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domingo, 10 de julho de 2011

Focalizando o Trabalhador Espírita (No. 96) Gloria Antonia Collaroy

Glória Collaroy

Entrevista para Ismael Gobbo ao Notícias do Movimento Espírita

Hoje entrevistaremos nossa companheira de ideal espírita Glória Antonia Collaroy, uma destacada trabalhadora do movimento espírita em Sidney, na Austrália. Menina pobre de Soure, cidade da Ilha de Marajó, no estado do Pará, está naquele país desde o ano de 1973, onde se juntou às irmãs que lá já viviam e onde tambem se casou. Gloria, podemos dizer, soma-se a outros tantos pioneiros que desfraldaram a bandeira do espiritismo em terras australianas. Espírita convicta, idealista e batalhadora, honra o compromisso assumido de levar aos irmãos da Austrália a doutrina codificada pelo mestre lionês Allan Kardec em toda sua pureza e grandiosidade.

Gloria poderia nos fazer sua apresentação?

Sou Gloria Antonia Collaroy. Antonia, porque nasci no dia de Santo Antonio e Gloria, por ter sido uma gloria para meu avô, médico, que tinha que fazer uma viagem a Belém, onde faria uma cirurgia, e não gostaria de fazê-la antes da primeira netinha nascer. Nasci dois dias antes do dia da sua partida. Meus pais foram Osmar Nascimento e Fernanda Nascimento que, além de mim, tiveram mais 10 filhos. Vim ao mundo na cidade de Soure, na Ilha do Marajó, no estado do Pará. A minha cidade natal tem tradição na criação de búfalos, animais de grande porte, entre os quais me criei.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Nenhum diploma. Meu pai, que era Ferreiro, tinha o conceito de que mulher nasceu para ser dona de casa e pronto. Em Soure só estudei até o 4º. ano primário, em Belém, fiz o primeiro ano Ginasial e foi só.

Como você conheceu o Espiritismo e desde quando é Espírita?

Cresci vendo meu pai receber Espíritos, embora ele não suportasse a idéia. Com 11 anos, morando em Belém na companhia de uma tia, que era médium, numa tarde fomos até a União Espirita Paraense, assistir sessão de desobsessão. La me dei conta que via pingos de luzes verdes, lindos, tanto de olhos fechados como com eles abertos. Minha mãe conta que desde os 4 anos de idade eu via os espíritos, deixando-a em polvorosa. A conselho de meu avô, que era espírita, mamãe me levou para uma senhora que aplicava passes; ela fez um tratamento comigo e a partir de então não mais vi os espíritos, até a idade de 15 para 16 anos. Posso dizer que comecei mesmo a freqüentar o Espiritismo aos 18 anos, ocasião em que me encontrava muito enferma. A partir dali nunca mais parei de freqüentar as Casas Espíritas e estudar.

Pode nos descrever sua trajetória pelo movimento espirita no Brasil?

Sim, como já disse, comecei aos 18 anos na União Espirita do Pará, em 1961. Participei da Mocidade Espirita, ocasião em que tínhamos como dirigente o Mario Barbosa e, como Diretor, seu irmão Dr. Jonas Barbosa. Fui evangelizadora, participava dos cantos para juventude (coral), época de minha vida que me marcou. Jamais me esquecerei do quanto éramos felizes, onde reinava a alegria entre todos, a união, a fraternidade, as brincadeiras,as fugas para o cinema na sessão da tarde no Olímpia. Estudávamos O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns. Morei algum tempo em Tatuí, interior de São Paulo e São Jose dos Campos, no mesmo estado. Em seguida fui morar no Rio de Janeiro, onde freqüentava um Centro Espirita próximo de minha casa, no bairro do Meyer, já pedindo desculpas por não me lembrar do seu nome. Estive em Casa de Frei Luis, mas, de vez em quando, eu era levada por amigos ao Templo Tupyara, no Engenho Novo, subúrbio do Rio.

Desde quando você reside na Austrália e o que a levou a residir no país?

Vim para Sydney em 1973 a convite de minhas irmãs que já estavam aqui e também para me casar com um jovem maduro que já residia na cidade. Minha irmã Zuldicéia e meu cunhado Cardoso já eram casados e tinham dois filhos, e a outra, Nilda, era solteira. Tudo foi arranjado e no final de 5 meses eu me casei com o carioca Jorge Coelho,

Teria como nos fazer uma descrição do Espiritismo na Austrália?

Bem, essa é uma longa história que vou procurar resumir. Quando eu cheguei aqui em Sydney, fiquei decepcionada por não encontrar nada de Espiritismo. Tinha trazido na minha bagagem muitos livros Espíritas, mas com a dificuldade de falar o idioma inglês e a necessidade de trabalhar, uma vez que eu era arrimo de família, passei um largo período apenas estudando esses livros em casa. Passado algum tempo, devido a problemas meus de adaptação ao novo país, resolvemos, eu e o Jorge, voltar ao Brasil onde ficamos por pouco tempo e retornamos para a Austrália, na mesma cidade. Anos depois, junto com alguns brasileiros participei de reuniões, cada sábado na casa de um dos membros do grupo, para estudar o espiritismo. Até havia “comes e bebes” ao final de cada reunião. Devido alguns problemas, me afastei do grupo e passado mais algum tempo, quando ele já se encontrava mais organizado, voltei a participar por mais ou menos três anos. Nesta fase foi constituída uma Diretoria e fundou-se então o Centro Espírita “SEED OF LIGHT”, que significa “Sementes de luz”. Apenas para registrar, a minha sugestão era que fosse nomeado de Centro do Divino Mestre.

E ai tomou outro rumo?

