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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A negação de Pedro



O ato do Messias, lavando os pés de seus discípulos, encontrou certa incompreensão da parte de Simão Pedro. O velho pescador não concordava com semelhante ato de extrema submissão. E, chegada a sua vez, obtemperou, resoluto:

-Nunca me lavareis os pés, Mestre; meus companheiros estão sendo ingratos e duros neste instante, deixando-vos praticar esse gesto, como se fôsseis um escravo vulgar.
Em seguida a essas palavras, lançou à assembléia um olhar de reprovação e desprezo, enquanto Jesus lhe respondia:

-Simão, não queiras ser melhor que os teus irmãos de apostolado, em nenhuma circunstância da vida. Em verdade, assevero-te que, sem o meu auxílio, não participarás com meu espírito das alegrias supremas da redenção.
O antigo pescador de Cafarnaum aquietou-se um pouco, fazendo calar a voz de sua generosidade quase infantil.

Terminada a lição e retomando o seu lugar à mesa, o Mestre parecia meditar gravemente. Sentindo-lhes a incompreensão, o Mestre pareceu contemplá-los com entristecida piedade, dando a entender que sua visão espiritual devassava os acontecimentos do futuro, sentenciou:

-Aproxima-se a hora do meu derradeiro testemunho! Sei, por antecipação, que todos vós estareis dispersados nesse instante supremo. É natural, porquanto ainda não estais preparados senão para aprender. Antes, porém, que eu parta, quero deixar-vos um novo mandamento, o de amar-vos uns aos outros como eu vos tenho amado; que sejais conhecidos como meus discípulos, não pela superioridade no mundo, pela demonstração de poderes espirituais, ou pelas vestes que envergueis na vida, mas pela revelação do amor com que vos amo, pela humildade que deverá ornar as vossas almas, pela boa disposição no sacrifício próprio.

Vendo que Jesus repetia uma vez mais aquelas recomendações de despedida, Pedro, dando expansão ao seu temperamento Irrequieto, adiantou-se, indagando:

-Afinal, Senhor, para onde ides?

O Mestre lhe lançou um olhar sereno, fazendo-lhe sentir o interesse que lhe causava a sua curiosidade e redarguiu:

-Ainda não te encontras preparado para seguir-me. O testemunho é de sacrifício e de extrema abnegação
a somente mais tarde entrarás na posse da fortaleza indíspensável.

Símão, no entanto, desejando provar por palavras aos companheiros o valor da sua dedicação, acrescentou, com certa ênfase, ao propósito de se impor à confiança do Messias:

-Não posso seguir-vos? Acaso, Mestre, podereis duvidar de minha coragem? Então, não sou um homem? Por vós darei a minha própria vida.

O Cristo sorriu e ponderou:

-Pedro, a tua inquietação se faz credora de novos ensinamentos. A experiência te ensinará melhores conclusões, porque, em verdade, te afirmo que esta noite o galo não cantará sem que me tenhas negado por três vezes.

-Julgai-me, então, um espírito mau e endurecido a esse ponto? indagou o pescador, sentindo-se ofendido
-Não, Pedro, adiantou o Mestre, com doçura —, não te suponho ingrato ou indiferente aos meus ensinos. Mas vais aprender, ainda hoje, que o homem do mundo é mais frágil do que perverso.

*

Pedro não quis acreditar nas afirmações do Messias e tão logo se verificara a sua prisão, no pressuposto de demonstrar o seu desassombro e boa disposição para a defesa do Evangelho do Reino, atacou com a espada um dos servos do sumo sacerdote de Jerusalém, compelindo o Mestre a mais severas observações. Consoante as afirmativas de Jesus, o colégio dos apóstolos se dispersara naquele momento de supremas resoluções. A humildade com que o Crísto se entregava desapontara a alguns deles, que não conseguiam compreender a transcendência daquele Reino de Deus, sublimado e distante.
Pedro e João, observando que a detenção do Mestre pelos emissários do Templo era fato consumado combinaram, entre si, acompanhar, de longe, o grupo que se afastava, conduzindo o Messias. Debalde, procuraram os demais companheiros que, receosos da perseguição haviam debandado.

Ambos, no entanto, desejavam prestar a Jesus o auxílio necessário. Quem sabe poderiam encontrar um recurso de salvá-lo? Era mister certificasse de todas as ocorrências. Recorreriam às suas humildes relações em Jerusalém, a favor do Mestre querido.

Compreendiam a extensão do perigo e as ameaças que lhes pesavam sobre
a fronte. De instante a instante, eram surpreendidos por homens do povo que, em palestra de caminho, acusavam a Jesus de feiticeiro e herético.

A noite caíra sobre a cidade.

Os dois discípulos observaram que a expedição de servos e soldados chegava à residência de Caifás, onde o Cristo foi recolhido a uma cela úmida, cujas grades davam para um pátio extenso.

O prisioneiro fora trancafiado, por entre zombarias e impropérios. Ao grupo reduzido, juntava-se agora a massa popular, então em pleno alvoroço festivo, nas comemorações da Páscoa. O pátio amplo foi invadido por uma aluvião de pessoas alegres.

Pedro e João compreenderam que as autoridades do Templo imprimiam caráter popular ao movimento de perseguição ao Messias, vingando-se de sua vitória na entrada triunfal em Jerusalém, como uma nova esperança para o coração dos desalentados e oprimidos.

