BLOG DE NOTÍCIAS DO MOVIMENTO ESPÍRITA.....ARAÇATUBA- SP

Atenção

"AS AFIRMAÇÕES, INFORMAÇÕES E PARECERES PUBLICADOS NESTE BLOG SÃO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DE QUEM OS ELABOROU, ASSINA E OS REMETEU PARA PUBLICAÇÃO. FICA A CRITÉRIO DO RESPONSAVEL PELO BLOG A PUBLICAÇÃO OU NÃO DAS MATÉRIAS, COMENTÁRIOS OU INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS."

domingo, 17 de janeiro de 2010

DR.BEZERRA DE MENEZES, DR. MARCH DR. ZAMENHOF: MÉDICOS DOS POBRES



Palestra proferida no XVI Encontro Espírita-esperantista do Estado do Rio de Janeiro, Niterói - 06 de dezembro de 2009

Por Affonso Borges Gallego Soares, Diretor do Departamento de Esperanto da FEB - Federação Espírita Brasileira





Dr. Bezerra, do Dr. March, do Dr. Esperanto.

Discorreremos, em paralelo, sobre a vida desses três grandes vultos da vasta Seara do Bem, Seara que, como sabemos, pertence ao Messias de Nazareth.

Precisamos conhecer-lhes os traços nobres de caráter, edificarmo-nos nas suas virtudes e nos testemunhos de suas vidas e de suas obras...

Eles nasceram em meio ao século XIX, em época de floração de novas teses científicas, preparadoras do assombroso desenvolvimento científico, tecnológico do presente; época de floração, ou refloração, de teorias materialistas, com suas conseqüências sociais e políticas; mas também época em que se evidencia a intervenção da Providência — a ação de Deus na História, como se exprimiria Léon Denis — visando a dotar a Humanidade dos preservativos contra a influência desagregadora dessas teorias negativistas.

Quando esses três valorosos Espíritos retornam ao mundo físico, legiões de habitantes do Mundo Invisível invadem organizadamente os cenários terrenos, em prolongado e novo Pentecostes, para que não faltassem à Humanidade as demonstrações palpáveis, concretas, da imortalidade da alma, da sua sobrevivência à morte corpórea, dos destinos construídos na esteira da infinitude dos tempos e dos espaços.

Hydesville, em 1847, assinala o início dessa invasão organizada dos Espíritos, sob as vistas amorosas do Espírito de Verdade. Mas na França, o missionário Rivail-Kardec já aguardava, em nobres serviços, a convocação para contrapor às idéias dissolventes a luz agregadora da Revelação dos Espíritos.

Desceram ao mundo, pois, os nossos homenageados, em época assaz significativa na evolução do mundo e de sua Humanidade.

Adolpho Bezerra de Menezes em 29 de agosto de 1831, em Riacho do Sangue, no Ceará, para desencarnar no Rio de Janeiro, em 11 de abril de 1900.

Guilherme Taylor March em 21 de agosto de 1838, em Teresópolis, desencarnando em Niterói, em 22 de junho de 1922.

Lázaro Luís Zamenhof em 15 de dezembro de 1859, em Bialystok, Polônia, vindo a desencarnar em Varsóvia, em 14 de abril de 1917.

Os anos juvenis já revelam, nos três missionários, sua condição de almas com substancioso progresso intelectual e moral, pois a inclinação que sentiram para a arte de curar, de aliviar sofrimentos físicos, psíquicos e morais denunciava sua sensibilidade diante do sofrimento humano.

Bezerra, March e Zamenhof dedicam-se ao exercício da medicina, e o fazem em plena sintonia com os princípios da Caridade.

Dos três, somente Zamenhof não transitou pelos difíceis e ingratos caminhos da política.

Bezerra foi, por diversas vezes, vereador do município do Rio, e deputado geral também pelo Rio de Janeiro.

O Dr. March elegeu-se como vereador pelo município de Niterói.

Ambos — Bezerra e March — deixaram a vida pública admirados por sua dignidade e honestidade.

O Dr. Zamenhof, por sua condição de judeu, numa Polônia então anexada ao Império Russo, não podia aspirar a qualquer posto de natureza política.

Entretanto, na juventude entregou-se de corpo e alma ao movimento para o estabelecimento e conservação de um estado judeu em que pudessem se abrigar seus irmãos de raça dispersos pelo mundo.