Tendo deixado o Seed of Light, eu mais uma vez fiquei sem chão e resolvi junto a uma amiga que também havia deixado aquele centro, nos reunir e estudarmos juntas. Surgiu uma terceira interessada e então se iniciaram as reuniões na garagem de minha casa. Em nossa garagem, foi muito divertido, porque ficávamos de portas abertas, e a noite os mosquitos e alguma barata que entravam, se encarregavam de promover uma farra, era aquela gritaria, exigindo-nos cuidados para não queimarmos as pernas, pois colocávamos citronela debaixo da mesa para afastar os mosquitos. Como a garagem passou a ser insuficiente, pois só tínhamos 16 lugares, o resultado foi nos cotizar e partirmos em busca de novo endereço. Achamos um apartamento nos altos da Agência que nos alugou, aqui em Rockdale.

Ah!!, meus irmãos, ai vem a prova dos nove. Quando o dono da Agencia viu as cadeiras entrando, (ganhamos quase tudo da Maçonaria) ele ficou possesso, passou a gritar conosco, nos ameaçar com policia, dizendo que lá não era lugar para Igreja e que tínhamos de dar o fora. Tivemos que recorrer a um nosso amigo, que também freqüentava nossos estudos, e na condição de dono de Agência, ele sabia das regras e das Leis, dos direitos dos cidadãos, foi se acalmando e nos deixou ali ficar durante os 3 meses de contrato.

Uma verdadeira prova de fogo?

Ali era o momento crucial para desistirmos, porém, sentimos que tínhamos no leme Joana de Cusa e o pai Francisco de Assis a nos secundar. Fazia duas semanas que Chico Xavier havia desencarnado e nós estávamos vivendo um sufoco para encontrarmos outro lugar já que os dias de “tolerância” iam se esgotando.

Lembro-me de certo dia ter ido abrir a casa mais cedo, ainda no entardecer, e abrindo a janela comecei a chamar pela presença de Chico Xavier para nos ajudar. Eu chorava muito, pois o sufoco era grande e o momento exigia solução urgente. Em duas semanas, já tínhamos encontrado outro lugar em Kogarah, bairro vizinho de Rockdale, que é um lugar maravilhoso. E o mais interessante é que o dono da Agencia, Tony, um senhor grego, se encantou por nós. Abriu-nos as portas facilitando tudo, com aluguel igual, mas com luz e ar condicionado incluído.

Lá permanecemos por três anos e só saímos porque Divaldo, em sua segunda visita, nos disse da necessidade de introduzirmos na casa a Evangelização infantil. Como a sede se situasse em andar alto, com uma escada perigosa para as crianças, resolvemos mudar. Vejam que coisa interessante a fazer parte deste histórico. Aqui perto de minha casa, um minuto andando, existia uma casa cujo proprietário, que é médico, tinha o seu consultório de um lado e o outro lado da casa desocupado para locação. Eu passei durante um ano defronte do imóvel e não me dei conta do lado desocupado. Assim que Divaldo nos mostrou a necessidade de termos a Evangelização, imediatamente se descobriu a tal metade de casa pra alugar, e é nesse endereço que estamos até hoje

1 Lister Ave – Rockdale 2216

Fone – (02) 9597 6585

www.joanadecusa.org.au

E estão bem instalados?

Temos o nosso quintal, nossa cozinha, nossa entrada, nossa sala de estudos, nossa biblioteca “Irmã Clara”, e nossa sala de passes, Tereza D’Ávila.

Quero deixar claro, que os pioneiros do Espiritismo na Austrália foram os do Seed of Light, já que foram eles que iniciaram tudo. Quanto à nossa Fundação Joana de Cusa, teve inicio muitos e muitos anos atrás. Eu vendo a quantidade de roupas que as pessoas aqui doam, ficava doente em ver e sentir a necessidade dos brasileiros, tão carentes. Eu passei a mandar roupas para pessoas necessitadas, depois, mamãe também passou a me ajudar, ocasião que chegamos a enviar mais de 6 toneladas, entre roupas, calcados, bolsas, brinquedos e guarnições de cama, banho e mesa. Muitas foram as Instituições que receberam nossas doações, o trabalho foi ficando muito grande e então resolvemos registrar a Fundação.

Só que como já tínhamos também as reuniões dos Franciscanos, resolvemos nos reunir para decidir qual delas ficava no comando, ou a Joana de Cusa ou a Casa Espirita Franciscanos, Joana de Cusa aparece para um amigo nosso, médium vidente, e diz para que não terminássemos com a Fundação Joana de Cusa, sem nos ditar o que se deveria fazer. Isto ocasionou um momentâneo impasse, mas logo em seguida veio a decisão. Registramos a Fundação Joana de Cusa e fizemos da Casa Espirita Franciscanos, um departamento daquela. Aqui quem manda são as Clarissas, e são elas que estão no comando (risos).

Quais os trabalhos que vocês desenvolvem na casa?

Nossa Casa Espirita Franciscanos, abre todos os dias, pois precisamos trabalhar para recuperar o tempo que já desperdiçamos. Eis os trabalhos:

Segundas-feiras –Prece de abertura – Evangelho - Grupo da prece, onde todos participam orando – Livro dos Espíritos – Prece de encerramento e Passes

Terças-feiras – Sessão mediúnica (privada)

Quartas-feiras – Prece de abertura – Estudo dos livros de Andre Luis, já no 4º livro Obreiros da Vida Eterna – Livro dos Espíritos – Prece de encerramento – Passes

Quintas-feiras- INGLES – Prece de abertura – Green Light – Evangelho – Livro dos Espíritos - Prece de encerramento - Passes

Sextas-feiras – Prece de abertura – Evangelho – Curso de Médiuns - Prece de encerramento.

Sábados – Reservado para Evangelização – Curso de Passes – Trabalhos de voluntários na cozinha

Domingos – Nossos Eventos de almoços – Palestras

Tem informação de quantas casas espíritas funcionam no país?

Creio que umas seis

Há algum órgão de unificação do movimento espírita?

Que eu saiba, não.

Vocês promovem encontros entre casas espíritas?

Não, infelizmente.

Na vossa casa espírita qual a média de freqüentadores originários de outros países e de australianos?

