereira Lima, Leonor de Freitas Audi e seu filho Ari, José Perez Perez, dentre outros. O nome escolhido, por unanimidade para a nova instituição foi Emmanuel, patrono do Centro e guia espiritual de Chico Xavier. Juntamente com Ismael e Expedito, formamos a comissão para elaborar o estatuto. Guarini e equipe foram os responsáveis pela planta do primeiro edifício.
Ao ser eleita a  primeira diretoria, Alberto D’Angeli passou a responder pela presidência, Ismael Sgrignoli, primeiro vice, Manoel Romero, segundo vice. Carvalho foi o primeiro  secretário e nós, o segundo. Expedito, Milton,  e outros confrades também compuseram a diretoria.  O lançamento da pedra fundamental à Avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, 2955 ocorreu no dia 30 de julho de 1960, tendo a inauguração ocorrida quatro anos depois. Naquele dia, quatro crianças - Roberto, Stanislaw, Wilma e João - que já aguardavam em nossas casas, ganhavam o seu novo Lar.  Cada um deles trazia suas histórias. Sem ter com quem ficar,  João que inclusive tinha mais irmãos, circulava o dia todo dentro do ônibus, enquanto o pai, motorista, conduzia a lotação.
Com o apoio de dona Ruth Manzini, que foi diretora interna do Lar por mais de vinte anos, muitas crianças receberam o que até então não tinham. Devido a sua fragilidade física,  Geni Francisco era  uma das crianças que dona Ruth mantinha por muito tempo em seu colo. Hoje, pedagoga, é ela quem  dirige com muita eficiência a creche do Lar. Um apoio também muito importante para o Lar foi o do casal de médicos Dr. César Magnus Puschi e Dra. Marli Cravo Puschi. Até hoje dão total assistência médica e psicológica para as crianças  e em alguns casos também para familiares.

Quantas crianças são atendidas presentemente e quais os serviços que o Lar oferece?

Até a década de 80, o Lar  era direcionado para acolher crianças órfãs.
Hoje, com cerca de trezentas crianças,  atende tanto à creche, com crianças de 0 a 5 anos, como às maiores, até 14 anos, no Projeto Jornada Complementar, que retornam ao Lar Emmanuel no período oposto ao da escola para atividades recreativas, educacionais e de formação. Também as famílias da comunidade recebem  apoio sociocultural, através de cursos profissionalizantes, palestras, inclusão em programas sociais etc. Faz parte do complexo do Lar também o Centro Espírita Pátria do Evangelho, em dois endereços, que representam oportunidade de estudo, trabalho e assistência espiritual, inclusive com trabalho de evangelização junto a jovens e crianças, nos finais de semana.

E sobre a história do Correio Fraterno e da Editora, o que nos diz?

Em 1967, juntamente com outros confrades do Lar e da UME, fundamos o jornal  Correio Fraterno do ABC, hoje Correio Fraterno. No início eram expedidos mil exemplares, mas por muitos anos a tiragem batia os 12 mil exemplares mensais, enviados para todo o Brasil e diversos países. Na década de 70 vieram as publicações dos livros. Alguns se tornaram clássicos, como o Besouro Casca-Dura, de Iracema Sapucaia, A Mansão Renoir, pela médium Dolores Bacelar, Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo da Caridade, de Jorge Rizzini, e tantos outros escritores e pensadores que fizeram e ainda fazem a história no espiritismo, como Herculano Pires, Herminio Miranda,  Alberto de Souza Rocha, Francisco Klörs Werneck,Agnelo Morato, Pedro Franco Barbosa, Richard Simonetti. E tantos outros que continuam chegando como Lygia Barbiére do Amaral, Arandi Gomes Teixeira, Astrid Sayegh, Tatiana Benites e Rogério Pietro.

Você também publicou livros?

Tivemos algumas publicações, como A Revelação da Chave,  Reflexos das Atitudes – este  em coautoria com Milton Luz e Lauro Cataldi – e  Seareiros da Atualidade, Volume II,  Diversos autores,  todos pela editora EME, de Capivari, SP. Pela Correio Fraterno publicamos, como compilador,  O Pensamento de Richard Simonetti, com ilustrações que trouxeram o ar do bom humor bem característico do Richard.

Como tem sido sua participação no movimento de unificação?

Agora bem menor. Desde janeiro de 2009 transferimos nossa residência para Campinas-SP, onde frequentamos as reuniões do Centro Espírita Allan Kardec, instituição que nos acolheu muito bem e que tem um modelo de orientação exemplar para outras casas.
Mas houve tempos em que participávamos de bons congressos, como o VI  Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas, em 1976, em  Brasília,  com  a brilhante  participação de Deolindo Amorim.

