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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (139) Maria Eny Rossetini Paiva


Maria Eny Rossetini Paiva


Focalizamos neste sábado a nossa companheira    de ideal Maria Eny Rossetini Paiva, educadora da cidade  de Lins, SP. Muito conhecida no meio espírita, tivemos o privilégio de  conhecê-la  desde  os  tempos  de  mocidade    espirita, quando  ainda namorava o   esposo Aylton Coimbra Paiva. Excelente oradora, Maria Eny    trabalhou  muito na  área de evangelização infantil e  juventude  espírita.  Hoje  está ao lado do marido na Casa dos Espíritas,   em Lins,e, também com ele, prosseguindo no trabalho de unificação junto à USE,  órgão do qual, Maria Eny participou  no  Departamento de Mocidade, até 1978 , ainda hoje como secretária da Regional de Bauru. Aylton participa da diretoria da USE São Paulo,  atualmente  como diretor  do   SAPSE- área de
assistência social.

Cara Maria Eny,  pode nos fazer sua autoapresentação?

Sou Maria Eny Rossetini Paiva, nome da  atual reencarnação do meu espírito,  residente em Lins, estado de São Paulo, desde que nasci em 12 de setembro de 1939, tendo presentemente 72 anos de idade. Meus pais. Moacyr Rossetini   e.  Josefina Ouvinhas Rossetini. Sou  casada com Aylton  Guido Coimbra Paiva e mãe de dois filhos,  Karen e Fabiano.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou Pedagoga, formada na Faculdade Salesiana de Lins, hoje Universidade , mas na ocasião em 1961, Faculdade “Auxilium” de Filosofia, Ciências e Letras de Lins. Foi a primeira faculdade de Filosofia da cidade. Sou da segunda turma, portanto ela deve ter iniciado no ano de 1957. Fiz vários cursos de especialização como Administração Escolar, e Orientação Educacional, além de cursos concomitantes, como um curso de quatro anos de Filosofia, oferecido pela Faculdade, durante o próprio Curso de Pedagogia, que muito auxiliou meu conhecimento. Com 60 anos, no ano 2000, portanto, comecei um Curso de especialização na Universidade Sagrado Coração de Jesus de Bauru, em Psicopedagogia, que terminei  em 2001.
Profissionalmente comecei minha carreira de magistério aos 18 anos, lecionando Biologia para o curso de Contabilidade do Instituto Americano de Lins, instituição metodista, onde estudara no ginásio e curso de magistério e onde aprendi a pensar muito livremente. Embora estudante universitária o Inspetor Federal, proibiu após dois anos que eu lecionasse em curso de segundo grau, por não ter ainda 21 anos. Nos seis meses que me separavam da maioridade, continuei lecionando na mesma Escola, dando Cursos preparatórios e fazendo uma espécie de assistência ao catedrático de Psicologia e diretor de Cursos.
Passei depois de formada pelo magistério oficial do Estado de São Paulo, onde ocupei posteriormente os cargos de professora, diretora de ensino, aposentando como Supervisora de Ensino a nível de Sistema na então Delegacia de ensino de Lins.

De que maneira você conheceu o Espiritismo e desde quando o segue?

Conheci o Espiritismo através de uma colega de classe, na 4ª série do primeiro grau, (hoje 8ª série). Minha mãe, como todo brasileiro, sempre gostou de consultar curandeiros, médiuns  e havia muitos casos interessantes de mediunidade na família. Estava pois, acostumada aos benzimentos, previsões e fenômenos populares, que muitas vezes são importantes, e que formam nossa emoção.
Essa colega  Sulamita Leila Alfonso levou -me à Mocidade Espírita de Lins, que possuía no máximo uns quinze elementos e era dirigida pelo mentor ( assim se dizia na época), encarnado Dr. Otávio Noronha Ribeiro. Ela funcionava como departamento da União Espírita de Lins, “Deus, Cristo e Caridade”, que era um Centro Espírita.  Tinha quinze anos. A partir daí, nunca mais deixei a doutrina espírita, tomando a filosofia espírita como orientação para minha vida.
Dr. Otávio bastante conhecido no meio espírita então nos orientava, segundo sua visão tradicional e baseada em Roustaing, do qual estudávamos obra condensada.
Felizmente começamos a freqüentar as Confraternizações de Mocidades e aprendemos com outros jovens que Kardec  não aceitava Roustaing  porque ele só colheu informações de uma só médium. Descobrimos como aplicar os Critérios de Kardec, contidos na Introdução de “ O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Racionalidade dos ensinos, segundo os conhecimentos científicos e filosóficos da época e universalidade do ensino dos Espíritos. Segundo esse critério, revelações feitas por um só médium, sem o consenso de outros médiuns que não se conheçam e em diversos lugares, não podem ser consideradas “revelações confiáveis” para que façam parte do corpo da Doutrina Espírita. É uma pena que hoje, as Mocidades espíritas não enfatizem esses critérios, para analisar as publicações de médiuns, sejam eles quem for.
No entanto, quero enfatizar que Dr. Otávio, foi o meu primeiro professor de direitos humanos, porque era um advogado bastante honesto, que em 1954, já pagava salário mínimo e registrava suas empregadas domésticas, entendendo os direitos ainda não exigidos por lei.

Qual casa espirita você freqüenta presentemente?

A Casa dos Espíritas, que é o mesmo Centro Espírita em que  comecei meus estudos, em sede nova, com novo nome e novo estatuto. Sou vice presidente, tentando deixar aos poucos a diretoria, onde militei  como presidente, por quatro anos, para  dedicar meus últimos anos, aos estudos e Cursos de nossa Casa. O trabalho administrativo é muito desgastante mas, absolutamente  necessário.

Pode nos fazer uma retrospectiva de sua atuação no movimento Espírita?

