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terça-feira, 12 de abril de 2011

Registro. Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Sapiranga e Tramandaí

Texto de Paulo Salerno

Fotos Jorge

Em uma breve passagem pelo Rio Grande do Sul, o incansável conferencista Divaldo Pereira Franco visitou, levando a Doutrina Espirita, as cidades de Sapiranga e Tramandaí.

Sapiranga/RS

Em 04 de abril de 2011 Divaldo Pereira Franco, o arauto da paz, esteve em Sapiranga/RS para realizar o Seminário Transtornos Psiquiátricos e Espirituais, uma promoção da União Municipal Espírita - Novo Hamburgo e do Núcleo Espírita Ciranda de Luz. O público superlotou o auditório do Centro Municipal de Cultura.

Com a frase do Filósofo alemão do Século XIX, Friedrich Nietzsche: Louco é todo aquele que perdeu tudo, menos o direito de viver, o orador da Boa Nova, Divaldo Pereira Franco, iniciou sua abordagem informando que o homem contemporâneo, apesar do grande avanço tecnológico alcançado, de sua longevidade, não logrou encontrar a felicidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde este é o Século da depressão, que grassa de forma pandêmica.

Destacou que o medo, a ansiedade, a angústia por perdas diversas e a solidão se constituem em fatores desencadeantes para a ocorrência da depressão. Além destes, de natureza psicológica, há os decorrentes de problemas fisiológicos, tais como, hereditariedade, enfermidades infectocontagiosas e suas sequelas, lesões cerebrais produzidas por golpes, etc.

O divulgador por excelência da Doutrina Espírita, Divaldo Franco, calcado nas conclusões de diversos pesquisadores e profissionais do estudo do comportamento humano, salientou que cada criatura deve desenvolver a autoestima, encontrar o sentido existencial, o objetivo da vida. Para viver em harmonia é necessário encontrar esse sentido psicológico, o objetivo essencial da vida, desenvolvendo as relações interpessoais, não atribuindo aos aspectos materiais significados maiores.

Divaldo traçou, com brilhantismo, um paralelo entre os transtornos de natureza psicológica e psiquiátrica, caracterizando as neuroses, e os fenômenos de natureza mediúnica, apresentando inúmeros exemplos de portadores de distúrbios de ordem neurótica e mediúnicos. Informou que os transtornos obsessivos compulsivos são de natureza neurótica.

Sugeriu que a criatura deve procurar identificar a causa do estresse, daquilo que produz os distúrbios de natureza emocional que, se não tratados adequadamente, poderão se tornar em psicose, num transtorno de natureza psicótica, maníaca, podendo culminar com uma esquizofrenia, uma alienação. Todo transtorno psicótico leva o indivíduo a desenvolver manias, que agravando-se pode apresentar estados esquizofrênicos, necessitando, assim, de tratamentos médicos mais especializados.

Concluindo o primeiro módulo do seminário, recomenda, o notável médium baiano, o exercício da autoanálise, indagando-se o que está faltando, qual o sentido da vida, qual a qualidade das ideias que acalenta, cultivando a alegria de viver. A Doutrina Espírita, afirmou, é o maior tratado psicoterapêutico da humanidade, estabelecendo a necessidade da saúde integral, fruindo a alegria do prazer de viver, que a vida tem um sentido psicológico, que o indivíduo não deve cultivar os transtornos de natureza psiquiátrica, devendo amar, desenvolver o sentido ético da vida, a autoiluminação, o autoamor.

Retornando, Divaldo discorreu sobre fatos históricos da evolução antropológica e que foram pesquisados pelos estudiosos do comportamento humano. Discorreu sobre o medo, a ira e o amor. O medo é a emoção mais antiga do homem, responsável pelo fenômeno de preservação da vida física. A ira, a reação em defesa da vida, é um fenômeno psicológico que gera efeitos fisiológicos através da produção de adrenalina e, depois, cortisona. A ira é uma emoção mais complexa que o medo. O medo é o responsável pelo receio, pelo pavor, pelo temor. A ira é responsável pelo ódio, pela cólera, pelo ressentimento, pelo desejo de vingança.

