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terça-feira, 1 de março de 2011

Focalizando o Trabalhador Espírita Florinda de Oliveira Daniezi

Florinda de Oliveira Daniezi

Entrevista para Ismael Gobbo ao Notícias do Movimento Espírita

Nesta entrevista o nosso companheiro José Aparecido dos Santos, que a realizou, ouviu a excelente trabalhadora do movimento espírita de Auriflama, Florinda de Oliveira Daniezi, que é irmã do escritor e orador Alkindar de Oliveira. Sempre positiva, Florinda, mesmo passando por tratamento de saúde, não se furtou a responder com muito carinho as perguntas a ela formuladas.

Florinda poderia nos fazer sua apresentação pessoal?

Sou Florinda de Oliveira Daniezi (*) nascida em 18 de agosto de 1943 em Ibitinga, SP. Meus pais, João Batista de Oliveira, natural da Bahia e Clarice Durante de Oliveira, nascida em Ibirá, SP. Casei-me com Leomar Dainezi, que já se encontra na pátria espiritual e, desta união, tivemos 5 filhos: João Alfredo, Denise, Cibele, Marco Antonio e Regina e um de criação, Leomar Dainezi Filho, filho mais velho de meu marido com outra mulher, o qual passei a criar quando ele tinha 8 anos, pois a mãe já havia desencarnado. Atualmente ele reside na cidade de Campo Grande, MS. Tenho cinco irmãos, João Batista de Oliveira Filho, Alkindar de Oliveira, Temistocles de Oliveira, Clarice de Oliveira Cânova e Vilma de Oliveira Oliva.

De que forma você conheceu o Espiritismo e desde quando o freqüenta?

São 44 anos dedicados ao Espiritismo, que conheci quando tinha 23 anos de idade. A aproximação se deu quando surgiram problemas familiares, o marido que bebia, e a falta das bens materiais que me obrigaram a trabalhar fora de casa. Com o peso da responsabilidade de criar 5 filhos e os problemas com o marido, ouvi os conselhos de minha mãe que, embora não sendo uma freqüentadora assídua do Centro Espírita já conhecia os trabalhos e tinha familiares que seguiam o Espiritismo. Então posso dizer que conheci a Doutrina Espírita em momento de dificuldades, de lutas acerbas, foi um porto seguro para a fragilidade em que me encontrava. Com isto fui me equilibrando, participando dos trabalhos na Casa Espírita. Nesta ocasião conquistei o emprego de merendeira da Prefeitura Municipal que exerci por 17 anos, função na qual me aposentei.


Poderia nos fazer uma retrospectiva de sua atuação no movimento Espírita durante esses anos?

Graças a Deus trabalhei bastante, participei da obra social de construção do Centro Espírita “Amor, Luz e Verdade” e do Albergue Noturno “Bom Samaritano”, juntamente com a casa do zelador. Mensalmente participei do almoço beneficente para custeio da Casa, que acontece até os dias de hoje e do Evangelho e sopa fraterna para os necessitados. Na campanha Auta de Souza estive por 18 anos. Erguemos 2 casas para pessoas deficientes. Participei durante 10 anos de visitas aos doentes. Estive 40 anos naquela casa espírita, onde fui duas vezes presidente. Depois atendi ao convite de Guiomar Sarausa para assumir a Presidência do Centro Espírita “Caminheiros do Bem”, para que uníssemos forças para a reconstrução desta casa espírita que é a mais antiga da cidade, contando com 65 anos de existência. Estou vinculada ao Caminheiros do Bem do qual fui duas vezes presidente. Na USE Intermunicipal de Auriflama estive na presidência por duas vezes.

Quais as atividades que a casa desenvolve?

Apesar de estarmos com apenas uma sala disponível, contamos com palestras, passes, vibrações; o estudo de O Evangelho Segundo Espiritismo aos domingos; o estudo do Espiritismo Básico para iniciantes às segundas feiras; de O Livro dos Espíritos às quintas, todos abertos ao público. Temos ainda estudos de O Livro dos Médiuns, das obras de André Luiz e do livro Dialogo com as Sombras para os médiuns, às terças feiras. Criamos o trabalho de artesanato com as pessoas idosas nas quintas à tarde. Iremos implantar o trabalho na área mediúnica no próximo mês e pretendemos criar a mocidade e a evangelização infantil. Mas isto tudo será paulatinamente implantado conforme a conclusão das estruturas físicas, visto que o espaço existente não é suficiente para todas essas atividades.


