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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Focalizando o Trabalhador Espírita Adelvair David


Adelvair David


Entrevista para Ismael Gobbo ao Notícias do Movimento Espírita

Nesta entrevista vamos ouvir o nosso querido companheiro de ideal da cidade de Jales, SP, Adelvair David.

David, como é conhecido, está vinculado ao GEBMD – Grupo Espírita Beneficente Maria Dolores e tem desenvolvido um excelente trabalho na casa que ajudou a fundar ao lado de uma plêiade de trabalhadores.

Católico de berço e médium desde tenra idade, Adelvair buscou o Espiritismo quando passava por um difícil processo obsessivo. Encontrou mãos generosas que o conduziram para o tratamento e para a orientação segura e, a partir daí, lançou mão da charrua e partiu para a obra.



David, por favor, faça-nos a sua apresentação.

Meu nome é Adelvair David, nascido aos 10 de novembro de 1.962, na cidade de Jales, filho de Oswaldo David e Lourdes Testa David. Sou neto de imigrantes italianos, tenho três irmãos, Adilson Domingos David, A demilson Antônio David e Sandra Regina David. Quando criança, antes dos seis anos, residi na cidade de São Paulo, mas minha família retornou para Jales e a partir de então sempre vivi na minha cidade natal, lugar que amo e respeito como berço querido que me abrigou.

Qual sua formação acadêmica e profissional?

Sou professor de Ciências Biológicas e Matemática, embora tenha lecionado pouquíssimo e hoje não exerço diretamente a profissão. Ingressei aos 14 anos de idade no serviço público municipal, e como já estava trabalhando e gostando das atividades que desenvolvia, optei por fazer carreira como servidor público.

Tenho formação em música pelo Conservatório Santa Cecília de Jales em Piano Clássico, Órgão Clássico e Acordeon Clássico, tendo lecionado por cerca de dez anos naquele estabelecimento de ensino artístico. Por opção, já que aumentaram substancialmente meus encargos na casa espírita, tive de deixar aquele trabalho que tanto apreciava. A música é uma das minhas mais doces paixões, em tudo vejo sons, tenho ouvido absoluto, e percebo sonoridade em tudo que observo.

David, como você conheceu o Espiritismo?

Ismael, desde a infância os fenômenos mediúnicos fizeram parte da minha vida. Muito cedo experimentei a presença dos espíritos e o contato com eles. Na juventude, por determinação dos meus pais freqüentava assiduamente a igreja Católica Apostólica Romana, ocasião em que os fenômenos se intensificaram e me trouxeram grandes perturbações. Fui organista por mais de 10 anos na igreja e, apesar de muito jovem, ocupei o cargo de dirigente da Pastoral Diocesana de Juventude de Jales. Em qualquer lugar onde me encontrasse as manifestações visuais, auditivas e de efeitos físicos aconteciam, levando-me a grande confusão mental e emocional. Por conta dessas manifestações ostensivas cheguei a ter problemas no próprio lar onde elas aconteciam com mais intensidade; fiquei fisicamente debilitado e experimentei profunda depressão. Trabalhando com um senhor que é espírita de berço, este me alertava e orientava sobre a necessidade de buscar o Espiritismo, ao que eu negava veementemente devido à formação católica. Foi desta forma que ouvi falar do Espiritismo pela primeira vez.


E quando começou efetivamente a freqüentar o ambiente Espírita?

Conheci neste ínterim a Sra. Valquíria Figueira, a responsável pela vinda de Divaldo Franco a Jales pela primeira vez. Na ocasião advertiu-me ela da urgência em conhecer a doutrina. Continuamos rejeitando essas orientações até que os problemas ficaram fora de controle e no estado depauperado em que me encontrava urgia receber socorro. Valquíria com seu coração generoso procurou-me e como um anjo que estende a mão ao caído, levou-me às bondosas mãos do médico rio-pretense Dr. Aguinaldo Vasconcelos, que além da consulta de rotina falou-me da gravidade do processo em que me encontrava, aconselhando-me a buscar as orientações em torno da doutrina espírita e o tratamento para a minha grave perturbação. Alertou-me para seguir as orientações da Sra. Valquíria. Conduzido por ela ao centro espírita Anésio Siqueira, fundado por seu intermédio, participamos de atividades de fluidoterapia e orientações, com o coração apertado por acreditar que estivesse traindo a igreja e fazendo algo terrível; impressão que se desfez com o passar do tempo. Os ensinamentos espíritas trouxeram-me grande sossego à alma. No ano de 1989 fui apresentado por Valquíria ao grupo União Espírita “Caminho da Esperança” de Jales. Ali iniciei os estudos básicos da doutrina e posteriormente os de educação mediúnica, culminando por trabalhar nas lides da mediunidade e também de atividades da casa, entre elas a da fundação de uma livraria espírita, atividade que sempre me atraiu. Posteriormente fundamos a Mocidade Espírita, outro trabalho que nos cativou.


Como começou o trabalho com a mocidade espírita?

