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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Allan Kardec não deve ser lembrado no centro espírita...

Wellington Balbo – Bauru – SP.


O título acima pode ser estranho, no entanto, exprime indizível realidade.

Se alguém é lembrado, presume-se que em algum momento foi esquecido, e bem o sabemos que Allan Kardec não pode ser esquecido quando o assunto é Doutrina Espírita.

Sua presença deve ser constante nas instituições que estampam o nome de Centro Espírita.

Ele, além de ser o codificador, foi também o grande divulgador da Doutrina dos Espíritos.

Entrevistou as inteligências do invisível, escreveu, anotou, publicou obras, pesquisou com rigor e viajou em trabalho de divulgação.

Foram diversos livros dedicados a desvendar ao homem novos horizontes:

O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, Gênese...

Livros criteriosos, inteligentes, interessantes, didáticos...

A literatura de Kardec é simples e profunda, seus comentários são autênticas lições de sabedoria e percebe-se nele uma alma elevada, sempre preocupada com a finalidade da existência humana.

Em O Livro dos Espíritos, seu comentário tão bem feito em A Lei do Trabalho retrata de forma magistral a finalidade educativa da Doutrina Espírita. Eis parcialmente o que escreveu o notável cidadão francês na ocasião:

(...) Há um elemento que não se costuma considerar, sem o qual a ciência econômica torna-se apenas uma teoria: é a educação. Não a educação intelectual, mas a educação moral; não ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar o caráter, que dá os hábitos: porque educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. Quando se pensa na massa de indivíduos lançados a cada dia na torrente da população, sem princípios nem freios e entregues aos próprios instintos, devem causar espanto as conseqüências desastrosas que resultam disso? Quando essa arte for conhecida e praticada, o homem trará hábitos de ordem e de previdência para si e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos angustiado os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que uma educação bem conduzida pode curar; aí está o ponto de partida, o elemento real do bem-estar, a garantia da segurança de todos.

Compreende-se, então, a constante preocupação social de Allan Kardec.

O codificador intentava despertar a criatura humana para a necessidade da educação de seus próprios hábitos.

A paz começa na educação dos hábitos.

Pais que cultivam o saudável hábito do diálogo conquistam a amizade dos filhos, criando um ambiente de bem estar e segurança.

Cônjuges que vivenciam o bom hábito da empatia experimentam mais momentos de felicidade do que de decepção no relacionamento conjugal.

Lideranças espíritas que fazem do estudo das obras básicas um hábito transmitem com mais fidelidade os princípios doutrinários.

Fácil de concluir que a evolução de nosso mundo dependerá de nossa disposição em semear hábitos saudáveis, como bem acentua Allan Kardec.

Hábitos saudáveis, vida saudável, existência plena e feliz.

Por isso imperioso não apenas lembrar de Allan Kardec, mas, sim, estudar e pesquisar a obra construída por intermédio de sua abnegada mão, pois assim todos aqueles que chegarem ao centro espírita terão uma melhor compreensão dos temas que o codificador tanto prezou.

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