Nossa, vamos arrumar aqui uma tigela de salada: brasileiros, portugueses, australianos, neozelandeses, turcos, norte americanos, sul americanos, suecos, malteses, ingleses, dentre outros. No total são aproximadamente 50 frequentadores adultos com alguns jovens participando. Estamos já em progresso para a organização da mocidade Espirita Australiana, para jovens com idade até 18 anos

Qual a visão do povo australiano sobre o Espiritismo?

Os australianos são um povo crente em Deus, mas se percebe que eles não sabem muito do que falam. São de descendência Anglicana, mas não os vejo tão religiosos.

Muitos espiritualistas, que são os que se interessam pelo Espiritismo, trazem a idéia dos fenômenos e quando chegam na casa e vêem que lá não existem o que buscam, se decepcionam e se afastam. Ainda são poucos os que permanecem; os quem ficam o fazem pela parte cientifica do Espiritismo. Na minha opinião aqui o Espiritismo ainda terá que ser trabalhado pelos filhos dos espíritas brasileiros. Eles é que terão essa tarefa de transformar os australianos em espíritas. Nós, de certa forma pioneiros, tivemos a tarefa de abrir uma clareira nesta mata virgem, usando ferramentas rudes, pás, picaretas, ou seja, dando duro. Costumo brincar e dizer que nós fomos os que jogaram pedras na cruz de Jesus, e, por isso, coube-nos a tarefa de deixarmos nossos torrões queridos e vir para cá, colocar em pratica aquilo que programamos na espiritualidade, cumprindo o compromisso assumido de promover a divulgação do Espiritismos em outros países.

Como você analise o Movimento Espírita de uma forma geral?

Este e um assunto difícil de se falar, porque trata-se de opiniões individuais, e nem todos estão aptos a entender o que vai no coração de cada um. Sou uma pessoa muitíssimo ocupada, sem tempo para mim mesma, aproveitando todos os minutos que tenho disponíveis. Mas costumo receber jornais, livros, revistas, ler através da internet e, na medida do que me é possível, também me inteirar dos bastidores do Movimento Espirita. Posso observar ainda muita política, até mesmo arengas entre os próprios espíritas, em notório clima de separação. É de se lamentar, já que devíamos dar o exemplo de espíritas que dizemos ser. Infelizmente ainda somos espíritas que não aceitamos sequer as criticas construtivas, todos querendo estar de posse da verdade, gerando conflitos entre os companheiros de mesmo ideal.

Tenho acompanhado debates desairosos entre nossos irmãos, o que me tem deixado confusa e triste, pois já temos ciência que não devemos perder a oportunidade que nos foi concedida em mais esta encarnação, onde precisamos trabalhar, ir a luta, nos unir, já que a união faz a força. Infelizmente e contrariamente a isso o que observo é a separação e a desunião solapando o nosso movimento espírita.

O que está a merecer atenção especial?

Eu poderia omitir este comentário, mas vou abrir o meu coração para dizer exatamente o que ele sente. Quero que os que me lêem, tentem me entender, por favor, considerem, reflitam antes de me julgar. Sei de antemão que muitos não aceitarão o que vou escrever aqui. Digo que o movimento espírita por parte de alguns está deixando muito a desejar e para provar isto vou me valer de dois casos grotescos envolvendo indevidamente duas figuras de escol conhecidas pelos espíritas do mundo todo: Dr. Inacio Ferreira e Chico Xavier.

Estes são dois Espíritos para os quais eu tenho carinho sem limites, merecendo eles todo meu respeito e considerações. É lamentável o que esta se passando com a memória desses dois vultos, no meu entender vítimas de verdadeira traição.

Vejamos a grosseria envolvendo Chico Xavier. Uma carta escrita por Chico, no ano de 1962, tratando de assuntos que já estavam devidamente explicados e superados, acabou chegando anonimamente e de forma covarde à TV Globo, cuja matéria divulgada teve ares de escândalo. Passou aquele momento lamentável e doloroso para o movimento espirita, e, dadas as explicações convenientes, o fato caiu no esquecimento a ponto de quase ninguém dele se lembrar.

Mas, por incrível que pareça, por ocasião do centenário de nascimento de Chico Xavier, nosso irmão Dr. Carlos Baccelli, por razoes que desconheço, mas que estranho, resolveu inserir a dita carta em seu livro “100 anos de Chico Xavier – Fenômeno Humano e Mediúnico”. É uma coisa inexplicável, mas me pareceu que nosso irmão manteve acesa a brasa em meio a cinzas para na ocasião propicia colocá-la a arder, trazendo novamente a público a carta que tantas lagrimas fez verter nosso querido Francisco Cândido Xavier. Por tabela entristeceu também a todos os espíritas que verdadeiramente o amam. Agora aqui vai uma pergunta: Isto é atitude coerente para alguém que se diz amigo de Chico Xavier?. Falemos agora das barbaridades que vem distorcendo a memória do Dr. Inácio Ferreira, um homem que dedicou mais da metade de sua vida em prol do Sanatório Espirita de Uberaba, trabalhando com amor aos ali internados com problemas mentais. Dr. Inácio, em vida de encarnado, escreveu livros como “Novos Rumos à Medicina”, volumes I e II, Psiquiatria em Face da Reencarnação, Espiritismo e Medicina; foi autor de muitos artigos traduzidos para línguas estrangeiras, era criatura educada, de linguajar excelente, homem de trato fino, elegante. Basta ler a entrevista dele para Dr. Elias Barbosa e ler a poesia “Onde mora o Esquecimento?” para enxergarmos a sensibilidade e nobreza de caráter desse Espírito, Fundou o Lar Espirita das meninas desamparadas, foi um cidadão pertencente a Maçonaria e divulgador ferrenho do Espiritismo. Basta ler o Jornal “Flama Espirita” para conhecer seus depoimentos. Mas, infelizmente, meus irmãos, choro em mostrar a vocês o Dr. Inacio que vem escrevendo nos livros que nosso irmão Baccelli tem lançado. Ali encontramos um Inacio apelidado de “Chulo”, com um linguajar torpe, sórdido, sarcástico, agressivo, onde num dialogo com o espírito Domingas, quanto ela faz referência a suposta mania de Dr. Inácio meter o dedo no nariz, este assim responde: “o nariz era meu, o dedo era meu e a titica era minha!”. Não vou mostrar aqui os comentários, que, frívolos por demais, emporcalharia este informativo. O intitulado Blog do “Dr. Inacio Ferreira” é uma verdadeira aberração, só cabendo a analfabetas espíritas se divertirem com os comentários ali postados ultimamente. Nele está registrado, sem nenhum respeito, que os “catedráticos do Espiritismo” teriam uma tendência homossexual mais forte, numa agressão direta àqueles que se colocam contra essas obras assinadas por “Inacio Ferreira” através do médium Carlos Baccelli. Desculpem-me, meus irmãos, mas, infelizmente, é isso o que venho tomando nota no movimento Espirita, coisas desagradáveis, que não tem nada de cunho Espirita. O Espiritismo é uma Doutrina que prega o livre arbítrio, mas estará aquilo certo? Que Espiritismo queremos para os nossos filhos? Ler esses livros antidoutrinários? Aprender o que? Essa enxurrada de bobeiras para poder vender livros? Todos os Centros Espiritas deveriam ser alertados, com relação a esses livros perniciosos.