Nesse movimento, havia duas correntes: migrar para os Estados Unidos da América do Norte, adquirindo ali um território, ou migrar para a Palestina e ali restabelecer o antigo território de Israel.

Zamenhof preferia a migração para a América.

Com a inclinação da maioria para o retorno à Palestina, Zamenhof cedeu e aderiu a esta corrente.

Mas seu estreito compromisso com o esperanto o afastou, mais tarde, de movimentos nacionalistas.

Embora se mantivesse sempre fiel às raízes judaicas, Zamenhof não mais se integrou nesse movimento.

Essa posição ele a definiu, de modo inequívoco e indiscutível, quando da fundação de uma Liga Hebraica Esperantista. Em sua alocução, declara:

“Estou profundamente convencido de que todo tipo de nacionalismo representa hoje, para a Humanidade, uma grande infelicidade. O objetivo de todos os homens deveria ser a criação de uma Humanidade que viva em harmonia.

É verdade que o nacionalismo dos oprimidos - como uma autodefesa natural - é muito mais perdoável do que o nacionalismo dos opressores.

Mas, se o nacionalismo dos fortes é vil, o nacionalismo dos fracos é imprudente: ambos geram e sustentam um ao outro, engendrando um círculo vicioso de infelicidades do qual a Humanidade jamais sairá, se não fizermos o sacrifício do amor-próprio grupal e não nos empenharmos por entrar num terreno absolutamente neutro.

Eis o motivo pelo qual não desejo me vincular a um nacionalismo judaico, apesar dos pungentes sofrimentos de minha raça. Desejo apenas trabalhar por uma absoluta justiça entre os homens.

Tenho a profunda convicção de que desse modo proporcionarei à minha pobre raça um benefício muito maior do que servindo a objetivos nacionalistas.

Dissemos que o exercício da medicina, nos três vultos, se caracterizava pela plena sintonia com os princípios da Caridade, manifestada na compaixão pelos sofredores, no absoluto desinteresse material na prestação de seus serviços, com lances que raiavam pelo verdadeiro apostolado.

Creio que nos será útil evocar pelo menos um desses lances na vida de cada um dos missionários aqui em foco.

Era também nesse campo que se manifestava o grande sentimento comum aos três: o amor, o amor ao próximo, amor aos pequeninos, aos deserdados...

Os que conhecem a vida de Bezerra, de March e de Zamenhof certamente leram sobre esses lances, mas nunca é demais — repetimos — recordar o que nos edifica.

Quando da desencarnação do Dr. Bezerra, o jornal “A Gazeta de Notícias” evocou um dos muitos episódios em que o “Médico dos Pobres” viveu a plenitude da abnegação, do devotamento, da caridade.

“Era o Dr. Bezerra presidente de uma companhia, com escritório na Rua Sete de Setembro, quando lhe apareceu um conhecido seu, comunicando-lhe o falecimento de um filhinho e dizendo-lhe, com lágrimas nos olhos, que, achando-se desempregado, não tinha recursos para fazer o enterro.

“O Dr. Bezerra de Menezes chamou-o a um canto e meteu-lhe na algibeira todo o dinheiro que possuía. No momento em que propunha retirar-se para casa (morava ele na Tijuca), reconheceu que, tendo dado tudo, nada lhe restava para a passagem do bonde, e pediu a um amigo 300 réis emprestados!”

Este fato se reproduziu, muitas vezes, com clientes sem recursos que o procuravam.

A vida do Dr. March como médico foi um hino constante à Caridade, pelos sacrifícios que fazia para proporcionar alívio e cura aos seus assistidos.

Mas aqui vamos nos referir a algo que foge à craveira comum, envolvendo um fenômeno espírita raro e o impulso caridoso de um verdadeiro apóstolo da medicina.

O Dr. March já se encontrava preso ao leito de doença, cego pela catarata, e tudo indicava que não mais poderia diminuir o sofrimento do próximo com a sua medicina a serviço da Caridade.

Um dia, um cliente da Caixa recebe um cartão do funcionário Edmundo March, neto do Dr. March.

Pergunta então a Edmundo se ele tinha algum parente falecido, que fora médico e assinava G. March.

Edmundo responde que G. March era pai dele e que ainda vivia, embora já muito doente e preso ao leito.