Depois de ligeiro entendimento, o filho de Zebedeu voltou a Betânia, a fim de colocar a mãe de Jesus ao corrente dos fatos, enquanto Pedro se misturava à aglomeração, de maneira a observar em que poderia ser útil ao Messias.

O ambiente estava já preparado pelo farisaísmo para os tristes acontecimentos do dia imediato. Em todas as rodas, falava-se do Cristo como de um traidor ou revolucionário vulgar. Alguns comentadores mais exaltados o denunciavam como ladrão. Ridicularizava-se o seu ensinamento, zombava-se de sua exemplificação e não faltavam os que diziam, em voz alta, que o Profeta Nazareno havia chegado à cidade chefiando um bando de salteadores.
O velho pescador de Cafarnaum sentiu a hostilidade com que teria de lutar, para socorrer o Messias, e experimentou um frio angustioso no coração. Sua resolução parecia vencida. A alma ansiosa se deixava dominar por dúvidas e aflições. Começou a pensar nos seus familiares, em suas necessidades comuns, nas convenções de Jerusalém, que ele não poderia afrontar sem pesados castigos. Com o cérebro fervilhando de expectativas e cogitações de defesa própria, penetrou no extenso pátio, onde se adensava a multidão.
Para logo, uma das servas da casa se aproximou dele e exclamou, surpreendida:

-Não és tu um dos companheiros deste homem?- indagou, designando a cela onde Jesus se achava encarcerado.

O pescador refletiu um momento e, reconhecendo que o instante era decisivo, respondeu, dissimulando a própria emoção:

-Estás enganada. Não sou.
O apóstolo ponderou aquela primeira negativa e pôs-se a considerar que semelhante procedimento, aos seus olhos, era o mais razoável, porquanto tinha de empregar todas as possibilidades ao seu alcance, a favor de Jesus.
Fingindo despreocupação, o irmão de André se dirigiu a uma pequena aglomeração de populares, onde cada qual procurava esquivar-se ao frio intenso da noite, aquentando-se junto de um braseiro. Novamente um dos circunstantes, reconhecendo-o, o interpelou nestes termos:
-Então, vieste socorrer o teu Mestre?

- Que Mestre?- perguntou o pescador de Cafarnaum, entre receoso e assustado. - Nunca fui discípulo desse homem.

Fornecida essa explicação, todo o grupo se sentiu á vontade para comentar a situação do prisioneiro. Longas horas passaram-se para Simão Pedro, que tinha o coração a duelar-se com a própria consciência, naqueles instantes penosos em que fora chamado ao testemunho. A noite ia adiantada, quando alguns servidores vieram servir bilhas de vinho. Um deles, encarando o discípulo com certo espanto, exclamou de súbito:

-É este!... É bem aquele discípulo que nos atacou a espada, entre as árvores do horto!...

Simão ergueu-se, pálido, e protestou:

-Estás enganado, amigo! Vê que isso não seria possível!...

Logo que pronunciou sua derradeira negativa, os galos da vizinhança cantaram em vozes estridentes, anunciando a madrugada.

Pedro recordou as palavras do Mestre e sentiu-se perturbado por infinita angústia. Levantou-se cambaleante e, voltando-se instintivamente para a cela em que o Mestre se achava prisioneiro, viu o semblante sereno de Jesus a contemplá-lo através das grades singelas.

***

Presa de indizível remorso, o apóstolo retirou-se, envergonhado de si mesmo. Dando alguns passos, alcançou os muros exteriores, onde se deteve a chorar amargamente. Ele, que fora sempre homem ríspido e resoluto, que condenara invariavelmente os transviados da verdade e do bem, que nunca conseguira perdoar às mulheres mais infelizes, ali se encontrava, abatido como uma criança, em face de sua própria falta. Começava a entender a razão de certas experiências dolorosas de seus irmãos em humanidade. Em seu espírito como que desabrochava uma fonte de novas considerações pelos infortunados da vida. Desejava, ansiosamente, ajoelhar-se ante o Messias e suplicar-lhe perdão para a sua queda dolorosa.

Através do véu de lágrimas que lhe obscurecia os olhos, Simão Pedro experimentou uma visão consoladora e generosa. Figurou-se-lhe que o Mestre vinha vê-lo, em espírito, na solidão da noite, trazendo nos lábios aquele mesmo sorriso sereno de todos os dias. Ante a emoção confortadora e divina, Pedro ajoelhou-se e murmurou:
-Senhor, perdoai-me!

Mas, nesse instante, nada mais viu. Na confusão de seus angustiados pensamentos, luar alvíssimo enfeitava de luz as vielas desoladas. Foi aí que o antigo pescador refletiu mais austeramente, lembrando as advertências amigas de Jesus, quando lhe dizia: -“Pedro, o homem do mundo é mais frágil do que perverso!...”

Humberto de Campos/Chico Xavier

Do livro “BOA NOVA”, FEB.

(Texto copiado na internet do site http://br.dir.groups.yahoo.com/group/espiritasesimpatizantes/message/18947)

Prédio no Monte Sion que simboliza o Cenáculo, onde teria ocorrido a ultima Ceia. Jerusalém, Israel

Foto Ismael Gobbo

Se te for possível faça uma visita ao Prof. Celso Martins Rio de Janeiro, RJ


OS PREZADOS
QUEM PUDER FAZER UMA VISITA AO CONFRADE PROF. CELSO MARTINS QUE SE ENCONTRA NA CASA DE REPOUSO NA RUA IBITURUNA,20, MARACANÃ, RIO DE JANEIRO,RJ.