Os bons Espíritos tem o linguajar elegante, sério, instrutivo, com ensinamentos que pregam a evolução e indicam como uma luz o rumo a seguir na direção do Cristo, Jesus. Vejam o exemplo de nossa mentora Joanna de Angelis, com sua linguagem elegante e bonita, valorizando a nossa Doutrina. Na minha opinião todo Espírito que já progrediu um pouco não se compraz em vir até nós para escrever aquelas verdadeiras abobrinhas atribuídas ao espírito esclarecido do Dr. Inácio Ferreira. Pelo que conheço isto é coisa de Espíritos trevosos que querem atrapalhar o movimento Espirita.

Vocês tem convidado oradores de outros países?

Não, nunca convidamos. Divaldo já esteve conosco 5 vezes, mas quando vem, vem por sua conta, nós só lhe damos assistência aqui na Austrália. Nós estamos ligados com Divaldo pela nossa Mentora Joana de Cusa que é a mesma mentora de Divaldo. Divaldo tem sido o nosso orientador e nosso amigo querido.

Estamos ligados à Mansão do Caminho, a grandiosa entidade que dirige em Salvador, na Bahia. E registramos que ainda somos muito pequenos para fazer convites e trazermos por nossa conta outros palestrantes. Nossas despesas ainda são muito grandes, aluguéis na Austrália equivalem a verdadeiras fortunas semanais. Aqui pagamos um absurdo de Seguro, exigido pelos Agentes

As visitas de Divaldo Pereira Franco ajudaram a impulsionar o movimento espirita na Austrália|?

Sem duvida, 1000000%

Algum projeto em andamento?

Sim, estamos nos preparando para a distribuição de sopa. Também cogitamos para breve o inicio das reuniões para a juventude espírita até a idade de 18 anos.

Algo mais que queira acrescentar?

Nossa!! Pensei que já tinha cansado vocês.

Suas palavras finais aos nossos leitores

Para todos os leitores Espiritas e não Espiritas: muito fácil para nós, nos encontrarmos e sabermos o caminho que temos a seguir; bastando apenas prestarmos atenção em nossas tendências. Se são boas, vamos investir por melhorá-las e todas as portas se abrirão; se são ruins, lutemos por modificá-las . A Lei de Deus e imutável, de igualdade para todos. Se formos contra elas as conseqüências serão de nossa responsabilidade. Portanto, sigamos com Jesus, nosso guia maior, pois Ele é o nosso caminho, o nosso Porto Seguro. Meu carinhoso abraço para todos, pedindo desculpas se fui em algum momento grosseira, rude, mas confesso a vocês que não esquentei bancos de escola, minha Universidade foram os anos, os meses, os dias e toda hora que vivo e vou me esforçando por aprender. Muita paz, Gloria Collaroy.

Glória Collaroy (d) aos 16 anos com a irmã Zuldicéia numa festa pecuária na Ilha de Marajó


AA familia reunida para comemorar o aniversário da mãe em

Sidney Austrália

Glória (C) no aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, para primeira viagem à Austrália, em 1973.

Glória Collaroy, de vestido branco, com sua mãe à frente, junto de outros familiares, em Sydney.

Glória Collaroy com o esposo Jorge e a mãe

Glória Collaroy Caminhando por rua de Soure, em companhia de duas sobrinhas

Gloria Collaroy no 7º. aniversário da

Franciscanos em 2008

Glória Collaroy (e) no 7º. Aniversário da Franciscanos

Grupo de trabalhadores no 7º. Aniversário da Casa Espírita Franciscanos em Sydney, Austrália

Grupo de trabalhadores no

7º. Aniversário da Casa Espírita Franciscanos, Sydney, Austrália

Divaldo Pereira Franco, Nedra e Gloria Collaroy

Haerton, Divina e Márcio do Sanatório Espírita de Uberaba, recebem doação da Fundação Joana de Cusa

Glória Collaroy ladeada pelo casal Tania e Richard Simonetti , na Franciscanos, Sydney, Austrália

Richard Simonetti proferindo palestra na Casa Espírita Franciscanos, em Sydney, Austrália


Grupo da Austrália recebendo Divaldo Pereira Franco em Sydney


OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO.

A cura do pastor Cícero

Wellington Balbo – Bauru SP

Cícero era há muitos anos pastor de respeitável igreja evangélica. Espírito de elevada hierarquia e conquistas no campo da moralidade, conduzia com sucesso o seu rebanho. Fraterno, solidário, os fieis encontravam em seus ombros travesseiros confortáveis para o desabafo. Homem íntegro e correto jamais se furtava aos deveres cristãos de socorrer quem quer que fosse.

Certo dia, porém, após culto, Cícero sentiu forte pontada nas costas. No começo pensou ser apenas algo passageiro, mas como elas insistiam, ele resolveu procurar o médico. Após uma série de exames, o doutor deu-lhe a notícia fatídica:

- Senhor Cícero, um grande tumor está alojado em seu pulmão e pelo aspecto não é coisa boa. Devemos operá-lo o quanto antes.