E tem previsão para inauguração das obras?

A construção é lenta e tem recebido ajuda muito grande da comunidade espírita e não espirita. Já levantamos o prédio, agora estamos na fase de cobertura. Esperamos e temos certeza que em breve estará concluída.

É muita luta Florinda...

E como. São três anos de boa batalha. Tivemos ajuda de um empresário com materiais para à construção, mas também tivemos alguns percalços, pois ficamos por alguns meses com a obra paralisada devido a problemas de saúde com um dos trabalhadores que vinha colaborando na mão de obra gratuitamente. E também devido às chuvas. Todo segundo sábado do mês promovemos a venda da pizza’s para levantar fundos a fim de custear parte das despesas desta obra.

Algum fato ou pessoa que mais a marcou nesse trabalho?

São tantas as pessoas, que fica difícil enumerar. Mas não posso esquecer da força impulsionadora por parte de Antonio César Perri de Carvalho e do seu irmão Paulo Sérgio Perri de Carvalho, o Paulinho. Na época eles vinham realizar estudos da Doutrina em Auriflama através da USE. Isto ocorreu há mais de 30 anos. Um outro fato que me marcou muito e que fico feliz em relembrar foi o começo do meu trabalho realizando excursões para Uberaba, MG. Foram 10 viagens, sendo que em cada uma delas de dois a três visitantes recebiam mensagens psicografadas pelo médium Carlos Baccelli. Isto me emocionava demais e se não tivesse acontecido esta doença que estou experimentando hoje, eu iria fazer outra excursão. Meu compromisso era com as pessoas, para conhecerem o lado espiritual de Uberaba, a oportunidade de participarem das reuniões no Grupo Espírita da Prece, com Chico Xavier, o trabalho da Heigorina Cunha em Sacramento, MG e do Tadeu em Araxá. Se porventura não puder realizar o meu desejo de nova excursão, já me sinto feliz por aquelas pessoas que conheceram o caminho. Um outro fato que me marcou muito e fico emociona ao contar, foi em uma dessas viagens que estive com Chico Xavier, onde, como sempre acontecia, ao chegar perto se esquecia o que perguntar já que a vibração de amor era muito forte. Acabei perguntando ao Chico o que fazer de minha vida com criança pequena e marido envolvido com a bebida. Ele disse: “Minha filha, trabalho, trabalho e trabalho”. E foi quando eu arregacei as mangas e fui para o trabalho, feliz, estou feliz, e se Deus quiser continuarei feliz com o dever cumprido. Com erros sim, mas querendo acertar mais do que errar.


Acha que o movimento espírita da região caminha bem ou faz alguma ressalva?

Quanto ao da região eu estou meio alheia, pois estou há meses afastada por problemas de saúde. Mas acho que corre bem. Talvez não esteja como a gente gostaria que estivesse, pois sempre almejamos o melhor. Através do estudo, da união, iremos conseguir, pois o trabalhado é demorado e exige persistência. Mas para nós que estamos aqui na Terra a tarefa é tentarmos melhorar o movimento espírita. Existem falhas, mas existem pessoas com boa vontade querendo que as coisas melhorem e, dentro da capacidade de cada um, isto um dia irá acontecer.


E o de Auriflama?

Apesar de se tratar de uma cidade pequena, onde é grande a presença de igrejas evangélicas, o movimento espírita de Auriflama vem crescendo gradualmente em meio aos problemas e aflições que envolvem o mundo atual. As pessoas estão procurando mais a Deus, fazendo com que as igrejas de outras doutrinas cresçam e também os Centros Espíritas, visto que a aceitação da Doutrina Espírita vem se tornando cada vez maior. No caso do Espiritismo, por ser uma doutrina mais racional, mostrando a necessidade de algumas renúncias, torna-se um pouco mais difícil. Infelizmente as pessoas querem encontrar um milagre, uma mudança mais rápida e sem muitos sacrifícios. Aquelas pessoas que enxergam um horizonte mais definido, vislumbrando a necessidade de uma mudança moral, procuram e se encaixam nos postulados e nas casas espíritas. Vejo que grande parte das pessoas ainda não estão preparadas para esta renúncia pois eles visam o imediatismo. Isto evidentemente não ocorre só aqui em Auriflama, mas em todas as partes do mundo. Se Deus quiser, e Ele quer, um dia vamos alcançar esta mudança para melhor. Se não for nesta vida, será nas próximas, pois há necessidade disto para o bem estar geral e de cada um.


