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sábado, 11 de junho de 2011

Drogas: O que leva a criatura humana a optar por esse mecanismo de autodestruição?

Neide Aparecida Fonseca

“Provavelmente Deus não existe. Então, pare de se preocupar e aproveite a vida”

frase de uma campanha publicitária de ateístas lançada 06/01/2009 em ônibus de Londres.

Um tema atualíssimo que tem mobilizado a sociedade mundial trata da descriminalização do uso das drogas e a regularização do uso da maconha.

Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas de 2008 da ONU – Organização das Nações Unidas – cerca de 5% da população mundial faz uso de drogas ilícitas, e ainda que nesse mesmo período, esse tipo de droga foi responsável pela morte de 200 mil usuários.

É DA ONU ainda a afirmação de que o tráfico de drogas movimenta anualmente em todo o mundo em torno de 500 bilhões de dólares.

Some-se a esses dados um estudo do Conselho Nacional de Entorpecentes feito em 2003, onde afirma que 11 milhões de pessoas morrem por ano no mundo devido ao consumo de drogas licitas.

Diante dessa situação onde o tráfico movimenta bilhões e os interesses em mantê-lo são muitos, onde as drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, destroem, matam, aniquilam sonhos e esperanças, como adeptos da filosofia Espírita, desde logo, podemos inferir que muito alem da solução simplista ou irresponsável de descriminalizar e posteriormente regularizar o uso da maconha ou quaisquer outras drogas; devemos reflexionar sobre:

- O que leva a criatura humana seja jovem ou adulta a optar por esse mecanismo de autodestruição?

As sociedades permeadas pela teoria do niilismo-materialista-existencialista, dito de outro modo: a redução da vida ao nada; ao aniquilamento; a descrença absoluta; a morte e o fim; o movimento entre o ser e o nada; aliadas a família desestruturada, a frouxidão moral; a miséria material e/ou miséria existencial e afetiva, são efeitos desastrosos principalmente na formação dos jovens. “Há uma espécie de inquietação, um descontentamento, uma falta de confiança no verdadeiro valor da vida.....” (F. Myers, in O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Leon Dennis)

É a sensação de incompletude que leva as criaturas ao uso das drogas. Afirma Santos[1] que “a droga age como um cimento nas fendas da parede que completa seu ‘eu’...”

Joanna de Ângelis[2] ensina que:

“O adolescente faz a opção pelas drogas quando se sente impossibilitado de auto-realizar-se, geralmente por causa de uma família-provação, porque foi desprezado em casa, não foi qualificado como ser humano; vive uma desarmonia psicológica e o seu mundo interno não está bem. A humanidade trocou os valores de amor e verdade pela frivolidade e prazer imediato. Assistimos e lamentamos a difusão de drogas alucinógenas entre crianças, jovens e adultos.......”.

A droga entra na vida do jovem desde a classe mais pobre ate a mais abastada, como uma possibilidade de fuga das dificuldades internas e objetivas[3]. Neste sentido, lembramos Sócrates (469-399 a.C), que já dizia que os jovens deveriam ser ensinados a conhecer o mundo e a si mesmo, com isso teriam condições de modificar o modo de se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o mundo, fugindo das armadilhas que na maioria das vezes faz a criatura perder uma oportunidade de evolução reencarnatória.

Esse processo de conhecer-se a si mesmo envolve uma pratica acompanhada de reflexões constantes sobre que ações e atitudes se devem tomar. E se já as tomou ou realizou, como modificá-las para se tornar uma pessoa melhor? Para se realizar enquanto Espírito imortal?

Para essa difícil busca da verdade de si mesmo a família é fundamental. Pertence a família o papel principal de preservar seus filhos da influência maléfica da sociedade atual, levando-as pratica do bem, ao exercício da fé e do amor a si mesmo e ao próximo.

O papel da família é conduzir; é reeducar esse Espírito sobre sua responsabilidade, direcioná-lo para o amor ao próximo e o respeito a si mesmo.

É papel da família despertar esse Espírito imortal através de um dialogo, nunca de um monologo. Lembrando que o Espírito ao reencarnar traz toda uma bagagem de conhecimentos e marcas perispirituais que devem ser considerados.

Deus não é um delírio[4], não é uma invenção da necessidade humana, por isso, mais do que nunca é preciso entronizar Deus em todos os lares do mundo.

O comando que se dá à sociedade para que aproveite a vida, goze até a exaustão, porque provavelmente Deus não exista, é um projeto das sombras executado por Espíritos encarnados afinizados, em sintonia total.

Mas uma vez é Joanna de Ângelis que nos orienta afirmando que o antídoto para o problema das drogas é:

  1. Educação à luz do Evangelho sem disfarces nem distorções, desde a gestação;
  2. Conscientização espiritual sem alardes;
  3. Liberdade e orientação com base na responsabilidade;
  4. Vigilância carinhosa dos pais e mestres cautelosos.

Concordando com Joanna de Ângelis, enfatizamos a necessidade de fazermos predominar em nos a vida moral acima da vida material, de modo a cada dia mais enfraquecer a causa de todos os vícios – o egoísmo (questão 913 de ‘O Livros dos Espíritos’)

A vivencia cristã nos preservará a todos dos malefícios que drogas ilícitas ou licitas possam vir a nos causar. Por isso a evangelização de crianças e jovens esclarecendo-os da sua condição de espírito imortal se faz urgente nestes tempos de transição.

A humanidade necessita progredir espiritualmente, criar e fortalecer uma consciência crítica, deste modo a educação que se dá às gerações deve esclarecer o caminho da vida; dando lhes a fortaleza necessária para as lutas da existência.

“O ensino clássico pode guiar no cultivo, no ornamento da inteligência; não inspira, entretanto, a ação, o amor, a dedicação. Ainda menos possibilita alcançar uma concepção da vida e do destino que desenvolva as energias profundas do “eu” e nos oriente os impulsos e os esforços para um fim elevado. Essa concepção, no entanto, é indispensável a todo ser, a toda sociedade, porque é o sustentáculo, a consolação suprema nas horas difíceis, a origem das virtudes másculas e das altas inspirações”[5].

O papel dos filosofantes é refletir e levar as pessoas a refletirem também, usarmos a razão. Quando refletimos buscamos a verdade, e a razão nos diz que não devemos compactuar com qualquer movimento que pretenda descriminalizar e ou regulamentar qualquer tipo de droga.


Neide Aparecida Fonseca – Especialista em Direito Constitucional e Político, Estudante do EFE – Estudos Filosóficos Espíritas no Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz, e Militante da Associação Espírita Kardecista Raio Luz.

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