Existe aqui uma curiosidade. No ano de 1992, se não estou enganado, assistimos a uma palestra de Raul Teixeira no centro espírita Chico Xavier, dirigido pelo nobre Dr. Pedro Bonilha. No final, ao cumprimentar o orador, que não nos conhecia, ele nos abraçou dizendo ser a pedido do espírito Ivan de Albuquerque, frisando que teríamos uma tarefa em torno das mocidades espíritas da nossa região. Começamos a freqüentar a USE no final do ano de 1992, e em pouco tempo, estávamos assumindo o departamento de mocidade daquele órgão, atividade que desenvolvemos por quinze anos, sempre amparados por entidades generosas dentre as quais Ivan, que apresenta grande zelo pela juventude. Aconselhou-nos ele a não esmorecermos ante os entraves que teríamos pela frente, o que se cumpriu com todo o rigor. Tivemos muitas dificuldades iniciais, fruto também da nossa inexperiência, superadas com o passar do tempo.

Pode nos detalhar essa caminhada? Você recebeu algum apoio, incentivo?

No que diz respeito à realidade da nossa região naquela época, havia certa desconfiança quanto a possibilidade de jovens ocuparem tarefas nas casas espíritas. Vigia também a idéia quase unânime de que o jovem não era dado a assumir compromissos e responsabilidades. Esse entendimento foi sendo mudado com a perseverança daqueles que assumiam a direção dos grupos de mocidades com seriedade e comprometimento com a causa. Foi com o apoio do Sr. Durval, presidente da nossa USE (*), pioneiro do espiritismo em nossa região, homem da roça, coração bondoso e lúcido, que fomos conquistando amigos para o novo propósito de erguer um movimento de juventude. Neste 2011 completamos 18 anos de EMERJ (Encontro de Mocidades Espíritas da Região de Jales). Mais tarde deixamos esta tarefa para assumir o Departamento de Doutrina da USE, no qual estamos até hoje.

Alguma gratidão em especial?

Sim, como esquecer a irmã querida que hoje reside em São José do Rio Preto, Sra. Valquíria, que trabalha nas lides da doutrina junto do grupo dirigido pelo Dr. Aguinaldo Vasconcelos? Foi por seu intermédio que conhecemos o espiritismo e conseguimos dar um rumo à nossa sensibilidade mediúnica. Somos eternamente gratos a ela e a outros tantos irmãos que não citaremos para não cometermos as injustiças do esquecimento. Eles nos permitiram buscar as luzes que nos guiam até hoje e que pretendemos seguir com o auxílio amoroso de nosso Senhor Jesus Cristo.


Poderia nos falar um pouco sobre a idéia de fundar o GEBMD – Grupo Espírita Beneficente Maria Dolores?

Éramos a Mocidade Espírita Ivan Albuquerque, onde fomos dirigente, com as atividades sediadas no Grupo União Espírita Caminho da Esperança, de Jales. Buscando aliar teoria à prática, no ano de 1.994 resolvemos fazer sopa na casa dos amigos, principalmente dos jovens, num dos dias que não tínhamos atividade na casa espírita. Levávamos sopa para os que viviam sob pontilhões, nas ruas, nas casas miseráveis, principalmente do bairro São Judas Tadeu. Enfim, onde encontrássemos alguém perambulando sem lar, distribuíamos a sopa. Aquele grupo que se denominava “Infortúnios Ocultos” foi o responsável pelo nascimento do Maria Dolores.

E Porque Maria Dolores?

Reuníamo-nos mensalmente nas nossas casas para conversar sobre os andamentos da atividade, o que ocorreu até o ano de 1.998. Na nossa primeira ida a Uberaba, visitando o Hospital do Fogo Selvagem, a querida Dona Cida(**), sem nos conhecer, perguntou-nos o que estávamos esperando para iniciar a tarefa. Esclareceu ela, diante da nossa estranheza, tratar-se de dizeres de Maria Dolores, mostrando-nos um quadro que reconhecemos ser espírito amigo que nos acompanhava a algum tempo nas poucas explanações da doutrina que fazíamos à época. De volta a Jales, reunimo-nos e decidimos pela escolha de um local onde pretendíamos iniciar atividades de sopa e estudo do evangelho e por unanimidade o nome escolhido foi Grupo Espírita Beneficente Maria Dolores. Recebíamos os amigos e irmãos para o estudo e a sopa; em quatro meses já tínhamos público grande para o local; ficamos espremidos no pequeno espaço, daí nascendo nossas primeiras idéias de construir uma sede maior.

Quais os trabalhos doutrinários e assistenciais promovidos pelo Maria Dolores?

O Grupo Espírita Beneficente Maria desenvolve atividades doutrinárias tais como: Palestra Pública; estudo das obras básicas; estudo das obras de André Luiz; estudo das obras de Joanna de Angelis. Realizamos reunião de mocidade, com um tradicional retiro de carnaval que está completando 17 anos, iniciado pelo grupo que fundou o Maria Dolores. Temos evangelização infantil com um coral de crianças, que se apresenta em toda a região, o coral “Vozes do Coração”. Temos ainda atividades assistenciais de promoção humana com as senhoras do bairro São Judas Tadeu, comportando cursos de aprendizado manual; grupo de gestantes para assistidas e para adolescentes que engravidam precocemente, com apoio psicológico e orientação; grupo de distribuição mensal de cestas básicas a famílias em extrema penúria; fluidoterapia; plantão de passe e reuniões mediúnicas e Sopa Fraterna para as famílias carentes daquela região.