O cliente lhe diz que não era este, ainda vivo.

Falava de alguém falecido.

E conta a Eduardo que uma filha dele, após distúrbios nervosos, entra em transe e, com voz mudada, lhe diz:

“Quem tem um instrumento como este não deve deixar de aproveitá-lo na prática da caridade; deem-lhe apenas papel e lápis.”

Ele assim fez.

Cessaram os distúrbios nervosos.

Ela passou então a receitar remédios homeopáticos, sendo as receitas assinadas por G. March.

O cliente mostra uma receita a Edmundo e este reconhece a assinatura perfeita do pai, Dr. March, que ainda vivia na carne.

Edmundo, não satisfeito, procura um amigo, pergunta-lhe se aquilo era possível, se o Espírito do pai, ainda vivo no corpo, podia comunicar-se por um médium.

E o amigo, chamado Manuel Lacerda e que trabalhava no Arquivo Nacional, lhe diz:

“Tanto é possível que, no Centro presidido por mim, ele, há mais de dois anos, servindo-se de um médium, vem atendendo a verdadeira multidão de enfermos que o procuram.”

A prisão corporal não conseguiu deter o impulso da caridade no coração do Dr. March.

Zamenhof, apesar de sempre viver com o necessário, chegando mesmo, em certas ocasiões, a experimentar a carência de recursos materiais, nunca fez de sua prática médica um meio de enriquecimento.

Essa prática, em perfeita identidade com a de Bezerra e March, foi sempre inspirada pela compaixão, pela piedade, pelo entranhado amor ao próximo, amor que impregnava todos os movimentos de sua nobre alma.

Muitos episódios evidenciam esse traço de caráter do criador do Esperanto.

Certa vez, atendendo à súplica desesperada de um pai, cuja filha se aproximava de cruel agonia, conseguiu salvá-la após horas seguidas de incansável intervenção.

Vendo, porém a miséria reinante naquele lar, Zamenhof não somente dispensou o pai de qualquer pagamento, como também deixou seus poucos recursos para a compra de medicamentos.

De outra feita, compondo com outros colegas uma junta para socorro a uma anciã, recusou-se, terminantemente, ao contrário dos outros médicos, a receber quaisquer honorários, simplesmente porque não foi possível evitar o desenlace da ciente.

Falemos também sobre as relações de Bezerra de Menezes e Guilherme March com o esperanto, que o gênio de Zamenhof lançara em 26 de julho de 1887.

Há depoimentos consistentes a respeito da adesão do Dr. March à Língua Internacional neutra, que ele usava inclusive para corresponder-se com colegas do mundo inteiro a respeito das práticas homeopáticas.

Consta, então, segundo a excelente obra biográfica de Alexandre Rocha — “Dr. March em dois planos” — um trecho atribuído ao Dr. Ramon Benito Alonso, quando discursava sobre o Dr. March no dia 30 de agosto de 1922, na sede da antiga F.E.E.R.J. - Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

“Possuidor de notável erudição, o Dr. March falava as línguas dos homens: o grego, o latim, o francês, o inglês, o alemão... E, aos 70 anos, quando a maioria dos homens já se considera de posse do máximo conhecimento que a vida lhe poderia fornecer, negando-se à busca de novos conhecimentos, ele se dedicou ao aprendizado do esperanto, deixando-se contaminar pelo ideal de fraternidade do missionário polonês Lázaro Luís Zamenhof, e passando, com isso, a também falar a língua que a misericórdia divina enviou ao nosso planeta para trazer a paz entre os povos. Falava, pois, o Dr. March também o esperanto, a língua dos anjos.”

Não conhecemos registro a respeito das relações do Dr. Bezerra, encarnado, com o esperanto.

É provável que tenha ouvido falar dele, pois era também um pensador, interessado na cultura em geral, nas idéias progressistas em circulação.



Mas convém não perdermos de vista que as primeiras repercussões do esperanto no Brasil — repercussões de maior alcance — só se deram a partir de 1898, quando Medeiros e Albuquerque empreendeu uma inteligente propaganda do idioma em 15 de abril de 1898 nas páginas da “Revista Brasileira”, dirigida por José Veríssimo, sob a forma de brilhante artigo intitulado “Uma língua internacional — Esperanto”.

