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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O amor que presenteia

richardsimonetti@uol.com.br

Informa o evangelista Mateus (2:1) que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. A tradição evangélica o situa como reis e os nomeia Belchior, Baltazar e Gaspar. Guiados por uma estrela, vinham homenagear o mensageiro divino.

Traziam presentes: ouro, incenso e mirra. Três símbolos: O ouro, a realeza de Jesus. O incenso, sua elevada espiritualidade. A mirra (usada para embalsamar cadáveres), o sacrifício da própria vida, a fim de nos mostrar os caminhos para Deus.

A iniciativa foi a base para que se estabelecesse, nos séculos que se sucederam ao advento do Cristianismo, a tradição de presentear no Natal. Infelizmente, desvirtuada pelos interesses comerciais, transformou-se em obrigação. Não oferecer os indefectíveis mimos aos familiares é quase uma ofensa. O ideal seria lembrar o aniversariante. Se a missão de Jesus foi nos ensinar os caminhos do Amor, que tal, amigo leitor, oferecer-lhe três amorosos presentes, à semelhança dos magos, envolvendo empenho por seguir-lhe os passos?

O primeiro presente de amor: o bom ânimo. Evangelho significa boa nova. É maravilhosa a notícia transmitida por Jesus! Deus, o Criador, o Senhor todo poderoso, é nosso pai de infinito amor e misericórdia, a trabalhar, incessantemente, pela felicidade de seus filhos. Com um paizão assim não há por que ter medos, dúvidas, angústias, tormentos...

Estamos desempregados? Deus nos ajudará a encontrar uma ocupação com que prover a subsistência.

Trazemos o coração partido pelo relacionamento afetivo que não deu certo? Se juntarmos os pedaços, dispostos a seguir em frente, Deus o restaurará com perfeição, sem marcas.

Estamos doentes? Conscientes da proteção divina enfrentaremos com serenidade o mal, reconhecendo as funções educativas da enfermidade, que depura e sensibiliza a alma.

É tão estranho alguém que acredita em Deus estar na fossa, quanto se dizer torturado pela sede alguém a nadar num lago de águas cristalinas.

O segundo presente de amor: o bom humor.

Exprime-se na capacidade de cultivar o sorriso, mesmo em situações difíceis. Melhor se consegue rir de si mesmo. Quem o faz jamais será infeliz. Um homem dotado dessa virtude enfrentou grave problema circulatório. Teve que amputar uma perna. Tempos depois, nova complicação. Foi-se a outra perna.

Os familiares ficaram preocupados. Naquela situação constrangedora certamente ficaria pra baixo. Viram logo que infundados eram seus temores. Tão logo passou a anestesia e despertou, virou-se para o médico:

– Doutor, estou preocupado!

– Diga o que é. Estou aqui para ajudá-lo.

– É que agora, sem as duas pernas, não sei em que pé ficou a situação!

Pessoas assim, dispostas a rir de si mesmas, da própria adversidade, jamais serão infelizes.

O terceiro presente de amor: a boa vontade. Trata-se da vontade de ser bom, o empenho por fazer algo em favor do próximo. É fundamental! Segundo os anjos, que fizeram a proclamação celeste no nascimento de Jesus (Lucas, 2:14), somente com seu exercício haverá paz entre os homens.

Jesus foi a personificação da boa vontade, a começar pelo doloroso mergulho na carne. Governador de nosso planeta, Espírito puro e perfeito, poderia guardar-se nas alturas, enviando um embaixador. No entanto, fez questão de comparecer pessoalmente, submetendo-se a imensos sacrifícios.

Após uma existência de dedicação ao Bem, pregado no madeiro da infâmia, cercado de impropérios, continuou a exercitar a boa vontade, pedindo a Deus que perdoasse a todos. Não sabiam o que estavam fazendo.

Depois voltou, materializando-se diante do atônito colégio apostólico. Tinha muito a reclamar dos companheiros. Um deles o traíra, outro o negara três vezes, e todos haviam fugido no momento extremo, vergonhosamente. Mas o Mestre não tocou no assunto. Limitou-se a saudá-los como nos dias venturosos do passado, convocando-os à gloriosa tarefa de disseminação de seus princípios. Exercitou, como sempre, a boa vontade.

Que sejam muito felizes seus Natais, amigo leitor. Plenos de bênçãos e também de reflexões em torno do bom ânimo, do bom humor e da boa vontade, três presentes que Jesus muito apreciará, oferecidos com amor. Com nossas dádivas estaremos contribuindo pela edificação de um Mundo melhor. Se o fizermos, certamente estaremos nele, desde agora!


JERUSALÉM COM SUA MURALHA, A PORTA DOURADA E A CÚPULA DOURADA DA MESQUITA DE OMAR

FOTO MARGARIDA LOPES DE ARAUJO 10/2010

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