Qual pergunta que deixamos de fazer e o que gostaria de acrescentar?

Acho que dentro dos meus conhecimentos disse praticamente tudo. Só quero ressaltar que eu estou muito feliz pelas coisas que fiz, sei que não são grandes, são pequenas, mas me sinto gratificada por tê-las realizado.

As suas palavras finais ao nosso leitor, Florinda.

Só tenho a agradecer o carinho de todos e estou feliz por esta entrevista e queria dizer a quem puder estar no meio espírita, que o faça. Quem tiver a campanha Auta de Souza em sua cidade, que participe também. Qualquer serviço na Casa Espírita merece ser feito com amor. Abrir uma porta, servir uma água, doar um sorriso. A Doutrina Espírita é muito séria em seus ensinamentos, mas nós precisamos ter mais alegria na Casa Espírita. Somos felizes porque conhecemos a Verdade. Não podemos dizer que já vivenciamos a Verdade, mas conhecemos e estamos com esta Verdade. Então nós temos que ser felizes e aprender a dar um sorriso, um aperto de mão, pois hoje as pessoas estão sentindo necessidade desse gesto simples, fácil, que não custa nada, mas é muito importante. Precisamos ter este hábito, pois tudo é uma questão de hábito. Necessitamos aprender a ter muita calma, paciência, pois sabemos que é difícil, mas é indispensável. Que isto seja trabalhado, que seja uma busca constante. Deus não quer que soframos. Ele quer que sejamos felizes e nós estamos em busca dessa felicidade não só exterior, mas uma felicidade interna, estando em paz com o mundo e com o Criador. Fé, coragem, paciência e perseverança. Este é o trabalho que tem que ser feito não só na Casa Espírita, mas, também, na intimidade dos nossos lares. Esta é a formula para vencermos. Muito obrigada.











Legenda das fotos: Florinda com os filhos; com o marido Leomar Dainezi, popular Dedé, filha e mãe; Florinda entre a mãe Clarice, a filha Denise e o neto Vitor Hugo; os irmãos reunidos: Wilma Oliva, Alkindar de Oliveira, Clarice, João Batista, Florinda e Temistoles; ao fundo entre o irmão Alkindar de Oliveira e Divaldinho Matos em palestra de Divaldo Pereira Franco,à frente, no centro da foto; com Chico Xavier numa das visitas; com d. Cida no Hospital do Fogo Selvagem, em Uberaba, MG; acompanhando a obra da sede do C.E. Caminheiros do Bem; festa de aniversário surpresa para Florinda no dia 18/8/2010; Florinda, à direita, no trabalho de produção de pizza; à frente, na Conean 2001, realizada em Auriflama; em eleição da Use Regional de Araçatuba no ano de 2006; no Seminário sobre Drogas, realizado em Auriflama,; no jardim de sua casa em outubro de 2010; com a família, filhos, netos, noras, genros e irmãos.

(*) Trata-se de erro de grafia em relação ao patronímico herdado do marido que é Dainezi.

OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO.


Ortotanásia e morte natural

ENTREVISTA COM DR FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO CAJAZEIRAS

Medinesp 2007 – 150 anos em busca da integração corpo-mente-espírito

Ismael Gobbo igobi@uol.com.br

PUBLICADO NA FOLHA ESPÍRITA, PAG. 5, DEZEMBRO/2007

Dr. Francisco Cajazeiras

Francisco de Assis Carvalho Cajazeiras é natural de Fortaleza (CE), onde reside. Conferencista com agenda de palestras e cursos para as casas espíritas, tem participado de diversos congressos. É fundador e atual presidente do Instituto de Cultura Espírita do Ceará e ex-vice-presidente da Federação Espírita do Estado do Ceará. Além de médico clínico e cirurgião geral, é também professor na Universidade de Fortaleza (Unifor) e Faculdade Integrada do Ceará (FIC), sócio-fundador e atual presidente (2005/2006) da Associação Médico-Espírita do Ceará e delegado do Grupo de Estudos Doutrinários no Hospital da Polícia Militar do mesmo Estado.