A comunidade inteira espantou-se. Por que aquilo fora acontecer justamente com pastor Cícero , homem bom e honrado.

Com sua fé inabalável em Deus, o pastor apenas respondia aos fiéis:

- Oremos, meus caros, oremos e nos resignemos à vontade do Pai. Se a enfermidade me visitou há algum propósito nisso tudo, pois o Senhor tem algum plano para minha vida.

E confiante pastor Cícero submeteu-se à cirurgia para a retirada do tumor.

No entanto, algo inexplicável aconteceu. O médico, ao abrir-lhe o peito constatou que no local do tumor havia uma grande cicatriz, nada além disto.

Assustado, o doutor disse:

- Não entendo, pastor, nada encontramos. O senhor está liberado de qualquer tratamento. Faremos alguns exames preliminares, mas, está aparentemente curado...Se não fosse comigo, juro que não acreditaria. Coloquemos, pois, na conta do inexplicável, disse o cientista cético.

O pastor apenas respondeu:

- Para Deus, doutor, nada é impossível e tudo é explicável. Afinal, ele tudo pode, tudo sabe e tudo vê.

O médico apenas sorriu, como se acreditasse nas palavras do pastor.

Troquei apenas os nomes para preservar a identidade do pastor. Mas o relato acima é fato.

Milagre? Seria um milagre?

Allan Kardec vem em nosso socorro e explica que os milagres são apenas as leis naturais da vida agindo, portanto, não existem. Todas as maravilhas da natureza que ainda não foram devastadas pela ciência recebem o nome de milagre. Mas na verdade, os milagres inexistem. Compreende-se, pois, que diversos casos dados como irrecuperáveis pela ciência do Homem não o são para a perfeita ciência divina.

Dentro das leis naturais existe a mediunidade de cura que é a capacidade que algumas pessoas têm de curar pelo simples toque, gesto ou olhar, sem a necessidade de medicação. Nesses casos o fluido magnético desempenha relevante papel, é o que nos explica Allan Kardec em A Gênese cap 14 – Médiuns curadores.

Na literatura da codificação há vasto campo para ser explorado pelo estudioso espírita. No Evangelho, por exemplo, dentre tantos episódios citamos o da mulher que há 12 anos sofria de hemorragia e vendo todas as possibilidades esgotadas busca socorro no Nazareno tocando-lhe as vestes. O simples toque soluciona seu problema. O mestre, então, diz a mulher: Tua fé te salvou.

Jesus, portanto, situa a fé como fator primordial para a cura do indivíduo. Explica Kardec em A Gênese, capítulo XV, que duas criaturas portadoras da mesma enfermidade apresentadas ao médium curador podem obter resultados diferentes, pois a falta de fé atua como uma espécie de bloqueador, uma energia que rechaça os fluidos emanados do médium de cura.

Recordo-me que antes de ser espírita muitas vezes levei alguns de meus familiares para participar de trabalhos de cura. Jamais receberam qualquer benefício, pois adentravam o local cheio de dúvidas e incertezas quanto as graças que ali foram buscar. Tivessem, quem sabe, um pouco mais de fé e poderiam ser agraciados com as bênçãos dos Céus.

Faltou-lhes algo que sobrou ao pastor Cícero: fé e confiança nos planos maiores que dirigem a vida.

A questão da fé é igual a um time de futebol ou qualquer outro esporte. Se entrarmos em campo derrotados, considerando que o adversário vencerá a partida, tenhamos a certeza de que o jogo está perdido antes mesmo de começar.

Muita gente perde o jogo da vida por falta de fé. Não podemos perdê-la, jamais. Kardec ensina que a fé não se trata de algo sobrenatural, mas de uma das mais significativas forças que nos beneficiam na jornada terrena. O Espiritismo, pois, ensina a fé inteligente, com razão e lógica.

Tenhamos, pois, fé e confiança nos desígnios de Deus. É isto que nos ensina a Doutrina Espírita e sob as suas diretrizes é que devemos caminhar. Aliás, pastor Cícero nem era espírita, mas tinha fé. Como constatamos, a fé está disponível a todos, independentemente de religião. A vantagem do Espiritismo é que elucida com clareza as razões pelas quais devemos ter esta fé inabalável.

Pensemos nisso.

Vídeos “Mediunidade e Espiritismo”

Dando continuidad a la serie de videos sobre "Mediumnidad y Espiritismo", realizados con ocasión de la celebración de los 150 años de "El libro de los médiums", tenemos el gusto de informar que se encuentra disponible el sexto video, en esta dirección de Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=ydTlhNUv6Zw

Si consideran que este video puede ayudar en la divulgación y en el estudio doctrinario, les agradecemos la gentileza de difundirlo.

Recordamos que los videos anteriores están en las siguientes direcciones:

Video 1: http://www.youtube.com/watch?v=a9E5BL_5CEI

Video 2: http://www.youtube.com/watch?v=0rr5VxYATEg

Video 3: http://www.youtube.com/watch?v=3ttuWSYc-js

Video 4: http://www.youtube.com/watch?v=97WVH8_yu4I

Video 5: http://www.youtube.com/watch?v=ccOR1-EHv9s

Mucha paz, salud y felicidad a todos.

(Informação recebida em email de Libro Espirita libroespirita@yahoo.com)

Visite o Blog de Dora Incontri

Queridos amigos, estou inaugurando um blog!

Educação, poesia, música, cinema, livros – um pouco de mim e um pouco de tudo!

Façam uma visita e deixem seus comentários!