A Mocidade Espírita foi minha grande mestra. Ali formei amizades, que cultivo até hoje. Os encontros, estudos muito me auxiliaram a ir me libertando ( devagar) da formação católica e ganhar a visão  universalista que todos deveriam adquirir nas Casas Espíritas.
Aos dezoito anos, fui convidada para falar em um sábado em nossa Casa Espírita. Era exigido na ocasião que os oradores, fossem oradores, fizessem oratória, com belas frases, metáforas originais e soubessem emocionar os ouvintes. Esforcei-me para atingir o modelo, que era Divaldo Franco e Jacob Holzmann Neto. Mas, por natureza, escolhi um tema que na ocasião era tabu, no movimento. Sexo á luz do Espiritismo.
Minha visão, embora avançada, era a possível para a época, e acho que devido aos assuntos polêmicos que eu escolhia e ainda abordava com exemplos muito claros e precisos, comecei a falar com convites repetidos em toda a Região e após os 21 anos por vários estados.
Poucas mulheres usavam a tribuna, pois a mulher devia ser recatada, maternal, e a oratória exige força, emoção e paixão, para não entediar os ouvintes.  Nessa época também desenvolvi mediunidade, em que milito até hoje com disciplina e persistência.
Falei em vários encontros de Mocidade, aqui, na Região que vai até Andradina e em outras Regiões.
Durante doze anos fui incumbida pelo Departamento de Mocidade da USE estadual de organizar um curso para dirigentes de Mocidades Espíritas, que tentava trabalhar as lideranças do movimento jovem, no Estado. Nesse curso estudávamos temas polêmicos, desde  a discussão sobre Espiritismo como ciência, diante dos avanços da metodologia científica e suas exigências. até o político filosófico, em uma fase em que a ditadura militar  proibia esses assuntos entre os jovens, passando por aspectos da psicologia como mecanismos de  escape, auto conhecimento,  aspecto cultural, do Espiritismo brasileiro e do movimento, sem pieguismos e religiosismos e sem medo de encarar nossa realidade.
Muito líderes atuais do movimento espírita, passaram por esse curso e fico feliz quando os vejo bastante racionais e atuantes no sentido autêntico da doutrina espírita, como libertadora de um processo de igrejificação e irracionalidade, naturais no processo de crescimento e pela mentalidade extremamente católica, mística, autoritária e acrítica, que sempre caracterizou na História os movimentos religiosos, e especialmente o Brasil.
Desde os 18 anos, fui secretária da Diretoria do Hospital Espírita Dr. A. Bezerra de Menezes”, ainda em construção e mais tarde,  fui colocada como secretária da União Municipal Espírita de Lins, onde secretariava as reuniões dos presidentes dos diferentes Centros Espíritas. Foi também uma boa escola, onde ouvi muito e sempre compreendi que o trabalho de unificação é muito difícil, e exige personalidades muito especiais, com uma liderança extremamente tolerante.
Com 19 ou 20 anos, fiz,  planejei e realizei o primeiro Curso de Espiritismo  em nossa Casa Espírita, reunindo os freqüentadores e passando algumas apostilas, feitas  datilográficamente e impressas a mão, folha a folha nos antigos mimeógrafos à tinta, por nós mesmos.
Enviei o material a Therezinha de Oliveira, de Campinas e ela gentilmente fez uma observação que me ajudou a libertação dos parâmetros católicos: Havíamos aprendido com nosso mentor, que ao princípio de racionalidade e universalidade, deveríamos acrescentar por lógica o princípio de autoridade. Exemplificando: Se o livro  fosse editado pela Federação Espírita Brasileira, e tivesse o selo da FEB, com certeza era para ser aceito. Afinal, era editado pela  “Casa Mater do Espiritismo” que trabalhava sob a égide do anjo Ismael. Da mesma forma tudo o que viesse do “homem luz” de Pedro Leopoldo ( Francisco Cândido Xavier), deveria ser aceito, sem dúvidas, pela mediunidade missionária do apóstolo do Espiritismo.
Terezinha me respondeu que havia achado interessante  os estudos, mas dizendo que ela desconhecia o princípio da autoridade  que este  não se achava em Kardec e não fazia parte dos princípios doutrinários.
Conto esse fato, porque considero esse um marco em minha vida. Graças à essa crítica  foi que comecei a entender que o princípio de autoridade não existia no Espiritismo. Mas, alguns anos se passaram ainda, até que descobrisse a diferença entre o sentimento de religiosidade baseado no autoritarismo (autoridades, papas, livros sagrados, rituais, médiuns, autoridades presidentes, etc) e a religiosidade baseada no humanismo ou seja, no sentimento de respeito aos direitos humanos e à diversidade e no conhecimento de que não há verdades absolutas. Uma pena que hoje as pessoas ainda precisem se apoiar em outros para viver, ter segurança , sejam médiuns,dirigentes, padres, pastores, aiatolás, monges, mestres e não consigam sentir ainda a beleza da liberdade e da dúvida!
Quando já estava com quase 60 anos, Adalgiza Balieiro, convidou-me para auxiliá-la a montar um Curso para Educadores Espíritas a ser dado pela USE. Caprichamos e durante um ano, a cada dois ou três meses, reunimo-nos com educadores espíritas em Valinhos  cumprindo em encontros de dois dias e meio, em Hotel ( com apoio generoso da USE Campinas),  extensa programação, tendo os participantes levado tarefas para Casa e voltado para trocar experiências, ouvir retro- informações sobre suas respostas, que eram tabuladas por mim e ouvir vários convidados. Isso foi em 1998, 2000 e foi uma experiência inesquecível. Desses encontros, nasceu por sugestão de Adalgiza, o Livro Asas para o Infinito, em que condensamos nossa parte nesses estudos.
Participei como convidada de muitos Encontros e de vários Congressos Espíritas da USE, até o ano de  2005 em Campinas.

De todas essas etapas de vida espirita quais os momentos que mais a marcaram?

O evento que mais me marcou ter sido escolhida pelos jovens para dirigir estudos da XXIV Comenoesp de Lins. Na ocasião os jovens estavam estudando em cada Confraternização uma obra de Kardec. Já havia feito vários estudos, mas iríamos estudar A Gênese. Tudo foi diferente e inesquecível. Além disso, o grupo de mais ou menos 40 jovens ainda estudou por dois anos, mantendo-se como monitores até assumirem outras funções. Esses três anos, com eles, em encontros a cada três meses em que eles liam, cumpriam tarefas de análise dirigida de livros, mostraram-me um imenso crescimento e me auxiliaram a aprender com eles e crescer também em conhecimento, convivência e compreensão.

E os amigos que participaram desses momentos?

Nos estudos de Mocidades, ficaram presentes, todas as lideranças da região, por quem tenho imenso carinho. Mas, não poderia me esquecer em especial no estudo de A Gênese de Rui Assis Brasil, então presidente da Mocidade Espírita de Lins, e Nelson Navas, que muito me auxiliaram com esse trabalho e também nessa época e posteriormente Omar e Amir Zina, que me  assessoravam e  especialmente Omar, que tabulava os estudos dos quarenta jovens, enviava-me os resultados, para que na reunião seguinte eu verificasse os acertos e erros, ( e as questões não eram fáceis), comentando com os monitores.
Durante os doze anos em que durante uma semana, vivíamos e estudávamos Espiritismo, no curso para Dirigentes de Mocidades, todos os muitos monitores e auxiliares foram meus companheiros dedicados e estudiosos, com os quais muito aprendi. Destaco, por motivos emocionais: meu irmão do coração, Orlando Ayrton de Toledo de Araçatuba  que na ocasião, falava o difícil tema Espiritismo e ciência, Israel Antonio Alfonso, querido companheiro, cuja liderança na ocasião,  no movimento jovem, era reconhecida. Todos nós monitorávamos grupos de oito a dez jovens. E ainda meu  amigo de todas as horas Almir Del Prette,  que substituiu Orlando Ayrton de Toledo, quando ele não pode mais nos auxiliar e que  já era nosso monitor de grupos.
Foi uma luta difícil, em que me auxiliaram todos os que receberam o Curso nas cidades com uma infra estrutura que hospedava 40 a 60 jovens do estado, com alimentação, e todo o necessário por oito dias. Trabalhávamos 9 a 12 horas por dia. O Curso  sofria uma perseguição espiritual dos que não querem a racionalidade e o espírito crítico, encarnados  ou  desencarnados, com fatos incríveis, mas conseguimos cumprir esse ciclo abençoado para nós. Agradeço a meu esposo, que colaborou  a partir de 1969 quando nos casamos, tendo inclusive me substituído na direção de dois  Cursos  quando por problema de doenças nos filhos e uma gravidez difícil  não pude comparecer. Todos os que me ajudaram e monitoraram os grupos de 8 a 10 jovens no máximo, são pessoas pelas quais tenho imensa gratidão e que muito me ensinaram com suas observações e críticas.   Abel Glaser, diretor do Departamento de Mocidade da USE, sempre nos deu o maior apoio, tendo comparecido nos cursos em  todos os anos em que trabalhamos.
Não poderia esquecer  de citar, que essa época  de 12 anos,  se iniciou graças ao  apoio especial do atual presidente da USE José Luis Antonio Balieiro, que nos possibilitou  os recursos financeiros entregando-nos a sobra de Caixa da 1ª COMJESP, o primeiro encontro estadual de Mocidades Espíritas do Estado, quando ele por sua liderança, e por sua capacidade de organização reuniu em Ribeirão Preto,  mais de mil jovens todos hospedados em Casas de famílias.