Algum projeto em andamento que gostaria de ressaltar?

Nasceram ao longo do tempo várias propostas no sentido de construirmos mais salas para abrigar as várias atividades que temos, desenvolvidas em três cômodos pequenos e um galpão onde tudo se transcorre. Para se ter uma idéia, somente nas palestras recebemos um público de mais de duzentas pessoas regularmente e também neste mesmo local realizamos um jantar mensal para duzentas pessoas. Esboçamos alguns projetos e hoje estamos no acerto final da decisão para construir. Desejamos construir nossa sede para palestra, salão para promoções, salas para as atividades espirituais, para evangelização e livraria. Aos poucos e com muito empenho, desejamos seguir materializando os nossos sonhos dessas construções.

David tem uma história meio inusitada a respeito da aquisição da sede do Maria Dolores que você já nos contou. Poderia relatá-la aos nossos leitores?

Já passados alguns anos de fundação do Maria Dolores, necessitávamos realmente de começar a programar as obras indispensáveis ao bom funcionamento da casa. Cogitamos a possibilidade da compra de parte da área onde estamos, mas, com parcos recursos, íamos conversar em Campo Grande com o proprietário que nos havia cedido em comodato o local, para que nos vendesse o pedaço que queríamos e possivelmente a área toda a perder de vista para pagar, caso ele concordasse. Aí, aconteceu um fato que nos emociona até hoje e que foi definitivo para nossos sonhos.

Poderia dividir conosco essa história?

Quando faltavam dez dias para a viagem de um nosso companheiro da casa a Campo Grande no Mato Grosso do Sul, a fim de tratar do assunto, alguém nos procurou com uma maleta de jóias de família. Conhecendo a seriedade do nosso trabalho e não desejando e nem necessitando passar aqueles bens para a família, disse-nos que fizéssemos o melhor proveito dos objetos em beneficio da casa e da causa. A principio achávamos se tratar de algumas peças de valor menor, porém, quando fomos a São José do Rio Preto para avaliar as jóias ficamos estupefatos ao saber que se tratavam de peças de grande valor. Finda a avaliação constatamos que o valor era exatamente o que o proprietário pedia pela área total do terreno cogitado. Uma benção dos céus para nós e para o nosso trabalho.

Fale-nos sobre suas atividades no campo mediúnico.

Como dissemos, a mediunidade ostensiva nos acompanha desde criança e, já no Caminho da Esperança, desenvolvíamos atividades de psicofonia sonambúlica ou inconsciente; psicografia semi-mecânica de orientação. Jamais nestes anos interrompemos as atividades com a mediunidade, completando neste 2011 vinte anos de exercício com nossa singela faculdade. No Maria Dolores, continuamos o trabalho de psicografia semi-mecânica, embora não tão volumoso devido ao pouco tempo de que dispomos em face das outras tarefas. Nesse trabalho contamos com a recepção de mensagens vindas da benfeitora Maria Dolores e de outros amigos queridos, entre eles o poeta Tagore. Sabemos pelos amigos espirituais que no momento certo teremos de trabalhar de forma mais freqüente nesse campo. É o que pretendemos retomar com mais afinco assim que a espiritualidade nos aconselhar.

Tem saído muito para fazer palestras em Jales e região? Como contatá-lo para convites?

Temos realizado palestras em todo o estado de São Paulo onde os corações nos convidam, embora ainda não com a freqüência que gostaríamos, devido ao nosso trabalho profissional. Temos feito palestras, seminários, cursos, orientações às atividades diversas, entre elas as mediúnicas e participação em encontro de juventude. Quando nossos irmãos acham oportuna nossa presença e o nosso tempo nos permita atendemos com o maior prazer. Nossa irmã Jane Maiolo, do departamento de promoções e eventos tem nos auxiliado no agendamento dos compromissos: pelo fone 17- 3632.9983.

Alguma atividade em especial o marcou ao longo desses anos de trabalho?

Sim e graças à nossa amiga e irmã de ideal Ana Jaicy Guimarães e seu esposo Geraldo Rodrigues Guimarães, desencarnado em 11 de janeiro de 2011. Ana realiza até hoje um feirão espírita na cidade do Rio de Janeiro, em prol da Mansão do Caminho, dirigida por Divaldo Pereira Franco. Nossa casa teve a honra de participar daquele inolvidável evento e nós, já desde o Caminho da Esperança, por cerca de doze anos, tivemos a oportunidade de conhecer irmãos de grupos espíritas de todo o Brasil e do exterior, todos aportando no Rio para prestigiar a grande feira. Ali tivemos a honra de estar próximo ao coração querido de Divaldo, que enchia-nos de motivação com sua fala inspirada e sensível. Neste evento pudemos certa feita dirigir um teatro em homenagem a Divaldo e Joanna de Angelis, um trabalho que muito nos comoveu e nos trouxe grande alegria.