Folha Espírita – O que é ortotanásia?
Francisco Cajazeiras – Ortotanásia, do ponto de vista etimológico, seria a morte natural, a morte reta, a boa morte, a morte normal. Porém, do ponto de vista semântico, nada mais é que a eutanásia passiva, ou seja, aquele ato de se abreviar a vida de alguém sob a alegação de que não se deseja ver o paciente sofrer e, para isso, abstendo-se de usar os métodos terapêuticos capazes de prolongar a sobrevivência do doente.

FE – Então não há diferença entre eutanásia e ortotanásia?
Cajazeiras – Reitero minha maneira de enxergar na ortotanásia a própria eutanásia. Assim, podemos enumerar dois tipos de eutanásia: a ativa, quando se utiliza algum método para diminuir o tempo de vida, pelo uso de alguma substância letal, por exemplo; e a eutanásia passiva ou ortotanásia, quando se deixa de usar um procedimento médico para prolongar a vida do doente.

FE – E o que é distanásia?
Cajazeiras – A distanásia ocorre quando o médico obstina-se em não reconhecer o processo de morte, muitas vezes por falta de humildade para compreender, e se debate no uso de procedimentos cada vez mais sofisticados para manter o doente vivo a qualquer custo, embora já esteja em processo tanatológico.

FE – O uso exagerado da tecnologia mantendo o doente vivo a qualquer custo não dificulta ao espírito se desprender da matéria no tempo certo?
Cajazeiras – Quando isso ocorre, sim. Mas eu diria que, na prática, essas coisas não se fazem com tanta habitualidade. Temos de considerar que o médico ainda tem um grande poder de persuasão, ou seja, de um modo geral, ele é capaz de direcionar a família para a sua decisão. Vamos supor que ele diga: “Olha, seu pai não tem mais jeito, qualquer coisa que se faça vai ser inviável, o coitadinho vai sofrer mais se eu adotar desnecessariamente algum procedimento mais drástico...” O que o familiar, que não entende das técnicas e dos procedimentos terapêuticos da Medicina, vai dizer para o médico em tais circunstâncias? É uma verdadeira indução. Então, pode-se até dizer que, de um modo geral, na prática, o uso exagerado não acontece. Todavia, se o médico, atendendo ao pedido da família, aliás como recomenda a ética médica, mantiver os procedimentos meramente protelatórios em pacientes em franco processo de morte, certamente estará provocando dificuldades para o desprendimento do espírito de seu corpo físico.

FE – Então, o manter vivo a qualquer preço seria desaconselhável?
Cajazeiras – Quando nos defrontamos com um paciente para o qual o uso de medicamentos e aparelhagens sofisticadas não resulta em nada de positivo e até piora sua situação, não há justificativa para utilizá-los. Usar aparelhagem pesada quando você não tem resposta alguma, quando os benefícios são claramente escassos ou inexistentes, é estar diante da distanásia. Precisamos saber qual a indicação técnico-terapêutica, o que posso obter dessa terapêutica, independentemente de o paciente ser terminal ou não; qual a resposta que o tratamento trará para esse doente em termos de evolução da sua doença.

FE – O paciente que está fora de possibilidade de tratamento, para o qual a Medicina não tem mais nada a fazer, deveria ficar na UTI ou ter um acompanhamento mais humano em alojamento especial junto da sua família?
Cajazeiras – Entendo que o paciente de UTI é aquele que tem uma caracterização, uma indicação precisa. Ninguém vai para a UTI por qualquer coisa. É preciso que seja um paciente que tenha possibilidade de recuperação e que necessite de um acompanhamento mais próximo por parte de profissionais médicos e de enfermagem, durante 24 horas, a fim de que ele possa sair do seu quadro clínico. Então, eu diria que um paciente em processo de morte, ou seja, que já esteja caminhando para óbito, não tem necessidade de UTI. Mas, em algumas intercorrências clínicas, quando o processo de morte já é mais prolongado, ele poderia entrar na UTI, para resolução específica daquela intercorrência, e voltar para uma enfermaria e em um menor espaço de tempo para a sua residência, onde vai contar com todo o apoio e a assistência afetiva de sua família.