Quais os livros de sua autoria espíritas e não espíritas?

Temos quatro livros infantis editados pela EME: A bruxa que era Bela; A nuvem que não chovia; Menino Iluminante X Dragão Fumegante; A Princesa do Nariz de Lingüiça. Todos eles podem  ser e tem sido usados por escolas comuns porque visam educar a emoção e o sentimento das crianças. Possuem orientações no final das histórias, para educadores e pais, ensinando a utilizar convenientemente o texto para realmente atingir a emoção dos pequenos.  Tenho várias obras publicadas em conjunto, com outros autores, das quais citarei apenas duas Novos Rumos para a Sociedade, editada pela USE  e  SOBREVIVER , o primeiro livro espírita  sobre Espiritismo e Ecologia, publicado, como resultado de um grupo de estudiosos que se reunia em Lins e Guaimbê, durante dois anos a cada três meses.
Sobre Espiritismo, educação, moral e ecologia temos Asas para o Infinito  (também editada pela EME), que cito anteriormente. Mostro nesse livro o que o Espiritismo veio de fato revelar. O Espiritismo não revelou a imortalidade da alma, Deus, a comunicabilidade, a reencarnação. Isso  já era conhecidos desde a Antiguidade. A revelação espírita veio revolucionar toda a Filosofia, e abrir novas perspectivas à Ciência,  revelando a dialética do espírito e sua interação com a matéria, e outras  coisas, inclusive sobre instinto, paixão, evolução,  totalmente novas e até hoje  ignoradas pela maioria dos estudiosos espíritas.   


Você acha que nosso movimento espírita vai bem ou enxerga situações que mereçam cuidado?

1)Enxergo que o movimento cresce e como todo movimento que cresce vai trazendo as adaptações ao pensamento e sentimento, que constituem nossa cultura e a permeiam como um caldo cultural. É uma pena que não estudemos em nossas Mocidades e Centros, Herculano Pires. Os livros dele Revisão do Cristianismo, Agonia das Religiões e O Reino, deveriam ser leitura constante, entre os espíritas e nos cursos de Espiritismo, além do importante O Espírito e o Tempo. Continuamos muito apegados à tradição católica romana, ( desde o princípio de autoridade, com médiuns indiscutidos e indiscutíveis, pelas provas dos fenômenos que intermediam), até a mitificação ou santificação  de trabalhadores e médiuns. Vejo, que se não conseguirmos corrigir essa tendência natural, poderemos nos transformar em uma religião de médiuns, e cairemos nas crendice, nas revelações sistemáticas, nas revelações inverificáveis,na mitificação e santificação de pessoas. Veja a advertência de Kardec em O  Evangelho Segundo o Espiritismo,  ( Introdução, pag 11, § 2° e seguintes).
2) As revelações personalistas pululam e se analisadas  com racionalidade, não apenas contrariam as obras básicas, como restauram noções de inferno medieval com espíritos em locais tenebrosos, iniciando o processo de  “demonização”, soltando inclusive cheiro de enxofre pelas narinas.
Infiltram-se também doutrinas orientalistas, “revivendo e retomando velhas noções hinduístas, rosacruzianistas, esoteristas,” que Kardec, conhecia e rejeitou, porque os espíritos que o assessoravam não  tomaram por base tais noções e componentes das religiões orientalistas. Ao contrário, o Espiritismo é uma Nova Revelação, que contraria e revoluciona, tudo o que existia e estabelece novas visões religiosas. A idéia de milenarismo, típica das religiões antigas, permeou a Doutrina na década de 50 e atualmente  foi retomada com ênfase nas comunicações de espíritos, ( por médiuns que se conhecem e até são amigos, o que invalida o princípio de universalidade).
Embora o próprio Chico esclarecesse que temos um milênio para trabalharmos o novo mundo de Regeneração, insistimos na idéia de “fim de mundo”, de sofrimento coletivo intenso, de alterações de eixo da Terra, de invasão de planetas e morte de até dois terços da humanidade. Até parece que gostamos de ver os outros “serem castigados”, sofrerem, enquanto nós, nos esforçamos para sermos os “eleitos” e aqui ficarmos para o mundo melhor.  Acho tudo isso muito semelhante ao Juízo Final das religiões em geral.

O que fazer então?