Como esta o movimento espirita em Jales e região?

O movimento espírita em nossa região tem tido um bom direcionamento. Em termos de unificação a USE tem promovido intercâmbio salutar entre as casas, que se reúnem periodicamente para conversar, trocar experiências e realizar movimentos de divulgação e promoção da doutrina dos espíritos, como nos ensinou Allan Kardec. Existe o intercâmbio de oradores que visitam as casas em rodizios, estreitando laços de fraternidade e colaboração. É natural que tenhamos trabalhos com características diferentes, porém, não no que diga respeito aos principio oferecidos pelo insigne mestre lionês.

Algo mais que queira acrescentar?

Quando perguntamos à benfeitora há alguns anos atrás, o que ela nos aconselharia em relação à casa e nossa vivência espírita ela nos respondeu:

Fidelidade aos principio de Allan Kardec, Amor a Jesus e Simplicidade. Este direcionamento é o que desejamos aplicar na nossa vivência de casa e da vida pessoal.

Compreendemos que o movimento espírita é oportunidade de trabalho concedida por Jesus em nosso próprio benefício. Como colaboradores desta obra, necessitamos aprender a servir sem exigências e a acolher todos os irmãos em nossos corações, retendo o que é bom, deixando a cada um a responsabilidade das suas realizações.

Deixamos aos corações queridos nossos votos de paz e esperança, lembrando que não existe nenhuma lição que desejamos compartilhar com nosso próximo que não nos diga respeito em primeiro lugar.

(*) União das Sociedades Espíritas

(**) Aparecida Conceição Ferreira








Legenda: Os pais de David, D. Lourdes e Sr. Oswaldo; o menino David com a mãe e a irmã Sandra Regina recebendo o diploma em matemática; a apresentação no dia da formatura em piano; com os pais e os irmãos; David proferindo palestra no C.E. Aurélio Agostinho, dirigido por Celso de Almeida Afonso, em Uberaba, MG; o C.E. Maria Dolores no seu início; o Maria Dolores hoje; David no Maria Dolores assistindo palestra de visitante; com Divaldo Pereira Franco no Feirão Espírita da cidade do Rio de Janeiro; com os trabalhadores do Maria Dolores em viagem a Araxá, MG.

OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO.


Você conhece suas limitações e virtudes?

Wellington Balbo

É interessante notar como nos embaralhamos com questões simples, como, por exemplo, identificar algumas de nossas limitações ou falar sobre algumas de nossas virtudes.

Grande parte desta dificuldade é cultural, fruto do aprendemos no contato com a sociedade e acabamos por transferir sem reflexão à nossa forma de lidar com o mundo. Temos, portanto, problemas em conhecer limitações e grandes dramas de consciência em reconhecer nossas virtudes.

Conhecer limitações: temos receio de falar de nossas fragilidades porque queremos nos sentir sempre fortes. Aprendemos isto desde tenra idade. “Homem não chora”. “A vida não premia os fracos”. “Vivemos numa selva de pedras”.

A sociedade prega a competição predatória e o individualismo, então vamos neste embalo e consideramos os outros nossos concorrentes, por isso não falamos de nossas fragilidades, dores e dificuldades. Preferimos guardar a sete chaves e esconder nossos receios e limitações até de nós mesmos. E isso ocorre porque não nos estudamos, conseqüentemente, não nos conhecemos. Transitamos de mãos dadas com nossas limitações por não sabermos identificá-las.

Conhecer virtudes: e por outro lado fomos ensinados a cultivar uma humildade de fachada, uma humildade apática, em que é “PECADO” conhecer virtudes que possuímos. Temos medo de que o outro nos ache arrogante, por isso, não raro, desvalorizamo-nos. Aliás, a cultura da desvalorização prejudica a estima do indivíduo e abarrota consultórios de terapeutas, psicólogos e psiquiatras. Isso para não falar que fomenta a tresloucada idéia do suicídio, porquanto o suicida geralmente é aquele que não reconhece seus valores, seus talentos e habilidades, julga-se um peso para o mundo, afunda-se em seus dilemas, e então, vê no suicídio a porta para salvação. Isso também ocorre porque não nos estudamos, e, portanto, não nos conhecemos.

É necessário romper os cadeados do preconceito para que possamos nos estudar com eficácia. Saber em que nível de evolução moral e intelectual estamos, o que já conquistamos e o que falta conquistar. Quais são nossas imperfeições morais, quais são nossas maiores dificuldades e como fazer para superar estas fragilidades. São questões que podemos propor a nós mesmos, a fim de que identifiquemos o estágio evolutivo no qual nos encontramos.