FE – Como deve se portar o médico espírita diante da expressão usada por médicos “se parar, parou”?
Cajazeiras – O médico espírita precisa, levando em consideração que conhece a questão espiritual, dar apoio espiritual ao doente. Quando o doente é aberto à questão espiritual, e de um modo geral ele o é, independentemente da religião que professe, o médico deve ajudar o paciente terminal a dar um novo significado para a morte e para a pós-morte. Isso precisa começar a ser estabelecido e é um trabalho importante que se iniciou no pioneirismo da eminente médica suíça Elizabeth Kübler-Ross. Todavia, já temos dados interessantes para disponibilizar aos hospitais e clínicas que queiram promover um trabalho multidisciplinar e amparar o doente nesse sentido. O médico espírita inserido nesse contexto vai dar não só apoio do ponto de vista médico, mas também do ponto de vista psicológico e espiritual, naquilo que lhe for possível, obviamente respeitando a vontade do paciente. Saberá aceitar a realidade do processo desencarnatório, mas se interessará pelo seu paciente não apenas como um ser humano, como um corpo em desequilíbrio, mas também como um ser espiritual, imortal e em caminhada evolutiva. No mínimo, ele pode orar pelo doente.

FE – Você não acha que se houvesse uma abertura por parte da direção dos hospitais, nós da casa espírita deveríamos nos habituar a levar aos enfermos uma palavra de conforto, preces e até mesmo o passe?
Cajazeiras – Olha, eu acho que sim, e teríamos bons resultados, respeitando obviamente a crença de cada um e a receptividade consentida. Eu posso dizer que há muito mais acolhimento a esse trabalho do que se imagina. Então os médiuns e outros trabalhadores espíritas poderiam desenvolver essa atividade levando aquilo a que você se reportou, sem uma postura acadêmica e sem proselitismo. Isso, com certeza, faz parte da ressignificação da morte para o paciente.

FE – Você acha que a ortotanásia atende a apelos econômicos?
Cajazeiras – A possibilidade de aumentar a sobrevida do doente terminal traz problemas éticos, médicos, sociais e econômicos. Indiscutivelmente, se a família encaminha seu doente para uma UTI de hospital particular, pode sofrer muito do ponto de vista financeiro. Para o Estado também não deixa de ser oneroso. Mas é preciso que levemos em consideração, no caso, também a questão ética, pois não podemos olvidar que o ser humano vale muito mais que o custo financeiro advindo do tratamento. Eu acho que o Estado tem obrigação, nos casos de pacientes que não podem pagar, de arcar com as despesas de UTI, pois não lhe é possível ficar em descompasso com o progresso tecnológico que a medicina alcançou, alegando problemas financeiros, quando é uma vida que está em pauta. Infelizmente, o Estado não tem agido de maneira satisfatória no que se refere à educação e à saúde. Assim, a ortotanásia, como solução velada no que tange a pacientes pobres, pode vir a ser uma triste realidade de distorção de objetivos. Com isso, os pacientes mais humildes, como boa parte dos que são atendidos pelo SUS ou pelos convênios que pagam pouco, podem ser vitimados pela ortotanásia motivada por meras questões econômicas. Já quando se trata de pacientes que podem pagar UTI particular, pode ocorrer o inverso com o hospital, podendo fazer vistas grossas para a distanásia, atendendo igualmente a problemas econômicos, haja vista que a permanência do doente por prazo mais dilatado poderá aumentar a renda hospitalar. Na minha maneira de ver, o médico não pode atender a esses apelos simplistas, devendo manter a sua neutralidade para que se leve em consideração o melhor para o paciente independentemente de tal ou qual interesse menos digno.