Já três dias antes, no número de 12 de abril de 1898, o jornal “O Paíz” — em que também colaborava o Dr. Bezerra — publicava um belo texto de Arthur de Azevedo sobre a língua.

Então, o Dr. Bezerra certamente informou-se sobre o esperanto e, sem dúvida alguma, o apoiava no pensamento e no coração, mas não teve tempo para se manifestar de forma mais explicita, porque adoeceria gravemente no final de 1899, para desencarnar em 11 de abril de 1900.

Como Espírito, Bezerra, principalmente através de D. Yvonne A. Pereira, deixou precioso incentivo a que os espíritas estudem e pratiquem o idioma neutro e seus ideais.

No emocionante enredo da obra A Tragédia de Santa Maria, ditada a D. Yvonne, Bezerra de Menezes envolve o início de um belo romance de amor, com raízes em passado reencarnatório, numa aproximação das almas enamoradas através de correspondência em Esperanto. Aproveita então o venerando Guia espiritual para incentivar-nos aos estudos da genial criação de Zamenhof com exortações que vale a pena aqui recordar:

“O Esperanto está a serviço da Fraternidade como a Beneficência está a serviço do Amor... e introduzir a mocidade no seu estudo racional é adverti-la a se preparar para um futuro radioso, que tenderá a enlaçar a Humanidade num mesmo elo de vibrações afetivas...”

“Os adeptos da Doutrina Espírita cedo compreendem o valioso concurso do idioma Esperanto ao ideal de unificação humana que esposam...”

“O espírita, quiçá melhor ainda que qualquer outro idealista encontra no Esperanto afinidade e ensejos para o desdobramento dos dilatados sonhos de solidariedade humana que lhe transbordam do seio...”

Zamenhof é o próprio criador do Esperanto.

Mas não se limitou, nas expansões do seu idealismo, todo tecido nas aspirações à concórdia, à fraternidade, à solidariedade, à tolerância, a apenas criar um idioma universal que possibilitasse a união das criaturas sobre um fundamento lingüístico neutro.

Zamenhof também concebeu um código superior de convivência fraterna entre grupos separados pelas barreiras da nacionalidade, da língua, da religião, da raça.

Bem vivido, esse código, que é um puro reflexo do Evangelho de Jesus, possibilitará a aproximação dos homens por sobre todas as diferenças que os têm separado no mundo.

Zamenhof sabia, sentia, por experiência própria, que uma das grandes barreiras que se levantam entre os homens tem sido, paradoxalmente, a religião em suas diversas formas.

Concebe então o chamado Homaranismo, um conjunto de regras para a convivência pacífica, fraternal, das culturas, dos grupos religiosos, das raças.

Quando se reunissem pessoas de diferentes cultos, nacionalidades, raças, elas renunciariam às particularidades próprias dessas diferenças e se relacionariam de acordo com as regras do Homaranismo.

Teriam como princípios comuns apenas Deus, os que nEle cressem, sem que se impusessem, uns aos outros, a maneira pela qual concebem a Divindade, e a regra - “agir com os outros da mesma forma como queremos que os outros ajam conosco”.

O mesmo princípio de respeito prevaleceria para os que nenhuma religião professassem e não cressem em Deus.

Finalmente, um paralelo a respeito das idéias religiosas dos três vultos.

Desnecessário dizer da confissão espírita do Dr. Bezerra e do Dr. March.

Como espíritas, viveram as grandes divisas “Trabalho, Solidariedade, Tolerância” e “Fora da Caridade não há salvação”. Jamais perderam de vista o caráter cristão da Doutrina dos Espíritos, não obstante haverem sido homens de ciência, de cultura.

Cultivaram o dever de fraternidade para com os profitentes de outras religiões, posicionando-se firmemente contra o sectarismo religioso.

E na defesa dos princípios espíritas não se afastaram jamais do Evangelho de Jesus, agindo com prudência, equilíbrio, mansidão e amor fraternal, fiéis à mensagem pacificadora do Cristo de Deus.

Quanto a Zamenhof, sabemos que se declarava um hebreu livre-pensador.

Sempre se manteve fiel às tradições judaicas, herdadas dos pais, solidário com os sofrimentos que as discriminações seculares impunham aos seus irmãos de raça.