Importante lembrar: reconhecer fragilidades não é sinal de inferioridade, ao contrário, alguém para reconhecer uma limitação e falar naturalmente dela é alguém já amadurecido para tanto. A mesma regra vale para a questão que envolve o conhecimento de nossas habilidades e virtudes. Reconhecer em nós alguma virtude, ou algo que sabemos fazer bem feito, não quer dizer falta de humildade ou arrogância. A prepotência não está em sabermos de nosso valor, mas sim se usamos esses valores conquistados para subjugar, humilhar e desdenhar do outro. Desde que não nos infectemos pelo vírus da auto suficiência e não nos consideremos superiores a ninguém, não há porque deixarmos de reconhecer nossas habilidades.

Será o estudo sobre nós mesmos e a reflexão em torno de nossas limitações e virtudes que nos estenderão o tapete vermelho para o auto conhecimento, proporcionado-nos um caminhar mais sereno pelos palcos da existência.

Espiritismo na Guatemala pelo rádio e ao vivo pela internet

Los dias jueves cada 15 dias horario: 10.00 pm Radio Atmosfera 96.5FM y por Internet on line

Es decir un jueves si y un jueves no.

Hora de Guatemala: 10.00pm

Hora de Colombia: 12.00pm

Hora de Brasil: 1.00am (viernes)

Hora de España: 5.00am (viernes)

Jueves sintonice Radio Atmosfera 96.5 FM en Guatemala se encontrara nuestro Equipo de Capacitación y Divulgación Espirita. Meses pasados de Julio, Agosto, septiembre, octubre, noviembre y Diciembre de 2010, Enero 2011 han sido entrevistados espiritistas dando a conocer El Espiritismo y los radio oyentes han dado sus comentarios.

Muchísimas gracias por su sintonía.

Hoy jueves 10 de Febrero de 2011 10.00pm - 11.00pm

Haz click en el siguiente link, luego sigue el siguiente paso.

http://www.streamingthe.net/Atmosfera-96.5-FM-Guatemala-City/p/3180

luego selecciona en esta página el icono Atmosfera 96.5 FM Guatemala City

(Informação recebida em email de Edgar Abella walito_abella@yahoo.com)

Leia o boletim do CEBM Rio de Janeiro

Acesse aqui: http://www.bezerramenezes.org.br/boletim/online/ANO%2053%20-FEVEREIRO%202011-639.pdf

(Informação em email de boletim01@bezerramenezes.org.br)

Alvorada Rádio Web

ALVORADA RÁDIO WEB PRIMEIRO ANO NO AR

SÃO MAIS DE 35700 ACESSOS E 8200 HS NO AR .

ALVORADA ESPIRITA 9 ANOS NO (AM.WEB)

OBRIGADO A VOCÊS.

CONTINUAMOS, APRESENTANDO A SERIE EMANNUEL HÁ 2000 ANOS

ÁS 14:OO / REPLAY ÀS 20:00 HS SABÁDO (19) DOMINGO (20)

RESTANTE PROGRAMAÇÃO NORMAL 24 HORAS.

http://www.alvoradaespirita.com.br/portal/

Assista o filme Nosso Lar no Seara Bendita São Paulo

(Informação recebida em email de Manolo Quesada)

As mães de Chico Xavier Avant-premiére em Natal, RN

Terceiro longa que homenageia o centenário de nascimento do médium mineiro terá avant-première em Natal

Leia a notícia aqui: http://www.diariodenatal.com.br/2011/02/18/muito1_0.php

(Colaboração recebida em email de licaododia@grupos.com.br ; em nome de; cpc@digi.com.br)

Registro. Palestra com Ironildo Boselli nas comemorações do aniversário do C.E. Semente de Luz. Holambra, SP

Estivemos na última quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011, na cidade de Holambra, SP, no Centro Espírita Semente de Luz, assistindo a palestra de Ironildo Boselli, da cidade de Itapira, SP. O orador discorreu sobre os “fenômenos de Hydesville”, acontecimentos ocorridos naquela cidade americana no ano de 1848, na casa dos Fox, onde os espíritos manifestaram desejo de se comunicar utilizando-se de pancadas. Na época houve interesse por parte de estudiosos e pouco tempo depois Allan Kardec, na França, se interessaria em estudar os fenômenos das Mesas Girantes e faria surgir a Doutrina Espírita, em 18 de abril de 1857, através da edição de O Livro dos Espíritos. A palestra interessante e esclarecedora prendeu a atenção do bom publico que compareceu ao Semente de Luz. O evento da noite fez parte das comemorações dos 5 anos de existência da casa. Na próxima quinta-feira, dia 24 de fevereiro, o orador será Roosevelt Andolphato Tiago, da cidade de Barra Bonita, SP, que discorrerá sobre o tema: “Se não houver vento, reme”. (Otávio Cunha)



Fotos: Ironildo em sua fala; recebendo os agradecimentos da presidente do Centro Espírita, Sra. Leila e autografando o livro de sua autoria: “Obsessão- realidades e desafios”

Palestra da AME- Associação Médico Espírita abordará doença de Alzheimer. Niterói, RJ

Prezados Companheiros,

Jesus conosco sempre!

