BLOG DE NOTÍCIAS DO MOVIMENTO ESPÍRITA.....ARAÇATUBA- SP

Atenção

"AS AFIRMAÇÕES, INFORMAÇÕES E PARECERES PUBLICADOS NESTE BLOG SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DE QUEM OS ELABOROU, ASSINA E OS REMETEU PARA PUBLICAÇÃO. FICA A CRITÉRIO DO RESPONSAVEL PELO BLOG A PUBLICAÇÃO OU NÃO DAS MATÉRIAS, COMENTÁRIOS OU INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS."

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Trabalho do Grupo Assistencial Sem Fronteiras, em Sete Barras. Ajude se puder

Olá amigos,
Abaixo está o relato do trabalho que o Grupo Assistencial Sem Fronteiras realiza em Sete Barras, no Vale do Ribeira, considerada a região mais pobre do Estado de São Paulo, junto às famílias carentes e aos indígenas que moram nessa região. Vale a pena conhecer, vibrar e para quem tiver condições, ajudar o GASF, que fica na rua Frei Durão, 579 - Ipiranga, São Paulo. É uma instituição unida a USE Distrital Jabaquara.
Abraços,
Julia Nezu - USE-SP


----- Original Message -----
From: cleudilson jose dos passos cleudilsoncj@ig.com.br
To: "Julia Nezu (terra) " julianezu@terra.com.br
Cc:
Sent: Qui 19/05/11 23:46
Subject: Fwd: LEIA COM ATENÇÃO POR FAVOR E DIVUGUEM


LEIA COM ATENÇÃO POR FAVOR E DIVUGUEM

--
CLEUDILSON CJ

Jornada nas estrelas

Diário de um voluntário.

Começamos este diário de um voluntário de maneira diferente: a ida até Sete Barras. É sempre atípico pois nos parece uma ida até outro planeta, nos dois sentidos: evolução sublime e primitivismo, que nos desculpem os cidadãos Setebarrenses. Por isso vamos fazer nestas linhas uma alusão à uma “jornadas nas estrelas”.

Diário de um voluntário – Data Estelar: 14/05/2011 – Mais uma vez partimos rumo ao conhecido e ao desconhecido.

Destino: Um planeta chamado “Vale do Ribeira”.

Asteróide: Sete Barras.

Primeiro objetivo: assistidos da região central – Casa da Dona Betinha - local cedido temporariamente pela nossa assistida que ao meu ver é um ser iluminado. É de uma evolução acima da média de nós terráqueos, pois esta criatura sublime além de suas dificuldades ainda ajuda nosso trabalho e vários outros, tais como: Pastoral da Infância e Juventude, APAE, Pronto Socorro de Sete Barras (onde ela se preocupa com os pacientes que vão ao Grande Planeta São Paulo e voltam à noite e como sabemos, sem transporte para voltarem à suas casas, ficam no posto até amanhecer, passando muitas vezes fome, sede, frio, etc...). Com o trabalho destes voluntários é que são sanados parte dos problemas de alimentação: servindo sopas, leite, café, pães e bolachas. Trabalho dignificante!

E ainda nos cede sua casa, simples, quase caindo fisicamente, mas espiritualmente uma fortaleza. A estrutura física necessita de reparos, que falaremos no final de nosso diário.

Nos deparamos com 18 famílias (19 cestas básicas), extremamente carentes, mães sofridas, crianças esquálidas, todas selecionadas por este anjo bom, não nos esquecendo da fiel escudeira de Dona Betinha, a Dona Rosileide, que sairam à campo e foram nas casas dos mais necessitados.

Diz Dona Betinha: “Meu filho, tinha casa que não dava nem para entrar de tão pobre que era o local”.

Nos deparamos com uma nova assistida: Daniela de Almeida Ribeiro, moça simples, bonita, mas extremamente judiada pela vida e com problemas mentais, mãe de quatro filhos, sendo que um foi doado para uma família da cidade, mas notamos um arrependimento na mãe que chora toda vez que encontra o “ex-filho” na cidade. Casada com um camponês simples, mas entregue à bebida, violento com a família, surrando a esposa e os filhos e se não bastasse, uma criança com uma aparência de ter alguma síndrome mental.

Mais uma vez nossa responsabilidade aumenta vendo a necessidade de todas aquelas mães sofridas.

