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sexta-feira, 7 de maio de 2010

APENAS UMA CONCHA NO OCEANO

Richard Simonetti

richardsimonetti@uol.com.br


Corria o ano de 1665. Para fugir de uma epidemia que grassava em Londres, aquele jovem, recém-formado em Ciências na Universidade de Cambridge, resolveu passar uma temporada em sua aldeia natal. Espírito inquieto, empolgado pelos enigmas do Universo, teve sua atenção atraída por uma maçã que despencou da macieira, perto de onde estava.

Experimentou, então, aquele momento de iluminação, o estalo que caracteriza as grandes descobertas. Considerou que uma força poderosa permitira ao solo atrair a maçã, certamente a mesma que movimentava os mundos a se equilibrarem no Céu, exercendo influência uns sobre os outros.

Não se sabe se essa história é verdadeira. De qualquer forma, sei bene trovato (é uma boa história), como ponto de partida para que Isaac Newton (1643-1727), aos vinte e dois anos, começasse a formular sua mais famosa teoria, definindo a lei de gravitação universal: A matéria atrai a matéria, na razão direta das massas e inversa do quadrado da distância.

Newton é considerado o pai da ciência moderna. Sua produtividade científica foi espantosa. Suas concepções no campo da astronomia, da física e da matemática foram tão grandiosas que se fala numa revolução newtoniana, algo na base de antes e depois dele.

Oportuno considerar que Newton formulou a maior parte de suas teorias a partir dos vinte anos. Algo inusitado alguém nessa idade estar tão envolvido com a Ciência e capaz de efetuar cálculos e desenvolver teorias revolucionárias que praticamente deram início à ciência moderna.

Poderia tão grandioso contingente, o montante de sua contribuição, estar contido em tão exíguo continente, a cabeça de inexperiente jovem? Forçoso reconhecer em Newton, como sempre acontece nesses casos, um Espírito vivido, um luminar da ciência, em pretéritas encarnações. Por isso, apresentava, desde cedo, imenso patrimônio de experiências e conhecimentos.

E há que se considerar o aspecto espiritual. Grandes descobertas, na base de estalos, como teria ocorrido com a maçã, nascem de inspirações do Mundo Espiritual, permitindo ao Homem caminhar mais depressa pelos domínios do conhecimento.

Concebem os materialistas que princípios como o da gravitação universal dispensam a presença de um ser supremo, Deus, na ordenação do Universo. Ele se bastaria a si mesmo, sustentado por leis que o regem.

É espantoso que homens inteligentes possam cair nas armadilhas do raciocínio simplista. Plenamente aceitável a existência de leis que regem a matéria, determinando os fenômenos que envolvem a vida universal, mas isso, longe de eliminar a idéia de Deus, apenas a ressalta.

Determinada lei que rege as relações na vida em sociedade não surgiu no código civil por explosão de uma tipografia. Foi elaborada e aprovada a partir de estudos e debates nas esferas de competência. Para dar-lhe cumprimento, há mecanismos de fiscalização, com sanções para os infratores.

Ora, as leis de física, que sustentam o Universo, são infinitamente mais complexas e abrangentes do que as leis humanas. Quem as instituiu? Quem as faz funcionar?

Uma inteligência suprema, certamente, à qual o cientista poderá dar o nome que lhe aprouver, mas que identificamos como Deus. Só materialistas impenitentes concebem que o avanço da Ciência elimina a idéia de Deus.

Quanto maior a sofisticação científica, quanto maiores os avanços nessa área, mais se imporá a necessidade de um Criador. Era o que pensava Newton. Passou os últimos anos de sua existência cogitando do assunto. Reconhecia a precariedade da cabeça humana para resolver os enigmas do Universo, tanto que afirmou, modestamente, algo que eu assinaria embaixo, amigo leitor.

Não sei o que o mundo dirá de minha obra. A mim, parece que nunca acabei de ser criança. Uma criança que brincou na praia, que encontrou uma pedra bem polida, uma concha multicolorida, enquanto o grande oceano da verdade continua a se estender, ainda inexplorado, diante de meus olhos.

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