Sinceramente o processo de esclarecimento e a retomada da visão Kardecista, de uma religião racional, está se tornando cada vez mais complicado. Quem conhece hoje o Capítulo XVIII de A gênese e faz estudos sobre os conceitos ali desenvolvidos e que são indispensáveis para compreender as fases naturais de transição do planeta ?
Tentamos fazer uma retomada dos Critérios de Kardec,  com um trabalho direto e simples, encaminhando aos líderes de nosso conhecimento uma série de slides, falando dos critérios kardecistas, como podem ser retomados, e deixando claro, que mesmo nossos médiuns missionários, não estão acima deles. Observamos  que esses conceitos por abalarem as “certezas absolutas em médiuns seguros e confiáveis”, por nos mostrarem como os critérios de Kardec, podem ser aplicados ainda hoje, mesmo em um mundo interligado pela internet, por levarem a auto- crítica de nossas condutas e da nossa falta de racionalidade, são ignorados e ninguém quer ensiná-los ao povo. Líderes há que me disseram que ainda não é o momento, temerosos perderem “seguidores” ao confrontá-los com o racional e o científico. Quem quiser receber esses slides em seu e- mail, favor solicitar  no e- mail acima que enviarei.
Não sei o que possamos fazer, a não ser insistir em levar principalmente às lideranças e especialmente as lideranças juvenis Kardec. Não apenas falar e escrever, como estou fazendo, mas ensinando-os a aplicar esses critérios na análise de revelações e colocações de espíritos, de livros de estudo, em mensagens de diferentes médiuns.   Exercícios de análise prática e não apenas  discursos. Ninguém desenvolve espírito crítico e de análise sem exercitá-los  e sem que alguém o auxilie mostrando o que é uma crítica construtiva.
Isso exige uma compreensão das obras básicas e um estudo comparativo de onde elas alteram os conceitos religiosos vigentes. Por exemplo, ao estudar o Evangelho Segundo o Espiritismo, seria preciso verificar como os conceitos  de perdão, de crítica, de humildade, de divórcio, ali contidos, são totalmente diferentes dos conceitos que aprendemos em outras religiões e outros autores espíritas ou não.  Sem esse estudo comparativo, fica difícil, porque passam desapercebidas essas diferenças. Nossa emoção foi formada por conceitos morais católicos, evangélicos e orientalistas,  que na maioria das vezes são incompletos, errôneos e nos induzem a uma submissão degradante que não nos beneficia, nem àqueles com os quais convivemos.
Penso que o próprio processo da educação no Brasil,  que precisa mudar, para que o país se desenvolva, poderá auxiliar.  Criando mentalidades mais racionais e enfatizando o pensamento científico, as escolas, estarão formando crianças e jovens, que saberão analisar criticamente, ler textos e interpretá-los com clareza.  Essa geração terá condições de analisar práticas, comunicações e idéias, nas casas espíritas, enxergando com clareza a mitificação de lideranças e do poder mediúnico. Mas, enquanto esperamos essa geração mais educada racionalmente, deveríamos divulgar ao máximo as análises e as críticas necessárias à nossa preservação como crença racional, embasada em fatos científicos e com conseqüências morais como queria Allan Kardec.
Se não o fizermos, a história nos julgará. E não seremos absolvidos.

Algo mais que queira acrescentar?

Acho que já disse tudo o que queria dizer. Coloco-me à disposição dos que pretendam divulgar idéias como as que aqui colocamos para enviar-lhes artigos, estudos e outras coisas que possam auxiliar seu trabalho.

Suas despedidas aos nossos leitores

Sou imensamente grata a todos os que tiveram a paciência de ler esses comentários até o final. Deus os abençoe. Sou-lhes devedora. Jesus os inspire. Um grande e fraterno abraço. Paz e alegria a todos.


Maria Eny de ósculos escuros à frente em um dos doze  Encontro de Dirigentes de Mocidades do Estado de SP

Maria Eny ladeada pelo grande líder espírita de Cambé, PR, Hugo Gonçalves (Paizinho) e Almir Del Prette. Palestras por Maria Eny no Paraná no ano de 1968


Maria Eny, de costas em um dos muitos c ursos para professores da rede pública que ministrou ou participou

                              
Maria Eny aos 27 anos falando na .Federação Espírita do Estado de São Paulo, (Semana Espírita do Estado de São Paulo,) realizado no mês de julho de 1967. De cabelos brancos o saudoso e inesquecível Carlos Jordão da Silva, presidente da USE.

Curso de Dirigenes em Taubaté, SP, no ano de 1994
Maria Eny de roupa estampada e óculos escuro

Os recém casados Maria Eny e Aylton.
XIV COMENOESP. Santo Anastacio, SP, 1970. Ela está grávida de 3 meses de Karen.


AYLTON PAIVA AO LADO DA ESPOSA MARIA ENY QUE ACOLITA  FABIANO TENDO A FILHA KAREN AO LADO . CURSO DE DIRIGENTES, ARAÇATUBA, SP

Maria Eny Rossetini Paiva com a filha Karen
 e o filho Fabiano, no ano de 1982


I Congresso Espírita Internacional, Brasília, DF
A partir da esquerda: Daisy Steagal, Aylton Paiva, José antonio Luiz Balieiro, Maria Eny e Adalgiza Balieiro

Maria Eny Rossetini Paiva com o Marido Aylton Paiva


Maria Eny e o marido Aylton Paiva no 3º.  Congresso Estadual de Espiritismo da USE/SP realizado em Bauru, SP  

Maria Eny com o marido Aylton Paiva em Serra Negra, Congresso da USE SP ( 2009)

OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.











Notícias do movimento espírita enviadas no dia 30/04/2012
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http://noticiasespiritas.com.br/2012/ABRIL/30-04-2012.htm

domingo, 29 de abril de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 28-04-2012

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quinta-feira, 26 de abril de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 27-04-2012

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NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 26-04-2012

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NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 25-04-2012

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terça-feira, 24 de abril de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA. 24-04-2012

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Eleita a nova diretoria da Use Intermunicipal de Araçatuba



A eleição foi realizada neste domingo, 22 de abril de 2012 nas dependências da União Espírita Paz e Caridade. A diretoria ficou assim constituída:
Presidente: Ricardo Antônio dos Anjos
Secretário:  Ariovaldo Vassoler
Tesoureiro: Hélio  de Matos Corrêa

(Informações em email de Sirlei Nogueira)

Araçatuba, SP. Foto Ismael Gobbo

segunda-feira, 23 de abril de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 23-04-2012

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Focalizando o Trabalhador Espírita (138) Adriano Calsone


Adriano Calsone

Nossa entrevista deste sábado é com  Adriano Calsone,  trabalhador
espírita na cidade de São Caetano do Sul, SP, médium de psicografia
e de pintura. Com vocação para as artes plásticas, Adriano se apro-
fundou no tema  com profundidade   visando a publicação de um livro  
que abordasse a pintura mediúnica na visão espírita. Nesta conversa
com Adriano  buscamos saber sobre a utilidade da pintura obtida pela
via mediúnica, os  médiuns que  se   destacaram e vem se destacando
nesse gênero de  trabalho,  sobre  as  sessões  de  pintura  mediúnica,
sobre  venda  das  executadas  e a  posição dos  críticos     de arte em
relação à psicopictografia.


Adriano, pode nos fazer sua autoapresentaçao?

Me chamo Adriano Calsone, tenho 35 anos, sou casado e moro em São Caetano do Sul, SP. Venho de uma família de sensitivos: minha mãe e irmã são médiuns, porém, não são espíritas e também não desenvolveram suas mediunidades.
Em 2002 me tornei espiritista, e fui participar dos cursos de evangelização da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Me vi como um médium depois de praticar uma “curiosidade” com a psicografia, constatando toda a realidade do mundo espiritual. Com sensibilidade às artes plásticas, em especial ao desenho, pintura e modelagem mediúnica, migrei da psicografia à Pintura Mediúnica com tintas e pastéis, surgindo, posteriormente, uma grande reciprocidade com o trabalho de servir como médium aos espíritos que desejavam pintar. Para complementar meus estudos doutrinários, participei como médium de pintura por um período de três anos nos trabalhos itinerantes do GEAM – Grupo Espírita de Arte Mediúnica – coordenado por Afonso Moreira Jr.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou formado em Comunicação Social e exerci, por alguns anos, as profissões de editor e assessor de imprensa e, atualmente, trabalho com internet e cultura digital. Ainda em 2002, atuei como coordenador editorial das publicações da Rede Visão, editora que produziu também o Ampla Visão – programa televisivo sobre Espiritismo e Espiritualismo, apresentado na época por Alamar Régis Carvalho, na TV Gazeta.