Como  você tem enxergado o movimento espírita na atualidade?  Acha que está tudo bem, algo não anda bem, o que precisa ser reparado?

Hoje muita coisa mudou. Antigamente, nós, espíritas, muitas vezes éramos alvos de preconceito.  Lembro-me  de que  ia com minha mãe ao Centro e passávamos num caminho onde havia um casal de idosos, amigos da família, que nos saudava com deboches, por sermos espíritas. Alguns anos mais tarde, soubemos que a senhora havia recorrido ao Centro para tratar-se, recebendo a orientação e tratamento naquele mesmo Centro, onde graças a Deus, ela se curou. Os poucos livros que existiam eram conseguidos e lidos com afinco. Hoje, a realidade  é completamente outra. O que não falta é acesso ao conhecimento da doutrina.  Como diz a questão 628 de O Livro dos Espíritos:
"Jamais ocorreu que Deus permitisse ao homem receber comunicações tão complexas e tão instrutivas como as que lhe é dado receber (...). São muito fáceis de coordenar graças à chave que nos dá o Espiritismo...” 

Algo mais que queira acrescentar?

Sinto-me feliz por ter reencarnado em uma família que, desde os tempos de Kardec, estuda e procura vivenciar os ensinamentos da Doutrina dos Espíritos.

As suas despedidas dos nossos leitores:
Agradeço a oportunidade e o apoio que nos são concedidos para expor o que temos aprendido. Temos ao longo dessa jornada nos esforçado para executar algo, procurando divulgar o que sentimos pela causa que nos irmana.
Raymundo espelho ladeado pela esposa Maria Elena e a filha Izabel Vitusso e cercado por netos e noras
Raymundo Espelho e a esposa Maria Elena
Raymundo Espelho na FEI
2011 -Raymundo Espelho  em momento de lazer
Raymundo Espelho no Rio de Janeiro,  na prévia do
VI  Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas,
realizado  em 1976, em  Brasília
Pedido de apoio pela construção do Lar da Criança 
Emmanuel em São Bernardo do Campo, SP
1970 -Campanha de coleta de recicláveis em prol
 da construção do Lar da Criança Emmanuel, em
 São Bernardo do Campo, SP
03 - fotos antigas Construção do Lar Emmanuel (3)
Lançamento da pedra fundamental do Lar da Criança
 Emmanuel (30/07/1960), em São Bernardo do Campo, SP

03- Os próprios fundadores do lar ajudam na contrução dentre eles Raymundo Espelho ( mais para esquerda)
Fundadores do Lar da Criança Emmanuel trabalhando na
mão de obra pesada. Na extrema esquerda, em primeiro
 plano, Sr. Raymundo Espelho. Ao fundo, à esquerda, 
 sr. Manoel Romero,  presidente da instituição ainda no
final da década de 60.

Faixa divulga Peixada Beneficente em prol do Lar da 
Criança Emmanuel realizada no dia 13 de agosto de 1961

A obra do Lar da Criança Emmanuel

Os primeiros bercinhos do Lar da Criança Emmanuel



2012- Crianças brincando no pátio do Lar Espírita Emmanuel

Raymundo Espelho, no centro da foto com Deolindo Amorim,  no
VI  Congresso Brasileiro de Jornalistas  e Escritores Espíritas, 
em 1976, em  Brasília

Da esquerda para direita:  José Ginis Ramblé;  Raymundo Espelho;  Dr. Walker Barbosa, 1º.  Promotor  Público de São Bernardo do Campo, SP;   Manoel Romero e jornalista Jésus da Cruz,  no setor de reciclagem no Lar, na década de 70


OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.



segunda-feira, 21 de maio de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 21-05-2012

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http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/MAIO/21-05-2012.htm

sábado, 19 de maio de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 19-05-2012

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NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 18-05-2012

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 17-05-2012

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http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/MAIO/17-05-2012.htm

Focalizando o Trabalhador Espírita (141) Cintia Alves da Silva


Cintia Alves da Silva em 2012



Nossa entrevista deste sábado focaliza a professora
pesquisadora Cintia Alves da Silva, doutoranda em
Linguística e  Língua  Portuguesa  pela   UNESP de
Araraquara (SP). No mês de março de 2012, Cintia
defendeu sua  dissertação     de mestrado intitulada
“As cartas de Chico Xavier: uma análise semiótica”
no Anfiteatro C da Unesp/FCLAr. É espírita desde
os 14 anos e está vinculada presentemente à  “Casa
do Caminho”, na cidade de São Carlos, SP.



Cintia pode nos fazer sua auto apresentação?