A terceira emoção que surge mais tarde na vida da criatura é o amor. É um sentimento de afetividade, da solidariedade, de amor profundo. Essas emoções acompanham o homem há, aproximadamente, cem mil anos, entre sessenta e cem mil anos, disse o preclaro expositor. É nesse período que nasceu a crença na sobrevivência da alma. Em todas as civilizações, em todas as épocas a crença na imortalidade da alma é natural. A reencarnação, a imortalidade da alma, a comunicabilidade, a Justiça Divina são realidades estudadas e amplamente aceitas por várias denominações filosóficas, desde épocas recuadas da história do homem. O Evangelho de Jesus é todo um poema de imortalidade da alma.

Divaldo Franco, falando de jejum e oração, afirmou que para se alcançar uma moral elevada é necessário fazer jejum da maledicência, da ociosidade, do ciúme, da inveja, da calúnia, e, acima de tudo, dos sentimentos perversos.

É necessário jejuar aos valores negativos para que a criatura adquira autoridade moral. Orar é integrar-se com Deus. Ao orar a criatura deve esvaziar-se de egoísmo e plenificar-se em Deus. Orar produz atos de enobrecimento, dá dignidade, foram as justas orientações de expositor.

Mais adiante, Divaldo falou sobre as influências que os Espíritos exercem sobre as criaturas. Louvou-se nas informações catalogadas por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns. A sintonia com os Espíritos ocorre de acordo com o conteúdo mental, com os registros emocionais, que o ser encarnado possui. Se a qualidade dos pensamentos e emoções for boa, os Espíritos que se aproximam serão bons, caridosos, amorosos, porém, se a qualidade for má, a companhia será de entidades perturbadas, más e perversas. Depende do estado emocional em que a criatura se encontre no momento.

Lembrando que os espíritas estão comemorando o sesquicentenário de O Livro dos Médiuns, publicado por Allan Kardec, o ínclito codificador da Doutrina Espírita, em 15 de janeiro de 1861, Divaldo afirmou que essa é a maior obra de fenômenos parapsicológicos e mediúnicos de todos os tempos. Nesta obra o codificador dedica todo o capítulo XXIII as obsessões, aos transtornos obsessivos.

Nem toda loucura é loucura, muitas vezes trata-se de obsessão. Por outro lado, a maioria daqueles que se encontram nos hospitais para alienados mentais podem ser portadores de obsessão. Mas nem toda obsessão é exclusivamente obsessão, poderá ser loucura. A fronteira da loucura com a obsessão funde-se, é tênue, sutil, delicada.

Que fazer, frente a qualquer transtorno, seja psicológico, seja obsessivo, orar. Allan Kardec recomenda, como terapêutica, a oração, a paciência, a prática da caridade. A proposta psicoterapêutica é o amor, a prática da oração, a coragem para enfrentar e resolver os problemas, a coragem de não ser inimigo de ninguém, disse o expositor infatigável.

Divaldo ilustrou, com excelência, os efeitos da desobsessão, os efeitos do amor, o auxílio dos bons Espíritos inspirando solidariedade, amor, paz. Exortou os médiuns a dedicarem-se a tarefa da desobsessão, fazendo da mediunidade um mediunato, estudando O Livro dos Médiuns, aprofundando, extraindo a beleza para auxiliar o Planeta nesta hora de provação, da grande transição para um mundo de regeneração.

Declamando, com sentida emoção, o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou o Seminário Transtornos Psiquiátricos e Espirituais, que apresentou de forma brilhante. O público vivamente interessado e participativo agradeceu-lhe, aplaudindo-o de pé.

Tramandaí/RS

No dia 05 de abril de 2011 Divaldo Franco proferiu uma conferência pública em Tramandaí/RS. Estavam presentes, formando a mesa diretiva, além do conferencista, o Prefeito Anderson José Tomiello Hoffmeister; a Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Maria Elisabeth da Silva Barbieri; o Presidente da 10ª Região/FERGS, João Alessandro Müller; a Presidente da União Intermunicipal Espírita/10ª Região, Eva Veroni Kotoman; e a Presidente da Sociedade Espírita Fé, Amor e Caridade, Eloá Munhoz.