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Palestra com Alcir Luiz Tonoli Guarulhos, SP

Próxima palestra Centro Espírita Chico Xavier

Rua Geraldo Marques, 62 - Gopoúva - Guarulhos

12/03 ás 19:30

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(Informação em email de Regina Bachega)

Seminário Jurídico-Espírita da AJE-SP vai abordar o progresso da legislação humana. São José dos Campos, SP

(Informação em email de Mara Freitas)

Curso “Mudança Interior” com Avildo Fioravante São João da Boa Vista, SP

(Informação em emails de Elaine Menato e Otávio Cunha)

Palestras com Jamiro dos Santos Filho São Paulo e Guarulhos

(Informação em emails de Regina Bachega e Otavio Cunha)

Agenda de palestras musicadas com Vansan Março de 2011

Alguns dados ainda estão incompletos.

Verificar as complementações no site www.vansan.net


01 – 20 h – C E FONTE DE LUZ – R. Madeira 468 – Sta Maria São Caetano do Sul

02 – 14 h – C E A CAMINHO DA LUZ – Av. Sapopemba 648 São Paulo

03 – 20 h – C E LIRIO BRANCO _ R. Joaquim Nabuco 80 São Bernardo do Campo

DE 05 A 09 – RGA Reunião Geral da Aliança – Encontro da Aliança Espírita

10 – 20 h – C E O SEMEADOR – R. Frederico J Jaeguer 540 Interlagos Santo Amaro, São Paulo

11 - 20 h – C E JESUS DE NAZARE – R. Augusto Gil 181 V Dionísia, São Paulo

13 – 9 h – A E CARITAS – R. Fernão Guedes de Souza 225 Socorro, Mogi das Cruzes

14 – 19 h e 20 :30 h – C E A CAMINHO DA LUZ – Av. Sapopemba 648, São Paulo

15 – 20 h – G E FRANCISCO DE ASSIS – Estr Galvão Bueno 5143 São Bernardo do Campo

16 – 20 h – CASA DO AUXILIO – R. Mauricio de Castilho 246 Ipiranga – Mário- , São Paulo

17 – 20 h e 30 min – C E LAÇOS ETERNOS –Praça N. Sra da Esperança 04 V Matilde, São Paulo

18 a 20 – ENCONTRO DA UNIÃO FRATERNAL

DE 22 A 28 –CASCAVEL, FOZ DE IGUAÇU E REGIÃO. Paraná

29 – 20 h – Mogi das Cruzes SPi

30 – 20 h – Sorocaba SP

31 – 20 h - G E OS ESSÊNIOS – R. Cunha Bueno 1191 – Pq das Árvores Cerquilho, SP

(Informação em email de Vansan)

5ª. Semana Espírita de Poços de Caldas, MG

(Informaçõs em emails de AME P.Caldas / CRE 4ª Região amepcaldas@gmail.com e de Otavio Cunha)

Grupo da Caridade André Luiz vai receber Adeilson Salles São João da Boa Vista, SP

Palestra com ADEILSON SALES

Dia 06 de março (domingo), às 9h da manhã

No Grupo da Caridade André Luiz
R. João Pessoa, 349 - São João da Boa Vista
Tema: A influência do pensamento na saúde humana
Contato: Aryane (19) 9146-9710

(Informações em email de Elaine Menato)

I Encontro Anula de Evangelizadores de Infância e Juventude da Macrorregião Recôncavo. Feira de Santana, BA

A Macro Regional de Evangelização do Recôncavo acontecerá nos dias 19 e 20 de março de 2011. Será um trabalho desenvolvido pela FEEB que neste ano acontecerá em Feira de Santana. Aceite este convite de aprendizado, troca de experiências e crescimento do movimento espírita de nossa região. Ajude-nos a divulgar para o maior número de trabalhadores e interessados. Em anexo estamos encaminhando os modelos de Cartaz, Fichas de Inscrição e Carta Convite e pedimos, que se possível você possa encaminhar esta mensagem para todos os seus contatos espíritas, além de levar as informações para a Casa Espírita que frequenta.
Esta é nossa primeira chamada e em breve enviaremos mais informações e detalhes do evento.
Programe-se! Coloque em sua agenda evolutiva esta oportunidade!
Muita paz.