Nasci em São Carlos, SP, no ano de 1982. Tenho dois irmãos, Bruna (25) e Salvatore (11). Minha família é católica, por tradição, embora, atualmente, boa parte seja constituída de não-praticantes. Sou casada há quase dois anos com o Rodrigo Cabrera, que é jornalista e também trabalhador espírita.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou doutoranda e mestre em Linguística e Língua Portuguesa pela Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, câmpus de Araraquara (SP). Licenciei-me em Letras/Inglês pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em 2006. Minhas pesquisas se inserem na área de Semiótica e incluem temas como práticas semióticas, psicografia (escrita mediúnica), éthos, gênero epistolar. Atualmente, sou membro de dois grupos de pesquisa: o Grupo CASA - Cadernos de Semiótica Aplicada (FCLAr/Unesp) e o Grupo de Estudos Semióticos em Comunicação (FAAC/Unesp).
Antes de me dedicar à pesquisa acadêmica, trabalhei no ensino de língua inglesa durante seis anos.


Como você conheceu o Espiritismo e desde quando é espírita?

Conheci o Espiritismo por meio de uma amiga do colégio Jesuíno de Arruda, Giseli de Paula, quando eu ainda tinha 14 anos. Foi ela quem me emprestou um exemplar de Violetas na janela. Depois disso, sua mãe, Aparecida de Fátima, presenteou-me com o meu primeiro Evangelho segundo o Espiritismo. Serei eternamente grata a elas por me apresentarem a Doutrina Espírita!


Qual casa espírita você frequenta presentemente?

Frequento a Casa do Caminho Instituição Espírita Cristão, de São Carlos, SP.

Pode nos fazer uma súmula de sua trajetória pelo movimento espírita durante esses anos? (tudo: na evangelização, mocidade, na tribuna, nos trabalhos de assistência e promoção, etc...)

Desde a minha adolescência, lia muitos livros espíritas. No entanto, só me vinculei a um centro espírita no final de 2007. Em 2008 iniciei o COEM (Curso de Orientação e Educação Mediúnica) na Casa do Caminho, passando a participar também das promoções da instituição, com a produção e venda de feijoadas, pizzas, etc., em benefício da Creche Meimei. Fiz muitos amigos lá e peguei gosto pelas atividades da casa. Foi em outubro de 2008, aliás, que iniciei, informalmente, a minha pesquisa sobre as cartas de Chico Xavier. Ao terminar o COEM, em 2009, tornei-me voluntária no curso, auxiliando o Sr. Roque Rodrigues, dirigente do grupo, na preparação das aulas e, posteriormente, como assistente de doutrinação. Em janeiro desse mesmo ano, meu marido e eu criamos o site Casa do Caminho Online ( www.casadocaminhosc.org ), que atualizamos semanalmente. O site tem como objetivo a divulgação de artigos e livros espíritas, além de mensagens psicografadas e notícias do movimento espírita de São Carlos e região. Atualmente, participo também do GEAM – Grupo de Estudos Avançados da Mediunidade (http://www.geamcasa.blogspot.com.br ), que iniciou suas atividades em junho de 2011 e tem o objetivo de abrir espaço para o estudo de obras espíritas e pesquisas científicas sobre a mediunidade.

Cintia acompanhamos os preparativos de sua defesa de mestrado defendida no último
dia 8 de março. No que ela consistiu?

A minha pesquisa de mestrado é intitulada As cartas de Chico Xavier: uma análise semiótica. Seu objetivo principal foi o de compreender como se dá o processo de construção das autorias espirituais (ou “imagens” de enunciador) nas cartas “familiares” ou “consoladoras” de Chico Xavier. O estudo também pretendeu demonstrar como é possível caracterizar as cartas psicográficas enquanto um tipo de texto em particular, diferente dos textos epistolares “típicos”. Além de se configurar como um gênero, tais cartas traçam um percurso editorial bastante peculiar, que possibilita que elas sejam compreendidas em outros contextos além do centro espírita, onde é produzida. O córpus analisado foi composto de dez cartas psicografadas publicadas entre os anos de 1974 e 1980 e atribuídas a três autores: Augusto César Netto, Jair Presente e Laurinho Basile. Nelas, buscamos observar as recorrências presentes nos textos atribuídos a cada autor: o vocabulário empregado, os temas abordados, suas buscas e paixões, a coerência narrativa estabelecida ao longo de uma sequência de cartas, etc. Esse estudo nos permitiu observar diferenças discretas, mas significativas, entre os autores espirituais e, sobretudo, similaridades bastante marcantes entre eles. Ao fim da pesquisa, pudemos constatar que, nas cartas psicográficas, delineia-se uma imagem (éthos) dual, ambígua, de enunciador: o éthos doutrinário (vinculado à imagem do médium) em articulação com o éthos do jovem, como duas identidades que se revezam na tarefa de comunicar, ora alternando-se, ora sobrepondo-se uma à outra.