Entretanto, também sempre pairou por sobre quaisquer princípios que fomentassem divisões, separações, discriminações de qualquer espécie.

Seu Homaranismo atesta essas virtudes não apenas apregoadas, mas principalmente vividas.

Ficou conhecido, na vida pública e na vida privada, pela prática de virtudes como o perdão, o espírito de pacificação, a sincera humildade, a modéstia, a simplicidade, a tolerância, a benevolência, a indulgência.

É interessante observar que os três, quando ainda na juventude, experimentaram o jugo do ceticismo, da descrença, que, entretanto, logo sacudiram, afirmando sua fé nos destinos espirituais do homem e vivendo de acordo com essa fé.

Zamenhof teria tido contacto com as revelações e as práticas espíritas?

Não o sabemos.

Entretanto, existem algumas declarações, escritas por ele de próprio punho, que talvez possam fazer-nos supor alguma influência dessa ordem de idéias na alma sensível do gênio de Bialystok.

Eis trechos significativos de um texto encontrado em alguns de seus manuscritos:

“Enquanto no mundo científico vou perder toda a estima, no mundo dos crentes não vou encontrar nenhuma simpatia para compensar; possivelmente só ataques, pois meu credo é completamente diferente do deles... Seria mais prudente que eu silenciasse; mas não posso”

“Eu percebia que possivelmente a morte não era o desaparecimento...; que existem certas leis na Natureza...; que algo me conserva para um alto objetivo...”

Concluímos, enumerando virtudes e traços de caráter comuns aos três vultos que hoje foram objeto de nossa reverente homenagem:

Fé em Deus, como a Inteligência Suprema diretora do Universo

Fé no futuro – Caridade - Espírito de tolerância - Solidariedade

Beneficência - Humildade sincera – Piedade - Benevolência

Afabilidade – Solicitude - Espírito humanitário - Indulgência

Espírito de perdão



FOCALIZANDO O TRABALHADOR ESPÍRITA ADILTON PUGLIESE


ADILTON PUGLIESE



Entrevista com Adilton Pugliese, residente em Salvador, BA, que nos fala sobre sua vida e sua atuação no Movimento Espírita, como escritor, orador e colaborador da Mansão do Caminhão, entidade fundada e dirigida por Divaldo Pereira Franco. Por: Ismael Gobbo igobi@uol.com.br



Adilton, poderia nos falar de suas origens?

Nasci em Salvador, Bahia, em 4 de março de 1944. Meus pais, já desencarnados, são Semiramis Santos Pugliese e Aimone Pugliese. Sou casado com Jucinara Souza Pugliese desde 3 de fevereiro de 1973 e tenho três filhos: Vanessa Souza Pugliese (34), Lívia Souza Pugliese (32) e Ramon Souza Pugliese (27). Email: santospugliese@hotmail.com



Desde quando e como se tornou espírita?

Desde 1975, estimulado pelo meu querido pai, Aimone Pugliese, a ler O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. A partir daí, ingressei nas atividades do Centro Espírita Cristo Redentor, fundado em 1958, onde ocorreu a minha “iniciação” ao Espiritismo, sob orientação do irmão e amigo Juventino Ferreira de Souza.



Qual a sua formação acadêmica?

Sou técnico em contabilidade. Fiz cursos universitários não-concluídos de administração de empresas e ciências contábeis. Em decorrência de atividade bancária que exerci durante 30 anos especializei-me em administração de RH, com ênfase em T&D. Estou aposentado das atividades profissionais desde 1993.



De que forma tem atuado no Movimento Espírita?

Atuei mais diretamente quando exerci o cargo de presidente da FEEB/Federação Espírita do Estado da Bahia (1991 a 1994). No momento participo eventualmente de atividades federativas promovidas por aquele órgão (encontros, congressos, etc.), além de realizar palestras e seminários em casas espíritas de Salvador.

Escrevo artigos para Reformador (da FEB), RIE/Revista Internacional de Espiritismo e Revista Presença Espírita (do Centro Espírita Caminho da Redenção) e Revista Eletrônica O Consolador.



Sabemos que você é muito próximo do médium Divaldo Pereira Franco e da entidade Mansão do Caminho. Como isto aconteceu e quais as tarefas que desenvolve na casa?