Equipe do DIJ/CR3

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(Informações recebidas em email de Mara Freitas)



Adeilson Salles no C.E. União Fraternal Raul Cury Poços de Caldas, MG

P A L E S T R A

04 DE MARÇO DE 2011

SEXTA-FEIRA-ÀS 20:00 HORAS

ADEILSON SALLES, da cidade de Guarujá-SP

LOCAL: CENTRO ESPÍRITA UNIÃO FRATERNAL “RAUL CURY”

Rua Paraíba, 295, - Poços de Caldas-MG.

TEMA: “A EDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA A EVOLUÇÃO”

(Informações em email de Otavio Cunha)

Seminário Interface entre Física Quântica e Espiritualidade: É Possivel? São Paulo

INVESTIMENTO

(até dia 14 de março) => R$ 40,00

(valor para associados AME-SP => R$ 25,00)

No local do evento (se houver vagas) => R$ 50,00
(valor para associados AME-SP - R$ 35,00)

Inscrições:

Bradesco
Associação Médico-Espírita de São Paulo - CNPJ. 52.035.391 / 0001-83
Ag. 0287-9 / Cc 56496-6(depósito identificado)
Enviar comprovante de depósito por fax (11) 2574-8696 ou e-mail: secretaria@amesaopaulo.org.br

Abraços Fraternos,

Departamento de Ensino da AME-SP

(Informações em email de Secretaria AME-SP secretaria@amesaopaulo.org.br)

2ª. Parada obrigatória - o seu encontro de reflexões- a humanização do Centro Espírita. Bauru, SP

(Informação em email de Leopoldo Zanardi)

O óbice e o progresso

Adelvair David


O progresso humano é fato. Seu estudo preenche as ilações de pensadores de todos os tempos, em especial os dos tempos modernos.
Conclui-se, que há homens mais predispostos à sua busca que outros; que lhe anseiam avidamente, enquanto alguns lhe recusam e ainda desejam colocar-lhe óbice.
O progresso em todos os sentidos é Lei divina; ninguém pode subtrair-se a ele e todos estão sujeitos aos seus impositivos. Sendo Lei natural, segue um incessante e fascinante movimento levando tudo e todos ao aperfeiçoamento, com destino à perfeição.
No que tange à realidade do homem, na caminhada moral, espiritual e intelectual, ele, a seu turno, deve colaborar com a Lei divina; enquanto avança, auxilia o crescimento de outros também.
O progresso intelectual segue célere, enquanto o moral caminha mais lentamente; este último depende da decisão do homem em querer mudar seus hábitos, erradicar seus vícios e tomar atitudes benévolas em relação ao seu semelhante. Neste sentido, a caridade tem papel importante, sendo ela anunciadora de tempos melhores enquanto suaviza o sentimento humano e torna mais felizes aqueles que lhe aceitam o convite; afinal, na família humana, todos são filhos e irmãos sem consanguinidade, mas sim, corações que se aninharam neste planeta sob a tutela de Jesus para a busca do aprendizado e da resolução de suas pendências passadas, preparando-se para o futuro em moradas mais ditosas. Disse-nos o mestre amorável: “há muitas moradas na casa do Pai”, o que compreendemos serem os vários mundos semeados no canteiro universal, salpicado pelos confins longínquos, onde a vida se repete exuberante e bela, protegida e estimulada pelo amor de Deus que a ninguém desampara.
É dever inadiável de cada um colaborar com o progresso, auxiliando a melhorar o mundo e a si mesmo; aquele que em rebeldia opta pela inércia, será estimulado por outros mecanismos da Lei natural; os desafios de toda ordem surgem como agente divino a colocar-lhe em marcha. Ninguém obstará o progresso, pois o criador estabeleceu que a perfeição é destino de tudo e de todos.
Aproveitemos a vida empregando bem o tempo no aprendizado intelectual e no desenvolvimento das faculdades do coração. Viver é expandir-se em todas as direções, excetuando-se as de caráter enganosos. Cada um terá como herança em si mesmo o que construiu, não do que desfrutou. O amor é um instrumento valioso de progresso.
QUEM AMA, FELICITADO PELO PRÓPRIO AMOR QUE DEU PERMANECE ABENÇOADO.

Autor da mensagem: Adelvair David - publicada no Jornal "Folha Noroeste" da cidade de Jales-SP.