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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fatalidade

Richard Simonetti

richardsimonetti@uol.com.br

1 ­– Os construtores do navio Titanic apregoavam: “Nem Deus afundará nosso navio”. Deus castigou?

O despótico Jeová da tradição mosaica, que se vinga até a quarta geração daqueles que o aborrecem, como está no texto bíblico, é mera fantasia. Somente um Deus antropomórfico, a refletir as fraquezas humanas, promoveria aquela tragédia para castigar alguns presunçosos.

2 – Se não foi Deus, quem afundou o grande navio?

Em primeiro lugar, a desonestidade. Recentes pesquisas revelam que o aço empregado na construção daquele gigante dos mares era quebradiço e poroso, de qualidade inferior. Jamais poderia ser usado em embarcação de tal porte. Deu mais lucro para os construtores, mas irreparável prejuízo de vidas humanas, vitimando mil, quinhentas e treze pessoas.

3 – E o que mais?

A imprudência e a incompetência. Havia a intenção de bater o recorde de tempo na travessia do Atlântico. O navio seguia a pleno vapor, uma temeridade num mar gelado, minado de icebergs. Por outro lado, a desastrada manobra do timoneiro que jogou seu frágil costado no gigante de gelo.

4 – Não poderíamos debitar a tragédia à fatalidade?

A morte é uma fatalidade – todos morreremos! Mas não há um dia certo para morrer. Depende das contingências geradas pelas ações humanas. Tragédias como a do Titanic seriam evitadas se os homens agissem sempre orientados pela prudência, à distância das ambições e paixões que costumam inspirá-los.

5 – As pessoas que morreram no naufrágio do Titanic não estavam pagando dívidas?

Se alguém, pela sua índole e pelos crimes que cometeu, é remetido a uma prisão destinada a condenados de alta periculosidade, poderá ser assassinado, seviciado, agredido, sem que isso faça parte de sua pena. O egoísmo, motivação maior do espírito humano, nos sujeita a residir num planeta de provas e expiações, onde muitos males podem nos atingir, sem que, necessariamente, façam parte de nosso destino. Nós os merecemos, pelo simples fato de estarmos aqui.

6 – Então aquelas mortes não estavam “escritas”, conforme o maktub da tradição oriental?

Sabe-se que a grande maioria dos que morreram estavam na terceira classe, destinada aos passageiros de baixa renda. Não havia barcos salva-vidas para eles. Só o mais retrógrado e fantasioso preconceito poderá imaginar que entre os pobres estaria a quantidade maior de pecadores, cumprindo suposto carma. Foi a odiosa discriminação que os vitimou. Deus nos dá o dom de viver. As condições de vida e as contingências da morte, nós as fazemos.

7 – E como fica a idéia de que “não cai folha de uma árvore sem que seja pela vontade de Deus”, conforme ensina Jesus?

É preciso entender essa vontade como consentimento. Não posso imaginar assassinatos e estupros, genocídios e atrocidades cometidos pela vontade de Deus . O Senhor da Vida consente, permitindo-nos exercitar o livre-arbítrio, mas responderemos por nossas ações, sempre que levarem prejuízo ao semelhante.

8 – Isso significa que no futuro, numa Humanidade disciplinada e moralizada, tragédias como a do Titanic não acontecerão?

Certamente. Observemos que nos últimos anos houve redução no número de mortes nas estradas brasileiras. Haverá menos problemas cármicos hoje? Negativo! Esse resultado é fruto do novo código de trânsito. Mais rigoroso, impõe multas pesadas e sanções severas aos infratores, disciplinando o comportamento dos motoristas.

Informações sobre o orador e escritor Richard Simonetti acesse:

http://ismaelgobbo.blogspot.com/2009/11/focalizando-o-trabalhador-espirita_30.html

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