Iniciei atividades no Centro Espírita Caminho da Redenção (Mansão do Caminho), como voluntário, a partir de 01 de agosto de 1994, ali sendo recebido, fraternalmente, pelas mãos generosas e abnegadas de Divaldo Franco e de Nilson Pereira, integrando-me, aos poucos, em suas amplas tarefas, seguindo a sábia liderança dos referidos queridos amigos. No momento, coordeno, juntamente com minha esposa, Ju, o Setor de Pessoal. Oriento, também, as tarefas do Departamento Doutrinário, que congrega as atividades: mediúnica, atendimento fraterno, programação doutrinaria e de grupos de estudo (vejam o site www.mansaodocaminho.com.br). Coordeno ainda a reunião Conversando sobre Espiritismo, que é realizada desde 11 de setembro de 1997, às quintas-feiras (20h), com a presença de Divaldo Franco, quando se encontra em Salvador. Em 2010, nessa reunião, estaremos estudando todos os livros da Série Evangélica do Espírito Amélia Rodrigues, psicografados pelo médium Divaldo Franco.



Poderia nos falar dos livros de sua autoria e do que tratam?

a) Publicados pela LEAL/Livraria Espírita Alvorada Editora, com Direitos autorais cedidos em benefício das obras sociais da Mansão do Caminho:

1 – A OBSESSÃO: INSTALAÇÃO E CURA: Compilação de textos sobre a temática, de autoria de Allan Kardec e de obras do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografadas pelo médium Divaldo Franco. Há também um capítulo sobre O Centro Espírita e a Desobsessão, de autoria da Equipe do Projeto Manoel Philomeno de Miranda. Este livro está em sua 6ª. edição.

2 - OS ANJOS GUARDIÃES SEGUNDO O ESPIRITISMO – Textos envolvendo o tema, com base nas tradições religiosas e esotéricas e oferecendo o entendimento do Espiritismo acerca do assunto, com respaldo nos estudos realizados por Allan Kardec.

3 – REUNIÕES DOUTRINÁRIAS E MEDIÚNICAS NO CENTRO ESPÍRITA – Planejando e Organizando com Qualidade (escrito em conjunto com a Equipe do Projeto Manoel Philomeno de Miranda) – Abordagem de cunho operacional, que visa oferecer às Casas Espíritas sugestão de procedimentos para obtenção de resultados positivos na divulgação do pensamento espírita e na realização das reuniões de intercâmbio.


4 – ALLAN KARDEC E O CENTRO ESPÍRITA – Apresenta informações sucintas sobre a Doutrina Espírita e, em especial, no que se refere à unidade fundamental do Movimento Espírita, tão cuidadosamente considerada pelo Codificador do Espiritismo, Allan Kardec.


5 – RECONHECIMENTO A ALLAN KARDEC – Em parceria com o confrade Álvaro Chrispino contém mensagens extraídas de obras psicografadas pelo médium Divaldo Franco, de autoria de Vianna de Carvalho e outros Espíritos, onde abordam temas em torno da vida do Codificador, Allan Kardec, e sobre O Livro dos Espíritos.


6 – O ESPÍRITO AZUL – Trata-se da primeira coletânea de artigos do autor, com 36 textos, que foram publicados em Reformador, na RIE e na Revista Presença Espírita. O título é uma referência à história de Léon Denis e do seu Espírito Protetor, conhecido como Espírito Azul, narrada no livro.

7 – O LIVRO DO DESTINO (no prelo) – Segunda coleção de crônicas espíritas, do autor, a publicar.


(b) - Publicação do autor:


1 – REFLEXÕES EVANGÉLICAS À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA – Trinta e quatro textos de autoria do autor onde faz reflexões sobre passagens evangélicas à luz dos ensinos espíritas, contidos, sobretudo, em O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.


Como são as atividades doutrinárias na Mansão do Caminho?

Palestras públicas às terças e sábados (20h) e domingos (16h). Reunião pública Conversando sobre Espiritismo, quintas-feiras, 20h, com co-participação do público através de perguntas escritas. Grupos de Estudos, às quartas-feiras, 19h. Evangelização Infantil, Juventude Espírita e Grupo de Pais, aos domingos pela manhã. Atendimento Fraterno, com pequenas palestras e passes, diariamente, pela manhã e pela tarde. Seminários e Workshops realizados pelo médium Divaldo Franco.