Partimos com nossa nave mãe para o rural, mas como sempre com emprevistos, fura o pneu da nave mãe, carregada com 42 cestas básicas, trabalho dobrado, mas chegamos ao destino: casa de mais uma assistida, Dona Adriana, moça sofrida e ainda cheia de problemas, mas trabalhando para melhorar com seus sete filhos.

Casa também simples, mas cheia de luz. Lá são 13 famílias (13 cestas básicas) também extremamente sofridas.

Pegamos uma família em particular, a da Sra. Marinês Rodrigues Silva, moradora bem distante da Adriana, mas assim mesmo ela vem com seus 3 filhos e deixa 2 filhas de 11 e 12 anos tomando conta do casebre, em uma terra cedida há 18 anos por conhecidos, e para completar, agora no momento difícil da vida de Marinês, aparece o dono das terras e quer coloca-la para fora com filhos e tudo. Pensa que acabou a desgraça? Pois desgraça para pobre é pouco: o marido está preso por apanhar palmito na mata.

A Marinês vai um dia antes para pegar a cesta, dorme na casa de uma senhora muito bondosa, também acima da média de evolução: Dona Irani, que se emociona quando questionada: A senhora é mãe dela? E ela responde: - Não sou nada dela, só quero ajudar no que posso (meus irmãos isto é o verdadeiro óbulo da viuva que vemos no evangelho).

Em nossa jornada, também nos deparamos com a Sra. Rosa, senhora que ajuda a nossa irmã Adriana. O nosso grupo “além” São Paulo começa a aumentar, já são 6 voluntárias valorossas.

Cabe uma explicação sobre o “apanhar palmito na mata”: a principal cultura é a banana e é pago ao peão R$ 0,05 (Cinco centavos) por caixa de banana arrumada. Veja que fortuna, pois o peão em média faz 100 caixas por dia, o que dá R$ 5,00 ao dia, R$ 25,00 por semana, R$ 100,00 por mês. Não é outro planeta?

E chegamos aos índios, parece mesmo outro planeta: paz, harmonia, felicidade, vida livre, outro local mesmo, as crianças parecem ter outro semblante no olhar, a aldeia realmente está chegando ao ponto que sonhamos, mas ainda falta a legalidade da terra, que logo chegará, segundo o cacique, mas ainda há alguns probleminhas, tais como: a florestal que não deixa a Casa da Agricultura do Estado de São Paulo levar mudas e sementes para o plantio, isto para incentivar a desistência.

Palavras do cacique: “ainda bem que tem vocês que nos ajudam todo mês, senão seria muito difícil para todos nós”. Mas logo a terra voltará para os seus legítimos donos.

Nossos projetos se renovaram depois desta nova fase, novo fôlego tem mais disposição, pois voltamos ao simples e sentimos que esté é o caminho.

Estamos fazendo planos de palestras para as mães e o primeiro tema é “Vocês não estão sozinhas e somos todos iguais” e as crianças terão dinâmicas evangelizadoras e as visitas serão constantes, aguardemos.

O trabalho é árduo, mas extremamente gratificante. Na noite de 6a feira um amigo espiritual nos apareceu em sonho e falou: “O Gasf faz aniversário e daremos alguns presentes”. A princípio eu pensei: Ah, uma sede própria, vários voluntários, doações diversas, mas ganhamos mais assistidos problemáticos, dificuldades de espaço físico. Pensei eu: que presente nos mandou? (mais trabalhoooo... rsrsrs).

Mandaram também espíritos de escol para nos ajudar: Dona Betinha, Dona Rosileide, Adriana, Rosa e Dona Irani e também o ensinamento. Como temos e reclamamos pra caramba, vivemos bem e ainda maldizemos o tempo inteiro, mas hoje com estes presentes agradecemos muito o Senhor do Universo. Muito obrigado por tudo! Muito obrigado, sem voces não fazemos nada.

Suprimentos para o trabalho do GASF:

- 62 cestas básicas

- 30 pacotes de leite

-

30 pacotes de bolachas

- 100 pães

- 1 kg de mortadela

- Artigos de Higiene


- 60 telhas de Brasilit

-

Madeiras para o telhado

- 2.000 tijolos

- Areia

- Cimento

- Custo da mão de obra

Aldeia Indígena


- 300 metros de fio

E sonhando um pouco mais, gostaríamos de ter uma sede em Sete Barras para podermos melhor realizar os trabalhos ali desenvolvidos.


--
CLEUDILSON CJ

(Texto recebido em email de Julia Nezu)

0 comentários: