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sábado, 17 de abril de 2010

Ainda sobre a reportagem da superinteressante Manifestação de Sérgio Carvalho, de Ilha Solteira, SP

Sr. Sérgio Gwercman

Diretor de Redação da Revista Superinteressante

Li a reportagem intitulada: Chico Xavier, da Revista Superinteressante edição de abril de 2010. Como um dos primeiros assinantes da revista Superinteressante confesso que fiquei bastante decepcionado com a péssima qualidade da reportagem. Em primeiro lugar a reportagem é conduzida por uma pessoa sem a mínima qualificação para tal, a repórter Gisela Blanco, que demonstra completo ignorância a respeito da Doutrina Espírita e que não deve ter lido um livro sequer sobre o assunto. Isto compromete por completo a reportagem que aborda a vida de um dos maiores líderes espirituais do Brasil e do mundo, Chico Xavier de forma extremamente inadequada e vulgar. As bobagens começam já nas páginas iniciais da revista quando você mesmo faz um pronunciamento infeliz dizendo que a liderança de Chico Xavier foi acima de tudo espiritual e que por isso merece ser muito respeitado, mas que não se pode confundir isto com reverência. Esquece-se que a grande maioria da população brasileira reverencia Chico Xavier justamente pelo enorme respeito que ele conquistou ao longo da sua vida. Isto porque ninguém é reverenciado se não for respeitado. Além disso, a reportagem tem uma série de erros crassos que demonstram ignorância e as vezes má fé. A revista que aborda questões de natureza científica faz a reportagem de maneira tendenciosa e anticientífica. Afirma que Chico Xavier fazia truques e shows de pirotecnia referindo-se às sessões de materialização denegrindo o caráter e a idoneidade do médium. Completo absurdo e desconhecimento da realidade. Como se Chico Xavier precisasse de espetáculos, justo ele que era a humildade em pessoa, que jamais procurou qualquer posição de destaque ao longo da sua vida e que sempre direcionou sua vida para o auxílio aos semelhantes. Sugerimos que a repórter leia o Livro Fatos Espíritas entre diversos outros que se baseia em pesquisas realizadas por Willian Crooks, um dos maiores cientistas de todos os tempos, ganhador do prêmio Nobel de Química que estudou o fenômeno de materialização para ter idéia de como o fenômeno se processa. Existem ainda inúmeras obras que abordam as pesquisas científicas sobre a sobrevivência do ser realizadas de forma séria, imparcial e idônea, publicadas pelo Dr. Ian Stevenson, Paul Gibier, Alexandre Aksakof, Ernesto Bozzano, Gabriel Delane entre inúmeros outros. A revista deveria ter se embasado melhor para fazer a reportagem. O Espiritismo não pode ser descrito como mera crença religiosa, fruto da superstição das pessoas como feito na reportagem e que mais se assemelha a visão antiquada do início do século passado, mas como uma doutrina altamente esclarecedora, assentada fortemente em bases científicas, filosóficas e religiosas.

Para piorar, a repórter refere-se ao Chico como sendo um piadista, comportamento incompatível com a imagem do médium, reduzindo-o a uma figura vulgar, quando na verdade ele apenas relatava casos edificantes de forma alegre e descontraída.
Apresenta ainda o depoimento de um sobrinho de Chico tentando reduzir o valor do médium mesmo sabendo que se tratava de uma pessoa desequilibrada pelo alcoolismo, que havia sido subornado para caluniar o médium (fato que a revista omitiu) e que pediu posteriormente desculpas pelo seu ato.

Dizer que Chico sabia antecipadamente de fatos sobre a vida das pessoas para escrever as cartas aos familiares é outra acusação caluniosa e desprovida de qualquer embasamento. Convenhamos que por mais prodigiosa fosse a memória do médium seria humanamente impossível registrar tantas informações nas cartas trazidas para milhares de pessoas diferentes e com tamanha riqueza de detalhes que somente os familiares mais íntimos poderiam conhecer.
Enfim são tantas as falhas na reportagem que ficamos em dúvida sobre a seriedade da revista, a qual fica com uma dívida enorme em relação à figura de Chico Xavier. A revista perde ainda em temos de credibilidade dos leitores por tratar o assunto de forma irresponsável, inadequada e equivocada, prejudicando a sua própria imagem. Cremos que somente uma nova reportagem bem elaborada, isenta e imparcial pode reparar todos os equívocos desta infeliz reportagem.

Prof. Sérgio Luís de Carvalho

Ilha Solteira - SP, 14 de abril de 2010

(Recebido em email de Neiva Paggioli de Carvalho)

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