E as de Assistência e Promoção?

Social: através da Caravana Auta de Souza, atende mais de 300 famílias; Casa da Cordialidade, em parceria com o Lar Fabiano de Cristo atende a famílias carentes, incluindo crianças, adolescentes e adultos; Centro de Saúde J. Carneiro de Campos, com vários atendimentos especializados, inclusive através do Projeto Saúde Integral. Enxovais Meimei fornece cerca de 800 enxovais por ano. O Grupo de Ação Comunitária Lygia Banhos ajuda a diversos segmentos carentes da comunidade.

Educacional: Através da Escola Jesus Cristo, fundada em 1951 (1.100 alunos, distribuídos em 30 classes, da 1ª. à 8ª. série) e da Escola Allan Kardec, fundada em 1965 (380 alunos do ensino fundamental). Escola de Educação Infantil Alvorada Nova, fundada em 1957 (150 crianças de quatro a seis anos) e Creche A Manjedoura (150 crianças de dois meses a três anos). A Escola de Informática atende cerca de 580 alunos/ano.



Para os que queiram conhecer pessoalmente a Mansão do Caminho qual a orientação?

As visitas ocorrem de segunda a sexta-feira, pela manhã e pela tarde. Informações no site www.mansaodocaminho.com.br ou e-mail visita@mansaodocaminho.com.br



Como tem visto o movimento espírita da atualidade?

De forma positiva, observando o seu crescimento em volume, através de eventos, encontros, congressos, etc., bem como por meio de sua qualificação, graças aos esforços da FEB/Federação Espírita Brasileira e das demais federativas, ao possibilitar estímulo à capacitação dos trabalhadores espíritas, à qualidade editorial e doutrinária das obras espíritas. As ações do CEI/Conselho Espírita Internacional e o surgimento crescente de novas Casas Espíritas, no Brasil e no Mundo, graças, sobretudo, ao esforço estimulador do médium Divaldo Franco, demonstram a fase alvissareira do Movimento Espírita.



Algo mais que queira acrescentar?

Expressamos ao querido irmão Ismael Gobbo nossa gratidão pela oportunidade destes comentários, parabenizando-o pela iniciativa da criação do site Notícias do Movimento Espírita, que nos possibilita o acompanhamento dos diversos eventos espíritas nacionais e internacionais, além de instrutivas e ilustradas páginas de conteúdo doutrinário. Deus o abençoe, Ismael!












FOTOS: ADILTON PUGLIESE E DIVALDO PEREIRA FRANCO NA MANSÃO DO CAMINHO (2009); DIVALDO CUMPRIMENTA ADILTON E ESPOSA NO CONGRESSO ESPIRITA BRASILEIRO (BRASILIA 2007); ADILTON PUGLIESE E MARIO SERGIO EM SEMINÁRIO NA CIDADE DE SALVADOR (2009)E CAPAS DE ALGUNS DOS LIVROS DE ADILTON.

ENCONTRO DA FAMÍLIA DA USE TATUAPÉ SÃO PAULO

CAROS AMIGOS E AMIGAS

ESTAMOS ESCREVENDO PARA LEMBRÁ-LOS QUE O ENCONTRO DA FAMILIA DA USE -
TATUAPÉ 2010 SERA REALIZADO NO DIA 21/04/2010. O LOCAL ESCOLHIDO SERA EE
ERASMOS BRAGA - END: RUA MARIA EUGENIA, 190 - TATUAPE (PROXIMO AO METRO
TATUAPE).

ESTAREMOS ENVIANDO A PROGRAMAÇÃO NOS PRÓXIMOS DIAS JA DEIXEM AGENDADO E INFORMEM SEUS FAMILIARES E AMIGOS, POIS PROMETEMOS MUITAS SURPRESAS ALÉM DE SER UM PRAZER ESTARMOS JUNTOS.