É com imensa alegria que iniciamos nossas palestras de 2011.
A palestra do mês de fevereiro será apresentada pela Prof.ª Maria Júlia da Rocha Biondi, membro do MAP (Movimento de Amor ao Próximo) e da Associação Brasileira de Alzheimer. O tema a ser abordado será: DOENÇA DE ALZHEIMER - A VISÃO DO CUIDADOR. Esta palestra ocorrerá no dia 24/02/2011 (quarta 5ª feira do mês), com início previsto para 19:30 h, na CASA MARIA DE MAGDALA (Estrada Washington Luís nº 1956-fundos, Sapê, Niterói).
Este é um tema de suma relevância para todos nós, profissionais de saúde ou não.
A Prof.ª Maria Júlia já confirmou a sua presença e inclusive trará alguns exemplares de seu livro (cujo título é o tema da palestra), para quem quiser adquiri-lo.
Contamos com apresença de todos!
PAZ e LUZ!

Luiza Helena Semeghini
Secretaria da AME-Niterói

(Informação em email de AME Niterói ameniteroi@gmail.com)

Programa Transição Com Divaldo Pereira Franco

No próximo Domingo 20/02/2011, no Programa Transição,
o entrevistado será Divaldo Pereira Franco , falando sobre "A Transição Planetária".

O Programa Transição será apresentado por, Antonio Coelho Filho pela:
REDE TV na Capital e Grande São Paulo – Rio de Janeiro – Minas Gerais – Ceará – Pernambuco

Em novo Horário - Domingo às 16:15 horas
Com reapresentação - Quintas-feiras 01:45 horas

(Colaboração em email de Edson Luis Silva)

Seminário com Humberto Werdine. Obsessão: como e porque acontece, prevenção e cura. Lecco, Itália

DIA 6 DE MARÇO DE 2011

DAS 10 ÀS 16 HORAS


DR. HUMBERTO WERDINE

(TEXTO EM ITALIANO)

“La medicina riconosce l’ossessione spirituale”

..Ossessione Spirituale come malattia dell’Anima, già riconosciuta dalla medicina….

La Scienza Medica si approssimando e confermando la Scienza Spirituale. Una nuova postura della medicina di fronte alle sfide della spiritualità. La OMS Organizzazione Mondiale della Sanità passò a riconoscere e definire Salute come uno stato di completo benessere dell’essere umano integrale: biologico, psicologico e spirituale. In questo modo, l’Ossessione spirituale, passò ufficialmente ad essere riconosciuta nella medicina…. Pertanto, l’ossessione spirituale come un’infermità dell’anima, merita d’essere studiata di forma séria e approfondita.

parte dell’articolo di Osvaldo Shimoda editato su:

http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=08634

Non è casualmente che quest’articolo è arrivato, coincidendo con il Seminario che succederà a Lecco, nella sede del GLAK il giorno 06 marzo, con Humberto Werdine, finalizzando cosi gli eventi programmati dell'USI -Unione Spiritica Italiana- Membro effettivo del Consiglio Spiritico Internazionale, con la collaborazione dei gruppi affiliati e osservatori, del secondo semestre.

“Ossessione: come e perché succede, prevenzione e cura”

Quando? 06 marzo - Seminario

Dove? Sede del Glak – Via dei Pescatori, 43 Lecco.

Ore: dalle 10:30 alle 12:00 – 1ª parte

dalle 12:00 alle 13:00 - Pranzo in compagnia

dalle 13:00 alle 16:00 – 2ª parte

Chi è Humberto Werdine!?

Ingegnere Senior, specialista in Sicurezza Nucleare e attualmente è il Direttore di Progetto di Nuove Usine Nucleari per la “Iberdrola Ingenierìa y Construcciòn”, Spagna. In Brasile attuò nel movimento Spiritico di Rio de Janeiro per 35 anni, come medium ed espositore spiritico, collaboratore di vari periodici e giornali. In Europa, lavora per divulgare la Dottrina Spiritica , avendo già realizzato conferenze e seminari in Inghilterra, Olanda, Belgio, Austria, Spagna e Germania.

contato: gruppodilecco@yahoo.it unionespiriticaitaliana@yahoo.it

cell: 3802903756

Non perdete questa meravigliosa opportunità di apprendimento!!!

Ti aspettiamo!!!!

Regina Piccoli

GLAK-Gruppo di Lecco Allan Kardec

cell.380 290 3756

Via Dei Pescatori,43 - Lecco
www.spirity.com/it/lecco


Saiba mais sobre o orador Humberto Werdine aqui:

http://ismaelgobbo.blogspot.com/2010/04/focalizando-o-trabalhador-espirita_17.html


Movimento Espírita e Unificação será tema de encontro em Ferrara, Itália

L'Associazione Spiritica Il Consolatore – ASIC di Ferrara

Convida a todos para mais uma tarde de estudos e confraternização!

Os representantes da USI-Unione Spiritica Italiana, Evi Alborgheti e Regina Piccoli virão a Ferrara especialmente para falar sobre

“Movimento Espirita e Unificaçao!”

Data: domingo 27 Fevereiro/2011

Hora: das 14:00 as 16:00

Endereço: Via Casoni, 6/1 – Casumaro (FE)

Todos estão convidados, italianos, brasileiros ou outras nacionalidades!

Convidamos todos tambem a participar do grupo de estudos todas as terças-feira as 20 hs , no mesmo endereço!

Um otimo e abençoado fim de semana!

Eliane Stakowski

Celular: +39 320 6992168

Email: pizzolatto@hotmail.it

(Informações recebidas em email de Cláudia Werdine, Madrid, Espanha)


Castelo em Ferrara. Foto: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ea/Castello_esterno.jpg

Pintura Mediúnica com Orlando Padovan Carapicuíba, SP

(Informação em email de guamalher guamalher@gmail.com)

Roteiro de palestras do brasileiro José Eurípedes Garcia na Guatemala

(Informação em email de Edgar Abella walito_abella@yahoo.com )


2º. Encontro da Educação Espírita (Pais e filhos e Evangelizadores) Londres, Reino Unido

(Informações em email de BUSS Events 2011 bussevents@googlemail.com)

Palestras com Andrei Moreira em Londres, Reino Unido

(Informações em email de BUSS Events 2011 bussevents@googlemail.com)

Muito além dos neurônios

Entrevista:

Dr. Carlos Eduardo Sobreira Maciel

PUBLICADA NA FOLHA ESPÍRITA –SETEMBRO/2007

POR ISMAEL GOBBO

Medinesp 2007 – 150 anos em busca da integração corpo-mente-espírito

Muito além dos neurônios foi o título do segundo painel ocorrido no primeiro dia do Medinesp, o congresso internacional da Associação Médico-Espírita do Brasil, realizado de 7 a 9 de junho, no Maksoud Plaza, na capital paulista. Nele, um dos palestrantes, Carlos Eduardo Sobreira Maciel, especialista em Psiquiatria, do corpo clínico do Hospital Espírita André Luiz, de Belo Horizonte (MG), membro do Grupo de Estudo de Espiritismo e Psiquiatria da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais (AME-MG) e vice-presidente da entidade, abordou o tema Neurônios-espelho, autismo e marcas espirituais, tratado na entrevista abaixo:

Neurônios-espelho, autismo e marcas espirituais

Ismael Gobbo

Folha Espírita – A mídia científica está dizendo que as recentes descobertas sobre os neurônios-espelho são um dos achados mais importantes das neurociências nos últimos tempos. Isso é verdade?
Carlos Eduardo Sobreira Maciel – De fato, a descoberta dos neurônios-espelho constitui um avanço muito importante no sentido de termos agora alguma resposta mais profunda no tocante à causalidade do autismo. Todavia, como a descoberta diz respeito apenas à causalidade biológica, para a visão médico-espírita ainda é algo muito restrito.

FE – Alguns cientistas até ousam dizer que essas células irão fazer pela Psicologia o que o DNA fez pela Biologia. Por quê?
Maciel – Eu reafirmo o que disse anteriormente, que a descoberta é importante. Acho que ela esclarece muito, em nível celular, sobre a relação entre os indivíduos, porque nos possibilita identificar as emoções, os atos e as intenções alheias, colocando-nos numa relação empática com o outro. Eu acredito que isso pode servir de subsídio para a Psicologia e para muitos estudos, mas considero ainda muito cedo para compará-la com o que hoje se sabe do DNA.

FE – O que são neurônios-espelho?
Maciel – Neurônios-espelho são um conjunto de células cerebrais que têm a função de refletir no cérebro do observador um ato realizado por outro indivíduo. Por exemplo: essas células são ativadas em meu cérebro quando eu pego um copo d’água. As mesmas células são ativadas em alguém que me observa. Então elas espelham no cérebro de outro indivíduo, o observador, aquilo que estou fazendo. Portanto os neurônios-espelho nos permitem uma compreensão visceral daquilo que observamos, não só as ações, mas também as emoções.

FE – O que é autismo?
Maciel – O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento que se manifesta antes dos 3 anos de idade. Ele se caracteriza por um desenvolvimento anormal e por alterações em três áreas: interação social, comunicação e comportamento.

FE – Por que ele acontece?
Maciel – A maioria dos casos de autismo tem causa desconhecida. Alguns decorrem de condições médicas, dentre as quais infecções intra-uterinas como a rubéola congênita, doenças genéticas como a síndrome do x-frágil, e a síndrome fetal alcoólica provocada pela ingestão de álcool pela mãe durante a gravidez. Essas são as mais comuns. Todavia, as causas na maioria das situações são desconhecidas, um verdadeiro mistério para a ciência.

FE – Existe tratamento para o autismo?
Maciel – Do ponto de vista médico podemos dizer que não há um psicofármaco específico para tratar o autismo. Os medicamentos utilizados são ministrados para controlar as agitações psicomotoras e as auto e heteroagressões produzidas pelos indivíduos autistas. O autismo é uma doença muito complexa que requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo educadores, psicólogos e terapeutas ocupacionais, visto que requisita atenção para as questões educacionais e de socialização. Como médicos espíritas, sabemos da importância da terapêutica complementar espírita que a Doutrina nos recomenda. Nessa patologia, via de regra, há severos débitos passados com conseqüente obsessão espiritual, o que indica o tratamento desobsessivo, aplicação de passes e uso da água fluidificada.

