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sábado, 20 de novembro de 2010

Caçadores de lixo

Wellington Balbo



No mundo há verdadeiros caçadores de lixo de todas as espécies. Caçam lixo emocional, afetivo, no coração dos outros, nas atitudes das pessoas, enfim, lixo.

Caçadores de lixo emocional – aqueles que procuram freneticamente lembrar as situações que os fizeram sofrer.

Caçadores de lixo afetivo – ciumentos inveterados que tentam podar a liberdade alheia.

Caçadores de lixo no coração dos outros – aqueles que vêem maldade em tudo o que as pessoas fazem.

Caçadores de lixo nas atitudes dos outros – aqueles que não se cansam de procurar as falhas e contradições do comportamento humano.

Há gente que só tem olhos para o lixo e lamentavelmente não cogitam em reciclar suas próprias atitudes, pensamentos, posicionamentos, idéias. Acomodam-se na busca insana pelo lixo nos outros. Criticam o parente que não visita, falam mal da empresa, despejam suas frustrações no cônjuge, rebelam-se com a postura do vizinho. Vivem reclamando da vida, do mundo, enfim, de tudo.

Perseguem lixo nos outros como se fosse a jóia mais preciosa da Terra. Lembram-se daquela suposta ofensa cometida por alguém nos idos de... sei lá, nos idos de algum tempo já perdido e ultrapassado, mas elas, inapelavelmente ainda se lembram. E bradam orgulhosas da boa memória: “No dia 30 de fevereiro do ano de 1976... você me ofendeu!”.

E seguem intrépidas caçando lixos: Fulano errou! Sicrano não devia ter agido assim! Beltrano não acerta uma!

Você deve conhecer alguém com essas características, não é mesmo? Talvez seu pai, tio, irmão, amigo, enfim, qualquer, um menos você. Afinal, o lixo está sempre nos outros, certo?

Mas por que essas pessoas agem assim? Maldade? Não creio. Falta de assunto? Talvez. No entanto prefiro apostar na ignorância. Ignoram princípio básico: estamos todos aprendendo. Equivocamo-nos hoje e equivocaremo-nos amanhã. Um dia, porém, aprenderemos, aliás, esta é uma das certezas que temos na vida, um dia, cedo ou tarde, neste ou em outro século aprenderemos; aprenderemos a amar, respeitar, colaborar, servir e, principalmente, refletir. Na atual conjuntura evolutiva em que vivemos se procurarmos equívocos e contradições no comportamento de qualquer pessoa iremos encontrar aos montes. Nem é preciso muito empenho para isso. Porém, o fato de não procurarmos o “lixo” não nos isenta de analisar as situações. É preciso analisar para aprender e até compreender as razões do equívoco cometido pelo outro, se é que existiu mesmo.

Entretanto, uma coisa é certa: nem só de limitações é feito o ser humano. Há muitas coisas boas que podemos procurar e encontrar nos outros, basta ter boa vontade. Quando exercitamos a boa vontade para com o semelhante fatalmente aprenderemos a ver suas virtudes e o valor que cada criatura tem. Óbvio que não encontraremos perfeição em ninguém, aqui neste Planeta estamos ainda em processo de aperfeiçoamento, todavia pelo menos teremos existência mais leve sem sentir o fétido odor do lixo que costumamos carregar pela vida afora.



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