(Informação e foto recebidos em email de CRUZADA ESPÍRITA PAULO DE TARSO [cruzadaptarso@hotmail.com])


NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 31-01-2012

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Chico e Divaldo

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Anfitrião e amigo de Divaldo Pereira Franco, amigo e constante visitante às tarefas de Chico Xavier, no início dos anos 1970 fomos portador de abraços e de recados de ambas as partes.

Finalmente, ocorreu o esperado reencontro. Amigos de ambos estavam presentes às primeiras reuniões com Chico Xavier, em Uberaba.

Entre as memoráveis reuniões com Chico e Divaldo, algumas nos marcaram muito.

Na tradicional reunião do Grupo Espírita da Prece, aos 14 de fevereiro de 1978, Divaldo proferiu uma bela exposição sobre Florence Nightingale, ao ensejo do estudo da questão no. 876 de O Livro dos Espíritos. Outros, inclusive nós, fizemos uso da palavra. Naquela noite, Chico permaneceu recolhido à câmara de psicografia durante oito horas consecutivas, atendendo ao receituário. Após seu retorno, por volta das duas horas da madrugada, ocorreram as psicografias em público. Chico Xavier psicografou uma página de Emmanuel, sobre os estudos da noite, e uma carta de um jovem desencarnado. Divaldo recebeu uma carta assinada por Lolo (apelido familiar de um tio nosso) e dirigida a mim e à minha esposa, que acompanhávamos a reunião1.

No dia seguinte, muitos visitantes acompanharam Chico Xavier à "peregrinação" vespertina. Chico cedeu a Divaldo todo o tempo disponível para a preleção sobre O Evangelho Segundo o Espiritismo. À noite, no Grupo Espírita da Prece, novamente se repetiram as psicografias. Desta feita, o tema central foi o "dia das mães" e quatro belas mensagens foram recebidas: de Maria Dolores, através de Chico Xavier; de Amélia Rodrigues, por Divaldo; de Meimei, por Marlene Rossi Severino Nobre e, de Emmanuel, por intermédio de uma colaboradora do Grupo Espírita da Prece.

Durante o ano de 1980, Divaldo assumiu um papel muito ativo na campanha para o "Prêmio Nobel da Paz 1981" para Chico Xavier.

Aos 5 de novembro de 1980 assistimos à cerimônia em que Divaldo Pereira Franco recebeu o título de "cidadão uberabense". Chico Xavier compareceu e usou da palavra na solenidade. A uberabense Altiva Noronha esmerou-se nos preparativos e na organização do evento.

Nos últimos dias de julho de 1983 foi lançado em Uberaba o livro "...E o amor continua", contendo mensagens psicografadas por Francisco Cândido Xavier e por Divaldo Pereira Franco2. No novo livro foram incluídas cartas familiares recebidas por ambos, em reuniões públicas de Uberaba. A propósito, esclareceu Chico Xavier na referida obra: "Este livro é o ponto de junção de dois tarefeiros da mediunidade, expressando o sentimento e a palavra dos comunicantes amigos..." Além das mensagens familiares recebidas pelos dois médiuns, há o estudo para a identificação dos autores espirituais.

Outro encontro significativo dos dois tarefeiros, que presenciamos, aconteceu nos dias 14 e 15 de fevereiro de 1986. Na oportunidade, Divaldo fez explanação sobre os estudos da noite: paciência e "bem aventurados os aflitos" e psicografou mensagens de Joanna de Ângelis e cartas familiares. Entre estas, na noite de sábado, recebeu mensagem de Lourival Perri Chefaly, nosso tio. Este se dirigia à nós e a esposa Célia, à irmã Bebé e vários sobrinhos de Araçatuba e de Votuporanga, que acompanhavam as atividades daquele final de semana.

Notas:

1 – O autor comentou a mensagem na revista Presença Espírita (Salvador, junho de 1978) e incluiu-a no livroEm Louvor à Vida, em pareceria com Divaldo Pereira Franco, Salvador: Ed. LEAL, 1987.

2 – Editora LEAL, Salvador.

(Capítulo transcrição de: Perri de Carvalho, A.C. Chico Xavier. O homem e a obra. 1.ed. São Paulo: Ed.USE, 1997, p. 47-49)



Divaldo Pereira Franco, no centro, recebendo o titulo de Cidadão

Uberabense, em 1980, Observado por Francisco Cândido Xavier (E)


Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco (D) conversam em Peregrinação,

na cidade de Uberaba, MG, no ano de 1978. Na foto também aparecem

o casal Wealker e Zilda.

Peregrinação em Uberaba, MG, tendo à frente Divaldo Pereira Franco (E) e

Chico Xavier, no ano de 1978. César Perri ao fundo à esquerda

A partir da esquerda: Doralice Gomes Feitosa, Josefina Perri Cefaly de

Carvalho “Bebé”, Antonio César Perri de Carvalho, Chico Xavier

e Célia Carvalho.

Nilson, Lourival Perri Cefaly e Divaldo

Capa do livro “Em Louvor à Vida”


As fotos que ilustram esta matéria pertencem ao acervo particular de Antonio César Perri de Carvalho e só poderão ser utilizadas em outras matérias com sua autorização expressa.



NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 30-01-2012

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domingo, 29 de janeiro de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (124) José Reis Chaves

José Reis Chaves

Nosso entrevistado José Reis Chaves é escritor e orador espírita residente em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Tendo sido seminarista, Reis Chaves se aprofundou no estudo da Bíblia e hoje, como espirita, aproveita seus amplos conhecimentos dos temas bíblicos para compará-los com a doutrina espírita. Com isto, tem vários livros editados, escrito artigos para jornais e revistas, participado de programas de rádio e TV e realizado conferências e seminários por todo Brasil. Uma ótima e esclarecedora entrevista é o que José Reis Chaves gentilmente nos oferece.

Caro amigo de ideal José Reis Chaves, pode nos fazer sua autoapresentação?

Sou filho de João Rodrigues dos Reis Milagres e Ana Milagres Chaves. Somos 8 irmãos, 2 homens e 6 mulheres. Nasci em 4 de julho de 1935, em Joselândia, Município de Conselheiro Lafaiete, MG. Hoje Joselândia pertence ao Município de Santana dos Montes, MG. Mas fui criado na cidade de Conselheiro Lafaiete. Fui para o seminário com 15 anos, em Congonhas, MG. Sou casado com Justina Ines Valandro com a qual tenho 2 filhos, Camila e Tiago, ambos engenheiros. Do primeiro casamento tenho os filhos Lilian, Marcia e Ricardo, que é professor de direito.

Qual a sua formação acadêmica?

Estudei para padre Redentorista e me formei em Comunicação e Expressão (professor de português e literatura) na PUC-Minas.

Como você conheceu o Espiritismo, e desde quando o frequenta?

Eu sou de uma família muito católica, daí eu ter ido estudar para padre, e sempre fui muito interessado por assuntos espiritualistas. E as questões espíritas, aceitas ou refutadas, estão sempre presentes na vida das pessoas. A reencarnação, por exemplo, é um assunto que incomoda todo mundo, não importando de que religião a pessoa seja. A mim, por exemplo, ela incomodava muito. Ataquei-a muito, mas no íntimo, eu tinha minhas dúvidas. E me perguntava será que ela não existe mesmo? Por isso, fiquei uns dois anos pesquisando-a na Bíblia, na qual encontrei textos que a sugestionam e alguns que falam claramente sobre ela. E minha convicção foi tão forte, que acabei escrevendo um livreto intitulado “Renascimento da Reencarnação”, Ed. SER, Brasília, DF. Com esse livro, eu queria dizer que a reencarnação, que já pertenceu ao cristianismo primitivo, estava renascendo no cristianismo, de que eu próprio era um exemplo disso, já que eu era muito católico. Depois, eu descobri os fenômenos mediúnicos na Bíblia, denominados por são Paulo de dons espirituais. E a descoberta da reencarnação e desses fenômenos mediúnicos na Bíblia me fez tornar de vez um espírita, há mais ou menos 15 anos.

A qual casa a está vinculado presentemente, e quais atividades que nela desenvolve?

Estou mais ligado à Fraternidade Espírita Caminheiros da Luz, de Belo Horizonte, e, também, onde faço um estudo semanal da Doutrina Espírita com o respaldo bíblico para um grupo de estudiosos do Espiritismo. Também no Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo, em Santa Luzia, MG, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte, eu faço, além de palestras, gravações de programas radiofônicos para 162 emissoras de rádio de cidades de todos os Estados do Brasil. E nesta instituição Eurípedes Barsanulfo, eu colaboro também, como revisor e apreciador de obras para a Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier.

Faça-nos, por favor, uma síntese de sua trajetória pelo movimento espírita durante esses anos, demonstrando-nos seu trabalho em livros, a sua divulgação do Espiritismo, detalhando melhor esse assunto nas perguntas abaixo.

Desde quando me tornei espírita, eu tenho participado de muitos programas de rádio e TV, em Minas e outros Estados, e feito palestras e seminários em várias cidades brasileiras. E tenho também alguns DVDs gravados.

Quais os livros espíritas de sua autoria?

“A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”, 8ª Edição, e “A Face Oculta das Religiões”, ambos da Ed. EBM, editados anteriormente pela Ed. Martin Claret. Outros livros são “A Bíblia e o Espiritismo”, do Espaço Literarium, da Ed. Atualizar Direito, de BH; “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, 2ª Edição, Ed. Chico Xavier; “Presença Espírita na Bíblia”, Ed. Sinal Verde, SP, etc. E tenho, há 11 anos, às segundas-feiras, uma coluna no diário O TEMPO, de Belo Horizonte, que pode ser lida também em www.otempo.com.br (Procurar o item “Todas as colunas”). No final de cada matéria, há um espaço para comentários dos leitores, espaço esse que se tornou um verdadeiro fórum de religiões, em que o Espiritismo tem sido muito defendido por leitores espíritas, inclusive de outros países, com grande vantagem sobre os detratores do Espiritismo.

Pode nos sintetizar os assuntos de que tratam?

Minhas atividades espíritas em livros, artigos, palestras, seminários, rádio, TV, DVDs. Têm um enfoque especial bíblico. Antes deu eu ter abraçado o Espiritismo, eu usava a Bíblia para ataca-lo. Hoje, eu faço o caminho inverso: Eu uso a Bíblia para defendê-lo. Creio que isso é importante, porque os adversários religiosos da Doutrina Espírita usam exatamente a Bíblia para atacá-la.