Abraços

Dora Incontri

http://doraincontri.wordpress.com/

Peça Teatral Espírita: “Há Dois Mil Anos” São Paulo

(Informação recebida em email de Regina Bachega)

Registro. Palestra no C.E. Paz e Felicidade Valparaiso

Na última terça-feira, 5/7/2011, tivemos a oportunidade de falar no C.E. Paz e Felicidade onde abordamos o tema Centro Espírita – escola, hospital e oficina. Ali tratamos de abordar os cuidados que devemos ter em relação à nossa Casa Espírita, especialmente no que tange à construção e manutenção de ambiente espiritual elevado, ensejando, como nos diz Dr. Bezerra de Menezes, a realização em seus recinto de sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida. Como soe acontecer naquele núcleo, após a palestra tivemos um excelente bate papo em meio ao costumeiro lanche. (Ismael Gobbo)

Ismael Gobbo em sua fala

público

Ismael com a mais antiga freqüentadora do centro, d. Antonia Fernandes Giroto, que é a presidente

Lanche no C.E. Paz e Felicidade. Valparaiso, SP

Palestras e lançamento do livro “Corações em Busca da Paz” São Paulo

Evento de Lançamento do Livro Corações em Busca de Paz

Sábado, 23/07 das 20h ás 21h30

Palestra e autógrafos do autor

Tema: A importância da família no tratamento da dependência química

Local: Centro Espirita Nosso Lar Casas André Luiz- Unidade Santana

Rua Duarte de Azevedo, 691- próximo ao metrô Santana- SP

Domingo, 24/07 das 18h ás 19h30

Palestra e autógrafos do autor

Tema: A importância da família no tratamento da dependência química

Local: Centro Espirita Nosso Lar Casas André Luiz- Unidade Vila Galvão

Rua Vicente Melro, 878- Vila Galvão Guarulhos

Obra: Livro Corações em Busca de Paz

Após o sucesso do livro Memórias de um Toxicômano, a Mundo Maior Editora apresenta mais um grande lançamento voltado à temática das drogas e suas tristes consequências.

Corações em Busca de Paz, psicografado por Dr. Marcos Alberto Ferreira e ditado pelo espírito Tiago, narra a emocionante história de Tiago e Karina, dois jovens no plano espiritual que após vivenciarem longos episódios de dor nas difíceis estradas do vicio, despertam para o desejo de mudança.

Em Memórias de um Toxicômano, o autor relata o longo processo de tratamento e recuperação da dependência química.

Nesse novo romance baseado em fatos reais, Corações em Busca de Paz, os protagonistas recebem agora uma oportunidade para recomeçar um novo projeto de vida. Tiago e Karina partem para uma jornada cheia de expectativas e sonhos de vencer as más tendências do passado.

Uma história emocionante que vai tocar o coração dos jovens, famílias, pessoas de todas as idades a respeito da responsabilidade de nossas escolhas e o poder da misericórdia divina. Sempre há uma chance para recomeçar!

Sobre o autor

Marcos Alberto Ferreira é Juiz, radialista, palestrante e colaborador de diversas casas espíritas em Minas Gerais.

Realiza em Belo Horizonte, onde reside e também outras diversas regiões do país atividades de orientação e conscientização dos males causados pelas drogas.

Autor do Livro Memórias de um Toxicômano e lançará em julho Corações em Busca de Paz, ambas as obras publicadas pelo Mundo Maior Editora.

(Informação recebida em email de erika_silveira erika_silveira@uol.com.br)

Palestra com lançamento de livro por José Medrado Salvador, BA

Será na reunião doutrinária desta terça-feira, 12 de julho de 2011 na Cidade da Luz, o lançamento do livro “Para Melhor Compreender a Vida Apontamentos de Psicologia”.

Veja todos os detalhes no site:

Acesse: www.cidadedaluz.com.br

(Informações recebidas em email de Solange Liberato solangeliberato@terra.com.br)

Palestra com Marcus de Mario Itapira, SP

BOM DIA AMIGOS!!!!
ANOTEM AI:
DIA 13 DE AGOSTO(SÁBADO), ÀS 20:00 HORAS, NA CASA ESPÍRITA NHÁ CHICA, EM ITAPIRA-SP, NA RUA TERESA LERA PAOLETTI, Nº 348-JARDIM BELA VISTA, CONTATOS: OTÁVIO CUNHA-19-38635682 / 92760247.

PALESTRA COM MARCUS DE MÁRIO, TEMA: "A Reencarnação e a Lei de Causa e Efeito"

Marcus Alberto de Mario nasceu em São Paulo, em 1955. Desde a adolescência manteve contato com o Espiritismo, tendo sido levado pela primeira vez a um Centro Espírita por seus pais. Na juventude passou a integrar os quadros da USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo.

Em 1977, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde participou da fundação da Instituição Espírita Pedro de Camargo e iniciou o seu trabalho como escritor e educador.

Viaja pelo país realizando palestras, treinamentos e seminários. Exerceu a função de Assessor de Comunicação Social Espírita da USEERJ – União das Sociedades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro.

É diretor do IBEM – Instituto Brasileiro de Educação Moral e integra o GEPE - Grupo de Estudo e Pesquisa Espírita.

e-mail:

marcusdemario@gmail.com

(Informação em email de Otávio Cunha e de IBEC ibec.rio@gmail.com)

XXVI Ciclo de Palestras Espíritas - CEERJ Rio de Janeiro

(Informação recebida em email de IBEC ibec.rio@gmail.com)

21o. Congresso Espírita do Rn Natal, RN

(Informação recebida em email de radhu@terra.com.br)

Seminário OAB/SP A Nova Lei da Filantropia São Paulo

(use use@usesp.org.br)

CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL DA FEB Secretaria Geral

Brasília, 8 de julho de 2011.

Prezados confrades,

Com a presente Circular apresentamos a informação: NOVA LEI DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.


PUBLICADA LEI QUE CRIA O SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS. A lei 12 435, publicada em 7 de julho de 2011, dispõe sobre o SUAS e altera dispositivos da LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social (LEI Nº 12.435, DE 6 DE JULHO DE 2011 – DOU 07/07/2011 – SEÇÃO I):

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12435.htm

De acordo com a nova lei o país passará a contar com prestação de assistência social descentralizada e gestão compartilhada entre governo federal, estados e municípios. Participarão ainda os respectivos conselhos de Assistência Social e as entidades e organizações sociais públicas e privadas.