A que casa espirita esta vinculado presentemente?

Atualmente, em minha cidade, frequento os trabalhos de desenvolvimento mediúnico do Grupo Espírita de Trabalho Misail*, onde também atuo como médium de pintura.

Quais os livros de sua autoria e de que tratam?

Estreio com o meu primeiro livro intitulado Pintura Mediúnica – A visão espírita em ampla pesquisa. Não é um livro mediúnico e sim, uma pesquisa espírita, inspirada pelos bons amigos. Porém, no quesito “mediunidade”, o trabalho traz algumas de minhas psicografias produzidas neste grupo espírita em que atuo, no contexto do assunto que me propus a pesquisar.

Com surgiu a ideia de escrever o livro sobre Pintura Mediúnica na visão espirita?

Esta pesquisa nasceu, primeiramente, por causa da minha própria necessidade de desvendar a mediunidade de pintura. Na primeira vez que trabalhei como médium de pintura, o meu corpo todo entrou numa espécie de choque, e aí o dirigente do GEAM, na época o Sr. Afonso Moreira Jr., me disse que havia uma fila de espíritos aguardando para pintar por meu intermédio. Como eu estava iniciando a minha mediunidade, desconfiei daquilo tudo e, a cada trabalho, minhas dúvidas não paravam de aumentar. Foi então que, por conta própria, comecei a pesquisar tal mediunidade: comprei todos os livros disponíveis que se aproximavam do tema (que na época não passavam de meia dúzia); fui buscar em Kardec, relatos sobre desenhos e pinturas mediúnicos; entrevistei médiuns in loco, etc. Quando me deparei, havia reunido um grande volume de informações, organizando-as posteriormente por meio de perguntas e respostas. Aí decidi compartilhar isso com as pessoas, principalmente com os médiuns de pintura, surgindo, assim, a ideia de um livro.
Definitivamente, eu insisti nessa ideia de fazer um livro depois de ter notado, nas diversas apresentações de Pintura Mediúnica as quais participei em São Paulo, que as plateias nos abordavam com frequência, questionando sobre os bastidores desse trabalho. Fui percebendo também que os médiuns de pintura, incluindo os iniciantes, como eu na época, literalmente “se fechavam” em dúvidas e auto-questionamentos. Entendi então que um livro sobre o tema seria uma confluência benéfica de ajuda para essas pessoas.

Faça-nos por favor uma sinopse do livro.

O nosso livro Pintura Mediúnica – A Visão Espírita em Ampla Pesquisa veio à lume após cinco anos de estudos sobre o tema. Nesse período, concluí que a maioria dos espíritas pouco sabem o que é e o que realmente representa a Pintura Mediúnica para o Espiritismo. Assim, esta obra traz o resultado de uma extensa pesquisa sobre a modalidade mediúnica da pintura, desvendando particularidades de um trabalho essencial como qualquer outro da mediunidade espírita.
E para facilitar o estudo sobre o tema, o livro foi estruturado por meio de 150 perguntas e respostas, tendo como base as diversas obras da Doutrina Espírita, dos tempos de Allan Kardec (1857), aos dias de hoje. O leitor também poderá conferir entrevistas e depoimentos exclusivos com médiuns de pintura, além de uma pesquisa de campo e um experimento científico.
Num tempo em que a Pintura Mediúnica ainda é vista pelos próprios espiritistas com preconceito e aversão – um verdadeiro tabu no meio espírita –, diante do pouco conhecimento e falta de informação sobre o assunto, esta pesquisa procura lançar uma semente na terra produtiva do Espiritismo, esperando que o leitor possa colher seus frutos e fartar-se sob a luz da razão e do discernimento, com o dever de semear outros grãos para uma futura colheita.

Pode nos falar sobre a utilidade da Pintura Mediúnica?

A Pintura Mediúnica tem algumas utilidades. Acredito que a mais importante é a sua ação espiritual por meio das cores. Sabemos que há instrutores espirituais responsáveis por um trabalho bastante definido no campo da terapêutica, com a finalidade, por exemplo, de realizar pintura específica a uma determinada pessoa. Isso, chamamos de “pintura direcionada”, onde o arranjo de cores na tela terá uma ação direta em quem a receberá. Não me refiro à cura física, mas, principalmente, ao reequilíbrio mental deste indivíduo, pela influência direta da cromoterapia, bastante acessível num trabalho artístico de pintura.
Outra utilização se volta aos próprios espíritos. Amigos artistas que desencarnam em situações lastimáveis, os que abusaram de seus dons artísticos, assim que tomam consciência de seus atos na espiritualidade, necessitam desses grupos de médiuns de pintura para se recomporem e, consequentemente, precisam trabalhar com as pinturas mediúnicas para experienciarem uma renovação educacional no campo moral, ético e disciplinar, além de que as trocas energéticas com esses médiuns, – por meio do fluido animalizado desses últimos –, ajudam tais espíritos no refazimento perispiritual, aos que, assim, se faça necessário.
Por fim, uma Pintura Mediúnica quando afixada, indubitavelmente, proporciona harmonização no ambiente, além de positivar os espaços com temáticas espirituais.

Cite-nos os principais médiuns de pintura mediúnica brasileiros e estrangeiros nas variadas épocas.