Na Introdução de o Evangelho Segundo Espiritismo, Kardec nos diz que o Espiritismo se nos depara por toda parte na antiguidade e nas diferentes épocas da história da humanidade. Como especialista em assuntos bíblicos, diga-nos onde o Espiritismo pode ser visto na Bíblia.

Ismael, quando Moisés, no capítulo 18 de Deuteronômio proíbe que os judeus se comuniquem com os espíritos dos mortos, devemos atentar para o fato de que essa própria proibição de Moisés nos prova que existe esse contato. Ademais, a autoria dessa proibição é de Moisés e não de Deus. Não podemos confundir as 613 leis mosaicas com as leis divinas. Essas leis mosaicas são uma espécie de constituição do povo hebreu da época do Velho Testamento. Algumas delas são até contrárias as leis de Deus. Moisés, por exemplo, manda matar os adolescentes rebeldes (Deuteronômio 21: 21), o que é contra a lei de Deus. E Moisés proibiu o contato com os espíritos dos mortos, que, na verdade continuam vivos, porque o povo não estava preparado para esse contato. Por isso, ele aprovou o contato com os espíritos que fizeram Heldade e Medade, pois Moisés sabia que eles eram médiuns especiais e estavam, pois, preparados para esse contato. (Números 11: 24-30). Diz-nos a Bíblia Católica que Samuel profetizou até depois de morto. (Eclesiástico ou Siracides 20: 46). Ora, se ele profetizou depois de sua morte, é porque ele se manifestou depois de estar no além.

Temas como a reencarnação, a pluralidade dos mundos, a Lei de causa e Efeito, a comunicabilidade com os espíritos, dentre outros, fizeram parte das crenças e religiões dos povos antigos?

A crença na reencarnação, embora para algumas civilizações ela fosse, às vezes, em forma de metempsicose, que nós espíritas não aceitamos, todos os povos antigos: egípcios, indianos, gregos, indígenas etc. adotaram-na como explicação para a sobrevivência do espírito imortal. Também a comunicação com os espíritos dos mortos e a Lei de Causa e Efeito, doutrina que mais claramente e de modo convincente explica a Justiça Divina, estavam presentes em todos os povos antigos. Por isso, a Bíblia as menciona, várias vezes, tanto no Velho como no Novo Testamento. E a crença na pluralidade dos mundos sempre foi também uma constante na vida de todos os povos, obviamente variando os conceitos desses mundos para cada povo.

Você acredita que foi real o chamado milagre da transformação da água em vinho por Jesus nas Bodas de Caná?

A Bíblia está cheia de metáforas. E não querendo entrar no grupo dos exegetas que abusam das interpretações metafóricas dela, eu não descarto a possibilidade de que esse episódio denominado de o primeiro milagre de Jesus possa ser uma metáfora no sentido de que Jesus quis se mostrar solidário e participante das alegrias daquele casamento. Reforçam essa hipótese dois fatos: a presença da Mãe de Jesus naquela festa de casamento, e o seu próprio interesse demonstrado para que houvesse a transformação da água em vinho, pois ela dá instruções aos empregados para cumprissem as instruções de Jesus. Porém, além dessa hipótese de metáfora de solidariedade e de participação demonstradas por Jesus, admito também que possa ter havido de fato o fenômeno da transformação da água em vinho, o que está de acordo com os postulados espíritas, que nos ensinam a respeito dos fenômenos mediúnicos de materializações, ectoplasmia e de transmutação da matéria. Essa interpretação literal está, pois, de pleno acordo com a Doutrina Espírita que, aliás, considera esse fenômeno das Bodas de Caná, tomado em seu sentido literal, mas que não é visto como sobrenatural ou, como se diz, milagroso, e sim, como natural. Tenho dito muito que é superstição considerar esses fenômenos mediúnicos como sendo sobrenaturais.

Teria Jesus sido tentado pelo satanás na forma como descrita nos Evangelhos?

Os teólogos antigos e muitos ainda da atualidade fazem uma confusão dos diabos com o diabo. Na verdade diabo e satanás (diabolos em grego) não são espíritos, mas adversários, ou seja, nossos pecados ou faltas. Demônios (“daimones” em grego), sim, são espíritos, mas como nós espíritas sabemos, são espíritos humanos, e não outra categoria de espíritos. Espíritos bons não atormentam as pessoas. Por isso, todo demônio que Jesus tirava das pessoas era mau (atrasado). Daí que as pessoas passaram a entender que todo demônio é mau, o que é errado. Há também os demônios bons e até santos, que só fazem o bem. Platão foi chamado de demônio divino. E Sócrates dizia que seu demônio o protegia. E um detalhe, Jesus tirava demônios das pessoas, mas nunca tirou satanás, diabo, satã, serpente e dragão!

Agora, sobre a tentação de Jesus, poderia ser de um espírito (demônio), mas como o texto diz, pode ter sido também de satanás ou diabo (desejo de cometer um erro, falta), isto é, tentação para satisfazer ao ego. Mas Jesus não caiu na tentação. E é o que pedimos no Pai Nosso para que não caiamos na tentação. Ser tentado, pois, é normal. A gente não pode é cair na tentação. E essa passagem bíblica mostra-nos uma questão interessante, ou seja, que Jesus é de fato um homem, pois, se Ele fosse Deus, não seria jamais tentado.

