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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

GERENCIAR AS EMOÇÕES


COLUNA ESPÍRITA por Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br


CASA DOS ESPÍRITAS

A Doutrina Espírita é uma doutrina evolucionista, não somente em relação à vida material, incluindo-se o corpo humano, como, também, à vida espiritual considerando o ser humano como um ser eterno, que não desaparece com a morte do corpo físico. (1)

Nessa ótica o ser humano precisa evoluir e, conseqüentemente, desenvolver as suas potencialidades na área da inteligência, do sentimento e das emoções.

É óbvio que na personalidade elas estão estritamente ligadas e imbricadas umas nas outras, no entanto para efeito educacional é possível centrar mais os esforços em uma do que na outra.

Presentemente os recursos e técnicas para o desenvolvimento da inteligência estão muito avançados e a consequência disso é o avanço científico e os frutos da tecnologia nas áreas da medicina, da odontologia, da engenharia, da física, da química, da biologia e outras.

Todavia, nas áreas do sentimento e da emoção não nos distanciamos muito dos nossos antepassados – os primatas, ou pior pois estes, seguindo os instintos de preservação e conservação, atacavam o outro apenas como forma de sobrevivência e o “homo sapiens” é capaz, no exercício do seu livre arbítrio, de agredir ou matar o seu semelhante motivado pela ambição, pelo poder, pelo ciúme e pela inveja.

Na atualidade faz-se curso para tudo: Direito, Medicina, Engenharia, Informática, Administração de Empresas, Economia e em muitas outras áreas; no entanto, não se faz curso para gerenciar produtivamente as emoções.

Daí resultam desacertos e desastres que desequilibram os sentimentos no lar, no ambiente de trabalho, no lazer e em muitos outros lugares.

Pensando sobre esse assunto, lembrei-me de uma parábola muito sugestiva.

“ Um lenhador acordava às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem e, portanto, não era um animal confiável, e, quando sentisse fome, comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam:

- Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai comer seu filho!

Um dia o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou a casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com sua boca totalmente ensangüentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça da raposa.

Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranquilamente; e, ao lado do berço, uma cobra morta.” (2)

Destaco a frase: “ sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça da raposa”. Eis a grande questão do não gerenciamento das emoções, não só do lavrador, das pessoas, de nós mesmos.

Grandes problemas, enormes conflitos muitas vezes são produzidos nos segundos ou minutos iniciais do impacto emocional em que o “eu” fica desgovernado, impulsivo e irracional.

Não devemos tomar decisões e agir sob intensa emoção, pois ela bloqueia o raciocínio, apaga a lucidez, esvazia a compreensão.

Devemos deixar passar um determinado tempo para que a “cabeça esfrie” e o raciocínio e a compreensão retornem.

Analisar friamente os fatos, os acontecimentos, as informações recebidas, as mensagens visuais, escritas, faladas ou expressas de outras formas para constatar a sua veracidade e o conteúdo de bem ou de mal que elas trazem.

Depois disso, procurar controlar a emoção para que ela se torne uma força psíquica que nos ajude a viver melhor, sabendo adequadamente enfrentar os problemas e obstáculos, gerados por nós mesmo ou por outrem.

Como na história do lavrador, “quando nos depararmos com a raposa manchada de sangue na boca, vamos primeiro, entrar no quarto da emoção, para ver se o filhinho está vivo, antes de dar machadada na infeliz”.

Bibliografia: (1) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec – Ed. FEB

(2) Parábolas Eternas, Legrand – Ed. Soler


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