Vou me deter aqui, apenas aos médiuns brasileiros que fizeram história no decorrer do século 20:
Na década de 1930, a médium Dinorah Azevedo de Simas Enéas (1888-1973), praticamente apresentou a Pintura Mediúnica aos brasileiros, e fez história ao lado de Chico Xavier. Ela simplesmente levou a Chico, os retratos mediúnicos dos abnegados benfeitores espirituais Emmanuel e André Luiz, a qual o profícuo médium de Uberaba, os atestou de bate-pronto, afirmando-a que eram assim que as duas entidades apareciam em sua vidência.
Outros médiuns ilustres tiveram fases importantes na Pintura Mediúnica, como exemplo: Francisco Peixoto Lins (1905-1966), o nosso querido médium de efeitos físicos “Peixotinho”. O espírito Tongo foi aquele que, comumente, desenhava por seu intermédio. Nesses trabalhos, frente à uma mediunidade puramente mecânica, a precisão que o espírito desenhista exigia do médium era tamanha, no sentido de retratar as entidades com a maior semelhança possível. Muitas pessoas que acompanharam os trabalhos mediúnicos de Peixotinho acabaram, desse modo, conhecendo os seus próprios guias espirituais, pelos retratos que eram feitos nas reuniões.
Outro grande medianeiro que contribuiu para a história brasileira da Pintura Mediúnica, inestimável médium de efeitos físicos, foi Carmine Mirabelli (1888-1951). De fato, segundo o livro do genial L. Palhano Junior (Mirabelli – um médium extraordinário), espíritos afeitos às artes da pintura começaram a se aproximar do médium e o influenciam quase que diariamente. Produziram as mais lindas pinturas a óleo, a crayon e, também, aquarelas. Em apenas dois meses, Mirabelli viu à sua frente mais de 46 telas mediúnicas, sem nunca antes ter tocado em um pincel ou giz.
Todavia, indiscutivelmente, o médium que adentrou com a Pintura Mediúnica em nossas casas foi Luiz Antonio Gasparetto. Nas décadas de 1970 e 80, Gasparetto levou e elevou a Pintura Mediúnica a um patamar ainda mais alto, em termos de entendimento e divulgação populares. Para espanto geral, ele mostrou, na prática, como se pinta com os espíritos, exibindo suas apresentações mediúnicas de pintura por meio de vários canais da TV brasileira, inclusive em TV´s internacionais, como a BBC de Londres, além de sua mediunidade psicopictográfica servir como experimento a vários cientistas europeus da época.
Já os médiuns de pintura estrangeiros, para citar alguns: Margaret Bevan, em Londres, pintava retratos de pessoas falecidas e desconhecidas; em noventa por cento dos casos há correspondência desses retratos com fotografias de pessoas reais, falecidas.
Na Itália, temos casos similares a este como o de Iric Canti, em Milão, e Maria Lambertini, Bolonha, bem como o agente Raphael Schermann.
O operário quase analfabeto Augustin Lesage realizava pinturas extraordinárias.
Elisa Muller (mais conhecida como Helena Smith) realizou pinturas sobre possíveis habitantes de Marte, executando suas obras também com os dedos e unhas.
Victor Spencer pintava seus quadros ao avesso e os endireitava apenas ao final.
O polonês Marjan Gruzewski realizou, em cinco minutos e na ausência de luz, o seu primeiro desenho. Desde menino foi julgado inapto a receber instruções porque pintava por conta própria, alheio às instruções dos mestres. Com o curtidor de pele Machner também aconteceu o mesmo.
O italiano Franco Lowley desenhava com velocidade fulminante a partir de 1913, gastando de vinte segundos a um minuto e meio para executar suas obras. Mesmo de olhos vendados, ou na escuridão, desenhava perfeitamente e chegou a produzir pinturas precognitivas (como a guerra da Abissínia e o bombardeio de Roma).
Victorien Sardou, dramaturgo francês, realizou pinturas sob transe psicautônomo.
Em 1953, Talamonti observou o menino Gianinni Cavalcoli, de Ravena, com seis anos, produzir desenhos com velocidade vertiginosa. Em três anos, produziu vinte mil obras.
David Duguid e John Ballou Newbrough psicopictografavam no escuro, e este também o fazia com as duas mãos simultaneamente. Outros psicopictógrafos famosos no exterior foram William Howit e Catherine Berry.

Quem você destacaria atualmente? 

A minha opinião será limitada, já que conheço, pessoalmente, pouquíssimos trabalhos desses médiuns contemporâneos, ditos famosos. No período de minha pesquisa para o livro, tive uma dificuldade enorme de conversar, e entrevistar alguns desses médiuns ilustres. Inclusive, na época, um determinado médium famoso viu o meu trabalho de pesquisa com bastante "desconfiança" e, sequer, me prontificou uma resposta, que a aguardo até hoje.  
Tive a oportunidade de ver algumas Pinturas Mediúnicas realizadas, em estúdio, pelo médium baiano José Medrado, e me pareceram bastante sérias. Os trabalhos das médiuns Valdelice Salum e Maria Gertrudes também me deixaram boas impressões, e temos vários depoimentos dessas grandes médiuns em nosso livro.
Inclusive, nesse último domingo, 15 de abril, tive o prazer de conhecer a Marilusa Moreira Vasconcellos, que a gente sabe que é uma das maiores médiuns de pintura da atualidade. Ela é uma pessoa muito simpática, me contou várias histórias intrigantes sobre o seu trabalho como médium de pintura. Sem dúvidas, posso dizer: é uma pessoa que tem muito a nos acrescentar sobre esta mediunidade.
Outros médiuns psicopictógrafos "de expressão", com os quais tive a oportunidade de conversar rapidamente pelo Facebook, foram o carioca Lívio Barbosa e Florêncio Anton. Mas tenho certeza que há muitos outros bons médiuns que preferem o anonimato, fazendo um excelente trabalho sem a necessidade das grandes plateias e holofotes espíritas.

A bíblia tem precedentes sobre o assunto?

A Bíblia não foi objeto de minha pesquisa, portanto, não tenho como afirmar se há evidências nela de médiuns que desenhavam ou pintavam por meio dos espíritos. Acredito que, entre os responsáveis pelas escrituras sagradas, que nada mais eram que “médiuns”, pode ter havido os que ilustravam tais passagens com desenhos e pinturas, mesmo sem saberem que estavam sendo influenciados por entidades espirituais.

Onde podemos encontrar referencias na obra Kardequiana e qual a visão do codificador a respeito?

Talvez a referência mais direta sobre esta modalidade mediúnica está em O Livro dos Médiuns, “Cap. XVI – Médiuns Especiais”, descrita por Allan Kardec como “Médiuns pintores ou desenhistas - Os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos”.
Dessa forma, concluímos que a psicopictografia, ou se preferirem, a psicopictura, não é um modismo dos nossos dias. Como visto, a codificação e prática consciente dessa mediunidade vem dos tempos de Kardec, lá do século 19. Sem dúvidas, Allan Kardec foi um grande admirador e patrono das artes espíritas. Inclusive, ele idealizou o “Museu do Espiritismo”, onde lá seriam reunidas obras das artes espírita e mediúnica, mas o seu desencarne engavetou o grande projeto.
Na histórica viagem espírita que fez, em 1862, a qual visitou diversas cidades do interior da França, em sua primeira viagem a serviço do Espiritismo, ele obteve conhecimento da existência de vários médiuns psicopictógrafos, alguns até chegaram a procurá-lo para relatar suas experiências. Assim, ele foi catalogando na Revista Espírita esses relatos e encontros com tais médiuns de desenho e pintura. E muitos desses depoimentos do próprio Codificador estão publicados em nosso livro. Não é por acaso que a sua sensibilidade e gosto pelas artes do desenho e pintura eram tão apurados. A sua esposa, a doce Gaby – Amélie Gabrielle Boudet (1795-1883) era professora de artes. Culta e inteligente, chegou a dar à luz três obras artísticas: Contos Primaveris (1825); Noções de Desenho(1826) e, O Essencial em Belas Artes (1828).

Há pinturas divulgadas por Kardec?