E sobre a estrela de Belém?

A Estrela de Belém, como os astrônomos afirmam, não foi um fenômeno astronômico. Com mais razão e em consonância com a Doutrina Espírita, podemos dizer que foi um fenômeno mediúnico em forma de luz, como é muito como é muito comum os espíritos se manifestarem em forma de luz, relâmpago, clarão, tocha etc. Cito aqui o fenômeno da sarça ardente no Monte Sião. E, para terminar, este outro do Apocalipse 4: 5: “Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e diante do trono ardem sete tochas de fogo, que são sete espíritos de Deus”.

Você acredita que as ideias cristãs espíritas possam ser assimiladas por povos que engrossam outras correntes religiosas?

As ideias espíritas estão presentes entre todos os povos, como já foi dito. Desde que o mundo existe, os espíritos têm se manifestado. Aliás, primeiramente, as pessoas descobriram os espíritos através dos médiuns. Daí surgiu o politeísmo ou crença em muitos deuses, pois como acontece até na Bíblia, as pessoas confundiam os espíritos com o Espírito do próprio Deus. A crença nas ideias espíritas é, pois, inata. Ela está, podemos dizer, no inconsciente coletivo das pessoas. Léon Denis disse uma grande verdade: “O Espiritismo não é a religião do futuro, mas o futuro de todas as religiões”. De fato, podemos afirmar que, hoje, todas as religiões, inclusive as cristãs, têm adeptos das ideias cristãs do Espiritismo. E nisso, merece destaque a Igreja Católica, cuja doutrina da “Comunhão dos Santos” é espírita e que, justamente por isso é um dos dogmas da Igreja. Aqui, pois, o dogma é a favor do Espiritismo.

E você acredita que o movimento espírita vai bem?

O Espiritismo cresceu muito no Brasil. Por isso, temos correntes que fogem da essência doutrinária espírita. Mas essa essência doutrinária prevalecerá. Lembro aqui que as religiões divergem por suas questões secundárias, mas são unidas nas questões essenciais. Devemos primar pela pureza da nossa querida Doutrina codificada por Kardec. Mas devemos evitar o radicalismo religioso de qualquer espécie, pois é esse radicalismo que mais divide as religiões e até anula a característica principal das religiões, que é o amor a Deus, que passa pelo crivo do amor aos nossos semelhantes de modo irrestrito e incondicional, como nos ensinou o Mestre dos mestres, amor até para com os nossos inimigos.

Suas palavras finais aos nossos leitores.

Agradeço a você, Ismael, por me ter dado a oportunidade dessa entrevista, e a todos os que me honrarem com sua leitura. E que Deus, Jesus e Maria abençoem a todos nós.

José Reis Chaves em 1971 no documento de inscrição

Para o vestibular da Universidade Católica de Minas Gerais

Sr. João, pai de José Reis Chaves em foto de 1980

José Reis Chaves com a mãe, dona Ana, em foto de 1995

José Reis Chaves com sua irmã mais velha em 2002

José Reis Chaves acolitando a única neta, Bianca, em 2005

José Reis Chaves proferindo palestra no FEIG- Fraternidade Espírita

“Irmão Glaucus” em Belo Horizonte, MG

Festa em familia de José Reis Chaves no ano de 1998. Lilian, filha, a ex-esposa Vanilda, a filha Márcia, José Reis Chaves e o filho Ricardo

José Reis Chaves em Salvador, no ano de 2000

José Reis Chaves e a esposa Justina Ines Valandro

José Reis Chaves com os filhos Camila e Tiago no ano de 2002

José Reis Chaves participando do programa de rádio de Jair Fabre,

que não aparece na foto, na cidade de Mar de Espanha, MG.

Ao seu lado uma espírita do Rio de Janeiro que também participou do programa.

José Reis Chaves na Bienal do Rio de Janeiro, 23/5/2003

José Reis Chaves no ano de 2003, sendo entrevistado pelo SBT durante o

19º. Congresso Espírita do Estado de Goiás, no qual foi um dos expositores

José Reis Chaves em palestra no C.E. Francisco de Assis, em Araçatuba, SP Foto Ismael Gobbo

OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.




sábado, 28 de janeiro de 2012

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 28-01-2012

Clicar aqui:
http://www.noticiasespiritas.com.br/2012/JANEIRO/28-01-2012.htm

Sobre a Rádio CEAC – Bauru, SP Entrevista com Sidney Francez Fernandes

Entrevista de Sidney Francez Fernandes para

o “Noticias do Movimento Espírita” falando

sobre a Rádio Ceac, de Bauru, SP, cuja pro-

gramação vem obtendo muito sucesso. Aqui,

Sidney descreve a iniciativa, o desenvolvimen-

to do projeto, como foi implantado, como fun-

ciona, a programação e dicas a quem queira

montar um projeto similar de rádio Web.


Sidney Francez Fernandes


Sidney, de quem foi a ideia para o surgimento da Rádio CEAC?