Abordando a paranormalidade humana, Divaldo Pereira Franco iniciou a conferência citando duas frases muito significativas, utilizadas como embasamento para as reflexões sobre o tema. A primeira, de Marco Túlio Cícero, filósofo romano: A História é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade. A outra, de Francis Bacon, filósofo londrino: Uma filosofia superficial leva a mente do homem ao materialismo, enquanto que uma filosofia profunda leva a mente do homem à verdadeira religião.

Em todas as épocas da humanidade os fenômenos mediúnicos apresentaram-se exuberantes. Os pesquisadores concluíram que a questão da morte e da imortalidade faz parte das reflexões primeiras do pensamento humano. Pela conclusão dos antropólogos, a crença na imortalidade da alma era inata em todos os povos primitivos.

Em o Novo Testamento, Jesus é o protótipo da imortalidade da alma. A gama de fenômenos por Ele realizada é tão grande e exuberante que fascina, fez-se homem notável. A história de Jesus é a história da paranormalidade humana, afirmou o Professor Divaldo Franco. Apresentou dados enriquecedores da História da Humanidade onde a fenomenologia paranormal é uma constante, em todos os tempos e em todos os povos.

Apresentou dados sobre a obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri, que foi completada graças ao fenômeno de sonho premonitório, sendo uma das obras magnas da Humanidade. O Papa Pio V e sua visão mediúnica da vitória dos cristãos na Batalha naval de Lepanto, ocorrida em 07 de abril de 1571. Emanuel Swedenborg, sábio sueco, estando em Gotemburgo, anunciou, mediunicamente, que Estocolmo estava sendo consumida por um incêndio.

O encontro mediúnico, em 19 de fevereiro de 1939, do Cardeal Eugênio Pacelli, mais tarde Papa Pio XII, com o Papa Pio X – Espírito - que lhe anunciou que seria, em breve, o novo Papa da Igreja Católica. Os episódios de paranormalidade de Wolf Messing e o cepticismo de Josef Stalin. Foi uma excelente aula sobre a paranormalidade humana, enriquecida com esses exemplos, que sempre aconteceram na História da Humanidade.

Coube ao egrégio codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, estudar essa fenomenologia extraordinária em O Livro dos Médiuns, publicado em 15 de janeiro de 1861, e afirmar que esses fenômenos podem ser denominados como mediúnicos, que é uma faculdade orgânica e que todos a possuem em graus diversos.

Ao Espiritismo coube a tarefa grandiosa de vencer o materialismo em seu bastião, o materialismo dos Séculos ancestrais, coroados pela dialética dos grandes pais do pensamento do Século XIX. Todos têm o direito de errar, mas não de permanecer no erro. A Humanidade vive a era da tecnologia, da ciência, da comunicação virtual, porém vive um grande vazio existencial. Vive, o homem, um momento histórico, o da grande transição de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração. Estas foram algumas ideias trazidas a lume pelo brilhante expositor.

Allan Kardec, em A Gênese, trata desta fase atual, dolorosa, de transformações, das catástrofes, das desencarnações coletivas, das desgraças sísmicas e de natureza bélica, e que tomariam conta da Terra, preparando o advento de uma era nova, um mundo de regeneração. A Solução, afirmou Divaldo Franco, é voltar à Jesus, às lições sublimes do Evangelho de Jesus, viver, os espíritas, os postulados da Doutrina Espírita, que dá um significado existencial, que enriquece a alegria de viver, mesmo sob os efeitos do sofrimento, das dificuldades, das dores e dos desafios.

Concluída sua conferência, o notável médium Divaldo Franco, recitou o Poema da Gratidão, e, por muito esclarecer e consolar aqueles que lá participaram, recebeu em retribuição um caloroso e demorado aplauso produzido por mais de 2.300 pessoas.

Legenda: Divaldo em Sapiranga, RS; público em Sapiranga; cumprimentos em Sapiranga; Divaldo em Tramandaí, RS; Divaldo e público em Tramandaí, RS; Divaldo e equipe em Tramandaí.

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