Talvez o registro mais evidente e memorável que Allan Kardec publicou sobre o desenho mediúnico foi o da Cepa (ramo de parreira), expressada no capítulo Prolegômeros em O Livro dos Espíritos. Vejamos as recomendações dos Espíritos para Allan Kardec:
— Colocará no cabeçalho deste livro a cepa que te desenhamos. Ela é o emblema do trabalho do Criador. Aí estão reunidos todos os princípios materiais que representam melhor o corpo e o Espírito.
O corpo é a cepa; o Espírito é o licor; a alma ou Espírito ligado à matéria é o bago. O homem purifica o Espírito pelo trabalho e tu sabes que só mediante o trabalho do corpo o Espírito conquista conhecimentos.
São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc.

Como está enxergando as sessões de Pintura Mediúnica nas casas espíritas?

Penso que, para o médium, a função primeira da Pintura Mediúnica seja o seu desenvolvimento mediúnico. Infelizmente, muitas pessoas acreditam que este trabalho é dependente de apresentações públicas para se justificar e, consequentemente, fica no ar aquela obrigação de vender as obras, e o que se vai fazer com o dinheiro arrecadado etc. De outro lado, muitos dirigentes de casas espíritas, – críticos ferrenhos da fenomenologia dessa mediunidade –, e de seu resultado estético, ao crivo exclusivo do gosto particular, se esquecem de que a Pintura Mediúnica é um excelente meio de inclusão, principalmente na iniciação da mediunidade em jovens, como, por exemplo, os das mocidades espíritas. Mas esses preferem ocultá-la, a inaugurar em suas casas espíritas, um curso de desenvolvimento mediúnico em pintura. Já ouvi também relatos absurdos de “espíritas” que acreditam mesmo que os médiuns de pintura são trabalhadores obsidiados quando, na verdade, falta para esses confrades, mais bom-senso e estudo. Como diz um amigo meu: "Quem não estuda, esturra!"
O nosso livro vem no sentido também de incentivar os dirigentes a criarem, nas suas casas espíritas, cursos de desenvolvimento mediúnico na pintura, que podem ser num formato de estudo às portas fechadas, sem a dependência das apresentações públicas ou retornos financeiros, assim como existe gratuitamente há anos, e com grande sucesso, o “Curso de Treinamento em Psicopictografia” da Federação Espírita de São Paulo, por exemplo.
Quando nós espíritas nos propusermos às mudanças de comportamento e mentalidade sobre o assunto, acredito que haverá mais diálogo e aproximação, até entre os próprios médiuns de pintura, no objetivo comum da conjugação de ideias e ideais. Quem sabe num futuro próximo não seja possível realizar até um Simpósio Nacional de Médiuns de Pintura? É possível! Já começamos a plantar aqui as sementinhas.
Mas não podemos negligenciar essa atual realidade, onde as incompreensões sobre o tema estão bastante disseminadas. Não há como negar que essa modalidade mediúnica ainda é a "prima pobre" do movimento espírita brasileiro. 

Temos ouvido criticas sobre os leilões e a venda de quadros sempre tendo uma instituição beneficente como pano de fundo. Como enxerga isto? É esta a finalidade da pintura?

Não, esta não é a finalidade da Pintura Mediúnica. Particularmente, não sou a favor dos leilões de obras mediúnicas, por vários motivos, o principal, pelos altos valores que os médiuns estão exigindo nas pinturas. A gente sabe que existem medianeiros que já pintaram, por meio dos espíritos, mais de 15 mil telas em pouquíssimos anos. Se em cada uma de suas apresentações públicas, por exemplo, esses médiuns aderiram ao formato do leilão, e resolveram iniciar um lance mínimo de 300 reais por uma tela, é logico acreditar que eles estão ricos, mesmo doando parte da renda para a casa espírita que visitam, ou mesmo separando-a para os gastos que tiveram com o material de pintura.
Enfim, em nossa humilde opinião, o leilão é bastante ostensivo e, infelizmente hoje, os altos valores praticados em telas mediúnicas carregam, muitas vezes, o pretexto da beneficência espírita, quando, na prática, muitas vezes, isso pouco ocorre, e quando de fato acontece, é um tipo de doação parcial carregada de justificativas particulares. O que é um pesar!
Enfim, uma das bandeiras que levantamos em nosso livro, é a do bom senso na utilização desta mediunidade, também para o estudo e aprimoramento mediúnicos, mesmo que for a reuniões fechadas, sem envolver dinheiro algum.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo que trata sobre “Mediunidade Gratuita”, os Espíritos nos esclarecem que “a mediunidade é uma coisa santa que sempre deve ser praticada santamente, religiosamente. Todos aqueles, pois, que não tem do que viver, que procure recursos em outra parte do que na mediunidade. Que não consagre a ela, se necessário for, senão o tempo de que possa dispor materialmente. Os Espíritos se afastarão daqueles que esperam fazer deles um meio para subir. Em contrapartida, lhes terão em conta o devotamento e seus sacrifícios”.
Já Emmanuel, no livro O Consolador, psicografado por Francisco Cândido Xavier, lembra que “quando um médium decide transformar suas faculdades em fonte de renda material, será bem melhor esquecer suas possibilidades psíquicas e deixar de se aventurar pelo terreno delicado dos estudos espirituais. A remuneração financeira, no trato das questões profundas da alma, estabelece comércio criminoso, em que o médium deverá esperar no futuro os resgates mais dolorosos”.
É evidente que as apresentações públicas devam prosseguir, todavia, nós espíritas, precisamos repensar a maneira como estamos conduzindo e lidando com tal mediunidade, frente a um tipo de comércio que nos apresenta desenfreado.

Quais os melhores trabalhos mediúnicos que você pesquisou?

Não digo os melhores, mas talvez o mais intrigante e sensacional de todos os tempos são os trabalhos autenticamente mediúnicos do operário francês, quase analfabeto, Augustin Lesage (1876-1954). Jorge Rizzini e sua esposa Iracema Sapucaia tiveram a honra de traduzir o livro O fantástico Lesage, de Marie-Cristine Vitor, pesquisa a qual muito me impressionou.
Na França, Rizzini e Iracema contemplaram pessoalmente quadros apoteóticos — de beleza irrepetível! — que os Espíritos produziram através desse fantástico e humilde médium Augustin Lesage. Sob o comando de seus guias espirituais, entre os quais Leonardo Da Vinci, sujeitava-se a todo tipo de prova. Pintou em estilo egípcio no Instituto Metapsíquico Internacional, em Paris, sob o controle do cientista E’ugene Osty, presidente da instituição. Uma das telas media dois metros de altura por um e meio de largura. O médium, em transe, colocou na tela milhares de miniaturas pintadas a óleo que só podiam ser bem analisadas através de uma lupa. Lesage, como observou um de seus críticos, pintava rapidamente “como se fosse uma máquina, com precisão, sem intermitência”. Presenciou o fenô­meno, entre outros, Charles Richet (detentor do Prêmio Nobel) e o físico inglês Sir Oliver Lodge (da Sociedade Real da Inglaterra).

Qual a opinião de artistas e críticos sobre as pinturas mediúnicas?