Ismael, foi Richard Simonetti quem trouxe a ideia de Vitória (ES) aonde esteve em ciclo de palestras. Apresentou a sugestão em Reunião de Diretoria do Centro Espírita Amor e Caridade de Bauru, entidade da qual somos diretores. No dia 15 de julho de 2011 mandei o primeiro email a ele, dizendo que a sugestão me agradava, propondo-me a formar uma equipe para montar a Rádio Ceac.

Quando começaram a definir o projeto?

Começamos a definir o projeto em reunião realizada no dia 23 de julho de 2011. Com a presença de Milton Puga (publicitário), Giovani Neto (radialista) e Luiz Mello (web designer), esboçamos qual seria a linha de atuação da rádio, que seria apresentada à Diretoria do Ceac na quinta-feira subsequente.

Onde está a localização física da rádio?

A diretoria do CEAC tem apoiado incondicionalmente a proposta da Rádio Ceac. Não nos tem faltado recursos e incentivo. Em tempo recorde foi construído o estúdio da nossa rádio no andar térreo do Centro Espírita Amor e Caridade, localizado à Rua Sete de Setembro, 8-30, no centro de Bauru (SP). Estamos partindo agora para a aquisição dos equipamentos eletrônicos para gravação, edição e aperfeiçoamento das transmissões ao vivo. Mas já estamos contando com computadores de última geração necessários para a operacionalização do projeto.

Poderia nos dar dados técnicos sobre o funcionamento da rádio?

Implantar um rádio web é relativamente simples. A princípio há necessidade apenas de um bom computador, conexão rápida com a internet e um provedor para rádio web. Contando com material já disponibilizado nas livrarias, você tem livros radiofonizados, palestras e mensagens. Trabalhando com uma extensão bem leve como MP3, basta alimentar o provedor e fazer os agendamentos de sua programação. Depois disso, gradativamente, começar a gravar palestras de sua casa espírita e inseri-las no que os técnicos de rádio chamam de playlists. Ninguém deve se assustar com esses termos, são providências simples ao alcance de qualquer pessoa.

Se alguém tiver interesse em montar um rádio web espírita deve escrever para contato@radioceac.com.br ou para Marcos Henrique, que monta e conhece tudo a respeito do assunto através do email contato@radioradio.com.br.Importante lembrar que a rádio espírita, por menor que seja a casa espírita, pode se transformar em excelente instrumento de comunicação com agendamentos de reuniões, promoções, divulgação das atividades do centro, divulgação do livro e mensagens espíritas e muitas outras coisas mais. A socialização da casa ganha muito com isso também. Você já pensou em ouvir um “parabéns” na data do seu aniversário através da rádio do seu centro?

A rádio tem uma diretoria própria ou se vincula à diretoria do CEAC?

Vincula-se aos departamentos de divulgação e doutrina do CEAC.

Quem são os responsáveis pela grade da programação?

Muita gente ajuda. Mas, a responsabilidade direta pela grade e pela manutenção da rádio é de um diretor e um funcionário.

Você tem parceria para obter o material que é levado ao ar?

Muitas parcerias. Recebemos um maravilhoso material de várias casas espíritas que costumam gravar palestras. Aqui em Bauru retiramos o áudio e convertemos para MP3. Essa despesa de conversão poderá ser evitada pelas futuras rádios em formação. A Rádio Ceac coloca todo o seu conteúdo à disposição de quem queira efetivamente montar uma rádio espírita. Mas, geralmente, cada cidade já tem esse material disponível. Basta usá-lo. Quanto às músicas, recebemos gratuitamente mais de 3000 músicas de boa qualidade de uma emissora católica, que sensibilizou-se com o projeto. Recebemos também muito material de irmãos evangélicos que já trabalham há mais tempo que nós nessa área.

Quais as matérias produzidas por vocês mesmos?

O Centro Espírita Amor e Caridade de Bauru tem reuniões públicas em todos os dias da semana, exceto sábado. Transmitimos ao vivo e gravamos todas as reuniões. Embora por enquanto ainda estejamos nos utilizando desse material apenas nas reprises diárias, daqui a pouco esse material armazenado poderá alimentar a Rádio Ceac e muitas outras rádios interessadas. Em todas as segundas e quartas-feiras Richard Simonetti faz palestras no salão principal do CEAC, aqui em Bauru. Uma vez por mês responde a perguntas no que chamamos de pinga-fogo. Esse material é precioso e é veiculado com prioridade pela Rádio Ceac.

Que critérios adotam para montar a programação?

Pureza doutrinária espírita e escolha de músicas de boa qualidade. Divaldo Franco, Richard Simonetti , Raul Teixeira, Orson Carrara, José Reis Chaves, Dr. Aguinaldo de Paula Vasconcelos, TV Transição, Programas da Rádio Boa Nova, A Música no Tempo, do consagrado Valdir Lopes de Figueiredo, só para citar os nomes mais conhecidos, tem presença constante na Rádio Ceac. As músicas geralmente são instrumentais, mas os jovens ouvintes começam a pedir músicas cantadas da MPB. Vamos atendê-los sem fugir da linha contida da Rádio Ceac.

Presentemente qual é a grade?

A programação não pára. São 24 horas no ar. Começa à meia-noite com uma palestra de um convidado. Essa palestra será repetida às 6 da manhã, às 12 e às 18 horas.

Depois vem a Madrugada CEAC. De 1 até 6 da manhã. Músicas de boa qualidade durante três horas, intercaladas de mensagens doutrinárias. Às duas da manhã começam as reprises das palestras do CEAC: mesma palestra vai se repetir às 4, às 10, às 16 e às 22 horas.

Dependendo do dia da semana temos uma novela. Terminou agora “Sexo e Destino”. Daqui a algum tempo começaremos com novo tema. Já temos prontas as novelas “Violetas na Janela”, “Nosso Lar”, “Há Dois Mil Anos”, “50 Anos Depois”e “Vivendo nos Mundos dos Espíritos”.

Ainda não lançamos mas já temos pronto o programa “Instante Allan Kardec”, com a radiofonização de O Livro dos Espíritos e O Evangelho Segundo o Espiritismo. Esse material está disponível nas Livrarias Espíritas já em MP3.

Iremos lançar brevemente o programa “Um Dia com...”. Esse programa ainda está sendo montado, mas focalizará um grande personagem do movimento espírita. Durante algumas horas do dia apresentaremos palestras, mensagens e entrevistas com esse personagem.

O Centro Espírita Amor e Caridade mantém, há muitos anos, o Programa Diálogos Espíritas, através da Rádio Bandeirantes local. Esses programas são editados e reprisados em três dias da semana pela Rádio Ceac.

O Clube da Rádio Boa Nova disponibiliza muitos programas em seu site. Basta inscrever-se como sócio para ter direito de fazer o download de vários programas de excelente qualidade.

Acabamos de lançar o programa “Presença Espírita”, apresentado por Miguel de Jesus Sardano. Nesse programa ele comenta o maravilhoso trabalho realizado por Divaldo Pereira Franco. A Rádio Boa Nova disponibiliza esse programa para seus sócios.

O excepcional programa A Música no Tempo, produzido em apresentado por Valdir Lopes de Figueiredo -www.radioclassica.com.br – faz parte da nossa programação, assim como de muitas outras FMs do Brasil.

Está ainda em fase de organização o programa CANTANDO A DOUTRINA ESPÍRITA que apresentará oradores que falam, tocam e cantam.

Enfim, dependendo da dedicação e criatividade, não há limites.

Tem ideia dos desdobramentos futuros do projeto?

Sim. A rádio entrou ao ar definitivamente no dia 02 dezembro de 2011. Com a programação especial de Natal estávamos torcendo para chegar a 10.000 visitantes. Passamos a casa dos 12.000. Ao término desta entrevista estaremos contabilizando quase 17000 visitantes. Richard Simonetti prevê, com o sucesso inesperado da Rádio Ceac, que daqui a alguns anos teremos mais gente acompanhando a Doutrina Espírita pela Web Rádio Espírita do que comportariam as instalações dos nossos centros espíritas. Pretendemos começar um curso de espiritismo à distância, pela Rádio Ceac. Gostaríamos que as pessoas interessadas se manifestassem na seção de recados do nosso sitewww.radioceac.com.br para termos uma projeção do interesse pelo assunto.

A Rádio pode virar TV web?

Pode. Muitas outras já viraram. Mas, ai já é outra tecnologia que precisamos aprender e aplicar. E quem sabe, futuramente, conseguiremos o prefixo de uma rádio comunitária com o sinal aberto?

Como a rádio pode ser sintonizada?

www.radioceac.com.br ou, pelo celular www.radioceac.com.br/mobile/index.php .

Indique-nos outras emissoras virtuais que possam ser divulgadas ao público espírita

www.radioboanova.com.br

www.radioespirita.org.br

http://www.radioespirita.net/

http://www.radiosinteseweb.com.br/

www.radiocecem.com.br

Caro Sidney agradecemos pelos seus esclarecimentos oportunos acerca da Rádio Ceac. Temos certeza que

serão muito úteis a tantos quantos se lançarem a igual iniciativa. Muito grato pela atenção As suas despedidas aos nossos leitores por gentileza.

Ismael, a maior caridade perante a Doutrina Espírita é a sua divulgação. O veículo Rádio Web Espírita está praticamente ao alcance de todos nós. Se apenas atingíssemos os frequentadores de uma pequena casa espírita, já teríamos valioso instrumento interno de comunicação. Mas, a mensagem espírita colocada à disposição do mundo inteiro é algo quase inacreditável. Imaginemos o codificador da Doutrina Espírita, que escreveu tudo à mão, com parca iluminação e recursos e muitas críticas e perseguições, com os recursos que temos à disposição agora! Imaginemos ouvir Allan Kardec por todas as partes do mundo, desvendando os segredos do desconhecido e trazendo o Cristianismo Redivivo! Não dispomos de Kardec mas temos Divaldo, Raul Teixeira, Orson Carrara, Richard Simonetti e tantos outros, não tão conhecidos, mas da mesma forma mantendo acesa a luz da mensagem espírita. O computador, a internet e a comunicação digital estão à nossa disposição. Precisamos otimizar a divulgação da mensagem espírita através desses modernos recursos, para levar o consolo e o esclarecimento a quem tem interesse em aprender, evoluir e construir um mundo melhor. Estamos começando a dar os primeiros passos...

Abaixo fotos do estúdio da Rádio Ceaci e fachada do C.E. Amor e Caridade, Bauru, SP

Sidney Francez Fernandes e Richard Simonetti, o pai da idéia

Sidney Francez Fernandes

Sidney Francez Fernandes

e o assistente Jonatas Gomes dos Santos

Richard Simonetti participando da programação