ABRACOS
DIRETORIA USE – TATUAPE


(Informação via email de Beto)

INFORMATIVO SEMANAL DO SEARA DO MESTRE SÃO PAULO

15/01/2010 – SEXTA-FEIRA

20h – Reunião Pública
Orador: Valter Afonso Tema: Há muitas moradas na Casa de meu Pai




16/01/2010 – SÁBADO

09h – Reunião Pública
Orador: Debora – Tema: Mansidão e irritabilidade

15h – Reunião Pública
Não haverá palestra




19/01/2010 – TERÇA-FEIRA

20h – Reunião Pública
Orador: William - Tema: Ninguem pode ver o reino de Deus se não nascer de novo



AVISOS

Venha estudar conosco!!! Inscrições a partir do dia 12/01 na Secretaria


--
Centro Espírita Seara do Mestre
R. Carlos Roberto Cavanhas, 392 - V. Rubi
São Paulo - SP
04823-120


Centro Espírita Seara do Mestre
R. Carlos Roberto Cavanhas, 392 - V. Rubi
São Paulo - SP
04823-120

PALESTRA MUSICADA COM VANSAN PIRITUBA, SÃO PAULO



OLÁ REGINA, TUDO BEM?

GOSTARIA QUE VOCÊ DIVULGASSE A NOSSA PALESTRA DO DIA 05/02/2010, ÀS 20,00HS COM O AMIGO VANSAN.

SOCIEDADE ESPÍRITA EURIPEDES BARSANULPHO, NOSSO ENDEREÇO É R. ALEXIS CARREL, 123 OU PELO ESTACIONAMENTO, RUA MAJOR EMILIANO DA FONSECA, 300. BAIRRO PIRITUBA, SP.

DIRCE PIO, MEU TELEFONE PARA CONTATO É 3975-0028.

OBRIGADO.



(Informação por email de Regina Bachega)

CONHEÇA UM POUCO DE VANSAN ACESSANDO:

http://ismaelgobbo.blogspot.com/2009/11/focalizando-o-trabalhador-espirita.html

ENCONTRO DE AMIGOS DE CHICO XAVIER 2010 GUAXUPÉ, MG

OLÁ QUERIDOS COMPANHEROS(AS) AMIGOS DE CHICO XAVIER

QUE O IDEAL DO CRISTO CONTINUE SENDO O NOSSO OBJETIVO DE VIDA.

JÁ ESTAMOS MONTANDO TODA A ESTRUTURA PARA O NOSSO ENCONTRO DE AMIGOS DE CHICO XAVIER EM

GUAXUPÉ/MG



O ENCONTRO 2010 SERÁ MUITO ESPECIAL PELOS 100 ANOS DO NOSSO HOMENAGEADO.

ACONTECERÁ NOS DIA 24 E 25 DE JULHO (SÁBADO E DOMINGO ) COM MUITAS APRESENTAÇÕES.

JÁ TEMOS ALGUMAS CONFIRMAÇÕES



CONFIRA.

CANTORA PAULA ZAMP ( S.PAULO )

CANTORES MARLENE E SERGIO SANTOS (UBERABA)

ORSON PETER CARRARA (MATÃO)

EUGÊNIA MARIA (JALES)

CARLOS ABRANCHES (GLOBO)

AUGUSTO CANTÚSIO (CAMPINAS)



ESTAMOS ACABANDO DE FECHAR, TAMBÉM, UMA APRESENTAÇÃO DE TEATRO PROFISSIONAL "OS HERDEIROS DO NOVO MUNDO" QUE ESTARÁ EM CARTAZ EM S. PAULO ATÉ O DIA 18 DE JULHO. O TITULO DA PEÇA É DO ÚLTIMO LIVRO DE ANDRÉ LUIZ RUIZ PELO ESPÍRITO LUCIUS.

SERÁ NO NOSSO ENCONTRO,A PRIMEIRA APRESENTAÇÃO DA PEÇA FORA DE SP .



PARA A NOSSA ALEGRIA, EXPOSITORES QUE JÁ ESTIVERAM SE APRESENTANDO EM NOSSOS ENCONTROS PASSADOS, TAMBÉM ESTARÃO PARTICIPANDO CONOSCO DESTA FESTA ESPIRITUAL.



DEIXA ENTÃO AGENDADO - 24 E 25 DE JULHO - ENCONTRO DE AMIGOS DE CHICO XAVIER EM GUAXUPÉ - MG

FUTURAMENTE ENVIAREMOS CARTAZES E FICHAS DE INSCRIÇÃO. FIQUEM TRANQUILOS.

UM FORTE ABRAÇO E ATÉ LÁ

ISMAEL BATISTA

COORDENADOR

(Informação por email de Ismael Batista)