A nova Lei consolida a visão de que Assistência social é direito do cidadão, faz parte das políticas públicas. Não mais está restrita ao campo da filantropia O objetivo é garantir proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.

Veja quadro comparativo dos dispositivos da LOAS, e as alterações realizadas na Câmara dos Deputados e no Senado. Houve um veto da presidente da república: § 3o do art. 12-A da Lei no 8.742, de 1993, inserido pelo art. 2o do projeto de lei 189/10 (no 3.077/08 na Câmara dos Deputados).

http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=91657&tp=1

(De Boletim da Rebrates).

Com fraternal abraço,

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Secretário Geral do CFN da FEB

(De Circular para as Entidades Federativas Estaduais; cfn@febnet.org.br; http://www.febnet.org.br/site/noticias.php?CodNoticia=963;).

Lembranças de garoto em EQM fascinam americanos

PUBLICADO NO JORNAL FOLHA ESPÍRITA,

SÃO PAULO, JULHO DE 2011.

A história do menino Colton Burpo, 11, do Estado americano de Nebraska, que disse ter estado no céu quando ficou em coma, aos 4 anos, depois de uma operação de emergência por apendicite, virou livro e motivo de muita discussão em programas de TV.

Seus pais contam que suas lembranças vieram aos poucos. Uma delas seria do encontro que teria tido com o bisavô por parte de pai que não conhecera. Ele teria perguntado por seu pai e contado várias histórias de família. Outro encontro teria ocorrido com uma menina que se dizia sua irmã e que teria lhe confessado que não chegara a nascer e não tivera um nome na Terra, mas que estava muito feliz em conhecê-lo pessoalmente já que o via apenas a distância. O fato causou forte emoção nos pais. A mãe do garoto havia realmente perdido um bebê de forma natural, sem nem mesmo saber o sexo, e combinou com o marido nunca revelar isso a ninguém por conta do sofrimento vivido.

Em sua viagem intrigante, que ele descreve como uma ida ao paraíso, Colton afirmou que “naquele lugar”, onde tudo é mais brilhante e colorido, as pessoas vestem-se com roupas luminosas e vaporosas, não usam óculos e parecem sempre jovens, felizes e sorridentes.

Numa outra lembrança, Colton disse que esteve sentado no colo de Jesus, e este lhe dissera que ele teria a missão de levar uma mensagem de esperança ao mundo. Ao mesmo tempo, o menino revelou que, ao lado de Jesus, estava também João Batista, que sorriu para ele e o abençoou. O garoto diz que trouxe na bagagem uma mensagem de Deus, principalmente àqueles que perderam seus entes queridos, e afirma que “o céu existe e nele as pessoas podem se reencontrar com quem se foi”.

Colton contou com firmeza que viu, do alto do quarto onde estava sendo operado, os médicos correndo de um lado para o outro para tentar salvá-lo. Dali ele conseguiu ver também o pai falando ao telefone celular no corredor do hospital, preocupado e nervoso, e a mãe chorando e rezando na capela. Segundo os pais de Colton, ele não poderia saber de tudo isso ao mesmo tempo, pois ninguém os havia visto nessa situação naquele momento de desespero quando Colton entrara em coma.

O caso de Colton foi alvo de reportagens em sites, jornais, revistas e TV. Ao ser entrevistado no programa Today, da rede NBC, deixou os apresentadores boquiabertos com sua naturalidade ao contar detalhes de sua “viagem”.

Essas e outras revelações estão no livro de Colton, “Heaven is for real” (O céu é real), que virou best-seller após seu lançamento, em novembro de 2010, com quase 2 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos.

Confira uma das matérias produzidas com a família de Colton no http://www.youtube.com/watch?v=z1VEXX3o9TQ

Vida após a vida em sala de aula

Giovana Campos

Lewis Stafford Betty, doutor em Teologia e professor de Estudos Religiosos da California State University, situada em Bakersfield, no Estado da Califórnia, Estados Unidos, não é o estereótipo de profissional que se espera para esse curso. Isso porque ele vai mais além em sua metodologia, ampliando os conceitos teológicos ensinados para mediunidade, experiências de quase-morte, estudos de casos de regressão de memória e visões no leito de morte, entre outros fenômenos já conhecidos pelo meio espírita. Inevitável, portanto, que esses temas levem a seus alunos a continuidade da vida após a vida.

De acordo com o professor, esse assunto parece estar envolvido em uma aura de descrédito. E ainda continua: “Podemos falar de Deus, podemos falar de ética durante todo o dia, mas o assunto que deveria nos preocupar mais – porque todo o resto cabe em última instância nele – está fora dos limites entre os assuntos religiosos abordados na universidade. Tenho a sensação de que a fé na vida após a morte é certa, mas simplesmente não falar sobre isso não é admissível. É repugnante! Por que isso?”, questiona Lewis Betty, que levou os temas apresentados em sala de aula para o livro The Afterlife Unveiled, lançado apenas em língua inglesa.

O professor Betty acredita que o motivo desse silêncio sobre o assunto recaia nas próprias pessoas que se julgam espertas e bem informadas, principalmente em universidades tradicionais, com pressupostos materialistas da ciência física sobre quase tudo. “E como o após vida é algo imaterial, ao menos do modo que a ciência entende a matéria, meus colegas são relutantes em admitir que acreditam nessa hipótese, ainda que realmente o façam. Entre eles, há dois católicos no Departamento de Biologia, um deles meu amigo de longa data. Ele desvia do assunto quando questionam se ele é um homem de fé e, na verdade, sugere que não é. Esse é um homem que ama sua religião, mas ele tem medo de admitir isso. Ele não quer parecer um idiota. Ele não quer ter má reputação.”

Ao blog americano White Crow Books (http://whitecrowbooks.com/michaeltymn/), ele deu a entrevista abaixo, que reproduzimos:

Professor Betty, o que o motivou a escrever o seu livro sobre o após a vida?