Em primeiro lugar, é muito difícil artistas e críticos de arte (não-espíritas), admitirem a presença do espiritual na arte, porque, infelizmente, muitos deles são materialistas e até ateus. A bem da verdade, pouquíssimos deles admitem que exista a espiritualidade. Quando o pintor e escritor russo Wassily Kandinsky, que não era espírita, lançou, em 1911, o célebre Do Espiritual na Arte, estudo que trouxe grande relação com o Espiritismo por lançar ideias espiritualistas sobre a Arte, ele foi vilipendiado por críticos, e pelos seus próprios amigos pintores da época.
Hoje, quando um pintor ou um crítico de arte é convidado para avaliar uma Pintura Mediúnica, eles logo dizem que a composição está longe de ser autêntica porque, além de malfeita e realizada às pressas, não é possível que se admita, para eles, que um espírito (do além), dito famoso, colaborou com o médium na realização da tela.
E para piorar de vez esta relação, o médium assina a pintura com um pomposo “Monet”, ou mesmo com um contundente “Van Gogh”, que muitas vezes toma quase metade da tela, sob o pretexto de que foi o próprio espírito pintor que desejou assim firmá-la. Em verdade, poucos são os médiuns que admitem que a assinatura partiu da vontade deles próprios, e não dos Espíritos. É fato que essas assinaturas em telas mediúnicas, na maioria das vezes, não são dos Espíritos famosos que as firmam, além delas muito instigarem a vaidade nos médiuns. Todavia, para não configurar falsas identidades, sugerimos que os médiuns não assinem as telas mediúnicas.
Sabemos que os ditos “pintores famosos” podem até se manifestar, mas não fazem questão alguma de deixar suas firmas. Lembrando também que muitos desses grandes mestres já reencarnaram.
O que frequentemente ocorre nessas apresentações, ou em reuniões fechadas, é a presença espiritual de grupos de pintores, muitos deles, espíritos estudantes/aprendizes de determinadas escolas artísticas, com as quais se propuseram a trabalhar na espiritualidade. Esses pintores astrais, acompanhados por instrutores, se apresentam em reuniões sérias para deixarem nas Pinturas Mediúnicas, e também nos médiuns, suas “impressões artísticas”, que podem estar na linha cubista, expressionista, impressionista, abstrata, ou numa escola completamente estranha, que não exista na Terra, por exemplo. Enfim, está mais do que na hora de nós médiuns assumirmos as responsabilidades deste trabalho!

Algo mais que queira acrescentar?

Um colega me perguntou esses dias se eu já conseguia imaginar como o nosso livro seria recebido pelos espíritas. Eu lhe disse que esperava que o recebessem sem preconceitos, com “olhos livres”, assim como acredito que os não-espíritas irão recebê-lo. E se nós não acreditássemos na seriedade dos mecanismos desta mediunidade, regidos pelo plano espiritual, há tempos já teríamos arriado a bandeira em defesa dessa causa. Acreditamos sim, que ainda é preciso arejar opiniões e repensar sinceramente esses velhos tabus criados pelos próprios espíritas. Enfim, o preconceito e a desinformação são grandes índices que evidenciam a necessidade de mais compreensão daquilo que conhecemos superficialmente.

As suas despedidas dos nossos leitores

É péssimo saber que ainda estamos muito longe de um ideal de discernimento deste trabalho, entre nós espiritistas, principalmente quando se dá a cara para bater, vivendo na pele, a experiência de ser um médium de pintura, como é o meu caso. Mas só o fato de termos a oportunidade, como nesta entrevista, de falar desses paradigmas e preconceitos, e comentá-los também nas casas espíritas, já configura um tipo de abertura ao bate-papo fraterno. É um sinal também de que essas monoideias têm o seu prazo de validade.
Quero deixar claro ao leitor que os nossos depoimentos aqui não tiveram como objetivo o de criar conceitos a serem seguidos, pois sabemos que as vivências mediúnicas nunca são iguais, muito menos estabelecer o que é certo ou o que está errado neste trabalho. O nosso propósito, inclusive com o livro, é o de abrir espaço para discussões, permutar ideias, reunir conhecimentos e, sobretudo, incentivar o desenvolvimento desta mediunidade nas casas espíritas, para que possamos melhor trabalhar e compreender os seus mecanismos.
Grato pela oportunidade! Fale com o autor, ou adquira o nosso livro pelo e-mail: pintura-mediunica@live.com.

Livro “Pintura Mediúnica - A Visão Espírita em Ampla Pesquisa”, de Adriano Calsone. Parte da renda obtida com a venda de nosso livro, será revertida ao Grupo Espírita de Trabalho Misail, a qual participo.

Adriano no evento de lançamento do livro, com o apoio cultural da Prefeitura de São Caetano do Sul.

Com seus familiares: da esquerda para a direita, Adriano, sogros Célia e Deilon, e tia Cilmara.

Com sua mãe, dona Fátima. A Pintura Mediúnica, (à direita), foi realizada por meio da médium Márcia Bonesso.

Grupo Espírita de Trabalho Misail. Mais informações pelo site: http://getm.org.br/.
A Cepa, desenhada pelos Espíritos a Kardec, se encontra no Prolegômenos de “O Livro dos Espíritos”. Um dos primeiros desenhos mediúnicos publicados na obra da Codificação.

Lesage pintando mediunizado.

O médium Carmine Mirabelli em levitação. Ele teve interessantes experiências com a Pintura Mediúnica.

“Peixotinho” também contribuiu como médium de pintura.

Principal responsável pelo entendimento e divulgação
da Pintura Mediúnica nos anos 1970 e 80.

Livro “Do Espiritual na Arte”
Wassily Kandinsky
Livro “O Fantástico Lesage”, um dos maiores médiuns de pintura de todos os tempos.


Médium: Adriano Calsone


Nos detalhes: o que aparentemente parecem borrões são, na verdade,
retratos (de costas) de entidades que tocam fogo em árvores.
Talvez, um protesto dos Espíritos contra o atual desmatamento em nosso País?
As “impressões” são mais importantes que as “assinaturas”. Não há a necessidade de saber qual o Espírito que a pintou.
Médium Adriano Calsone

Telas pintadas por meio dos médiuns do Grupo Espírita de Trabalho Misail. As Pinturas Mediúnicas do Grupo
não recebem assinaturas. Muitas vezes, o emprego de cores específicas é mais importante que a figuração em si.
Médium Adriano Calsone


No Grupo Espírita de Trabalho Misail não só telas mediúnicas são pintadas, mas também livros.
Todos são trocados por alimentos, revertidos às pessoas carentes que procuram as frentes assistenciais do Grupo.
Médium Adriano Calsone

Trabalhos de Modelagem Mediúnica (Esculturografias),
que foram realizados em reuniões fechadas de desenvolvimento mediúnico,
no Grupo Espírita de Trabalho Misail.
Médium: Adriano Calsone


Infelizmente, a Modelagem Mediúnica é um trabalho pouco conhecido e realizado no meio espírita. Considerada também uma das modalidades mediúnicas da Arte Espírita.
Médium Adriano Calsone


Pintura mediúnica por Adriano Calsone