FE – E o que são as marcas espirituais sobre as quais você fala?
Maciel – Essa é uma terminologia genérica que utilizamos para tratar do assunto ao nos referirmos à causalidade mais profunda do autismo. Encontramos nas obras da literatura médico-espírita esclarecimentos sobre as causas e o processo de formação dos sintomas, o que nos proporciona uma nova leitura dos sintomas autísticos, em que cada indivíduo é visto sob a ótica reencarnacionista. Importante lembrar aqui o processo de formação do autismo a partir do momento da reencarnação, quando se vislumbra a consciência do indivíduo marcada pela culpa, acarretando lesões no seu perispírito e conseqüente impressão na formação do sistema nervoso do novo corpo e os sintomas autísticos advindos dessa impressão.

FE – Seria uma deformação perispirítica?
Maciel – São duas as possibilidades de formação do autismo. Uma delas, como já disse, seria o reencarnante que sofre o efeito das marcas que traz no perispírito. Esses danos perispirituais levam às lesões do sistema nervoso, que, por sua vez, desencadeiam as manifestações de natureza autista. Nesse caso o indivíduo não consegue se comunicar por causa de deformações ou lesões nos corpos astral e físico. A outra possibilidade seria esse espírito, marcado com a consciência da culpa, temendo uma reencarnação compulsória na qual colherá os efeitos de faltas passadas. Segundo os mentores da associação, choques frontais e desvios graves do passado provocam esse sentimento de culpa. Nessa situação, o espírito rejeita a reencarnação, provocando o autismo. Ocorre um severo processo de auto-obsessão por abandono consciente da vida, um auto-encarceramento orgânico. Nesse caso, mesmo não havendo uma lesão direta do perispírito, a rejeição à reencarnação e a recusa à comunicação danificam o cérebro.

FE – Então o autismo pode ser considerado uma marca espiritual?
Maciel – Sem dúvida, as raízes desse comportamento são encontradas em tempos remotos vividos pelo espírito milenar. Segundo Bezerra de Menezes, no livro Loucura e Obsessão, muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir do resgate de suas faltas passadas, das lembranças que os atormentam e das vítimas que angariaram nesse mesmo passado.

FE – Há casos de autistas que alcançaram a cura total?
Maciel – É uma situação muito rara. Mas há casos na literatura de pacientes que alcançam uma certa autonomia e uma melhora surpreendente, inusitada e muito incomum. Há inclusive livros publicados por esses autistas. Mas há que se ter cuidado com o diagnóstico, porquanto há casos rotulados de autismo que na realidade não o são. O autismo é uma doença complexa até no sentido de se fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças.

FE – Quais os livros que os interessados poderiam consultar para melhor conhecer o autismo?
Maciel – Recomendo especialmente o livro de Hermínio Miranda Autismo – Uma Leitura Espiritual.

FE – Qual a mensagem que você deixaria aos pais e familiares espíritas e não espíritas que convivem com autistas e buscam uma resposta para o problema?
Maciel – Eu diria que o mais importante na lida com esses pacientes é não se esquecer que eles são nossos semelhantes bem profundos, com nível evolutivo bem próximo ao nosso. Segundo os mentores da Associação Médico-Espírita, uma das poucas diferenças que há entre nós e eles é que estamos num nível um pouco melhor de boa vontade, mas nossas faltas são praticamente as mesmas. Temos, portanto, a bendita oportunidade de ocupar, temporariamente, a posição de “cuidadores”. Eu enfatizaria aos pais a importância do exercício da tolerância, da empatia, da compreensão e da paciência com seus filhos, tendo em vista que o que lhes falta não nos pode faltar. Temos de nos colocar na posição deles a fim de compreendê-los e amá-los.

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Federação Espírita Brasileira Brasília, DF

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Tendo em vista inúmeras manifestações recebidas relacionadas com o anúncio de homenagens que se pretende prestar ao Espiritismo e a Chico Xavier no carnaval carioca, que enfoca a importância da comunicação dos homens com o mundo espiritual, a Federação Espírita Brasileira - FEB informa que tomou conhecimento desse assunto quando da sua publicação, não sendo correta a interpretação de que tenha participado de prévio entendimento.

A FEB esclarece, também, que continua empenhada em promover a difusão da Doutrina Espírita, nos moldes e na forma compatível com os seus princípios doutrinários, com seriedade, dignidade e elevação espiritual.

A FEB esclarece, finalmente, que respeita o direito de todos os que, no uso de sua liberdade de ação, agem no mesmo sentido de colocar a mensagem consoladora e esclarecedora dos ensinos espíritas ao alcance e a serviço de todas as pessoas, onde elas se encontrem, orientando, todavia, para que esse trabalho seja sempre feito preservando os seus valores éticos e doutrinários.

Brasília, 18 de fevereiro de 2011.

Assessoria de Comunicação da FEB

(Informação no link http://www.febnet.org.br/site/noticias.php?CodNoticia=702)