Como professor, eu gosto de conscientizar as pessoas sobre os fatos importantes de suas existências, especialmente os fatos mais positivos, com tendência a produzir felicidade. Há poucos fatos mais positivos, ao menos para mim e para a maioria das pessoas que conheço, do que a sobrevivência após a morte, seguida por uma positiva experiência de pós-vida. Isso com certeza é boa-nova e eu escrevi o livro para compartilhar isso com o leitor. Essa foi minha motivação primeira.

Mas há uma segunda razão. Eu olhava em volta e via a sociedade – especialmente os mais jovens – com falta de perspectiva. “Apenas vagando” pode ser uma expressão para definir incontáveis americanos. Não lhes ocorre que o correto não é se perguntar “o que eu posso tirar desta vida?”, mas “o que a vida espera de mim?” ou “o que posso dar à minha vida?”. O hábito de dar não é fácil. Para se tornar um doador é preciso um incentivo. A perspectiva de uma vida única não nos dá esse incentivo. Pelo contrário, é até sedutora a ideia de que podemos ter e fazer tudo o que quisermos agora, pois esta é a única chance que teremos. Adiar a gratificação? Por que deveríamos? Mentir e trapacear para chegar à frente? Por que não, já que não há responsabilização cósmica? O que há para nos parar, contanto que tenhamos cuidado para não sermos pegos em flagrante? Daí nós nos tornamos hedonista, por vezes cruéis egoístas.

Uma plausível crença no após vida com ênfase na responsabilidade é uma das chaves para reorganizar nossas atitudes perante a vida. E minha pesquisa aponta que somos responsáveis por tudo que falamos, fazemos e até pensamos. Então, já estava na hora de fazer essas boas-novas públicas. Consequentemente, o livro. Há outras razões, mas essas duas são as principais.

Por que você acha que as religiões ortodoxas são tão contrárias em aceitar os ensinamentos sobre a mediunidade, experiências de quase-morte, regressão a vidas passadas e outros fenômenos?

Se o após vida descrito no meu livro tornar-se universalmente aceito, as escrituras estariam desacreditadas. O céu e o inferno da Bíblia não podem competir com o bem descrito e plausível mundo dos espíritos, que sabem do que estão falando, por existir. Pastores, padres e rabinos trabalharam muito para ter o direito de professar suas realidades e não querem, de repente, perder essa “licença” para autoridades invisíveis, com as quais não podem competir.

Você usará seus livros em suas aulas?

Eu já programei o livro para o uso em Introdução à Religião, turma que começa em setembro, e estou usando uma seção do livro neste trimestre na turma sobre Significado da Morte. Eu não sei como fluirá com os calouros, mas quero descobrir. Acredito que adorem, afinal, assim como nós, também são curiosos para saber o que virá após a morte. Principalmente quando relembrados que, não importa quão jovens sejam, um dia eles também irão morrer. E muitos já têm amigos ou parentes que já faleceram, inclusive por suicídio.

Você enfrenta resistência por parte da administração da universidade ou de seus colegas pelos seus ensinamentos?

O antigo reitor admitiu, após pressionar um pouco, que ele e outros administradores julgavam meus interesses um pouco irreais. Da parte de meus colegas, alguns se sentem embaraçados pelo que eu ensino, mas surpresos pelo meu sucesso como autor. Às vezes, até publico artigos em periódicos que eles mesmos aprovam.

O seu outro livro, Meaning of Death (Significado da Morte), foi bem popular entre seus alunos há alguns anos. Continua a ter a mesma popularidade?

Sim. Estou lecionando para 50 alunos, em uma classe em que o limite é 55.

Em poucas palavras, o que é o Meaning of Death? Como você o compreende?

Eu pensei muito sobre esta questão e, resumindo, acredito que a morte foi criada por uma Força (Deus, se você preferir) como um significado, talvez o melhor deles, para trazer à tona a nossa nobreza de caráter. Vamos começar com uma analogia: o que esperamos de nossos filhos? Boa aparência, inteligência, popularidade, riqueza, poder, alegrias? Não há nada de errado nisso, mas é o que nós mais queremos? Não, se formos sábios. O que nós mais queremos, ou deveríamos querer, é a nobreza de caráter, hábitos virtuosos e bondade. Outro modo de colocar isso: o que nós admiramos nos outros? A resposta deveria ser a mesma. Assim, o que Deus espera de nós, seus filhos terrestres? O mesmo! Mas a nobreza de caráter não vem de graça. Se não formos moralmente desafiados, não crescemos. Assim como crianças mimadas, não amadurecemos. Então, Ele nos desafia continuamente. E nós experimentamos e aprendemos o que funciona e o que não funciona, o que nos traz prazer e o que rejeitamos, o que conta como sensibilidade e o que é crueldade, o que nos mantém vivos e o que nos mata.

Deus tem o mundo projetado para ser uma escola moral. Somos espíritos em treinamento. Alguns atletas preferem jogar contra as equipes as quais podem vencer, outros preferem uma competição mais acirrada. E, se formos inteligentes, por que não aceitar “a forte concorrência” – a rejeição de quem amamos, a competição no local de trabalho ou o câncer que vem como uma sentença de morte – e lutar! Acreditando em Deus, nós temos em mente que, quanto maior o sofrimento, maior o potencial de crescimento. Deus nos deu um mundo cheio de perigos físicos e desafios morais onde vivemos sob a constante ameaça da morte. E Ele espera que nós usemos nossa liberdade para escolher o bom ao invés do mau, e fazê-lo constantemente, vencendo as tentações. Ao fazer isso, trazemos valores, excelência e alegrias para o Universo. E é isso o que Deus quer. E o que devemos querer também!

A entrevista completa com o professor Betty (em inglês) pode ser acessada no site http://whitecrowbooks.com/michaeltymn/entry/professor_dares_to_discuss_life_after_death_in_his_classes/

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Sobre a jornalista Giovana Campos leia em:

http://ismaelgobbo.blogspot.com/2010/08/focalizando-o-trabalhador-espirita_29.html