O porquê da escolha desse tema?

A psicografia como processo de escrita sempre me intrigou muito. Mas só a partir de 2008, quando tive contato com um recorte de jornal que comentava sobre a existência da AJE-SP (Associação Jurídico-Espírita do Estado de São Paulo) e sobre a possibilidade do uso de cartas psicografadas na justiça, passei a buscar informações sobre os casos que envolviam a escrita mediúnica de Chico Xavier. O que era somente um hobby, inicialmente, tornou-se tema da minha pesquisa de mestrado entre os anos de 2009 e 2010.

Como foi e quanto tempo demandou a preparação do seu trabalho?

Meu trabalho teve início em outubro de 2008 e, informalmente, foi sendo desenvolvido enquanto eu cursava disciplinas como aluna especial, na Unesp, no ano de 2009. Quando ingressei como aluna regular do programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa, em 2010, eu já tinha um projeto mais ou menos bem definido, mas que se apurou e tomou proporções bem maiores sob a orientação do prof. Dr. Jean Cristtus Portela. Em um período de 4 anos, o trabalho passou de “vaga ideia” a uma dissertação de mestrado estruturada, que deu origem a minha pesquisa de doutorado, sobre a escrita psicográfica, a ser abordada de modo mais amplo (sem se restringir a um gênero textual/discursivo específico).

Você encontrou resistência para tratar desse assunto?

Por mais incrível que possa parecer, não. Pelo contrário, desde o primeiro contato com os professores da Unesp, foi-me dito que o tema era interessante e relevante academicamente, pela importância editorial e cultural da escrita psicográfica no Brasil.

O seu orientador era espírita?

Não, o meu professor orientador é agnóstico.

O que diria para alguém que pretenda desenvolver teses com temática espirita seja
em mestrado, como doutorado ou especialização?

Creio que o mais importante quando se decide realizar uma pesquisa acadêmica de temática espírita é manter em mente que só se pode contribuir com a ciência e com o espiritismo a partir de um posicionamento racional e não proselitista. O fazer científico exige rigor, método e uma necessária isenção. É essencial, portanto, que se faça um exercício de distanciamento, sem o qual se pode pôr a perder, por vezes, uma excelente pesquisa. Como dizia Richet “É necessário ser tão audacioso na hipótese como rigoroso na experimentação”. E que os dados falem por si.

A sua dissertação já esta disponível em algum link? Qual?

Por enquanto ainda não está disponível para download, mas o arquivo poderá ser acessado no banco de teses da Unesp em aproximadamente dois meses.

Algo mais que queira acrescentar?

Como a defesa pública foi filmada, os interessados poderão assistir o vídeo no link que disponibilizarei, em breve, no meu blog ( www.cartasdechicoxavier.blogspot.com ).


As suas despedidas dos nossos leitores.

Bem, espero que o meu trabalho possa contribuir, de alguma forma, para os estudos linguísticos e semióticos dos textos psicografados, e, ainda, para o Espiritismo, na apresentação de um panorama sobre a psicografia de cartas familiares no Brasil. Agradeço aos leitores pela atenção e me despeço desejando muita paz e luz a todos!
Cintia defende dissertação de mestrado no dia 8 de março de 2012
Cintia com um ano de vida, em 1983
Cintia aos 5 anos, na pré-escola, em 1987
Cintia (D) com os irmãos Bruna e Salvatore em 2011
Cintia e o marido Rodrigo Cabrera no dia do casamento, 
em25 de novembro de 2010
Cintia (C) com a mãe Mari e o irmão Salvatore, pouco
 antes de  defender sua dissertação de mestrado
Cintia discorre sobre sua dissertação de
 mestrado intitulada“As cartas de Chico Xavier: 
uma análise semiótica”no Anfiteatro C da Unesp/FCLAr.
Cintia sendo arguida pela banca na defesa de  sua
 dissertação de mestrado “As cartas de Chico Xavier: 
uma análise semiótica”
Depois da titulação. Da esquerda para a direita: profa.
Dra. Elizabeth Harkot-de-La-Taille, prof. Dr. Jean 
Cristtus Portela, Cintia e profa. Dra. Renata Marchezan.

Casa do Caminho Instituição Espírita Cristã. Onde Cintia participa na cidade de São Carlos, SP 
Trabalho voluntário como professora no curso de Inglês Instrumental – Casa do Caminho, 2009.
Palestra sobre as cartas de Chico Xavier, no Centro Espírita Seara de Luz,
 Descalvado (SP), no centenário de Chico Xavier (2010).
OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.